Canadá e União Europeia agem contra tarifas dos EUA e crise global

Primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, reuniu-se nesta quinta-feira (10) com Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão da União Europeia. O encontro abordou temas econômicos e de segurança de interesse mútuo entre Canadá e União Europeia (UE). A conversa reforçou a cooperação bilateral diante de desafios globais. Questões como comércio, investimentos e geopolítica estiveram na pauta

O recente encontro entre líderes políticos teve como principal foco a imposição de tarifas comerciais e a ameaça constante de medidas comerciais consideradas “injustificadas” por parte dos Estados Unidos.

Durante as discussões, destacou-se a necessidade de enfrentar os impactos negativos dessas tarifas em setores estratégicos da economia canadense, especialmente nas indústrias automotiva, de aço e alumínio.

Encontro de líderes da União Europeia e Canadá

O ex-governador do Banco do Canadá, Mark Carney, ressaltou a importância de medidas para mitigar os efeitos dessas tarifas, enfatizando que elas prejudicam a competitividade da economia do país. O primeiro-ministro reafirmou seu compromisso em combater essas tarifas, buscando proteger os trabalhadores e as empresas canadenses, além de reforçar a economia nacional diante das adversidades impostas pelo cenário global.


Parlamento Europeu com as Bandeiras dos 27 países, membros da união Europeia (Foto: Reprodução/Thierry Monasse/Getty Images embed)


Além das questões econômicas, o encontro também abordou temas de relevância internacional, com destaque para a situação da Ucrânia. Carney e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concordaram sobre a necessidade urgente de continuar apoiando a Ucrânia em sua defesa contra a invasão russa.

Ambos reforçaram a importância da cooperação entre o Canadá e a União Europeia para fortalecer a segurança transatlântica e enfrentar desafios geopolíticos emergentes.

Acordo União Europeia e o Canadá

Os líderes expressaram satisfação com o progresso das parcerias entre o Canadá e a UE no campo da defesa e segurança, ressaltando que a colaboração entre as nações é essencial para garantir a estabilidade global. A União Europeia e o Canadá têm trabalhado conjuntamente para implementar sanções contra a Rússia, bem como fornecer suporte militar e humanitário à Ucrânia.

Diante desse contexto, a reunião reforçou a posição do Canadá em relação ao comércio internacional e à segurança global. A defesa de um comércio justo e equilibrado, juntamente com o compromisso contínuo com a estabilidade internacional, demonstra o papel ativo do país na cena global.

Assim, as decisões tomadas nesse encontro poderão influenciar significativamente o futuro das relações comerciais e políticas internacionais do Canadá, consolidando sua posição como um ator relevante nas dinâmicas globais atuais.

Comércio exterior brasileiro passa por transformação com Portal Único a partir de outubro

Sendo prevista para começar a partir de 1º de outubro, o comércio exterior brasileiro passará por uma transformação significativa com a migração completa das operações de importação para o Portal Único de Comércio Exterior. Ainda de acordo com  o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a mudança tem a promeça de gerar uma economia de R$ 40 bilhões anuais para as empresas, além de impulsionar a competitividade do país no mercado global.

A pasta ainda calcula que o ganho para a economia brasileira deve ficar na casa dos US$ 130 bilhões até 2040, resultado que deve ocorrer devido ao aumento da competitividade e à redução da burocracia.

Lançado em 2014 iniciativa simplifica processos

A iniciativa, lançada em 2014, surge como um substituto ao Siscomex, sistema de registro de comércio exterior brasileiro que estava em funcionamento desde 1993. A nova plataforma simplifica os processos ao reduzir a exigência de documentos, executando simultaneamente os procedimentos que antes eram realizados em sequência. Além disso, as empresas passarão a utilizar a Declaração Única de Importação (Duimp), que substitui a antiga e extensa documentação exigida no Siscomex.


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Zona franca de Manaus e uma das maiores beneficiadas pela iniciativa (Foto: Reprodução/AFP/MICHAEL DANTAS/Getty Images Emebed)


No setor de exportações, a migração para o portal já havia ocorrido entre 2017 e 2018, o que reduziu o tempo de liberação de mercadorias de 13 para 4,8 dias. No setor de importações, o tempo médio para liberação dos produtos caiu de 17 para 9 dias desde o início do projeto piloto da Duimp. Com a implementação plena do projeto, o governo espera uma redução ainda maior, podendo chegar a cinco dias.

“O custo da carga parada por dia equivale a 0,8% do valor dela. Com base na importação de US$ 242 bilhões no ano passado e na redução das operações em quatro dias [de nove para cinco dias], calculamos um ganho em torno de R$ 40 bilhões para as empresas de comércio exterior [em torno de US$ 8 bilhões]”

Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Mdic

Cronograma de implementação

A migração das importações para o Portal Único será gradual, com a primeira fase, que começa em outubro, sendo obrigatória para importações marítimas. Em seguida, o sistema será implementado para cargas aéreas, até julho de 2025, e, por fim, para importações terrestres e na Zona Franca de Manaus, até dezembro do mesmo ano.

Após anúncio de parceira ações da Magazine Luiza sobem 12%

As ações do Magazine Luiza tiveram uma impressionante alta de 12% logo após o anúncio da parceria de venda de produtos com o AliExpress. Os ativos MGLU3 subiram 12,28%, chegando a R$ 12,16.

Parceria inédita entre ambas as empresas

O anúncio da parceria inédita com a plataforma de vendas chinesa AliExpress foi feito recentemente, permitindo a venda de produtos do Magazine Luiza em ambas as plataformas. “É a primeira vez que o Alibaba, por meio do AliExpress, faz um acordo estratégico com uma empresa fora da China”, destacou a varejista brasileira em comunicado.

A empresa ainda ressaltou que é a primeira vez que seus produtos serão listados e vendidos por meio de outra plataforma de marketplace.


Varejista online chinesa tem grande publico e parceria deve beneficiar ambas as empresas (Foto: reprodução/NurPhoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


Com o acordo, o AliExpress agora passa a vender como vendedor no marketplace Magazine Luiza (3P), enquanto a empresa brasileira começa a vender produtos de seu próprio estoque na plataforma chinesa.

Ainda de acordo com o comunicado, o AliExpress vai oferecer itens da sua linha Choice, um serviço de compras premium, que inclui produtos com o melhor custo-benefício e melhores velocidades de entrega.

No entanto, no caso do Magazine Luiza, os produtos vendidos na plataforma chinesa serão itens de categorias bem duráveis e que contem com capilaridade logística e multicanalidade.

 “Nossa ideia é com o tempo ir ampliando o sortimento disponível nas duas plataformas

Presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano

Acordo vinha sendo formulado a meses

Ainda de acordo com o presidente da Magazine Luiza, ele disse que a empresa cobrará um “take-rate” do AliExpress nas vendas feitas por eles na plataforma brasileira, e o mesmo acontece ao contrário. Ainda de acordo com ele, as taxas vinham sendo negociadas nos últimos sete meses.