Marco Rubio critica condenação de Bolsonaro e promete resposta dos EUA

Após a condenação de Jair Messias Bolsonaro na última quinta-feira (11), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, prometeu que haverá anúncios nos próximos dias em resposta a sentença. Marco Rubio e o presidente dos EUA, classificam o julgamento como um “caça às bruxas”.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e  3 meses de prisão, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito por meios de violência, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, entre outros crimes.

Secretário dos EUA fala sobre condenação de Bolsonaro

Nesta segunda-feira (15), o secretário Marco Rubio, em entrevista à Fox News, após ser questionado diretamente sobre o decreto de prisão de Jair Bolsonaro, disse que o estado de direito no Brasil está se rompendo e criticou diretamente o Poder Judiciário e indiretamente o ministro Alexandre de Moraes.

Além disso, Marco afirmou que os EUA vai reagir, podendo adotar novas medidas contra o Brasil, mas destacou que a decisão será tomada ao longo da semana. Ele concluiu dizendo que o julgamento “é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial”.

A resposta é que o estado de direito está se rompendo. Você tem esses juízes ativistas – um em particular – que não apenas foi atrás do Bolsonaro, aliás, ele tentou exercer reivindicações extraterritoriais até mesmo contra cidadãos americanos ou contra alguém que posta online a partir dos Estados Unidos.”

Marco Rubio

Secretário de Estado dos EUA Marco Rubio (Foto: reprodução/Andrew Caballero – Reynolds/OGlobo)

Trump e Bolsonaro

Após o término da votação dos ministros, na última quinta-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já havia se pronunciado, declarando-se muito insatisfeito com o resultado do julgamento. Trump ainda fez uma comparação, afirmando que a condenação de Bolsonaro se assemelha ao que tentaram fazer com o seu governo: “Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem”, disse Trump.
Até o momento, não houve novas declarações nem do presidente, nem do secretário Marco Rubio, que está em Israel para cumprir compromissos oficiais.

Carlos Bolsonaro aponta delação de Cid como causa da condenação

Carlos Bolsonaro culpa Mauro Cid pela condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. O vereador do Rio de Janeiro se pronunciou nas redes sociais após a sentença e afirmou que a delação do ex-ajudante de ordens foi decisiva para a decisão judicial. Além disso, a repercussão foi imediata e aumentou as tensões no núcleo bolsonarista.

Carlos Bolsonaro reage à condenação do pai

Segundo o vereador, as declarações de Cid fundamentaram a decisão que considerou o ex-presidente culpado em um processo de grande repercussão. Carlos escreveu: “Parabéns, Mauro Cid!”, em tom crítico e indignado, reforçando a divisão entre antigos aliados. Por isso, ele busca transferir parte da responsabilidade pela condenação e mobilizar a base de apoio do pai.

A decisão judicial é uma das mais duras enfrentadas por um líder político brasileiro em décadas. Além disso, a repercussão internacional destacou a relevância das provas apresentadas. Analistas afirmam que Carlos Bolsonaro culpa Mauro Cid estrategicamente para proteger a imagem do ex-presidente e manter a fidelidade dos apoiadores.


Publicação feita por Carlos Bolsonaro em sua rede social (Foto: reprodução/X/@carlosbolsonaro)


Papel de Mauro Cid e impacto político da delação

Defensores da decisão lembram que a condenação não se baseou apenas no depoimento de Cid, mas também em outras evidências coletadas durante a investigação. Dessa forma, a crítica do vereador evidencia uma tentativa de proteger o ex-presidente e consolidar apoio político.

Enquanto isso, Mauro Cid segue como peça-chave em diversos processos que envolvem Bolsonaro. Sua colaboração com a Justiça, considerada fundamental, continua a provocar desconforto entre aliados do ex-presidente. Assim, ao culpar publicamente Cid, Carlos Bolsonaro reforça a polarização política e protege a imagem familiar.

O episódio mostra que delações podem alterar alianças históricas e que a comunicação direta é fundamental para enfrentar boatos e repercussões políticas. Consequentemente, a manifestação do vereador mantém o debate público intenso sobre o caso.

Bolsonaro é condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe e crimes vinculados

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em uma trama golpista após as eleições de 2022. A maioria foi formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, enquanto Luiz Fux votou pela absolvição.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República apontou cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.  A decisão é considerada um marco histórico no enfrentamento a ataques contra a democracia no Brasil, estabelecendo parâmetros inéditos para responsabilização de autoridades de alto escalão.

Provas e contexto político pesam na decisão do STF

Durante o julgamento, os ministros destacaram elementos que reforçaram a acusação contra Bolsonaro. Entre eles, estão as transmissões ao vivo em que o ex-presidente questionava o resultado das eleições sem apresentar provas, a minuta de decreto encontrada na casa de um ex-assessor e mensagens trocadas com militares que sugeriam a possibilidade de intervenção.


Ex-presidente sofre condenação por envolvimento em plano de golpe (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Para o relator, Alexandre de Moraes, tais ações configuraram uma estratégia organizada para tentar deslegitimar o processo eleitoral e abrir caminho para um golpe de Estado. Além disso, a Procuradoria-Geral da República ressaltou que os atos de 8 de janeiro de 2023 não foram isolados, mas consequência direta desse ambiente de incitação.

Os ministros também avaliaram que a participação de Bolsonaro em reuniões com aliados, nas quais se discutia a manutenção do poder mesmo após a derrota, reforçou a gravidade das condutas. Esses elementos foram decisivos para consolidar a pena aplicada.

STF condena Carla Zambelli a mais de cinco anos de prisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) a cinco anos e três meses de prisão. Além disso, ela perdeu o mandato parlamentar. O placar foi de nove votos a dois, seguindo o relator Gilmar Mendes.

A decisão ocorreu no plenário virtual. O ministro Luís Roberto Barroso foi o último a votar. Nunes Marques e André Mendonça divergiram em parte.

Acusação e episódio durante eleições

Zambelli foi acusada de perseguir armada o jornalista Luan Araújo em outubro de 2022, no bairro Jardins, em São Paulo. A Procuradoria-Geral da República apresentou a denúncia, aceita pelo STF em agosto de 2023.

Esta é a segunda condenação da deputada no STF. Na primeira, recebeu dez anos e oito meses por invadir sistemas do CNJ. Após a decisão, ela fugiu para a Itália, onde está presa e responde a processo de extradição.

Alexandre Correa se pronuncia após condenação por agressão

O empresário Alexandre Correa se manifestou pela primeira vez após ser condenado pela Justiça por agressão à ex-esposa, a apresentadora Ana Hickmann. A juíza Andrea Ribeiro Borges, da 1ª Vara Criminal de Violência contra a Mulher da capital paulista, determinou a pena de um ano de detenção em regime aberto, com substituição por suspensão condicional. Além disso, ele deverá pagar uma indenização de R$ 10 mil por danos morais à apresentadora.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Alexandre relatou que, apesar da decisão, não pretende desistir diante das dificuldades:

“Apesar de ter ficado decepcionado, porque eu acreditava na minha absolvição, eu acredito ainda isso deixa a gente um pouco balançado… Mas é aquela história: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Eu não vou parar, não vou desistir.”


Alexandre Correa em pronunciamento (Vídeo: reprodução/Instagram/@alexandrebellocorrea)


Violência

A agressão aconteceu em 11 de novembro de 2023, na mansão do casal em Itu–SP, durante uma discussão relacionada à gestão financeira da família. Segundo o relato de Ana, Alexandre a empurrou contra a parede, ameaçou com “cabeçadas” e prensou o braço dela na porta da cozinha. O filho do casal, Alezinho, presenciou parte do episódio.

Após a condenação, Ana declarou sentir-se aliviada e reforçou o temor que ainda sente do ex-marido:

“Eu tenho muito medo dele… sempre foi opressor, misógino e machista dentro de casa.”

Legado

Desde a denúncia, Ana Hickmann passou a usar sua voz publicamente para conscientizar sobre a violência doméstica. A apresentadora tem abordado o tema em entrevistas, palestras, workshops e também por meio de vídeos em seu canal no YouTube. Ana afirma que seu objetivo não é se vitimizar, mas transformar a dor em força, inspirando outras mulheres a romperem o silêncio e buscarem apoio.

Em diversas ocasiões, ela ressalta que o silêncio protege o agressor e defende a ampliação de políticas públicas, redes de acolhimento e apoio psicológico para vítimas. Sua atuação tem sido reconhecida como um exemplo de coragem, superação e engajamento social.

Alexandre Correa é condenado por violência contra Ana Hickmann

Nesta terça-feira (22), a Justiça de São Paulo condenou o empresário Alexandre Correa por agressão à ex-esposa, a apresentadora Ana Hickmann. A decisão é referente ao episódio de violência ocorrido em novembro de 2023, quando Hickmann registrou boletim de ocorrência acusando Correa de agressão física dentro da casa do casal, em Itu, no interior paulista.

Episódio de novembro marcou ruptura definitiva do casal

Na ocasião, a apresentadora relatou que foi empurrada contra uma parede e ameaçada durante uma discussão. O caso ganhou ampla repercussão e mobilizou campanhas de conscientização sobre violência doméstica. Desde então, Ana Hickmann passou a contar com medidas protetivas previstas pela Lei Maria da Penha, que impediram a aproximação de Alexandre.

Após a sentença, Ana Hickmann se manifestou publicamente pela primeira vez sobre o desfecho judicial. Em nota enviada à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, ela afirmou: “A justiça foi feita. Essa condenação representa não só a reparação de um episódio doloroso da minha vida, mas também um recado claro de que a violência contra a mulher não será mais silenciada.”

Medidas protetivas foram fundamentais para segurança da apresentadora

A apresentadora também destacou a importância do apoio legal às vítimas: “As medidas protetivas foram essenciais para que eu me sentisse segura. Muitas mulheres, infelizmente, não têm acesso a esse suporte e continuam em relações abusivas por medo ou falta de recursos.”

Correa, que sempre negou as acusações, pode recorrer da decisão. A pena ainda será detalhada nos próximos dias, mas a condenação já estabelece que ele deve manter distância de Hickmann e não poderá fazer contato direto com ela.


Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann é condenado por violência contra a apresentadora (Foto: reprodução/X/@Metropoles)

Desde o rompimento, Ana Hickmann tem se dedicado à carreira e à criação do filho do casal, Alexandre, de 9 anos. A apresentadora também tem usado suas redes sociais para encorajar outras mulheres a denunciarem situações de abuso.

Gonet conclui parecer e deve pedir condenação de Bolsonaro e aliados 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deverá encaminhar à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) até a próxima segunda-feira (14), data limite, parecer decisivo em relação à ação penal 2668, que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 30 réus. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e outros quatro ministros terão até setembro deste ano (2025) para concluir o caso.

Decisão de Gonet 

Nos bastidores, os advogados dos réus acreditam que o parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) será rigoroso. Mesmo após a decisão do presidente estadunidense, Donald Trump, em taxar os produtos brasileiros importados pelos EUA em 50%, como forma de pressionar autoridades do Brasil, inclusive, pela ampla anistia dos julgados nos atos antidemocráticos de 08 de janeiro de 2023, entende-se que Gonet seguirá o rito processual, com base nas provas colhidas até o momento, solicitando a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A pressão pela anistia dos réus tem se intensificado ao longo dos últimos dias. O ex-presidente Jair Bolsonaro, seus filhos Eduardo e Flávio, além de aliados e parlamentares, tem realizado diversas publicações em suas redes sociais alegando perseguição política. Com o apoio do presidente dos EUA Donald Trump uma “guerra de narrativas”, contra e a favor do ex-presidente, fortalece a polarização política no Brasil.


Publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, sobre o apoio recebido do presidente estadunidense Donald Trump (Foto: reprodução/X/@jairbolsonaro)

No entanto, além de Bolsonaro, outros sete réus considerados parte integrante do “núcleo 1” ou “núcleo crucial” da ação podem ser condenados pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado, grave ameaça contra o patrimônio da União, além de organização criminosa armada. Ao todo, neste processo, 30 pessoas estão sentadas no banco dos réus.

Condenação

A defesa dos réus entende que Paulo Gonet apresentará, em seu parecer, uma pena alta a ser cumprida por Bolsonaro. Levando em consideração que as denúncias oferecidas pela PGR apontam o ex-presidente como líder do que eles chamam de “atos golpistas”, o pedido de Gonet optará por uma pena entre 20 a 30 anos, inicialmente em regime fechado. A percepção dos advogados baseia-se em outras penas aplicadas pelo STF até o momento a outros réus condenados, os quais não tiveram papel crucial na ação.


Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, em depoimento no STF em 09 de junho de 2025 (Fotos: reprodução/Arthur Menescal/Bloomberg/Getty Images Embed)


A decisão de Paulo Gonet, será conhecida na íntegra nos próximos dias e leva em consideração não só as provas iniciais, mas também os depoimentos colhidos ao longo do julgamento. Tanto os depoimentos das testemunhas de defesa quanto das testemunhas de acusação foram essenciais para a elucidação do caso, conforme informou a PGR. Indicando que a pressão do presidente Donald Trump, feita nos últimos dias, não será levada em conta pelas autoridades brasileiras julgadoras da ação penal 2668.

Advogado de Diddy conta reação de colegas de cárcere de rapper após absolvição em acusações

Em entrevista à Associated Press, o advogado de defesa de Sean “Diddy” Combs, Marc Agnifilo, contou a reação dos colegas de confinamento do rapper diante da absolvição em três das cinco acusações que o cantor respondia. Estas acusações envolvem tráfico sexual e outros crimes. De acordo com Agnifilo, os companheiros de prisão do artista o aplaudiram de pé.

Segundo o advogado, os colegas de cela aplaudiram Combs por sua absolvição em acusações que o sentenciaram à prisão perpétua. “Todos disseram: “Nunca vemos ninguém que derrote a govemo“, contou o advogado.

Casos em que foi condenado

O rapper foi considerado culpado no caso de transporte para a prostituição das ex-namoradas, Cassie Ventura e uma mulher identificada como “Jane”. Além de suas condenações, Combs foi absolvido em três acusações: uma por associação criminosa que auxiliava o tráfico sexual e outras duas de tráfico sexual – que envolvem Cassie e outra ex – por força, fraude e coerção


P. Diddy e sua ex-namorada Cassie Ventura (Foto: reprodução/John Shearer/Getty Images Embed)


O advogado de Combs relatou que avisou o artista que ele poderia esperar ser preso por acusações de tráfico sexual depois que agentes federais invadiram as residências do cantor em março de 2024. “Eu falei: ‘Talvez seja o seu destino na vida ser o cara que vence”, contou. 

Depois do veredito, Combs murmurou aos jurados um “obrigado” e sorriu em meio ao aplauso de seus familiares e apoiadores. Os espectadores do julgamento aplaudiram os advogados do cantor e alguns gritaram “Equipe dos sonhos!” em comemoração

Integrante da equipe do Marc Agnifilo, Mitchell Epner, afirmou à Associated Press que o veredito foi uma grande vitória para a defesa e uma grande derrota para a acusação. Epner ainda disse que a equipe de defesa era realmente “dos sonhos” por ter vencido os promotores que quase não são derrotados.

Rapper continua preso

A Justiça de Nova Iorque recusou o pedido de fiança de Diddy horas após o veredito. O período de reclusão pelos crimes do rapper ainda não foi definido, mas a pena pode chegar a 20 anos. O juíz estabeleceu uma audiência de sentença para o dia 3 de outubro que pode ser antecipada caso haja pedido da defesa.


Sean “Diddy” Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)


Agnifilo contou que o rapper  “está indo bem” e afirmou que entra em contato com ele entre quatro a cinco vezes ao dia. O advogado revelou que o rapper “percebe que tem falhas, como todos os outros, nas quais nunca trabalhou”. Agnifilo ainda disse que Combs entende que suas falhas não podem ser apagadas por sua fama e sua fortuna.

Caso P. Diddy tem veredito final com absolvição de 3 acusações

Nesta manhã (2), o julgamento do rapper Sean “Diddy” Combs chegou ao veredito final, com absolvição de três acusações e condenação pelas outras duas. O caso que gerou tanta polêmica no mundo devido a popularidade de Diddy no meio artístico veio à tona no início de 2024 e em setembro do mesmo ano, Sean foi preso em Nova Iorque.

O veredito ocorreu por meio de julgamento com um grupo de 12 júris e agora o juiz irá decidir a pena para cada condenação do magnata da indústria musical. Os crimes pelos quais P.Diddy estava enfrentando em corte eram de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição.

Veredito final

Com duas condenações e três absolvições, o rapper agora aguarda sua pena, que vai ser decidida pelo juiz Arun Subramanian. As duas condenações são pelo crime de transporte para prostituição e as três absolvições são por uma acusação de conspiração de extorsão e duas de tráfico sexual por força, fraude ou coerção. Ambos os crimes absolvidos são considerados os mais graves entre os cinco indiciamentos.

Com relação as duas acusações por tráfico sexual, as vítimas eram Cassie Ventura, “Jane” e trabalhadoras do sexo comercial. Cassie e “Jane” são ambas ex-parceiras do rapper e tiveram relações duradouras com ele. Entretanto, “Jane” é um pseudônimo para o verdadeiro nome da ex-namorada de Diddy, depondo anonimamente.


Janice Combs, mãe de Sean “Diddy” Combs deixando o Tribunal Federal de Manhattan após o veredito (Foto: reprodução/Timothy A. Clary/Getty Images Embed)


Pena pelas condenações 

Sean foi condenado pelas duas acusações com menor tempo de prisão, tendo em média pena máxima de 10 anos por cada crime. Contudo, o juiz ainda irá decidir os anos que o magnata irá cumprir, cabendo a ele a decisão pela pena imposta a Diddy. 

Os outros três indiciamentos tem como penas as mais rigorosas entre as cinco. A acusação de conspiração de extorsão é a punição mais pesada, com sentença máxima de prisão perpétua. Já as acusações por tráfico sexual – nas quais as vítimas são suas ex-namoradas e trabalhadoras do sexo comercial – tem entre sentença mínima de 15 anos e máxima de prisão perpétua.

Moraes pede investigação de juiz que soltou responsável por relógio quebrado no 8 de janeiro

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a polícia do Supremo investigue o juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, do TJ de Minas Gerais. O juiz mandou soltar Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi condenado a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro.

Segundo Moraes, o juiz de Uberlândia agiu além do que estava autorizado. Ele afirmou que não houve nenhuma decisão do STF que desse ao magistrado permissão para algo além de emitir o atestado de pena do réu.

Decisão de Alexandre de Moraes

Na quinta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes voltou a decretar a prisão de Antônio Ferreira, acusado de destruir o antigo relógio de Balthazar Martinot no Palácio do Planalto. Na decisão, Moraes destacou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais agiu sem ter autoridade para isso e libertou o réu antes do prazo permitido pela legislação.


Ministro Alexandre de Moraes e Antônio Cláudio Alves Ferreira, réu pelo 8/1 (Foto: Reprodução/X/@republiqueBRA)


No mandado de prisão, o ministro explicou que, apesar de o réu não ter antecedentes criminais, ele foi condenado por crimes com uso de violência e ameaça grave. Por isso, só poderia ir para o regime semiaberto após cumprir pelo menos 25% da pena — e essa decisão caberia apenas ao Supremo Tribunal Federal. “O réu é primário e foi condenado por crimes cometidos com violência e grave ameaça […]”

Alegação do Juíz de Uberlândia

Na segunda-feira (16), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou a soltura de Antônio Ferreira. O juiz responsável avaliou que ele já tinha direito à progressão do regime fechado para o semiaberto.

Na decisão, o magistrado afirmou que, como o estado não dispõe de tornozeleiras eletrônicas no momento, a libertação deveria acontecer mesmo assim. Antônio estava preso há quase um ano e meio.

“O preso não pode ser penalizado pela lentidão do Estado”, escreveu o juiz. Por isso, determinou que ele fosse solto de imediato e incluído na lista de espera para receber o equipamento eletrônico.