STF determina início da pena por conspiração golpista

Na tarde desta terça-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma “trama golpista” destinada a subverter a ordem democrática do país.

Condenação e crimes atribuídos

A condenação de Bolsonaro e de outros sete réus — militares de alta patente e ex-ministros — ocorreu em setembro de 2025, após o veredito da Primeira Turma do STF. Ele foi considerado culpado de pelo menos cinco delitos graves: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, planejamento de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A sentença histórica representa a primeira vez que um ex-presidente brasileiro é condenado a uma pena longa por atentado contra a democracia, constituindo um marco significativo na história política e jurídica do país.

Fim de recursos e decisão irrevogável

Essa terça-feira também foi marcada pelo reconhecimento do “trânsito em julgado” do processo: a defesa de Bolsonaro optou por não apresentar novos embargos de declaração dentro do prazo, tornando a decisão definitiva. Com isso, não há mais possibilidade de recursos, e a pena entrou em fase de execução.

Na mesma data, o STF expediu mandados de prisão para todos os condenados do chamado “núcleo 1” da trama golpista, entre eles generais, ex-ministros e ex-diretor de serviço de inteligência.


Ex-presidente em coletiva de imprensa (Foto: reprodução / Lula Marques / Agência Brasil)


Onde Bolsonaro será mantido

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro permanecerá detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde já cumpre prisão preventiva desde o último sábado (22). A cela destinada ao ex-presidente — com aproximadamente 12 m² — passou por uma reforma recente para atender às condições mínimas de custódia. O espaço conta com cama de solteiro, armários embutidos, mesa de apoio, televisão, frigobar, ar-condicionado, uma pequena janela e banheiro privativo, garantindo um ambiente mais estruturado do que o padrão comum do sistema prisional brasileiro.

Ademais, Moraes estabeleceu que Bolsonaro tenha acesso completo a cuidados médicos, com um regime de plantão constante para possíveis emergências ou acompanhamento contínuo da saúde, algo visto como fundamental devido ao histórico de procedimentos médicos do ex-presidente. Além de marcar o início da fase de execução da pena, a decisão demonstra o compromisso da Corte em garantir condições adequadas de custódia.

Reações políticas e institucionais

A condenação e execução da pena representam um divisor de águas no Brasil. Judicialmente, mostram que até figuras de alto poder — inclusive ex-presidentes e militares — podem ser responsabilizadas por ataques à democracia. Para muitos analistas, trata-se de um marco de consolidação das instituições democráticas.

Do ponto de vista político, a decisão debilita a influência de Bolsonaro no ambiente nacional. Relatos recentes mostram queda da mobilização de sua base nas ruas, e poucas manifestações de apoio de grande escala desde a detenção.

Para a comunidade internacional, a decisão fortalece a percepção de que o Brasil é um país disposto a punir tentativas de ruptura institucional, mesmo que de forma tardia. Isso pode contribuir para melhorar sua reputação democrática perante governos estrangeiros e organismos multilaterais.

O que está em jogo: consequências e próximos passos

Com a pena sendo cumprida no regime fechado, Bolsonaro deve permanecer detido até que existam motivos legais para progressão (como bom comportamento, atestado de saúde, entre outros) ou até que a Justiça decida por regime mais brando. A permanência na PF não é definitiva — ele pode ser transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima, ou para uma cela especial, conforme prevê a legislação.

Especialistas alertam que a decisão envia um recado forte: a impunidade para crimes contra o Estado Democrático de Direito não será mais garantida, mesmo quando envolver altas patentes ou ex-chefes de governo. Isso possivelmente desencoraja futuros atentados institucionais.

Em contrapartida, existe o perigo de polarização, com uma parcela da população interpretando a condenação como “perseguição política” e seus apoiadores buscando mobilizações ou pressões institucionais. Até agora, no entanto, o movimento tem sido discreto.

Hunter Biden é condenado por comprar arma enquanto fazia uso de drogas ilícitas

Considerado culpado pelo júri do Tribunal de Delaware por mentir sobre uso de drogas no formulário de aquisição de armas, Hunter Biden pode ser sentenciado a até 25 anos de prisão e pagar 4 milhões em multas. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (11), após o veredito do júri, porém, a sentença ainda não foi determinada pelo tribunal e deverá ser despachada pela juíza responsável, Maryellen Noreika, daqui a 120 dias.

Apesar do caso de Hunter Biden ter ocorrido em 2018, ele foi considerado culpado, nesta terça (11), por três crimes ao mentir sobre o uso de drogas ilícitas para poder adquirir a arma. Como ele é réu primário, a penalidade pode ser menor.

O que aconteceu

A declaração emitida por ele em 2018, segundo a acusação, foi assinada sob a afirmativa de que Hunter não consumia drogas, apesar de naquele momento ser usuário de crack e outras substâncias ilegais.


Hunter Biden é acusado por crime de 2018, sobre porte de arma ilegal (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O depoimento da cunhada, que também foi sua ex-namorada, reforçou o caso aos promotores com o relato de ter encontrado a arma na caminhonete de Hunter Biden, junto com restos de crack. A aquisição e porte de arma de fogo, quando era usuário, violou a Lei Federal americana, estabelecida no “Gun Control ACT” (Lei de Controle de Armas), de 1968.

A cláusula diz que é ilegal para usuário ou viciado em quaisquer substâncias controladas, comprar ou possuir arma de fogo. Essa restrição se aplica a todas as substâncias controladas: drogas ilícitas, medicamentos prescritos e álcool. A violação da lei pode resultar em série de penalidades legais.

Presidente Joe Biden se pronuncia

Pela primeira vez na história dos EUA, um filho de presidente em exercício é julgado e condenado criminalmente. A instância federal na qual o crime tramita poderia ser perdoada ou comutada (poupar de cumprir sentença) pelo pai. “Aceitarei o resultado deste caso e continuarei a respeitar o processo judicial enquanto Hunter considera uma apelação”, comentou Joe Biden, sobre o caso, na última semana. Ou seja, o presidente dos Estados Unidos não deverá anistiar o filho.

Trump perde R$ 2,4 bilhões após condenação por fraude fiscal e discurso de ataque

O patrimônio do ex-presidente Donald Trump teve um déficit de cerca de R$ 2,4 bilhões, em menos de 24h. Na quinta-feira (30), segundo a Forbes, Trump era a 352ª pessoa mais rica do mundo, já nesta sexta-feira (31), a queda é avaliada pela desvalorização das ações da empresa de mídia social, Tump Media & Technology Group (TMTG), mediante a condenação por fraude contábil de suborno para acobertar o caso com a atriz pornô, Storm Daniels e evitar impacto nas eleições de 2016.


Forbes Brasil aponta valores sobre os patrimônios de Trump: Clube de golfe e resorts: US$ 730 milhões (28,85%)
Imóveis em Nova York: US$ 720 milhões (28,46%), etc (Foto: reprodução/Forbes)

O ranking dos bilionários da Forbes colocava-o na posição 352ª, mas quem mensura a queda é a bolsa de Nasdaq, em Nova York, que apontava até as 13h50 de hoje, a queda de 7,30% da fortuna.

Déficit no patrimônio de Donald Trump

A TMTG tem como produto principal, a venda de ações em uma espécie de rede social parecida com o X (Twitter). A desvalorização do patrimônio quanto das ações da companhia aconteceram diante de sua condenação ser rechaçada por ele, como “apenas um delito leve”, e ao discurso que atacou em série, Joe Biden, os imigrantes, etc.

Segundo o analista de investimento que, deu entrevista ao g1, Vitor Miziara, a alta se deu também, após a condenação de Trump, pois havia uma certa expectativa do mercado, de que ele não fosse condenado.

As ações da TMTG foram listadas na bolda de Nova York, Nasdaq após uma fusão com outra empresa, reconhecida como Digital World Acquisition. Foi quando houve uma valorização da TMTG em 40% no mercado, que, declinou na semana seguinte em 30%.

Em abril deste ano, o quadro apresentou piora após a apresentação do balanço de 2023. Foi somente no início do julgamento de Trump, que as ações da empresa passaram a subir.

Panorama do patrimônio de Trump

Apesar de responder a 60% das ações da TMTG, Trump possui diversos investimentos que se desdobram em outros investimentos. A exemplo, a The Trump Organization, ela faz a gestão de todas as outras empresas ligadas a ele, e aos filhos (empresa familiar).

Desse modo, a família é responsável por empresas imobiliárias, hotéis, resorts, corretagem etc.