Na manhã desta sexta-feira (10), o Brasil apresentou, talvez, sua atuação mais convincente sob o comando de Carlo Ancelotti. Com personalidade, intensidade e alto nível técnico, a Seleção Brasileira atropelou a Coreia do Sul por 5 a 0, no Estádio da Copa do Mundo, em Seul, em amistoso que abre a série de seis jogos antes da convocação definitiva para a Copa do Mundo de 2026. Os gols foram marcados por Estêvão e Rodrygo, duas vezes cada, além de Vini Jr., que fechou o placar.
Mesmo com forte chuva e diante de aproximadamente 65 mil torcedores que apoiavam fervorosamente os donos da casa, o Brasil não se intimidou. A equipe dominou do início ao fim, mostrando repertório ofensivo e disciplina tática, aspectos que Ancelotti vem tentando consolidar desde que assumiu o cargo.
Quarteto ofensivo comanda início arrasador
A escolha de Carlo Ancelotti por escalar um quarteto ofensivo foi determinante para a atuação avassaladora. Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha formaram a linha de frente, enquanto Casemiro e Bruno Guimarães garantiam o equilíbrio no meio-campo, mas com liberdade para se aproximar da área. Essa movimentação resultou nos dois primeiros gols ainda no primeiro tempo.
Aos 12 minutos, Bruno Guimarães encontrou espaço entre os zagueiros e deu passe preciso para Estêvão, que finalizou com categoria para abrir o marcador. O gol precoce deu tranquilidade à Seleção, que manteve a posse de bola e pressionou constantemente a saída adversária.
Pouco antes do intervalo, Casemiro brilhou ao recuperar a bola e acionar Rodrygo. O atacante do Real Madrid não desperdiçou e ampliou a vantagem, marcando seu oitavo gol em 34 jogos pela equipe nacional.
Do outro lado, a Coreia do Sul, 23ª colocada no ranking da Fifa, apostava em um esquema fechado, mas não encontrou formas de conter a pressão alta brasileira. Mesmo com a torcida empurrando, o time asiático sofreu para criar qualquer chance de perigo.
Melhores mmentos da vitória brasileira sobre os coreanos (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)
Erros coreanos selam goleada brasileira
Na volta do intervalo, os donos da casa tentaram modificar a postura com uma alteração no meio-campo, mas logo sofreram dois golpes fatais. Com apenas dois minutos jogados, Estêvão aproveitou falha de Kim Min-Jae na saída de bola, roubou no limite da área e bateu firme para fazer o terceiro do Brasil.
Sem tempo de respirar, a Coreia voltou a errar. Casemiro pressionou no setor ofensivo, recuperou a posse e rapidamente acionou Vini Jr., que, com inteligência, deixou Rodrygo em condições de marcar o quarto gol. Em menos de cinco minutos, a partida já estava definida.
Com o placar elástico, Ancelotti utilizou a etapa final para rodar o elenco. Foram seis substituições, entre elas a estreia de Paulo Henrique, lateral do Vasco, que entrou em campo pela primeira vez com a camisa da Seleção. Carlos Augusto, André, Lucas Paquetá, Richarlison e Igor Jesus também tiveram minutos.
Mesmo com tantas trocas, o nível de intensidade permaneceu alto. Aos 32 minutos, Vini Jr. aproveitou jogada bem trabalhada e anotou o quinto gol, coroando uma atuação coletiva de alto padrão.
Preparação para novos desafios
O resultado expressivo em Seul reforça a confiança da Seleção Brasileira neste início de trajetória rumo ao Mundial de 2026. Além de demonstrar solidez defensiva e criatividade no ataque, o time mostrou que pode se adaptar a diferentes cenários de jogo, um ponto destacado por Carlo Ancelotti após o apito final.
A vitória também evidencia a ascensão de jovens talentos, como Estêvão, que, mesmo em início de carreira, teve papel de protagonista com dois gols e muita personalidade. A integração entre jogadores experientes e novos nomes parece ser uma das chaves do trabalho do treinador italiano.
Agora, o Brasil se prepara para o segundo amistoso da excursão pela Ásia. Na próxima terça-feira (14), a Seleção enfrenta o Japão em Tóquio, às 7h30 (horário de Brasília). Será mais uma oportunidade para Ancelotti observar o elenco e testar variações antes da reta final de preparação para a Copa do Mundo. Se a atuação contra a Coreia do Sul servir de parâmetro, o torcedor brasileiro pode começar a sonhar com uma equipe mais madura, criativa e competitiva, capaz de recuperar o protagonismo perdido nos últimos anos.
