Kamala Harris lançará livro sobre período de sua campanha à presidência de 2024

A ex-vice-presidente e ex-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, lançará seu livro chamado “107 Days”, no dia 23 de setembro pela editora Simon & Schuster. No dia 24 de setembro, um dia após o lançamento oficial, ela estará em New York para o início da sua turnê. 

Essa turnê contemplará 15 cidades, passando por estados nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. “107 Days” em tradução livre, “107 dias” remete ao período de campanha de Kamala à presidência dos Estados Unidos, que ao final perdeu para o atual presidente Donald Trump, candidato na época pelos Republicanos.

Ato de nobreza ou imprudência?

A jornalista da CNN Brasil, Mariana Janjácomo leu o livro e comentou sobre alguns trechos. Harris comentou que ao analisar hoje vê que foi uma imprudência permitir que Joel Biden concorresse a presidência novamente, a ex-candidata à presidência comenta que era uma escolha que tinha que ser feita além de ego ou ambição, mas sobre vencer o outro candidato. Kamala comentou também que sentiu uma falta de apoio do lado da Casa Branca, entende sua parte pela derrota, porém acreditava que o apoio da Casa Branca e os democratas poderia ter sido maior.


Foto: Matéria sobre livro “107 Days” da Ex-vice-presidente e ex-candidata Kamala Harris (Foto: reprodução/X/@CNNBrasil)

Em alguns momentos de ataque da oposição Harris sentia que a Casa Branca não a protegia e destacava os aspectos positivos e conquistas como vice-presidente. Kamala afirma que a Casa Branca pensava que se destaque muito ela, estariam diminuindo os feitos de Biden, portanto o não fizeram, mas no ponto de vista de Harris, engrandecer ela estaria engrandecendo Biden junto. 

Lealdade a Biden e Futuro

Kamala Harris demonstrou em todo período de governança de Biden e até o tempo que foi candidata à presidência uma grande lealdade ao ex-presidente Joel Biden, principalmente após os debates de junho de 2024, onde Biden demonstrou um pouco de cansaço e confusão nas palavras, e houve uma grande pressão que ele renunciasse à candidatura. Kamala mantivesse ao lado dele, mesmo acreditando que naquele momento o melhor era ele renunciar, porém, ela temia que ele pensasse que Harris diria isso para tomar a candidatura dele. 


Kamala Harris ao lado de Joel Biden na Casa Branca (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


No livro: “Original Sin: President Biden’s Decline, Its Cover-up, and His Disastrous Choice to Run Again” de Jake Tapper & Alex Thompson, tem uma parte que alega que os democratas e a Casa Branca escondem a condição de saúde de Biden, entretanto Kamala afirma que nunca foi escondido a real saúde do ex-presidente americano. Harris ainda alfineta ao dizer

“No seu pior dia, ele ainda tinha mais conhecimento, era mais capaz de exercer julgamentos e muito mais compassivo do que Donald Trump em seu melhor dia. Mas, aos 81 anos, Joe ficou cansado. Foi então que sua idade começou a aparecer em tropeços físicos e verbais.” 

Kamala Harris anunciou que não concorreria à eleição do próximo ano para governadora da Califórnia, estado que representou no Senado e onde trabalhou como procuradora. Isso muito provavelmente porque Harris deve se candidatar novamente em 2028 para concorrer à presidência dos EUA.

Trump e Casa Branca afirmam que carta atribuída ao presidente para Epstein é falsa

Nesta segunda-feira (8), o Partido Democrata tornou pública a suposta carta que o presidente dos EUA, Donald Trump, teria enviado ao bilionário Jeffrey Epstein em 2003, a qual contém um desenho de uma mulher nua. O presidente nega ter enviado o documento e processou o jornal que divulgou a notícia originalmente.

Conteúdo da carta

Em julho deste ano, o jornal The Wall Street Journal noticiou o conteúdo da suposta carta enviada por Trump a Epstein em 2003, para comemorar o aniversário de 50 anos do bilionário,. O documento, agora com imagens divulgadas pelo Partido Democrata, inclui a silhueta de uma mulher desenhada, dentro da qual há um diálogo datilografado. Uma das frases é: “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo”. Na parte inferior do desenho aparece a assinatura atribuída a Donald Trump.


Suposta carta de Donald Trump para Jeffrey Epstein (Foto: reprodução/ Partido Democrata/G1)

Ainda de acordo com informações do WSJ, os Democratas tiveram acesso ao documento diretamente pelos advogados de Epstein.


Presidente Donald Trump em perfil do Partido Democrata (Vídeo: reprodução/Instagram/@thedemocrats)


Após a divulgação, o presidente negou ter escrito a carta, afirmando: “Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras”. Além disso, Trump abriu um processo contra o veículo que publicou a notícia, solicitando uma indenização de US$ 10 bilhões.

Quem foi Epstein?

Jeffrey Epstein foi um empresário bilionário norte-americano, acusado de diversos crimes, incluindo abuso sexual e tráfico de menores. Em 2005, começou a ser investigado, e em 2008 se declarou culpado como parte de um acordo, recebendo uma pena de apenas 13 meses de prisão, porém, com ampla liberdade condicional.


Empresário Jeffrey Epstein (Foto: reprodução/New York State Division of Criminal Justice Services/G1)

Em julho de 2019, Epstein foi preso novamente, também pela acusação de tráfico de menores, e, em agosto do mesmo ano, foi encontrado morto em sua cela. A causa da morte foi registrada oficialmente como suicídio.

A suposta carta enviada a Trump para Epstein, foi escrita no ano de 2003, 2 anos antes do início das investigações contra o financista.

Trump planeja grande operação de imigração em Chicago

O governo Donald Trump se prepara para realizar uma operação de grande escala voltada à fiscalização da imigração em Chicago. A ação deve começar na sexta-feira, 5 de setembro, e marca um novo atrito entre o presidente e cidades lideradas por democratas, que adotam políticas que limitam a cooperação com autoridades federais. Além disso, a iniciativa sinaliza um reforço na atuação federal em áreas com políticas de “santuário”.

Segundo fontes, o plano inclui o aumento do efetivo de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Também, outras agências federais podem participar. Veículos blindados estão sendo enviados à cidade e, caso seja necessário, a Guarda Nacional poderá atuar para reforçar a segurança.

Contexto da operação em Chicago

Chicago já recebeu operações federais de imigração durante o governo Biden. Esse aumento ocorreu principalmente após a chegada de mais imigrantes pela fronteira sul, intensificada por decisões do governador do Texas, Greg Abbott, que enviou pessoas para cidades democratas.

Durante o governo Trump, a cidade enfrentou processos federais relacionados às políticas de “santuário”. No entanto, a Justiça decidiu que o governo federal não tinha legitimidade para contestar a medida. Além disso, tentativas de suspender repasses federais foram bloqueadas.


Operação contra imigrantes ilegais nos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Planejamento da ação federal

As autoridades da Casa Branca afirmam que o planejamento segue em andamento. Em paralelo, negociações estão em curso para utilizar uma base naval ao norte de Chicago como centro de operações. O czar da fronteira, Tom Homan, disse que mobilizará “um grande contingente”, sem detalhar números.

Gregory Bovino, responsável pelas operações de imigração em Los Angeles, deve liderar a ação em Chicago. Por sua vez, um representante da Segurança Interna destacou que o DHS tem atuado para remover criminosos de alto risco, incluindo membros de gangues e autores de crimes graves. Dessa forma, o objetivo é proteger as comunidades americanas.

Reações políticas locais

O governador de Illinois, JB Pritzker, criticou a operação. Ele acusou o governo federal de “militarizar cidades e tentar minar a democracia”. Vale destacar que afirmou que nem seu gabinete nem o prefeito de Chicago foram consultados sobre o envio de forças federais. Segundo Pritzker, faltou coordenação com as autoridades locais.

De acordo com autoridades da Casa Branca, a operação de imigração é distinta de planos do presidente para reforçar a segurança pública em Chicago. Dessa forma, esses planos visam combater a criminalidade doméstica de forma mais ampla, semelhante às ações em Washington, D.C.

Trump acusa democratas de subornar Beyoncé e pede processo contra Kamala Harris

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Partido Democrata de pagar US$11 milhões à cantora Beyoncé. A princípio, o pagamento teve finalidade de garantir seu apoio à candidatura de Kamala Harris nas eleições presidenciais de 2024. Trump fez as declarações na rede Truth Social e afirmou que o pagamento configuraria compra de endosso político, o que, segundo ele, é ilegal.

Por outro lado, senadores democratas acusaram Trump de “abuso de poder” por adotar tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros. Nesse ínterim, o ex-presidente norte-americano Barack Obama pediu que o Partido Democrata adote uma postura mais firme. Ele também destacou a insatisfação popular e internacional com o rumo que os Estados Unidos têm seguido no novo mandato de Donald Trump, do Partido Republicano.

Acusações e contexto eleitoral

Na publicação, Trump criticou o uso da música Freedom, de Beyoncé, durante a campanha de Harris, que transformou o hit em símbolo dos eventos democratas. Poucos dias antes da eleição, Beyoncé subiu ao palco de um comício e declarou apoio a Kamala Harris com um discurso voltado à maternidade e à representatividade feminina.

Além disso, Donald Trump já havia acusado os democratas de pagarem US$3 milhões a outras celebridades, considerando o ato ilegal e parte de um “golpe eleitoral”. Trump pediu que Kamala Harris e todas as personalidades supostamente beneficiadas sejam processadas.


Beyoncé durante comício de Kamala, em 2024 (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Reações e rumores desmentidos

No ano passado, durante as eleições presidenciais americanas, Kamala Harris, então candidata democrata, recebeu apoio de celebridades como Oprah Winfrey, Katy Perry e Lady Gaga. Em novembro de 2024, Tina Knowles, mãe de Beyoncé, negou boatos sobre supostos pagamentos à artista. A equipe de Beyoncé também decidiu não comentar as novas acusações.

O episódio ocorre em meio a tensões entre republicanos e democratas após a vitória de Trump em 2024. Assim, permanece um cenário entre senadores democratas criticando o atual presidente por ações consideradas retaliatórias contra opositores, e, de outro lado, o presidente dos EUA pedindo processo às ilegalidades políticas.

Governo Trump amarga derrota na Suprema Corte de Wisconsin

O governo Trump sofreu um baque direto nesta terça-feira (1) ao perder a eleição da vaga de juiz para a Suprema Corte do estado de Wisconsin. Com a eleição de Susan Crawford, a ala liberal manteve a maioria democrata no tribunal. 

A juíza Crawford derrotou o conservador republicano Brad Schimel, que foi procurador-geral do estado. Schimel reconheceu a vitória em um telefonema à democrata e em um discurso para os seus apoiadores. A vencedora liderou a eleição com 9 pontos de vantagem com uma margem aproximada de 191 mil votos e 88% da contagem dos votos. 

Supremas Cortes estaduais

Cada estado americano tem a sua própria Suprema Corte, equivalente à segunda instância da Justiça brasileira. Questões que interferem em regras eleitorais locais, por exemplo, são decididas nessas cortes estaduais. Em 38 dos 50 estados americanos, é o povo que elege os magistrados. 

Em Wisconsin, o tribunal é composto por sete juízes. Três mantêm uma linha ideológica próxima ao Partido Republicano, partido do presidente Donald Trump, e quatro eram mais alinhados às políticas do Partido Democrata. Com a abertura de uma vaga, o governo Trump tentou eleger um candidato aliado e manter a maioria da corte a seu favor. 

Bilionário derrotado

Susan celebrou ao lado de seus apoiadores em Madison, na capital do estado. “Tenho que dizer a vocês, como uma menina que cresceu em Chippewa Falls, eu nunca poderia imaginar que estaria confrontando o homem mais rico do mundo em favor da justiça e por Wisconsin. E vencemos!”, disse Crawford. 

Os democratas consideram a conquista um passo à frente em direção ao seu objetivo de recuperar a maioria na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos em 2026. 

Esta noite, o povo de Wisconsin rejeitou de maneira firme a influência de Elon Musk, Donald Trump e dos interesses especiais de bilionários.

Ken Martin, presidente do Comitê Nacional Democrata

Segundo a Reuters, aparentemente os eleitores estavam conscientes dos desdobramentos desta eleição em outros estados. O eleitor West Roberts, de 26 anos, antes do encerramento da votação na noite de terça, disse que “apoiar pessoas comuns é mais importante do que apoiar pessoas que estão dando respaldo a Elon Musk ou aos multimilionários”

Em contrapartida, na cidade de Genesse, o aposentado Gary Christenson prometeu votar em Schimel. “Se um liberal entrar aqui, eles vão continuar a tentar destruir os esforços de Trump em enxugar o governo”, disse o eleitor republicano. 

O presidente Trump preferiu não comentar sobre a derrota em uma uma rede social. Ao invés disso, comemorou a vitória de uma medida favorável em uma votação à parte no estado que tinha maior importância de identificação com seus eleitores. 

Durante a corrida para a vaga na Suprema Corte estadual, o presidente Trump defendeu o patriotismo de Schimel nas redes sociais e acusou Crawford de “liberal de esquerda radical”, acusando-a de libertar pedófilos e estupradores, afirmando que sua eventual vitória seria um desastre. 


Empresário Elon Musk compartilha postagem em que Trump acusa Susan Crawford de libertar pedófilos e estupradores (Foto: Reprodução/X/@elonmusk)

Milhões de dólares gastos na campanha

De acordo com o Centro Brennan, da Universidade de Nova Iorque, esta campanha se tornou a competição judicial mais cara na história norte-americana, com gastos que ultrapassaram os 90 milhões de dólares, gastos pelos candidatos, pelos partidos estaduais e outros grupos de apoio. A campanha de Shimel gastou mais de 53 milhões de dólares, enquanto a campanha de Crawford investiu mais de 45 milhões. 

O assessor do presidente norte-americano, Elon Musk, foi até Wisconsin e empreendeu esforços para a campanha do candidato de Trump. Com o equilíbrio do tribunal em risco, Musk e grupos políticos aliados investiram mais de 21 milhões de dólares para a campanha do rival de Crawford. 

No domingo, dia 31 de março, Musk entregou pessoalmente cheques de um milhão de dólares a eleitores durante um comício da campanha de Brad Schimel, o que os democratas consideram ilegal. No entanto, a ação não foi suficiente e o governo Trump teve o seu primeiro grande fracasso no teste eleitoral do seu segundo mandato. 


Elon Musk presentei eleitor com um cheque de $1 milhão de dólares durante evento de campanha em Wisconsin (Reprodução/Jeffrey Phelps/AP)

Apesar do golpe em Wisconsin, Trump e seus aliados puderam comemorar o sucesso de duas eleições suplementares para a Câmara dos Representates na Flórida, que manteve a maioria republicana. 

Relevância de Wisconsin na política americana

O estado de Wisconsin, localizado no Meio-Oeste do país, é um dos estados-pêndulos dos Estados Unidos, considerados aqueles que podem dar a vitória para qualquer um dos lados partidários na corrida presidencial e mantém o suspense até o fim da contagem de votos. 

Wisconsin é uma velha briga entre democratas e republicanos e foi palco para as vitórias de Barack Obama em 2008 e 2012. Os progressistas dominavam o estado desde o fim dos anos 1980, porém Hillary Clinton inesperadamente perdeu a eleição para Trump no estado em 2016. 

Em 2020, Biden derrotou Trump em Wisconsin com uma diferença de apenas 20 mil votos. Desde então, é difícil prever se quem vence ali é o campo conservador ou o progressista. 

O progressismo político na história americana nasceu em Wisconsin durante as décadas de 1890 e 1900. O estado é pioneiro na adoção de direitos do trabalho, reformas econômicas, sociais e educacionais, além de ter sido o primeiro estado do país a abolir a pena de morte. Wisconsin também foi pioneiro por ser um grande centro educacional. A primeira universidade norte-americana a aceitar cursos na modalidade a distância, por meio de correspondências, e o primeiro jardim de infância norte-americano foram criados naquele estado. 

Wisconsin possui um dos maiores rebanhos de gado bovino e é o maior produtor de queijo e manteiga. Também é o segundo maior produtor de leite dos Estados Unidos. Porém, no momento, as principais atividades que movimentam a economia são a prestação de serviços financeiros e imobiliário, a indústria manufatureira e o turismo. 

Processos contra Donald Trump são encerrados e presidente eleito comemora

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vinha enfrentando as autoridades americanas em dois casos criminais, um de subversão eleitoral e outro sobre a posse ilegal de documentos confidenciais da Casa Branca. Nesta segunda-feira (25), o procurador especial Jack Smith anunciou que desistiu das investigações. Donald Trump se pronunciou após o anúncio.

Esses casos, como todos os outros casos pelos quais fui forçado a passar, são vazios e sem lei, e nunca deveriam ter sido apresentados”.

Donald Trump

Pressão para encerrar os processos

O Partido Republicano e a defesa de Donald Trump estiveram, nos últimos dias, pedindo que as acusações contra o presidente eleito fossem retiradas. O pedido foi motivado pela vitória eleitoral do ex-presidente, garantindo que ele possa assumir o cargo em janeiro de 2025.


Defesa de Donald Trump argumenta que processos não faziam sentido após a vitória (Foto: reprodução/ X/ @AlertesInfos)

Em declaração, Trump diz ter vencido todas as possibilidades, ele fez várias críticas ao processo e disse que se tratava de um sequestro político. Em comemoração, ele disse:

Ainda assim, eu perseverei, contra todas as probabilidades, e GANHEI. FAÇA A AMÉRICA GRANDE DE NOVO!”.

Donald Trump

As acusações contra Trump foram um recurso bastante utilizado pela campanha democrata. Kamala Harris, que foi procuradora-geral na Califórnia, sempre demonstrou opiniões fortes sobre os processos, ela defendia que o então candidato republicano deveria ser condenado.

Casos estaduais continuam

Trump também enfrenta a Justiça nas cortes estaduais da Geórgia e Nova York. No entanto, ele não pode interferir nesses processos por não fazerem parte da jurisdição federal. Porém, os responsáveis pelos processos irão enfrentar desafios relacionados à imunidade do presidente eleito, o que poderiam impedir eventuais condenações.

O juiz que supervisiona o caso criminal de suborno de Trump em Nova York adiou sua sentença de forma indeterminada. O presidente eleito também enfrenta uma condenação por 34 acusações de falsificações de registros comerciais. As falsificações podem ter sido usadas para encobrir pagamentos de suborno na campanha presidencial de 2016. Os subornos teriam sido feitos para a estrela de filmes adultos, Stormy Daniels, que afirma ter tido um caso anterior com o então candidato, porém Donald Trump nega o caso.

Trump se diz confiante ao votar, mas não tem discurso de vitória pronto

Nesta terça-feira (5), milhões de americanos estão indo às urnas para decidir o futuro do país e o presidente que governará pelos próximos quatro anos. O ex-presidente e atual candidato, Donald Trump, votou à tarde em um centro recreativo em Palm Beach, perto de Mar-a-Lago, próximo a uma das mansões dele. Trump chegou por volta das 13h30 e o local foi isolado por agentes do Serviço Secreto e patrulha de helicóptero. Ao falar com a imprensa, Trump falou que está confiante. “Acredito que fizemos um bom trabalho. (…) Me sinto confiante.”

Discurso de vitória

Donald Trump é conhecido por não preparar discursos. O estilo mais improvisado e espontâneo é uma marca do político, ao votar ele deu mais uma confirmação disso. Quando perguntado sobre já ter um discurso de vitória pronto, ele disse não ter elaborado um ainda. “Se eu vencer, logo saberei o que vou dizer“.

Trump também foi questionado sobre o reconhecimento de uma possível derrota. Acontece que em 2020, quando o democrata Joe Biden venceu as eleições contra Trump, ele contestou o resultado das eleições, alegando fraude no processo eleitoral, sobretudo quanto às inconsistências apontadas em relação aos votos antecipados e votos pelo correio. Quanto às eleições de 2024 Donal Trump afirmou que irá respeitar o resultado se as eleições forem justas.

A corrida eleitoral

As últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos têm sido marcadas por uma extrema polarização. Donald Trump é visto como uma renovação do partido Republicano, representando os interesses conservadores. Ao lado dele estão nomes como Elon Musk, que recentemente chegou a oferecer sorteios de 1 milhão de dólares para eleitores indecisos que decidirem votar em Trump nos “estados pêndulo”, que não possuem histórico de preferência por partido ou candidato.


Trump e Harris são os favoritos na disputa pela Casa Branca em 2024 (Foto: reprodução/ X/ @Encuestando)

Do outro lado da disputa está Kamala Harris, que assumiu a campanha dos Democratas após a saída do atual presidente americano Joe Biden, que deixou a disputa, após polêmicas envolvendo a suposta senilidade dele, que possui atualmente 81 anos. Harris representa pautas mais progressistas e possui em sua campanha diversas celebridades, como Taylor Swift e membros do elenco dos Vingadores, da Marvel.

O resultado das eleições americanas deve ser apresentado nas próximas semanas e tende a mostrar uma disputa bastante acirrada de acordo com as últimas pesquisas, onde frequentemente Harris ou Trump aparecem com uma pequena vantagem em relação ao oponente.

Obama endossa Kamala Harris e convoca eleitores para defendê-la

No segundo dia da Convenção Nacional Democrata, Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, fez um fervoroso discurso em apoio a Kamala Harris, candidata à presidência. Revivendo seu icônico slogan “Yes, we can” para “Yes, she can”, Obama destacou Harris como um símbolo da verdadeira liberdade americana, uma figura capaz de abrir um novo capítulo na história do país.

Ele ressaltou a importância histórica de eleger a primeira mulher negra ao Salão Oval, enquanto alertava sobre as graves ameaças que pairam sobre a democracia com as eleições de novembro.

Com um tom que mesclava humor e seriedade, Obama traçou um contraste claro entre a visão inclusiva e libertadora de Harris e o clima de divisão e caos promovido por Donald Trump. Ele fez um apelo urgente aos eleitores, convocando todos a se unirem em uma mobilização massiva nos próximos 77 dias para garantir a vitória de Kamala Harris e proteger o futuro da nação.


Discurso do ex-presidente Barack Obama (Vídeo: Reprodução/X/NBCPolitics)

A visão de liberdade de Kamala e Tim Walz

Durante seu discurso, Barack Obama reforçou que Kamala Harris e Tim Walz representam uma visão mais ampla e inclusiva de liberdade nos Estados Unidos, centrada na valorização da diversidade e no direito de todos tomarem suas próprias decisões.

Ele destacou que a verdadeira liberdade está na capacidade de cada indivíduo escolher seu próprio caminho, sem que essas escolhas sejam impostas ou limitadas por preconceitos e divisões. Obama afirmou que Harris e Walz acreditam em uma América onde as escolhas individuais são respeitadas e onde a liberdade vai além das palavras, sendo refletida em ações que promovem igualdade e justiça para todos.

Ao dizer “Sim, ela pode”, Obama sublinhou a importância de reconhecer e respeitar as escolhas e as liberdades dos outros, enfatizando que essa visão é o que distingue a chapa democrata e representa a verdadeira essência dos valores americanos, em contraste com a polarização e o autoritarismo promovidos pela atual administração.

A mensagem central do ex-presidente foi clara: a liberdade que Harris representa é essencial para um futuro onde todos os americanos possam prosperar em igualdade de condições.


A vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata à presidência, e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz (Foto: Reprodução/Tom Williams/CQ Roll Call )

Mobilização urgente para eleger Kamala Harris

Obama fez um apelo fervoroso à mobilização dos eleitores, sublinhando que o futuro da democracia americana depende de uma ação coordenada e enérgica nos próximos 77 dias. Ele destacou a necessidade de uma campanha vigorosa para garantir a vitória de Kamala Harris e Tim Walz, enfatizando que cada esforço individual conta na construção de uma vitória coletiva.

O ex-presidente pediu que os apoiadores se envolvessem ativamente na campanha: “É hora de batermos nas portas, fazer ligações, e conversar com nossos amigos e vizinhos“, disse Obama, destacando a importância da mobilização de base.

Ele também alertou sobre as consequências da inação, ressaltando que a eleição é uma oportunidade crítica para reverter a polarização e o caos da administração atual.

Segundo Obama, o sucesso da campanha depende da determinação e do engajamento de cada eleitor, que deve se comprometer com a causa e lutar para garantir um futuro mais inclusivo e justo para todos os americanos.

Republicanos vão discursar a favor de Kamala Harris na convenção democrata

Durante esta semana o Partido Democrata está realizando a convenção que formalizará a candidatura de Kamala Harris. E neste evento irão acontecer discursos de republicanos, contra Donald Trump.

A estratégia dos democratas é de levarem figuras muito associadas aos republicanos como John Giles, prefeito de Mesa, e Geoff Duncan, que foi vice-governador da Geórgia. Este movimento tem como intenção conseguir votos de eleitores republicanos que não estão mais satisfeitos com Donald Trump.

Outra pessoa que deve discursar no evento é Olivia Troye, ex-funcionária de segurança nacional da Casa Branca do governo de Trump, ela se juntou a campanha democrata poucos dias antes de Joe Biden deixar a corrida eleitoral.


Kamala Harris discursando no primeiro dia da convenção democrata (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


O primeiro dia da convenção democrata

O primeiro dia do evento marcou a passagem de bastão de Joe Biden a Kamala Harris. Quando foi discursar na convenção, Biden ficou emocionado por ser ovacionado por quatro minutos antes de iniciar seu discurso. Em seu discurso, Joe Biden fez críticas ao candidato republicano, Donald Trump, e passou uma enérgica mensagem a Kamala Harris e seu companheiro de chapa, Tim Walz.

Hillary Clinton, adversaria de Donald Trump nas eleições de 2016, teve um dos discursos mais inflamados da noite, em um dos principais momentos de seu discurso foi quando declarou que as pessoas que a apoiaram em 2016 “votaram por um futuro onde não há limites para nossos sonhos”.

Também discursaram no primeiro dia de convenção a primeira-dama, Jill Biden e a filha do casal, Ashley Biden. E, quebrando o protocolo, Kamala Harris falou rapidamente no evento.

A corrida eleitoral segue acirrada

A disputa eleitoral segue acirrada, a mais nova pesquisa da The Washington Post-ABC News-Ipsos, aponta que Kamala Harris está quatro pontos a frente de Trump. Harris aparece com 49%, enquanto Trump está com 45% neste levantamento.

Em outras pesquisas eleitorais mostram que a eleição está disputada por conta dos swings states. Esses estados são chamados de roxos, por serem estados que a cada eleição podem ser republicanos ou democratas.

Antes da convenção democrata, Kamala Harris tenta evitar protestos contra Israel

A candidata do partido democrata, Kamala Harris, se encontra em uma situação delicada envolvendo a questão da guerra de Israel e a Palestina. Isso ocorre por conta de que o governo americano, na qual ela é a vice-presidente, apoia as ações de Israel.

Para evitar a perda de eleitores judeus ou árabes-americanos, grupo de eleitores relevantes para os democratas, Harris tenta não se posicionar nesse momento promissor de sua campanha.

Kamala Harris pode até mesmo perder alguns eleitores universitários, há poucos meses protestos pró-palestina se espalharam por muitas universidades americanas.

A questão da guerra de Israel deve retornar na convenção democrata, que será realizada nos dias 19 e 22 em Chicago.


Kamala Harris e Tim Walz em um evento da campanha presidencial (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Protestos pressionam os democratas

O aumento de protestos pró-palestina nos Estados Unidos começa a colocar pressão em Joe Biden e Kamala Harris. Estes manifestantes pedem que o governo americano exerça mais influência em busca de um acordo de paz. Algumas das reivindicações dos manifestantes é de que Joe Biden corte uma parte da assistência americana para assim pressionar Israel a negocia um acordo para encerrar o conflito.

O voto dos jovens uma grande preocupação democrata pode escapar, isso porque em abril deste ano houve muitos protestos pró-palestina nos campos universitários americanos, esse massivo apoio universitário colocou a cúpula democrata em alerta.

As manifestações pró-palestina aconteceram também em um comício da Kamala Harris em Detroit, estudantes gritaram: “Kamala, você não pode se esconder, não votaremos em genocídio.”

Início de campanha de Kamala Harris

Kamala Harris tem um início de campanha promissor, depois da desistência de Joe Biden a candidata democrata teve que agilizar o andamento de sua campanha.

Harris optou por ocupar todos os espaços possíveis na mídia, criando assim uma onda a seu favor, que consequentemente gerou um impacto positivo para ela nas pesquisas de opinião. Essa estratégia conseguiu neutralizar qualquer impacto que o atentado contra Trump poderia causar nas eleições americanas.

Kamala Harris, por ser uma novidade na corrida presidencial pode estar se beneficiando disso e conseguido crescer nas pesquisas. Mas as próximas semanas podem ser decisivas para a imagem de Kamala na disputa, isso por conta que os Estados Unidos está perto de uma recessão econômica.