Roxo surpreende nas passarelas com sua versatilidade

Quando falamos em paletas de cores na moda, é comum pensarmos em tons de vermelho, terrosos ou até nas controversas cores neon. No entanto, uma tonalidade menos óbvia começa a se destacar com força: o roxo. Antes pouco comentado, o tom vem conquistando espaço pelas suas múltiplas possibilidades e significados.

O simbolismo do roxo

O roxo carrega um ar de mistério, espiritualidade e sofisticação. Historicamente, foi um dos corantes mais caros do mundo, tornando-se símbolo de poder e exclusividade entre a elite. Além disso, é frequentemente associado à magia, à introspecção e ao individualismo. Em suas variações mais suaves, como o lavanda, a cor remete à tranquilidade e à leveza, sendo usada inclusive em contextos terapêuticos.

Apesar de seu apelo simbólico, o roxo é muitas vezes considerado difícil de combinar, o que não intimidou grandes marcas nas passarelas do Inverno 2025.

A cor nas passarelas internacionais

A tonalidade marcou presença nas coleções de grifes como Chloé, Gucci, Saint Laurent, Alexander McQueen e Dries Van Noten.

Na Dries Van Noten, o estreante Julian Klausner trouxe uma paleta rica em tons de roxo, que apareceu em estampas, composições monocromáticas e combinações com cinza. Já a Saint Laurent apostou em um visual vintage com brocados roxos modernizados por peças em jeans.


A Dries Van Noten trouxe a combinação de roxo e cinza (Foto: reprodução/Peter White/Getty Images Embed)


A Gucci optou por um contraste ousado, misturando o roxo com neon em looks de alfaiataria lady-like. Na McQueen, a estética foi marcada por um visual que mescla o vitoriano e o biker, com o roxo se destacando em peças pesadas como casacos e botas.


A McQueen trouxe a combinação do estilo vitoriano com o biker para as passarelas (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)


Outras marcas também exploraram o tom de forma criativa. A Nina Ricci apresentou o roxo em tecidos nobres como cetim, combinado com verde. A Miu Miu usou a cor em detalhes, como botas roxas contrastando com vestidos marrons. Já a The Attico apostou na harmonia do ton sur ton, mesclando roxo escuro nas roupas com lavanda nos calçados.

Como usar o roxo no dia a dia

Apesar da aura sofisticada, o roxo pode ser facilmente incorporado no cotidiano. Sua ampla gama de tons permite transitar entre um visual lúdico e um look mais sensual. Tons pastel, como o lavanda, funcionam bem com outras cores suaves, enquanto tonalidades mais intensas podem ser combinadas com vermelho, cor que continua entre as favoritas da estação.

Embora seja mais comum em coleções de outono-inverno, o roxo pode, sim, aparecer em looks para dias quentes. A chave está na escolha da tonalidade e do tecido.

Para quem ainda tem receio de ousar, os acessórios são uma porta de entrada segura. Bolsas, sapatos ou até brincos em tons de roxo podem transformar o visual com elegância e personalidade.

Marc Jacobs apresenta coleção de inverno 2026 em NY

Nesta segunda-feira (30), a Biblioteca Pública de Nova York foi testemunha de mais um lançamento extravagante que carrega a identidade única e exagerada de Marc Jacobs. A marca apresentou a coleção de inverno 2026 que carrega o título de ‘Beauty’, composta por 18 looks que não economizam no exagero e no volume.

Estética maximalista

Marc Jacobs é amplamente conhecido por fugir do convencional como poucos, e nessa coleção ele se entrega e mergulha completamente no exagero. Shapes de balão e babados exagerados ditaram o ritmo vibrante do desfile. A construção das peças conta ainda com laços gigantes nas costas e enchimentos que distorcem propositalmente a silhueta.


Modelo desfilando com look de Marc Jacobs (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed) 


Além disso, a grife ousa ao mesclar todo esse exagero com rendas góticas, que remetem a um universo sombrio e misterioso e também com uma modelagem vitoriana clássica. Calças jeans gigantescas e enchimentos também chamaram atenção, ao desafiar padrões tradicionais e impor com força a essência do estilista. Os looks maximalistas e escapistas traduziram bem a essência do americano, e as peças teatrais e volumosas dominaram a passarela montada na Biblioteca de Nova York.

Um desfile performático

A escolha da Biblioteca Pública de Nova York como cenário não foi à toa. O ambiente, que ostenta suas colunas de mármore imponentes e corredores tomados pelo silêncio quase solene, criou um contraste curioso e impactante com os looks surreais que cruzaram a passarela, valorizando ainda mais a dramaticidade e o escapismo marcante da coleção apresentada.


Modelos desfilando na Biblioteca de NY (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed) 


Os laços foram protagonistas do lançamento da coleção de inverno, nada tímidos, eles arremataram a parte de trás de quase todos os looks. Junto com babados exagerados, serviram como ponto de atenção no desfile. O escapismo proposto por Jacobs é explícito. Ele apresenta de forma ousada e extravagante uma verdadeira viagem no mundo fantasioso e teatral, onde o exagero passa a ser regra fundamental de sua exibição.

Jacquemus aposta em desfile narrativo na Semana de Moda de Paris

Neste domingo (29), a Jacquemus encerrou a Semana de Moda de Paris com um desfile íntimo no Palácio de Versalhes, na capital francesa. Com narrativas visuais, o designer Simon Porte Jacquemus expressa como foi a sua trajetória, desde a infância até a chegada no mundo da moda com a coleção outono/inverno denominada Le Paysan.

Através dos vestuários e acessórios, a Jacquemus mostra elementos presentes na infância do fundador da grife francesa, além de peças com materiais artesanais. Tudo o que foi mostrado no desfile tem uma história por trás, como, por exemplo: lugar em que Simon Porte passou as férias, o nome do gato, as plantações que tinham na fazenda da família e entre outras informações compartilhadas ao público.

Storytelling rural e fashionista

O desfile inicia com um garoto abrindo o evento como se estivesse adentrando em um novo mundo. Com vestidos volumosos, peças artesanais e elementos rurais, a apresentação mostra looks invertidos com técnica e execução. Apesar de ter peças coloridas, cores neutras eram predominantes nas produções do desfile.


Desfile da Jacquemus na Semana de Moda de Paris (Vídeo: Reprodução/Instagram/@jacquemus)


Os detalhes apresentados pelo francês reforçam a história que ele quer contar: de um garoto simples que morava em uma fazenda familiar. Com esse repertório, ele mostrou sua essência combinando estética artística e sensibilidade à natureza. Ao retratar a vida rural, Jacquemus transmitiu profundidade emocional, onde cada cena parecia carregar um sentimento de nostalgia e pureza.


Detalhes no desfile da Jacquemus (Foto: Reprodução/Instagram/@jacquemus)

O desfile celebra a liberdade e a naturalidade, onde o descontraído é transformado em arte. Os tecidos fluidos e as silhuetas amplas permitem a movimentação presente no trabalho rural e a leveza de uma época nostálgica, mantendo a modernidade com detalhes em pequenas bolas no vestido ou nas tiras da barra da calça.


Modelo no desfile da Jacquemus (Foto: Reprodução/Instagram/@jacquemus)

A moda conta história

O desfile da Jacquemus, assim como o olhar atento de um artista que capta a essência do simples e o transforma em beleza, torna a vida rural um espetáculo de sofisticação e de estilo. Cada peça é uma homenagem à pureza do campo, mas com a visão e a ousadia do presente.

Nesse show, o corpo da modelo não é apenas um manequim de roupas, mas uma tela viva que transmite emoções, memórias e perspectivas.

Virginia é elogiada pelo presidente da Grande Rio no lançamento de samba-enredo

A influenciadora digital Virginia Fonseca participou nesta quarta-feira (25) do lançamento oficial do enredo da Grande Rio para o Carnaval de 2026. O evento aconteceu no barracão da escola, na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Ela vai estrear como rainha de bateria da agremiação, assumindo o posto que antes era de Paolla Oliveira.

Na apresentação, Virginia posou ao lado de nomes importantes da escola, como o Mestre Fafá, responsável pela bateria, e Jayder Soares, presidente de honra. Também foi recebida calorosamente por Milton Perácio, presidente da Grande Rio, que fez questão de elogiá-la como nova representante da bateria.

Confiantes para o próximo desfile

Durante o evento, Perácio celebrou o desempenho da escola no último desfile e mostrou entusiasmo com o novo enredo: “Foi um desfile que marcou o Carnaval carioca e, com esse novo tema, vamos fazer ainda melhor. A chegada de Virginia como rainha também foi uma grata surpresa. Ela é incrível, e estamos felizes por tê-la com a gente”.

Empolgada com sua estreia, Virginia brincou com a plateia dizendo: “É tudo nosso, nada deles!”, demonstrando confiança em uma boa performance na Sapucaí em 2026. Em entrevista, ela falou sobre a emoção de visitar o barracão da escola: “Foi muito legal! Tinha pouca gente, mas deu pra sentir o clima da escola e conhecer os instrumentos. Estou animada para ver tudo cheio e participar dos eventos”.


Virginia Fonseca e Jayder Soares na quadra da Grande Rio (Foto: Reprodução/X/@Granderio)

Virginia também afirmou que vai marcar presença nas atividades pré-Carnaval e quer se envolver bastante com a comunidade da escola. “Quero estar presente em tudo o que puder”, disse a influenciadora.

Mais cedo, ela apareceu com um biquíni de tricô inspirado no tema da escola para 2026: o movimento Manguebeat. A proposta do enredo une cultura e crítica social, trazendo referências do litoral pernambucano, como o caranguejo e o ambiente do manguezal.

O tema do próximo carnaval

O Manguebeat é um movimento artístico que surgiu nos anos 1990 em Recife, liderado por nomes como Chico Science e Fred 04. A mistura de hip hop, rock e ritmos regionais ajudou a chamar atenção para os problemas sociais da periferia, ao mesmo tempo em que valorizava a cultura local. O caranguejo, símbolo do movimento, representa a resistência e a força das comunidades à margem.


bateristas da Grande Rio (Foto: Reprodução/X/@Granderio)


Animada com o novo desafio, ela agradeceu o carinho e prometeu dedicação total: “Estou muito feliz de estar aqui. Esse é só o começo. Quero vir mais vezes, aprender com todos e dar meu melhor. Tenho certeza de que faremos um desfile lindo e, se tudo der certo, vamos sair campeões”.

Um dia antes do evento oficial, Virginia marcou presença no primeiro ensaio da bateria para o Carnaval 2026, na quadra da Grande Rio, em Duque de Caxias. A visita surpresa foi comemorada pela escola nas redes sociais, com fotos da influenciadora ao lado do mestre de bateria, Fabricio Machado de Lima.

Saint Laurent exibe coleção colorida na Semana de Moda de Paris

No primeiro dia da Semana de Moda Masculina de Paris, que ocorreu nesta terça-feira (24), a Saint Laurent apresentou um desfile na Bourse du Commerce com peças coloridas inspirada nos anos 1980. O evento celebra o retorno da marca à semana de moda após ausência de dois anos no calendário parisiense.

Para comemorar o retorno em grande estilo, a maison francesa abriu a semana de Paris com uma coleção de Primavera/Verão 2026 composta por produções criativas sob direção de Anthony Vaccarello. A principal característica do vestuário é a ombreira, mostrando um lado divertido da marca que conversa com a filosofia de Yves Saint Laurent:

Vou deixar para a concorrência criar ternos chatos para homens chatos.”

Yves Saint Laurent

Principais destaques do desfile

Vacarello correspondeu à mensagem do fundador da marca e provou que a alfaiaria combina com fluidez sem deixar a sofisticação de lado. Calça clochard, gola alta e óculos de sol personalizados estavam presentes na coleção e remetem ao estilo pessoal de Saint Laurent.


Modelo no desfile da Saint Laurent na Semana de Moda Masculina de Paris (Foto: Reprodução/Fashion Network)

Shorts curto, laço e transparência são elementos que também marcaram presença no desfile. Junto deles, a combinação de paletas coloridas complementaram a estética dos anos 1980 proposta por Vacarello e demonstra a mensagem que a grife quer passar: levar a vida menos à sério.


Modelo no desfile da Saint Laurent na Semana de Moda Masculina de Paris (Foto: Reprodução/Fashion Network)

Na combinação de cores vibrantes e acessórios, a proposta da marca vai além de uma simples narrativa visual: cria um diálogo entre sensualidade, elegância e leveza, reforçado pela ousadia dos materiais. O frescor e a modernidade definem as peças apresentadas na passarela.



Nova era marca continuidade no legado

Com a nova coleção, Anthony Vaccarello reposiciona a Saint Laurent ao unir referências do fundador com elementos que rompem com a rigidez tradicional da alfaiataria. A proposta reafirma o compromisso da marca com a inovação sem perder de vista sua herança, ao mesmo tempo em que propõe uma nova maneira de pensar a moda masculina.

O diretor-criativo aproxima a moda de uma linguagem mais livre, em que o passado serve como base para a construção de novas identidades. Essa abordagem estabelece um equilíbrio entre memória e experimentação.

Louis Vuitton revela coleção inspirada na elegância do indiano moderno em Paris

Nesta terça-feira (24) iniciou-se a Semana de Moda Masculina em Paris e a Louis Vuitton foi uma das grifes que estrearam na capital francesa. O diretor-criativo da marca, Pharrell Williams, se inspirou na moda ao realizar a nova coleção e mostra ao público por meio de metáforas.

O desfile ocorreu no Centro Georges Pompidou, mais especificamente no telhado do museu, e teve cenografia assinada pelo arquiteto indiano, Bijoy Jain. O ambiente cênico teve arte de tabuleiro gigante com a seguinte regra: os jogadores avançavam pelas casas numeradas com o uso de dados, subiam pelas escadas e escorregavam pelas cobras. As cores do tabuleiro representam as estampas clássicas em tons de marrom da grife francesa.


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Detalhe cenográfico do desfile da Louis Vuitton na Semana de Moda Masculina de Paris (Vídeo: Reprodução/Instagram/@louisvuitton)

Antes do início do desfile, o diretor-criativo revela quais foram as inspirações das peças presentes na nova coleção:

Você não verá túnicas nem nada do tipo, o que nos inspirou da Índia foram as cores. Você verá açafrão na fila. Você verá canela. Você verá jeans ‘coffee indigo’.”

Pharrell Williams

Destaques do desfile

A coleção de Primavera/Verão 2026 da Louis Vuitton mostra a imagem do homem indiano com um olhar moderno, que possui o intuito de aproximar os convidados presentes no desfile à cultura da Índia. As peças apresentadas eram compostas por alfaiataria leve com bordados manuais, listras trompe l’oeil (técnica de ilusão de ótica) e calça de gancho baixo inspirado na dhoti, vestuário típico da Índia.


Modelo no desfile da Louis Vuitton na Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Fashion Network)

A apresentação mostrou peças coloridas combinadas com tons neutros em materiais delicados. Além disso, a maison resgatou estampa criada exlusivamente para o filme “Viagem a Darjeeling”, de Wes Anderson, e pela primeira vez ela foi exibida nas passarelas. A estampa é composta por elefantes, zebras, girafas e coqueiros, e foi desenvolvida por Marc Jacobs.


Modelo no desfile da Louis Vuitton na Semana de Moda em Paris (Foto: Reprodução/Fashion Network)

No encerramento do desfile, Pharrell Williams destacou o poder da moda como uma ferramenta de conexão cultural, capaz de transcender fronteiras geográficas e simbólicas. A Louis Vuitton, sob sua direção criativa, estabelece um diálogo com a Índia através da representação de cores vibrantes, silhuetas fluidas e elementos visuais inspirados nas tradições artesanais do país.

Essa abordagem respeitosa revela como a moda pode atuar como uma linguagem universal, integrando diferentes contextos culturais e ressignificando símbolos em um cenário globalizado. A coleção, assim, não apenas celebra a diversidade, mas também evidencia o potencial da moda em promover trocas culturais autênticas e enriquecedoras.

Jacquemus homenageia raízes familiares em novo desfile de moda

Para encerrar a Semana de Moda Masculina com chave de ouro, a Jacquemus realizará seu próximo desfile no Palácio de Versalhes, na França. A apresentação da coleção de outono/inverno está marcada para o dia 29 de junho às 16h, no horário de Brasília, e conta com um tema caseiro: cultura familiar.

O cenário do show será na Orangerie, uma construção erguida por Luís XIV, conhecido como o “Rei Sol”. O local possui árvores cítricas e palmeiras durante o frio e a escolha possui um significado específico: representa a origem do estilista Simon Porte Jacquemus, que vem de família agrícola no sul da França. Além disso, ele adiciona elementos como limões, palha e outras referências rurais.

Le Paysan: coleção outono/inverno da Jacquemus

A coleção da marca francesa mostra pessoas mais simples em uma vida rural, representada por peças leves e fluidas. Nas redes sociais da marca, possui teasers conceituais sobre o tema do desfile, com clipes e fotos de trilhas rurais, pessoas segurando legumes e verduras, casais em mercados, homens trabalhando e diversos momentos.



Conforme os teasers apresentados ao público, a marca explica o significado por trás de cada imagem e clipe:

Esta coleção é uma homenagem à minha família, minhas raízes, minha cultura e de onde venho. É também sobre para onde estou indo e o sonho que estou perseguindo.”

Jacquemus


Ao abordar a vida no campo em diálogo com a cultura familiar, o desfile de Jacquemus cria uma ponte entre as vivências de Simon Porte Jacquemus e referências compartilhadas da ruralidade. Mais do que uma simples exibição de roupas, a apresentação se transforma em um espaço de narrativa, onde histórias e memórias ganham forma.

Por meio dela, o estilista compartilha partes de sua origem, revelando como essas experiências moldam seu percurso criativo. Cada elemento apresentado carrega um traço de sua trajetória, mostrando como os modos de vida que o cercaram influenciam diretamente suas coleções.

Com pintura corporal e toques lúdicos, Fiorucci brilha na Semana de Moda de Milão

Em um retorno que mistura nostalgia e reinvenção, a Fiorucci apresentou sua coleção de primavera/verão 2026 na Semana de Moda de Milão, no último sábado (21), com um desfile marcante e fora do convencional. A marca italiana, ícone dos anos 1980, resgatou o espírito irreverente que a consagrou, agora sob uma nova roupagem lúdica e cheia de frescor.

Mesmo inserida no calendário masculino, a apresentação surpreendeu ao incluir diversos looks femininos, reafirmando o caráter livre e experimental da grife. Sob direção criativa de Francesca Murri, a coleção apostou em uma estética que une infância, leveza e fantasia, remetendo a um universo de brincadeiras em parques de bairro.


Modelo na Semana de Moda em Milão para coleção primavera/verão 2026 da Fiorucci (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Pintura corporal e irreverência na passarela

Um dos elementos mais comentados foi o uso da pintura corporal, que substituiu parte das roupas e reforçou a proposta artística da marca. Essa escolha dialoga diretamente com o legado criativo da Fiorucci, que já colaborou com nomes como Andy Warhol e Keith Haring durante seu auge cultural nos anos 1970 e 1980.


Modelo na Semana de Moda em Milão para coleção primavera/verão 2026 da Fiorucci (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


O jeans, peça-símbolo da marca, foi o protagonista da coleção, reaparecendo com detalhes como cós triplo, recortes e modelagens inusitadas.


Modelo na Semana de Moda em Milão para coleção primavera/verão 2026 da Fiorucci (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Estampas de bolinhas, franjas aplicadas, couros envernizados e o controverso top peplum também marcaram presença.


Modelo na Semana de Moda em Milão para coleção primavera/verão 2026 da Fiorucci (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Para completar a atmosfera lúdica, a grife apresentou bolsas em formato de cachorro de pelúcia e levou dois poodles reais à passarela.


Modelo na Semana de Moda em Milão para coleção primavera/verão 2026 da Fiorucci (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Renascimento fashion

Fundada em 1967 por Elio Fiorucci, a marca se tornou referência global por sua linguagem jovem, colorida e provocadora. Após anos fora dos holofotes, a Fiorucci voltou às passarelas em 2017 e ganhou novo fôlego com sua aquisição pela empresária Dona Bertarelli em 2022.


Modelo na Semana de Moda em Milão para coleção primavera/verão 2026 da Fiorucci (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Desde então, vem reconstruindo sua identidade com um olhar para o passado e os pés no presente. A apresentação em Milão reforça esse reposicionamento: uma marca que não apenas homenageia sua história, mas também se adapta ao cenário atual da moda, apostando em liberdade, criatividade e fantasia.

Armani encerra Semana de Moda de Milão

A Giorgio Armani encerrou, nesta segunda-feira (23), os desfiles da Semana de Moda Masculina de Milão. Mesmo com a ausência de seu fundador, que se recupera de uma doença, a grife italiana conseguiu deixar evidente que seu DNA segue presente. A coleção, que mistura tons clássicos com cores vibrantes, reforça a versatilidade da marca e destaca  equilíbrio entre a sobriedade atemporal e um frescor moderno.

 A nova alfaiataria de Armani

Inspirado em Pantelleria, ilha natal de Giorgio Armani, o desfile deixava essa influência evidente antes mesmo de começar. Os convites traziam o tom de azul do Mar Mediterrâneo que cerca a região, e essa conexão aparece também na escolha das cores, nos tecidos leves e na proposta de frescor que guia toda a coleção.


Desfile Armani em Milão (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


A coleção reforça a todo momento o frescor que o verão europeu pede. E faz isso não apenas com as cores, os tecidos utilizados também são especiais, como sedas finíssimas, linhos e malhas quase transparentes, as peças trazem também uma modelagem mais larga, refletindo uma moda pensada no conforto, mas sem abrir mão da elegância. 

O legado de Giorgio Armani 

Com a ausência de Giorgio Armani, que está próximo de completar 91 anos, discussões sobre o futuro da marca ganharam ainda mais força nos bastidores da moda. Quem assumiu a responsabilidade de conduzir o desfile foi Leo Dell’Orco, braço direito do estilista, que está ao lado do italiano há 45 anos e conhece a essência da marca como poucos. 


Leo Dell’Orco com modelos durante o desfile (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


E essa essência fica evidente na nova coleção, que traduz o desejo por conforto sem abrir mão da sofisticação. E, mesmo sem seu fundador na primeira fila, a grife reafirma sua identidade, mostrando que tem uma assinatura sólida, construída ao longo de décadas, capaz de se sustentar além da figura de Giorgio.

Dolce & Gabbana transforma pijamas em símbolo de estilo urbano

Durante a Semana de Moda Masculina de Milão, a Dolce & Gabbana apresentou sua coleção verão 2026 com uma proposta ousada: inserir o pijama no vestuário cotidiano. Inspirada nas férias italianas da década de 1950, a coleção combinou tecidos refinados com cortes amplos e detalhes luxuosos. Camisas retrô, calças leves em popeline listrada e bordados com cristais evidenciaram um glamour doméstico que ganha as ruas. A atmosfera do desfile refletiu uma estética solar, despreocupada, mas altamente planejada.

Estilo noturno com elegância diurna

As composições apresentadas trazem uma reflexão sobre como o íntimo pode dialogar com o público, ao transformar peças tradicionalmente associadas ao descanso em elementos-chave do vestir contemporâneo. A ideia se traduz em versatilidade e inovação: camisas de botão em tecidos finos podem ser combinadas a gravatas estreitas de cetim, ressignificando a formalidade clássica com toques delicados. A proposta renova o conceito de alfaiataria leve, sem abrir mão da identidade.

O uso criativo de estampas destacou-se na apresentação, com listras combinadas a padrões de poás, sem comprometer a coesão visual. A chave está no equilíbrio cromático: mesclar tons similares, como azul sobre azul ou terrosos com dourado, garante unidade à composição. Volumes e proporções também foram cuidadosamente orquestrados para proporcionar leveza. A ousadia controlada dessas misturas redefine o pijama como peça statement e não mais mero item funcional.


Desfile Dolce & Gabbana – Verão 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@dolcegabbana)


Contrastes e texturas inesperadas

Outra estratégia adotada pela grife foi o contraste entre tecidos fluidos e materiais robustos. Camisas leves usadas com casacos de pele sintética criaram silhuetas impactantes, que se equilibram com calças jeans de corte reto ou bermudas de alfaiataria. A mistura de texturas amplia as possibilidades estilísticas para além da passarela, permitindo ao usuário explorar camadas e referências diversas. A imagem final é sofisticada, com pegada experimental.

As estampas animais, um clássico da identidade Dolce & Gabbana, surgiram como complemento de personalidade. Robes assumiram ares de trench coat ao serem sobrepostos a calças ou jaquetas em estampa de zebra, oferecendo uma leitura urbana e arrojada. A sobreposição de elementos clássicos e ousados desafia fronteiras entre o loungewear e a moda de rua. O resultado são composições cheias de atitude, apropriadas para diferentes contextos do dia a dia.


Tendências verão 2026 – Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Instagram/@dolcegabbana)


Alfaiataria como ponto de equilíbrio

O desfile também explorou o diálogo entre o pijama e peças de alfaiataria estruturada. Blazers oversized usados sobre camisas de seda ou linho revelaram uma proposta elegante e prática, perfeita para ambientes formais com um toque de descontração. Essa combinação permite que o look transite facilmente entre ocasiões, bastando pequenos ajustes nos acessórios. A coleção reafirma o compromisso da Dolce & Gabbana com uma moda que celebra liberdade, sofisticação e irreverência.