Chloé muda de década: Chemena Kamali abandona boho e aposta nos anos 80

A passarela da Chloé nesta temporada trouxe uma surpresa: o boho delicado e solar, que a diretora criativa Chemena Kamali havia resgatado com sucesso do DNA da maison, ficou para trás, ao menos por enquanto. No lugar das referências setentistas que marcaram seu início à frente da marca, Kamali propôs um verão ancorado nos anos 1980, mais estruturado, gráfico e com ecos de uma feminilidade marcante e nostálgica.

Kamali, uma das únicas duas mulheres no comando criativo de grandes maisons em Paris ao lado de Sarah Burton na Givenchy, mergulhou no acervo histórico da Chloé e foi buscar inspiração em um nome de peso: Karl Lagerfeld, que comandou a marca entre os anos 60 e 80. O resultado? Ombros marcados, golas altas, leggings de cintura alta combinadas com tops de babados e vestidos com grandes estampas florais estilizadas, que lembram tanto as tapeçarias vintage quanto as telas expressionistas.

Um desfile de altos e baixos

Os looks evocam uma aura “Lady Di encontra a mulher contemporânea”, uma fusão entre a doçura retrô e a força estética dos anos 80, com toques de humor e drama. Os florais oversized se tornam assinatura da temporada, aparecendo em vestidos de alça e saias com volumes estratégicos, drapeados e estruturas abauladas que criam silhuetas esculturais.


Desfile Chloé (Foto: reprodução/cloé)


Apesar do impacto visual e da coerência conceitual, parte da crítica apontou certa repetição na modelagem ao longo do desfile. Ainda assim, é inegável que Kamali conseguiu imprimir sua assinatura ousada, estudada e, principalmente, livre de saudosismo ingênuo. Não se trata de um revival nostálgico, mas de uma reinterpretação que dialoga com as novas narrativas da moda sobre feminilidade, força e memória.

Força e feminilidade

Kamali mostrou coragem ao abandonar uma fórmula que vinha funcionando. Assim, sua leitura do boho como símbolo de emancipação feminina nos anos 70 conquistou tanto o público quanto a crítica para experimentar um novo caminho. A decisão pode ser vista como um risco, mas também como um posicionamento claro: ela não está aqui para repetir, mas para evoluir.


Desfile Chloé (Foto: reprodução/chloé)


Resta saber se essa guinada para os anos 80 criará tanto desejo e frescor quanto sua fase anterior. Por ora, Kamali deixa claro que está interessada em construir uma Chloé plural, imprevisível e ousada, onde cada temporada é uma nova página  e não apenas um capítulo reeditado.

Emma Watson surpreende ao comparecer para assistir desfile em Paris

A semana da moda de Paris reuniu diversas marcas de diferentes partes do mundo para apresentar suas novas coleções. Para prestigiar os desfiles que aconteceram nesses últimos dias, muitas celebridades marcaram presença na capital da moda. Emma Watson está entre os nomes que se fizeram presentes em Paris, a atriz compareceu para assistir à apresentação da marca Miu Miu.

Emma Watson prestigiando desfile da Miu Miu

Nesta última segunda-feira (6), Miu Miu sobe à passarela da semana de moda em Paris para apresentar a nova coleção com apostas para primavera/verão de 2026. Na ocasião, algumas celebridades como a empresária Kylie Jenner, a atriz Nina Dobrev e a também atriz Emma Corrin marcaram presença para prestigiar o desfile da marca. Além delas, uma grande surpresa ao público foi a presença da atriz britânica Emma Watson, que ficou conhecida por seu papel na saga de filmes do Harry Potter.


Atriz Emma Watson (Foto: reprodução/Instagram/@miumiu)

A atriz foi um grande destaque para o dia, já que ela possui uma vida pessoal privada conhecida por fazer poucas aparições públicas. Na recente ocasião, o visual escolhido pela ativista foi casual, mas mantendo o estilo e usando algumas peças da marca italiana que ela foi prestigiar. Emma utilizou um vestido branco curto, para sobrepor a peça, foi escolhida uma camisa aberta de tecido veludo com cor marrom. Nos pés, um sapato preto da Miu Miu com detalhes em fivelas e como acessório, uma bolsa preta e pulseira no pulso.

Miu Miu na semana da moda de Paris

A marca italiana conhecida por suas vestimentas que transferem inovação subiu às passarelas sob o comando criativo da designer Miuccia Prada, apresentando na capital da moda sua nova coleção com apostas para o verão do próximo ano. Miu Miu é uma marca que não costuma passar despercebida no mundo da moda, suas roupas exalam personalidade e nesse desfile a estilista coloca algumas peças no foco da apresentação.


Desfile da Miu Miu no Pris Fashion Week (Foto: reprodução/Instagram/@miumiu)

Para a nova coleção, a peça em foco em alguns looks foi o avental. Segundo a designer responsável pela direção criativa da marca, as peças entregues refletem no trabalho feminino com suas experiências e diversidades. Pensando nisso, o avental foi trazido por ser uma presença constante em diferentes formas de trabalho. Com isso, a marca emite que o foco dessa nova coleção foi demonstrar um olhar artístico ao trabalho, trazendo essas peças com estilo e levando o conceito para o mundo da moda.

Ayo Edebiri é anunciada como nova embaixadora da Chanel, a primeira da era Matthieu Blazy

Na véspera de um dos desfiles mais aguardados da temporada, a estreia de Matthieu Blazy como diretor criativo da Chanel a maison francesa surpreendeu com um anúncio estratégico e simbólico: a atriz, comediante e roteirista Ayo Edebiri é a nova embaixadora global da marca. O anúncio, feito com exclusividade à WWD neste domingo (5), marca não apenas uma nova fase para Chanel, mas também um reposicionamento da marca diante de uma nova geração de consumidores.

Aos 29 anos, Edebiri não é apenas um rosto em ascensão em Hollywood ela representa uma mudança cultural. Protagonista da série premiada The Bear e aclamada por sua atuação afiada e presença carismática, Ayo personifica um novo tipo de estrela: intelectual, irreverente, multifacetada e com senso estético refinado.

Uma escolha com significado

Sua relação com Matthieu Blazy, vem de antes: quando ele ainda comandava a Bottega Veneta, Ayo já era vista como uma apoiadora sutil, usando peças que traduziam o minimalismo de vanguarda da marca. No último Festival de Veneza, antes mesmo do anúncio oficial, ela desfilou pelo tapete vermelho com dois looks Chanel um prenúncio claro do que estava por vir.

Em comunicado oficial, a maison destacou os motivos da escolha:

“Ayo Edebiri encarna uma nova geração de artistas que desafiam o gênero e estão constantemente ultrapassando limites. Seu estilo distinto, sua inteligência e sua perspectiva singular sobre o mundo fazem dela uma aliada natural de Chanel.”

A nomeação também é significativa por ser a primeira feita sob a direção criativa de Blazy, que assume a grife após a saída de Virginie Viard. A escolha de Ayo sinaliza uma Chanel mais conectada com o presente e com os diálogos culturais que moldam a moda diversidade, autenticidade, humor e identidade.

O que esperar da nova era?


Ayo Edebiri (Foto: reprodução/instagram/@ayodebiri)

Se o anúncio de Ayo é uma pista, Blazy pretende escrever um novo capítulo para a Chanel, onde os códigos clássicos da maison o tweed, o camélia, o tailleur convivem com uma estética mais contemporânea, inclusiva e ousada. A parceria com Ayo Edebiri reforça que, nesta nova fase, a Chanel está menos interessada em representar um ideal inalcançável e mais voltada para refletir os múltiplos mundos que as mulheres habitam hoje. A estreia de Matthieu Blazy nas passarelas da Chanel acontece nesta segunda-feira (6), em Paris. Mas a narrativa já começou e Ayo Edebiri é seu primeiro capítulo.

Miu Miu transforma avental em símbolo de contestação no verão 2026

Durante a Semana de Moda de Paris, a Miu Miu apresentou sua coleção de verão 2026 e escolheu o avental como a peça central. A marca, comandada por Miuccia Prada, usou o tema para provocar uma reflexão sobre o conservadorismo atual e o papel da mulher na sociedade. O que antes era visto como um símbolo doméstico agora ganha um novo significado, tornando-se uma forma de liberdade, atitude e questionamento sobre as expectativas impostas às mulheres.

Do lar à passarela

Depois de transformar a minissaia plissada em um sucesso mundial, a Miu Miu voltou a provocar com o avental. A peça, que sempre foi associada à vida doméstica e à obediência, aparece na passarela com uma nova proposta. Nas mãos de Miuccia Prada, o avental se transforma em um símbolo de resistência e ironia, questionando o ideal de mulher tradicional e a valorização do papel feminino restrito ao lar.


Modelo desfilando pela Miu Miu (Foto:reprodução/Instagram/@miumiu)

A coleção mistura delicadeza e força, unindo babados, transparências e recortes que sugerem uma feminilidade menos previsível. As modelos surgiram com pouca maquiagem, cabelos bagunçados e estampas que lembram toalhas de mesa antigas, criando uma estética propositalmente despretensiosa. Tudo parece cuidadosamente pensado para transmitir a ideia de uma mulher que não se encaixa em moldes e que não tem medo de desafiar as regras. A Miu Miu mostra que o feminino pode ser múltiplo e contraditório, e é justamente aí que reside sua potência.

Ferramenta de desconstrução

As peças também brincam com os limites entre o desejo e a crítica. Aventais de couro usados sobre biquínis mostram como a coleção provoca ao misturar sensualidade e desconstrução. Miuccia questiona até que ponto o que usamos é realmente uma escolha pessoal ou apenas uma forma de atender às expectativas sociais. Essa dualidade entre o que é mostrado e o que é escondido faz o público refletir sobre a relação entre aparência e identidade.



Modelo desfila pela Miu Miu na PFW (Foto:reprodução/Instagram/@miumiu)

Mesmo com referências delicadas, como babados e microvestidos, o resultado final é maduro, corajoso e cheio de atitude. A coleção reforça que ser feminina não significa ser frágil e que a moda pode ser uma ferramenta de expressão e questionamento. Ao encerrar o desfile com um leve sorriso, Miuccia Prada confirma mais uma vez seu talento em transformar o comum em discurso, usando a passarela como espaço de reflexão sobre o papel da mulher e os códigos do próprio universo fashion.

McQueen revisita sua rebeldia e redefine o sexy em Paris

A Alexander McQueen apresentou seu verão 2026 neste domingo (05), durante a Paris Fashion Week, e confirmou: Seán McGirr não teme o desconforto. Em seu segundo desfile à frente da grife britânica, o diretor criativo mergulhou nas raízes provocativas da marca e trouxe de volta a sensualidade áspera, quase agressiva, que sempre foi marca registrada de seu fundador.

Na passarela, corpos expostos, cinturas ultrabaixas e transparências desafiaram convenções. O couro apareceu desconstruído, o tule ganhou aspecto destruído, e as franjas, em tiras de tecido e cordas, criaram movimento e tensão. A coleção, que flerta com o erotismo e a vulnerabilidade, revisita ícones da McQueen dos anos 1990, especialmente a polêmica “Highland Rape”  sem cair na simples nostalgia.

A cintura baixa volta com nova atitude

McGirr explorou a silhueta de forma quase anatômica: saias e calças que revelam o quadril, vestidos colados ao corpo e tops que mais sugerem do que cobrem. A chamada “cintura cofrinho”, um dos temas mais comentados do desfile, se tornou metáfora de ousadia, um gesto de exposição e poder.


Modelo em desfile McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@catwalkmodelsss)

A cartela de cores oscilou entre o vermelho intenso, o preto e o branco, com texturas que remetem à pele, ao sangue e ao metal. O contraste entre o artesanal e o industrial se fez presente: flores tridimensionais conviviam com zíperes aparentes e tecidos rasgados. Era como se cada look trouxesse uma história de resistência e reconstrução.

Entre fragilidade e força

Ao lado da provocação visual, o desfile também abordou um diálogo contemporâneo sobre identidade e corporeidade. As modelos, diversas em forma e presença, desfilavam com um ar de desafio silencioso, uma espécie de manifesto visual que coloca a vulnerabilidade como força.


Modelo em desfile McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@catwalkmodelsss)

Seán McGirr, ao reinterpretar o legado de Lee Alexander McQueen, demonstra que entende o espírito da casa: a beleza que nasce do caos. E, nesta temporada, o caos veste franjas, couro e coragem. Sua abordagem é menos sobre provocar choque gratuito e mais sobre provocar reflexão  sobre o que o corpo pode comunicar quando é libertado das regras de proporção, pudor e forma.

Duran Lantink assume a Gaultier e redefine o que é ser provocador

Jean Paul Gaultier pode ter deixado o ateliê, mas o espírito rebelde da maison segue vivo  e agora com nova energia. Em sua estreia como diretor criativo da Gaultier, Duran Lantink não apenas honrou o legado do criador francês como o levou a um território ainda mais ousado. Com uma visão que mistura ironia, ousadia e crítica cultural, o estilista holandês apresentou uma coleção que desafia convenções e sugere um novo caminho para a moda contemporânea.

Lantink, conhecido por seu trabalho com reaproveitamento de tecidos e pela desconstrução de peças de luxo, trouxe à passarela uma reflexão sobre o próprio ato de vestir. Suas criações híbridas, sensuais e por vezes desconcertantes pareciam questionar o que é poder, prazer e identidade. O resultado foi um desfile que capturou o espírito do tempo e reposicionou a Gaultier como uma das vozes mais relevantes do presente.

Entre fetiche e liberdade: a nova provocação

A estética de Lantink não se limita à transgressão visual. Ela é política, emocional e profundamente contemporânea. As silhuetas revelam e escondem, os tecidos se sobrepõem em colagens improváveis, e o fetiche ganha contornos de liberdade. Há uma tensão entre controle e entrega,  um jogo que ecoa a dualidade da própria moda.


Desfile Lantink (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bertrand Guay)

Mais do que chocar, o estilista parece buscar um diálogo com as novas gerações, que rejeitam rótulos e exigem autenticidade. Cada look é uma declaração de independência: corpos diversos, sexualidades fluidas e narrativas que se libertam da lógica binária. É a provocação, sim, mas com propósito.

Um futuro que nasce do caos criativo

Ao assumir a Gaultier, Lantink prova que entende o poder da herança e da reinvenção. Sua estreia não é apenas uma homenagem a Jean Paul, mas um manifesto sobre o futuro da moda um futuro menos polido, mais real e radicalmente livre.


Desfile Lantink (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Victor Virgile)

Se o trono de “enfant terrible” precisava de um novo herdeiro, Duran Lantink o ocupa com coragem e sem pedir permissão. Ele não busca apenas provocar, ele propõe uma nova forma de pensar a moda, em que o desconforto vira ferramenta de expressão e o excesso se transforma em poesia visual. Sua estreia deixa claro que o futuro da Gaultier está em boas mãos: ousadas, inquietas e dispostas a questionar tudo o que parecia definitivo.

Desfile atlético da Lacoste chama atenção na Semana de Moda de Paris

Neste domingo (05), durante a Semana de Moda de Paris, a Lacoste apresentou a coleção de Primavera/Verão intitulada de The Locker Room (O Vestiário). A marca trouxe peças esportivas com um toque de elegância, homenageando o legado de René Lacoste e mostrando como o esporte pode inspirar a moda contemporânea.

O desfile aconteceu no Lycée Carnot, que foi transformado em um vestiário moderno, com azulejos brancos e iluminação suave. Para completar a imersão, o som ambiente reproduzia passos, batimentos cardíacos e respiração, ajudando a criar a experiência sensorial do público.

Com direção criativa de Pelagia Kolotouros, a coleção de explora o instante em que o atleta troca as roupas suadas por peças frescas e limpas.

Esporte e sofisticação: a união de um legado

A coleção traz diversas referências ao esporte. Por exemplo, apresenta peças como polos oversized em nylon translúcido, moletom, couro acetinado e neoprene, que evidenciam a funcionalidade dos looks. Além disso, jaquetas longas com cortes amplos também compõem a linha, reforçando o equilíbrio entre conforto e estilo.



Por outro lado, coleção também inclui saias com cortes simples e estilo utilitário, inspiradas no vestiário. Tecidos como toalha e materiais técnicos reforçam o tema esportivo. Algumas peças têm bordados com frases como “Tennis for Everyone” e “Only for Tennis”, que fazem referência à tradição da marca no tênis.



Quanto às cores, a paleta abrange tons como laranja, verde, azul, branco e neutros, sem priorizar nenhuma cor em específico. The Locker Room marca a quarta coleção de Kolotouros, que já trabalhou em marcas como Calvin Klein e Adidas.

Convidados de prestígio

O desfile da Lacoste atraiu atenção não apenas pela coleção, mas também pela presença de convidados influentes. Entre os nomes que acompanharam a apresentação estavam a ex-tenista Venus Williams, a editora-chefe da Vogue americana, Anna Wintour e o ator francês Pierre Niney. Também marcaram presença a atriz Adèle Exarchopoulos, o ator Adrien Brody e o cantor sul-coreano Kai, integrante do grupo EXO.

Hermès transforma passarela em deserto na Paris Fashion Week

Nesse fim de semana, foi a vez da marca de luxo Hèrmes anunciar sua coleção de primavera/verão 2026 na semana de moda de Paris. Contendo 57 peças nas tonalidades de marrom e creme, a diretora criativa Nadège Vanhee-Cybulski trouxe um cenário temático e um desfile inesquecível para os amantes da grife, que acabou se tornando uma das mais comentadas do evento.

Passarela vira deserto

A inspiração central da coleção veio de uma região selvagem no sul da França chamada Camargue, famosa por suas dunas que possuem uma leve aparência de deserto, além de cavalos brancos, pântanos e ambientes rústicos. Com a intenção de trazer o espírito equestre para a cidade, ela utilizou isso como ponto de partida para o desfile, com detalhes que lembram selas e equipamentos para cavalgar.


Detalhes da nova coleção da Hèrmes (Foto: reprodução/Instagram/@hermes)

Na coleção, os amantes da grife podem encontrar tops de couro, vestidos com costas “racer-back”, casacos de ceda, bermudas de couro, saias lápis e casacos longos. As peças são tanto de couro macio, quanto de camurça e seda e as estampas são antigas, mas reinterpretadas. Acessórios também chamaram a atenção, como lenços e bolsas em diferentes estilos.

A direção criativa da marca

Nadège Vanhee-Cybulski, uma estilista francesa, está no comando da Hèrmes desde 2014, quando foi anunciada como substituta de Christophe Lemaire. Valorizando o trabalho artesanal e as técnicas manuais da grife, ela presa pelas raizes equestres, destacando isso na coleção de primavera/verão 2026, reinterpretando para o presente e futuro.


Desfile da Hèrmes na PFW (Vídeo: reprodução/Instagram/@hermes)

Dentre os comentários sobre o desfile, o tópico que mais chamou a atenção entre os amantes da Hèrmes foram as cores utilizadas na vez. Marrom e tons neutros como aveia, oliva, bege, caqui e alguns detalhes em vermelho, que se destacavam perfeitamente nas peças. Segundo as redes da marca, a coleção é descrita como “uma viagem da terra até o mar, raios de um sol vermelho e o respiro do azul do mediterrâneo”.

Matéria do portal LorenaR7 por Eliza Lopes

Sabrina Sato estreia look da nova coleção da Gucci assinada por Demna no evento mais disputado da temporada de moda

Sabrina Sato marcou presença na festa mais disputada da semana de moda internacional, a Business of Fashion, sendo a primeira a vestir um look da nova coleção da Gucci sob direção criativa de Demna.



Com uma produção que traduz a força estética e a dramaturgia da coleção, Sabrina escolheu um vestido preto que valoriza as curvas do corpo e se destaca pela gola escultural, lembrando uma verdadeira obra de arte.


Sabrina Sato (Foto: reprodução/divulgação)

Ao lado de grandes nomes globais da indústria da moda, a apresentadora brasileira reforçou sua relevância internacional, estreando uma das criações mais aguardadas da temporada.

Glenn Martens estreia no prêt-à-porter da Maison Margiela durante a Paris Fashion Week

Durante a Paris Fashion Week, realizada nesta sexta-feira (04), Glenn Martens, novo diretor criativo da grife Maison Margiela, apresentou sua primeira coleção de prêt-à-porter à frente da marca. Ao som de uma bela e imperfeita orquestra composta apenas por crianças — uma escolha simbólica que reforça a ideia de que a beleza pode existir também na imperfeição —, Martens revelou sua genialidade e personalidade nas passarelas do universo da moda.

Show de Margiela

O estilista belga, que já havia estreado na maison em julho com uma elogiada coleção de alta-costura, deu continuidade à sua proposta estética, agora em uma versão mais comercial. Assim como Martin Margiela, Glenn Martens é formado pela renomada Academia Real de Belas Artes da Antuérpia, e é conhecido por sua ousada manipulação de materiais e desconstrução de formas tradicionais. Para esta coleção, Martens trouxe uma variedade de elementos que dialogam com a estética da couture: plásticos, couro, jeans e corpetes que simulam fitas adesivas enroladas ao corpo dividiram espaço com estampas de papel de parede, vistas na parte final do desfile.

Um dos códigos visuais mais icônicos da Maison Margiela — os quatro alinhavos que prendem discretamente as etiquetas das roupas — foi reinterpretado de forma performática como um acessório preso à boca das modelos. Já o tradicional sapato Tabi, outro símbolo da marca, apareceu em versões com bico mais fino, renovando sua identidade.


Apresentação desfile de Maison Margiela por Glenn Martens (Reprodução/Instagram/@Ellebrasil)

Coleção

A coleção representa uma versão mais diluída, mas ainda marcante, do preciosismo artesanal apresentado na alta-costura. Com essa estreia no prêt-à-porter, Glenn Martens reafirma sua habilidade de traduzir a vanguarda criativa da Margiela para o cotidiano, sem abrir mão da ousadia e da reflexão estética que marcam o legado da maison.


Modelo para desfile de Maison Margiela em PFW (Reprodução/Instagram/@bella.feoli)

Modelo para desfile de Maison Margiela em PFW (Reprodução/Instagram/@bella.feoli)


Com uma estética provocadora e fiel às raízes da Maison, Martens mostra que tradição e inovação podem coexistir, consolidando seu nome como uma das vozes mais relevantes da moda atual.