Issey Miyake explora cores e formas na Semana de Moda de Paris

Issey Miyake levou cores à Semana de Moda de Paris nesta sexta-feira (03), com a coleção Being Garments, Being Sentient (Ser Vestimenta e Ser Senciente). A grife japonesa quis mostrar, por meio das roupas, a liberdade que fazia parte da visão de seu fundador.

Satoshi Kondo, atual diretor criativo, trouxe peças experimentais a fim de criar uma nova perspectiva para as roupas do cotidiano. Em entrevista à WWD, ele explica essa ideia:

“Roupas são algo fabricado, feito pelo homem, mas comecei esta coleção tratando e pensando nas roupas como se elas fossem vivas ou como se fossem conscientes, tivessem sentimentos igual um organismo vivo.”

Com esse conceito, Kondo não apenas explora o inusitado nas formas e tecidos, mas também reforça que o ato de se vestir não precisa seguir padrões rígidos.

Formatos diferentes e cores vibrantes

A Primavera/Verão de Issey Miyake trouxe peças marcadas por formas diferentes e combinações criativas. Havia ombreiras elevadas, camisas feitas com sobras de tecidos e calças de nylon que deixavam à mostra objetos usados por baixo. Algumas roupas pareciam tortas de propósito e foram combinadas com peças clássicas de alfaiataria.



Transparências e sobreposição de várias peças em um único look também chamaram atenção. Além disso, cores vibrantes apareceram em um cenário todo branco, destacando as roupas e mostrando a mistura entre estrutura e liberdade na coleção.



A moda experimental de Issey Miyake

Satoshi Kondo amplia a visão da marca ao transformar as roupas em uma experiência sensorial e emocional. Por isso, a nova coleção desafia conceitos tradicionais e mostra que a moda pode ser uma forma de liberdade e expressão pessoal.

Diante da proposta, Kondo reforça o legado de Issey Miyake como uma marca que aposta na inovação e na quebra de padrões. Além disso, coloca a maison japonesa como uma referência importante na moda contemporânea, unindo criatividade, funcionalidade e identidade.

Givenchy celebra elegância da mulher moderna na Semana de Moda de Paris

A Givenchy subiu à passarela nesta sexta-feira (03), durante mais um dia de desfiles na Semana de Moda de Paris. Em sua segunda coleção na grife, a diretora criativa Sarah Burton traz sua personalidade às criações, sem deixar de respeitar a identidade da marca.

Neste novo trabalho, ela manteve o foco no olhar feminino e adicionou elementos de glamour, sensualidade e descontração. Nos bastidores do desfile, Burton explicou ao jornal The Guardian a proposta da coleção de Primavera/Verão:

“Eu queria que fosse erótico e sensual, e que mostrasse a pele. Quando queremos empoderar mulheres, muitas vezes recorremos a códigos masculinos, mas eu queria observar a inteligência emocional feminina e o modo de se vestir e despir.”

Ainda sobre o tema, ela disse à WWD que a sensualidade também é um desejo das mulheres e que considera esse sentimento poderoso.

Destaques do desfile

A trilha sonora do desfile trouxe a música Straight to Hell, da banda britânica The Clash, para reforçar o clima de rebeldia da coleção.

Entre os destaques da tarde estavam os body chains usados sobre um body preto, um casaco tomara que caia longo com franjas na barra e um vestido laranja de malha de rede, peças que representam o glamour feminino e o clima solar da estação.



Além disso, Sarah Burton apresentou versões modernas do clássico little black dress usado por Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo. Uma delas era um vestido de alças, com decote reto e saia levemente drapeada.

Outros destaques do desfile incluíram um top cropped com tecido semelhante a plumas e um vestido vermelho com babados no busto e saia transparente sobre um body da mesma cor.

Nos acessórios, as modelos usaram colares e brincos maximalistas. Alguns sapatos também chamaram atenção por serem decorados com franjas e camadas de tecido.



O desfile da Givenchy foi transmitido ao vivo pela própria maison e está disponível no YouTube.

Feminilidade e futuro da Givenchy com Sarah Burton

Com uma proposta que une força e delicadeza, Sarah vem construindo uma nova fase para a Givenchy. Ao valorizar o olhar feminino e priorizar o equilíbrio entre sensualidade e elegância, a diretora criativa mostra que pretende conduzir a grife por caminhos mais emotivos, humanos e modernos.

Schiaparelli lança coleção de Primavera com surrealismo

Nesta quinta-feira (02), a Schiaparelli realizou um desfile às escuras para apresentar a nova coleção de Primavera/Verão 2026 durante a Semana de Moda de Paris. Sob a direção criativa de Daniel Roseberry, as novas peças possuem referências ao surrealismo das décadas de 20 e 30, dialogando com o legado da fundadora Elsa Schiaparelli através de elementos clássicos e contemporâneos.

História e modernidade dentro da coleção

A coleção traz roupas de vários estilos, desde peças justas até mais soltas. Um exemplo é o vestido de cetim preto com recortes e laterais em tule transparente. Ele possui decote drapeado, alças com joias douradas e botões dourados nas costas. O acessório de cabeça é feito em latão dourado, com formato de galhos e aplicações de strass. Além disso, há uma blusa sem mangas em tricô vermelho, com babado escultural em cetim estruturado. Na parte de baixo, a modelo usa uma calça larga em tom claro e complementa o look com um chapéu clochê de feltro preto.


Modelo desfilando para Schiaparelli durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Schiaparelli)

Modelo desfilando para Schiaparelli durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Schiaparelli)


Além disso, ele é combinado com um cardigã do mesmo tecido, vestido do avesso, e calças largas plissadas em lona clara. Para completar, o visual inclui uma pulseira com joias douradas em forma de pincel, bolsa de couro branco com alça decorada com peças anatômicas esmaltadas e sapatos de couro branco com salto baixo.


Modelo desfilando para Schiaparelli durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Schiaparelli)


Por fim, a coleção apresenta um vestido longo branco com detalhes que parecem rasgos, inspirado na peça criada com Salvador Dalí. Além disso, há um vestido preto que imita o corpo humano, acompanhado por bolsa preta e sapatos decorados com desenhos feitos à mão. Ambos têm referências à Maison Schiaparelli.


Modelo desfilando para Schiaparelli durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Schiaparelli)

Modelo desfilando para Schiaparelli durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Schiaparelli)


Moda como arte para o cotidiano

Roseberry falou sobre a relação entre moda pronta para vestir (ready-to-wear) e alta costura. Ele contou que muitas vezes ouviu que suas coleções pareciam alta costura, o que antes parecia uma crítica. Hoje, ele enxerga isso como uma qualidade, acreditando que a moda do dia a dia pode ser uma fantasia acessível e uma forma de arte prática. Para ele, em um mundo que às vezes parece difícil e confuso, a moda deve proporcionar sensação de liberdade e prazer.

Rabanne apresenta coleção divertida na Semana de Moda de Paris

Nesta quinta-feira (02), a Rabanne mostrou sua coleção Primavera/Verão 2026 no prédio da UNESCO, durante a Semana de Moda de Paris. Com Julien Dossena na direção criativa, o desfile trouxe uma nova visão inspirada no mar e nas férias na praia.O estilista, em entrevista à WWD, explicou que seu objetivo foi criar peças que equilibrassem conforto e glamour. Eu cresci na Bretanha, perto do mar, e queria ter aquela sensação, aquela sensação praiana e improvisada de se vestir.”

Referências marítimas com olhar urbano

A coleção apresentou uma mistura de peças inspiradas no guarda-roupa de verão com elementos típicos do DNA da marca. Maiôs bordados, saias metálicas, vestidos com recortes florais, cintos largos e camisas ajustadas apareceram ao lado de capris em camadas e camisetas com recortes no busto.

Para complementar, os acessórios chamaram atenção pela proposta lúdica: óculos de mergulho em tamanho ampliado e chinelos de borracha azul surgiram em versões exageradas, adicionando um toque de humor e descontração às produções.


Modelo desfilando para Rabanne durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)

Modelo desfilando para Rabanne durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)

Modelo desfilando para Rabanne durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)


Além disso, Dossena propôs uma coleção baseada em contrastes: tecidos leves com materiais estruturados, silhuetas fluídas com modelagens precisas. As referências ao litoral não excluem o uso urbano das peças, que funcionam tanto em um contexto de lazer quanto na cidade.


Modelo desfilando para Rabanne durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)

Modelo desfilando para Rabanne durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)

Modelo desfilando para Rabanne durante a Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/FashionNetwork)


Embora os acabamentos metálicos estejam presentes, eles aparecem de maneira mais discreta nesta temporada. Estão inseridos em detalhes que valorizam a usabilidade das peças, sem comprometer o conforto.

Praticidade e ousadia: uma combinação para o futuro

Desde que assumiu a direção criativa da marca, Julien Dossena vem equilibrando inovação com praticidade. Nesta coleção, ele reforça essa ideia: roupas pensadas para diferentes ocasiões, com identidade visual clara e atenção aos detalhes.

A apresentação também confirmou que a Rabanne continua fiel às suas raízes, mas está atenta ao presente sem perder o toque experimental que é sua marca registrada.

Rick Owens traz “roupas duras para tempos duros” em nova coleção

O estilista Rick Owens trocou o peso de suas sombras por um techno sombrio, sob o lema “tough clothes for tough times”, em portugues algo como roupas duras para tempos duros. Com couro desfiado e modelos com dificuldade para se locomover na passarela (que na verdade era uma fonte), com água cobrindo até os tornozelos. 

O estilo de Rick Owens

Owens é conhecido pelo seu estilo questionador e underground, às vezes descrito como “príncipe das trevas”, suas criações são bem singulares e inconfundíveis, misturando o sombrio com o futurismo e um toque de minimalismo dramático 

E dessa vez não foi diferente, o cenário escolhido para o desfile foi o Palais Tokyo, de frente a uma escadaria industrial que as modelos – em saltos enormes- desceram e seguiram rumo à água. Nesta coleção as peças eram feitas de nylon reciclado, látex e tule.


 

Desfile de Rick Owens coleção primavera/verão 2026 (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguebrasil) 

Apesar de não ter perdido sua essência gótica, nesta coleção do estilista, o preto perdeu espaço para o cinza, o bege e muitas camadas, quase como se Owens tivesse emprestado seu verão, menos escuridão e mais leveza.  

A coleção

O techno sombrio ditava o ritmo do desfile, hipnótico e brutalista, mas ainda sim, suave para os padrões de Rick Owens. Sob a mensagem de tempos duros, a resiliência dos modelos que caminhavam com dificuldade até o fim da passarela, passa a mensagem de quem precisa sobreviver aos dias árduos. 

Nesta coleção, tivemos pouco preto para os padrões Owens de ser, mas o couro desfiado, as ombreiras marcadas, e os detalhes utilitários que mantinham a dureza da forma.

Os bombers reinterpretados em vestidos, os modelos longos esvoaçantes, os colados nos corpos que expandiam as silhuetas e sugeriam um pouco da nudez que preserva a aura gótica do estilista, também tiveram seu lugar de destaque no desfile de estreia de Owens durante a Paris Fashion Week.

Paris Fashion Week: Miguel Castro Freitas estreia na Mugler

Nesta quarta-feira (02) Miguel Castro Freitas fez sua estreia na Mugler, durante a Paris Fashion Week o estilista que teve como desafio manter a marca no imaginário pop. E ao que parece, se saiu muito bem, com seu antecessor deixando a marca em um estilo mais street, acessível e pop, Castro agora propõe um caminho diferente, construções mais rigorosas e marcadas, mas ainda com o glamour pop teatral da marca. 

A coleção nova da Mugler

Miguel Castro Freitas é um estilista portugues que tem em seu currículo passagens pela Dior de John Galliano e na Yves Saint Laurent de Stefano Pilati. Miguel é conhecido pela sua estética de misturar a moda e a performance, sua estética mistura a teatralidade e o corpo como centro da narrativa, e é isso que o estilista trouxe para Mugler.

A marca que tem como seu DNA o futurismo, a elegancia misteriosa, seguindo uma estética  femme fatale, a marca foi responsável por introduzir materias como o couro e o latex no mainstream dos anos 70. A marca foi uma das precursoras do naked dress e remeteram ao figurino das showgirls dos anos 30, mas apesar de se inspirar nisso, seu fundador, Thierry Mugler, evidenciava em suas criações silhuetas bodycon, que marcavam bem o corpo e tinham recortes generosos.


Coleção Mugler primavera/verão 1997 (Foto: Reprodução/ Getty Imagens Embed/Thierry Orban)

A coleção intitulada de “Aphrodite Stardust” (poeira estelar de Afrodite), trouxe referências do passado da casa , blusas e saias adornadas com penas, conjuntos de blazers e jaquetas com saias-lápis, muita alfaiataria e látex, com silhuetas marcada, ombros e quadris estruturadas, com cinturas finas, evidenciando as silhuetas em formato de ampulheta, trazendo o perfume fetichista característico da marca. 

Visuais marcantes

Segundo o próprio estilista a coleção tem: “Tem uma expressão bem única, no sentido que vai fazer parte de uma trilogia de clichês glorificados (…), pois a Mugler está muito conectada a isso”. Freitas ainda falou o que planejava para essa coleção: “No início dessa jornada, eu quis ser quase arqueológico – essa descoberta dos códigos da casa cavando nos arquivos”. 

Além das penas nas roupas que referenciar o icônico vestido “la borboleta” da coleção de 97, nesta coleção a Mugler surge com a sensualidade em volumes contratantes.


Camisa de penas, Mugler primavera/verão 2026 (Foto: Reprodução/ Getty Imagens Embed/ Victor Virgile)

Algumas peças eram compostas por franjas que mostravam o corpo com o movimento do andar, uma versão moderna influenciada pelas showgirls dos anos 30. 


Vestido de franjas Mugler primavera/verão 2026 (Foto:Reprodução/ Getty Imagens Embed/ Victor Virgile)

Bodies de pedraria e vestidos slip dress que eram sustentados por piercings nos mamilos foram outro ponto alto do desfile.


Slip Dress Mugler primavera/verão 2026 (Foto: Reprodução/ Getty Imagens Embed/ Peter White)

A coleção mostra que a nova era da Mugler, não vem menos autoconfiante – menos colorida com certeza – mas com a certeza de sua sexualidade e aproximando mais das festas do dia a dia do que do glamour dos palcos do show business.  

Anitta brilha em Paris com look poderoso no desfile da Balmain

Paris Fashion Week, primavera-verão 2026. A capital francesa vibra com o melhor da moda internacional e, mais uma vez, Anitta prova que está entre os grandes nomes do momento. Após abrir a semana de moda com uma performance arrebatadora em frente ao Hôtel de Ville, a cantora brasileira roubou novamente os holofotes ao comparecer ao desfile da Balmain nesta quarta-feira (01.10), com um look de couro impecável e cheio de atitude.

A produção escolhida por Anitta mesclava sensualidade e força: um vestido de couro com decote profundo, complementado por luvas longas e o clássico wet hair, que trouxe ainda mais intensidade ao visual. A beleza dramática contrastou com a sofisticação da coleção apresentada por Olivier Rousteing, diretor criativo da maison fundada por Pierre Balmain em 1945.

Presença de estrela e performance icônica

Antes do desfile, Anitta já havia marcado presença na primeira fila do show de Stella McCartney e protagonizado um dos momentos mais comentados da semana ao cantar e desfilar com um look vermelho feito sob medida pela Artemisi Gallery. A performance, que reuniu hits como “Girl From Rio” e “Envolver, não foi apenas uma exibição musical, foi uma junção de estilo e poder feminino.


Anitta em Paris (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Pierre Mouton)

“Esse evento é sobre tudo que eu acredito: celebração do poder feminino, liberdade de ser, ousadia e beleza”, declarou Anitta. A fala reflete não apenas sua personalidade, mas também a identidade estética que ela vem construindo: uma mulher à frente de seu tempo, que transita entre os palcos e as passarelas com a mesma segurança.

Moda como linguagem e posicionamento

A participação de Anitta na Semana de Moda de Paris em 2025 marca uma virada importante: ela não é apenas convidada, mas protagonista. Representando o Brasil em um dos maiores eventos de moda do mundo, a artista se alinha a nomes internacionais e consolida sua presença não só na música, mas também como ícone fashion global.


Anitta em desfile usando Balmain (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Stephane Cardinale - Corbis)

A Balmain, sob a direção de Olivier Rousteing, continua a ser palco para essas figuras que transcendem a estética. “Quando cheguei à marca, eu era mais rebelde. Hoje entendi que sou quem sou, é assim que vai ser”, declarou o estilista, que vê na diversidade e na autenticidade o caminho para a moda do futuro.

Jade Picon brilha em Paris e estreia em novela Vertical da Globo

Paris respira moda, e Jade Picon sabe exatamente como roubar a cena. A atriz e influenciadora brasileira marcou presença no desfile da Balmain durante a Semana de Moda de Paris com um visual poderoso e cheio de atitude. Apostando em botas statement, uma das maiores tendências das passarelas internacionais, Jade mostrou que sabe mesclar ousadia e sofisticação como poucas.

Mas os holofotes não pararam por aí. No dia seguinte, ela surgiu no desfile de Stella McCartney com um look que respirava delicadeza e feminilidade. Um vestido rosê, de seda, com leve decote e caimento impecável foi a escolha da atriz. Os cabelos presos e os sapatos em tom azul bebê completaram a produção com um toque de leveza e modernidade. Em sua publicação no Instagram, ela escreveu: “@stellamccartney summer 26 🎀”, reforçando seu entrosamento com o universo fashion global.

Do Tapete vermelho às telinhas Verticais

De Paris direto para as telas, agora na vertical. Jade Picon está de volta às produções da Globo com um projeto inovador e feito sob medida para a era digital. A atriz integra o elenco de uma novela criada especialmente para as redes sociais, como TikTok e Instagram. Com episódios curtos, de até cinco minutos, o formato batizado de “microdrama” é uma aposta ousada da emissora para dialogar com o público jovem e mobile-first.


Jade Picon (Foto: reprodução/Instagram/@Jadepicon


Na trama, Jade interpreta Soraia, uma personagem envolvente e calculista que arma para tomar o lugar da melhor amiga, Paula (Débora Ozório), tanto no amor quanto na herança. O triângulo amoroso é completado por Lucas (Daniel Rangel), o noivo cobiçado. A direção é de Adriano Melo, conhecido por seu trabalho em Malhação, Toda Forma de Amar.

Moda, drama e inovação



Jade Picon segue rompendo barreiras entre o mundo fashion e o audiovisual. Com estilo afiado e olhar atento às tendências, ela representa uma nova geração de artistas que transitam com naturalidade entre as passarelas, as telas e as redes sociais. Seja com um vestido de seda em Paris ou em um drama envolvente no celular do público, Jade mostra que está sempre um passo à frente, e com muito estilo.

 

Jonathan Anderson traz ousadia e tradição em sua primeira coleção feminina para a Dior

A espera chegou ao fim: Jonathan Anderson finalmente revelou sua primeira coleção feminina para a Dior, em um desfile marcado por simbologias, releituras históricas e apostas audaciosas. Após comandar a linha masculina da maison, agora ele assume, pela primeira vez desde Christian Dior, a direção criativa de todas as facetas da casa — feminino, masculino e alta-costura.

Um tributo à herança com olhar contemporâneo

O desfile começou com um vídeo-retrospectiva que homenageou os criadores que moldaram a história da Dior — uma abertura intimista que serviu como ponto de partida para a leitura de Anderson sobre a maison. A cenografia reforçou essa proposta simbólica: no centro da passarela, uma pirâmide invertida dominava o espaço, como um elemento suspenso entre o passado e o presente.

As referências à história da marca aparecem revisadas no styling e nas formas: o primeiro look foi um vestido branco sem alças, com saia escultural em aro (hoop skirt) e laços — gesto que remete à tradição Dior, mas interpretado de modo ousado e moderno. Já o look final fez eco ao icônico vestido Juno de 1949, com recortes scalloped, fechando a apresentação com uma ponte estética entre gerações.


Ultimo look do desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


As peças que remetem ao romantismo histórico — capas, laços, plissados, saias esculturais — aparecem revisadas com cortes inesperados ou combinadas com elementos mais urbanos ou funcionais, como bolsos cargo ou peças com corte utilitário. Essa tensão entre o ornamentado e o prático cria um jogo visual interessante: o vestido volumoso pode vir acompanhado por acessórios discretos ou corte mais rígido, interrompendo o fluxo do “belo” tradicional.


Desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


Também há uma espécie de “sobreposição de narrativas”: Anderson não apenas exibe roupas, mas sugere personagens e identidades em movimento. A coleção parece dizer que uma mulher Dior pode ser princesa, artesã, exploradora, aristocrata de cocktail, camponesa moderna — tudo em um só vestuário, conforme o toque, o tecido, o styling. 

Destaques estéticos do desfile

  • A reinterpretação da jaqueta Bar em tecidos como tweed Donegal e cortes que alongam ou torcem a forma habitual.
  • Acessórios que roubam a atenção: o retorno do Lady Dior em versão repensada pela artista têxtil Sheila Hicks, transformada em objeto quase escultórico.
  • Bolsas como o Book Tote com capas de obras literárias, o uso de bordados delicados, ornamentos como “Diorette charms” — todos esses detalhes funcionam para reforçar a sensação de que a coleção é tanto visual quanto intelectual, emotiva. 

Desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


  • Mistura de tecidos nobres: veludo, tweed, bordados, e também tecidos mais cotidianos ou utilitários para balancear o visual.
  • Proporções desconstruídas: volumes exagerados em certas saias ou capas contrastam com cortes mais retos ou justos em outros momentos.
  • A cor: há uma oscilação entre tons clássicos — neutros, pastéis, off-whites — e toques mais ousados de brilho ou textura para destacar certos looks. 

Desfile Dior (Reprodução/Julien De Rosa/Getty Imagens Embed)


O novo capítulo da Dior

A chegada de Anderson ao comando completo da Dior é vista como um movimento ousado e estratégico. Ele se tornou o primeiro designer, desde o próprio Christian Dior, a coordenar simultaneamente as linhas feminina, masculina e de alta-costura da casa. Em sua trajetória, Anderson já havia passado mais de uma década à frente da Loewe, onde consolidou uma estética autoral marcada pela combinação entre tradição e experimentação.

A coleção feminina estreia em uma temporada de alta expectativa — especialmente depois da coleção masculina ser elogiada por unir elementos clássicos da Dior a um espírito mais irreverente. Críticos e observadores de moda esperam agora ver como seu estilo – delicado, conceitual, muitas vezes desconcertante — vai dialogar com o legado da maison, especialmente em peças de forte apelo comercial.

Peter Copping lança sua segunda coleção no Lanvin Summer 2026

Peter Copping, diretor artístico da Lanvin, lançou sua segunda coleção deste ano com desfile intitulado “Vers le Monde: Lanvin Summer 2026”. O “Rumo ao Mundo: Lanvin Verão 2026” aconteceu ontem, 30 de setembro, e contou com peças que relembravam o passado, ressignificavam o presente e inspiravam o futuro.

Um destaque especial da coleção foi a reinterpretação de uma peça icônica criada por Jeanne Lanvin em 1920. O vestido com cintura baixa e saia volumosa, um clássico do século XVIII, foi recriado com detalhes que evidenciam a habilidade artesanal e a atenção aos cortes que marcaram a moda daquela época. Além disso, o desfile contou com tricôs elaborados, cujas silhuetas foram inspiradas nos anos 1930, trazendo um equilíbrio perfeito entre delicadeza e modernidade.

Ainda sobre o desfile

A passarela ganhou vida com estampas coloridas que lembram lenços, bordados geométricos e aplicações feitas em fitas, conferindo movimento e riqueza visual às peças. Cada detalhe contribuiu para criar uma atmosfera dinâmica e envolvente, que capturou a atenção do público do início ao fim do desfile.


Desfile da Lanvin (Vídeo: Reprodução/Instagram/@lanvin)


A paleta de cores, intensa e luminosa, vai além da estética: ela expressa um desejo profundo por ousadia, liberdade e autoexpressão. Esses elementos refletem o espírito exuberante e maximalista que domina a temporada, trazendo assim a personalidade vibrante que Peter Copping buscou transmitir em sua coleção.

Quem é Peter Copping

Peter criou uma sólida trajetória para sua carreira. Passou por casas renomadas como Balenciaga, Louis Vuitton e Nina Ricci. Após se formar pela Central Saint Martins e pelo Royal College of Art em Londres, iniciou sua carreira com um estágio no ateliê de Christian Lacroix. Após esse período, decidiu voltar a Paris, onde trabalhou na Sonia Rykiel, aprofundando seu conhecimento ao colaborar diretamente com os ateliers.


Peter Copping para revista “Perfect” (Foto: Reprodução/Instagram/@petercopping)


Em 1997, começou a trabalhar na Louis Vuitton sob a direção de Marc Jacobs, onde contribuiu com a criação do departamento de vestuário feminino e atuou como braço direito do estilista por mais de uma década. Agora, ele enfrenta o desafio de reposicionar a Lanvin no mercado de luxo. Com grande confiança dos executivos do grupo.