A atriz Blake Lively abriu uma nova ação judicial em Nova York contra o diretor Justin Baldoni, solicitando uma indenização milionária. Ela afirma que o processo anterior movido por Baldoni contra ela foi injusto e abusivo, e busca reparação por prejuízos financeiros, além de danos emocionais e psicológicos. A atriz também pediu que o tribunal analise a aplicação de uma lei específica de proteção a vítimas de processos por difamação antes do julgamento, marcado para março de 2026.
O objetivo do novo processo é assegurar que Blake tenha respaldo legal adequado e que suas alegações sejam tratadas conforme a lei. A atriz pretende que o tribunal reconheça o direito de se defender sem sofrer retaliações judiciais e que considere a lei de proteção como fator determinante para garantir sua segurança jurídica.
Histórico da disputa entre Lively e Baldoni
O conflito começou em dezembro de 2024, pouco depois do lançamento do filme “É Assim Que Acaba”, baseado no livro de Colleen Hoover. Blake afirma ter sofrido assédio sexual durante as filmagens, relatando que Baldoni fazia comentários sobre sua vida íntima e sobre seu corpo, além de improvisar cenas com aproximações físicas não combinadas previamente.
Em reação às acusações, Justin Baldoni processou Blake e seu marido, Ryan Reynolds, por difamação. Ele alega que as declarações feitas pela atriz eram falsas e motivadas por interesses pessoais, tentando proteger sua reputação e impedir danos à sua carreira. O processo inicial, porém, já havia sido rejeitado em parte pelo juiz, abrindo caminho para a nova ação de Blake.
Detalhes do novo processo e pedidos da atriz
Na nova ação, Blake solicita indenização para cobrir custos com advogados e despesas legais, além de uma compensação tripla pelos danos financeiros, emocionais e psicológicos que afirma ter sofrido. Ela também pede indenização punitiva, alegando que o processo anterior de Baldoni configurou abuso do sistema judicial.
O pedido da atriz é fundamentado na Lei de Proteção às Vítimas de Processos Judiciais por Difamação, sancionada em 2023 pelo governador Gavin Newsom. Essa legislação visa proteger pessoas que denunciam assédio sexual ou retaliação, permitindo que relatem suas experiências sem receio de sofrer represálias legais. Blake argumenta que a lei deve ser aplicada para garantir que vítimas de assédio possam se manifestar livremente durante processos judiciais.
Próximos passos e desdobramentos legais
O juiz responsável pelo caso, Lewis J. Liman, já havia rejeitado anteriormente o processo de Baldoni, que buscava indenização de bilhões de reais. Apesar disso, ainda não há definição sobre a aplicação da lei de proteção às vítimas neste novo processo.
Os advogados de Baldoni afirmam que a legislação limita direitos constitucionais de defesa, dificultando contestar alegações em tribunal. O julgamento está previsto para março de 2026, e o caso continua sendo acompanhado de perto, não apenas pela imprensa, mas também por especialistas em direito, devido às possíveis implicações legais para casos de difamação e proteção de denunciantes.
