Após perseguir universidades, Trump mira museus

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira (12), em carta enviada ao Smithsonian Institution, que 8 museus localizados em Washington e pertencentes à rede, incluindo o Museu Nacional de História Americana, Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana e Museu Nacional do Índio Americano, passarão por uma revisão de conteúdo. Além dos 8 museus, outros centros culturais serão inspecionados em uma segunda fase, afirmou a carta.

A análise inicial envolverá exposições e mostras itinerantes atuais e futuras (para os próximos 3 anos), além de orçamentos, organogramas, manuais para funcionários, descrições de cargos e comunicados internos sobre seleção e aprovação das obras de arte. 

Em 30 dias, os museus devem catalogar todos esses itens e receber “visitas de observação no local”. Haverá também entrevistas a curadores, em até 75 dias. A previsão é que as “correções” comecem a ser feitas dentro de 3 meses.

Instituição de pesquisa e preservação já fora alvo de Trump anteriormente

Essa não foi a primeira vez que o bilionário estadunidense ameaçou a Smithsonian Institution, maior complexo de museus e pesquisa dos Estados Unidos, com 21 centros culturais e 142 milhões de itens sob administração.

Em janeiro, a rede teve de interromper as atividades de seu escritório de diversidade após uma ordem executiva proibir políticas de equidade e inclusão em organizações financiadas pelo governo.

Em março, um decreto intitulado “Restaurando a Verdade e a Sanidade da História Americana”, voltado diretamente à instituição, determinava a remoção de “ideologias inapropriadas, divisivas ou antiamericanas” de seus museus. O documento atribuía ao vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, a missão de, junto a líderes do Congresso, indicar novos membros para o conselho diretor da entidade.


Um dos mais importantes do país, o Museu Nacional de História Americana, em Washington, faz parte da Smithsonian Institution (Foto: reprodução/Kevin Carter/Getty Images embed)


Em maio, Trump transmitiu através das redes sociais a demissão da diretora da Galeria Nacional de Retratos, vinculada à rede, Kim Sajet. Primeira mulher a dirigir o museu, desde 2013, Sajet nasceu na Nigéria e tem formação em história da arte. 

Ela é uma pessoa altamente partidária e uma firme defensora das políticas de diversidade, equidade e inclusão, o que é totalmente inapropriado para o cargo. Sua substituta será nomeada em breve”

Trump

Em julho, devido a pressões do governo Trump de demissão de funcionários, o Museu Nacional de História Americana alterou o conteúdo da exposição “Presidência Americana: Um Fardo Glorioso” para que não constasse mais as referências às duas tentativas de impeachment que Trump sofreu em seu primeiro mandato.

Universidades também sofreram com ações de Trump

Ainda neste ano, os noticiários mundiais foram tomados com a escalada de tensão entre Trump e grandes universidades, como Princeton, Columbia e Harvard. É que, sob justificativa de apoio a ações antissemitas (por terem sido ocupadas por estudantes contrários à guerra na Faixa de Gaza), o presidente estadunidense congelou verbas bilionárias destinadas à pesquisa.

A primeira grande instituição a sofrer com os cortes foi a Universidade de Columbia, em Nova York, onde os protestos começaram. Em março, Trump suspendeu o financiamento de 400 milhões de dólares à universidade, que, na esperança de conseguir reavê-los, se comprometeu a punir os manifestantes e coibir novas mobilizações estudantis. O dinheiro nunca retornou e a reitora Katrina Armstrong foi tão criticada que decidiu renunciar ao cargo, no mesmo mês.

Em abril, Trump enviou uma carta a Harvard, considerada um dos melhores centros de ensino superior do mundo, exigindo controle sobre a contratação de docentes, ingresso de alunos e alocação de recursos. Harvard foi a primeira universidade de ponta dos EUA a negar as demandas governamentais e, por isso, sofreu um corte de 2,2 bilhões de dólares para a pesquisa.

Dias depois, a Associação Americana de Faculdades e Universidades (AAC&U) e a Academia Americana de Ciências e Artes publicaram uma declaração pública criticando o “uso coercitivo” de financiamento público para pesquisa, que recebeu a assinatura de quase 600 dirigentes de instituições e organizações acadêmicas, entre os quais os reitores de Harvard, Princeton, MIT, Yale e Cornell.

Um levantamento da revista científica Nature aponta que cerca de 6 bilhões de dólares já foram congelados pela Casa Branca para o financiamento de pesquisas durante a administração Trump, o que mostra que o artifício financeiro é usado não apenas contra instituições culturais, mas contra à abrangente intelectualidade de seu próprio país.

Zelensky rejeita cessão de territórios antes de cessar-fogo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (13) que só aceitará discutir uma possível cessão de territórios à Rússia após um cessar-fogo formal. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes da União Europeia, em um esforço conjunto para buscar alternativas de paz antes da cúpula entre Trump e Vladimir Putin, marcada para sexta-feira (15), no Alasca.

A reunião virtual ocorreu em meio à crescente preocupação entre aliados ocidentais de que os Estados Unidos estejam dispostos a apoiar uma proposta de paz que exija mais concessões da Ucrânia do que da Rússia. Para Zelensky, isso comprometeria a soberania nacional e abriria precedentes perigosos. “Não aceitaremos acordos que sejam discutidos sobre nós, sem nós”, declarou o presidente ucraniano.

Temor de concessões desequilibradas

Os líderes europeus também demonstraram receio de que Trump ceda demais à Rússia em busca de um cessar-fogo rápido. A proposta ventilada pela Casa Branca prevê uma “troca territorial estratégica”, na qual Kiev abriria mão de regiões como Donetsk e Luhansk para garantir o fim da guerra, em troca de garantias de segurança, ideia que Zelensky considera inaceitável.


Representante da Ucrânica Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Trump, por sua vez, insiste que sua prioridade é encerrar o conflito. Em nota, a secretária de imprensa Karoline Leavitt afirmou que a cúpula no Alasca visa “obter um entendimento mais firme de como alcançar a paz”, mas sinalizou que um encontro trilateral com Zelensky pode ocorrer no futuro, dependendo do avanço das conversas com Putin.

Condições da paz seguem distantes

A guerra, que já dura mais de três anos, continua sem sinais concretos de resolução. Moscou exige que a Ucrânia reconheça a anexação da Crimeia e ceda controle total de quatro regiões ocupadas, além de abandonar o objetivo de entrar na OTAN e parar de receber armamentos do Ocidente.

Zelensky, por outro lado, reafirma que só aceitará um acordo que preserve a integridade territorial ucraniana e garanta segurança com apoio internacional. “Enquanto houver tropas russas no nosso território, não há diálogo real possível”, reforçou. A expectativa é que a cúpula entre Trump e Putin defina os rumos da próxima etapa da diplomacia internacional, com a Ucrânia atenta para não ser colocada em segundo plano.

Governo inicia estudo de medidas de reciprocidade das tarifas dos EUA

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados brasileiros, o governo tem estudado maneiras de contornar a medida. O tópico principal, discutido pelo atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é a de agir com reciprocidade contra o governo americano, taxando seus produtos importados.

Essa medida causou preocupação em empresários e economistas, que consideram a ação de taxar os produtos americanos como algo perigoso para a economia brasileira.

O estudo sobre as medidas contra tarifas

Após lançar o plano de ajuda econômica, a vontade do presidente do Brasil é de iniciar o debate quanto às ações de reciprocidade contra as tarifas de Donald Trump. De acordo com fontes do governo, Lula entrou em contato com os ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Fazenda para fazerem análises de medidas recíprocas ao tarifaço dos EUA. A ordem seria de, ao invés de adotar medidas mais amplas, focar em ações específicas e precisas.


Presidente do Brasil, Lula, em evento no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


A Lei de Reciprocidade, que seria adotada pelo governo, foi aprovada pelo Congresso neste ano de 2025, e já foi regulamentada pelo governo em julho, pouco tempo após o anúncio das tarifas de Trump.

A decisão do Governo Lula foi considerada polêmica por empresários, pois a aplicação da lei poderia aumentar os preços dos produtos importados pelos Estados Unidos, gerando várias consequências negativas para a economia.

O tarifaço de Trump

No início de julho deste ano, o presidente Donald Trump escreveu uma carta ao presidente Lula, anunciando uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. No documento, o americano expôs a motivação para a taxação, que, de acordo com ele, os processos realizados contra o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que está sendo acusado de tentativa de Golpe de Estado, era um ultraje e um ataque à democracia brasileira.

Lula respondeu ao tarifaço, dizendo que não abaixaria a guarda e iria responder à altura. Sua ideia é utilizar a Lei da Reciprocidade para taxar os produtos americanos no Brasil.

Trump adia tarifas contra a China por mais 90 dias

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou na segunda-feira (11), em Washington, por mais 90 dias a suspensão das tarifas de importação sobre produtos chineses, alegando avanços nas negociações comerciais com o país asiático. A medida ocorre poucas horas antes do fim do prazo original da moratória e foi formalizada por meio de uma nova ordem executiva.

A decisão, segundo fontes da Casa Branca citadas por veículos internacionais, estende até 9 de novembro a trégua que impediu a aplicação de uma tarifa de 145% sobre bens chineses. Imposta brevemente em maio. O gesto diplomático, segundo o governo americano, visa manter o ambiente de diálogo e evitar o agravamento da guerra comercial que ameaça cadeias de suprimentos globais.

Uma trégua tensa em meio à disputa comercial

O acordo original entre os dois países foi costurado em maio, durante negociações na Suécia, quando Washington concordou em reduzir temporariamente a tarifa para 30%. Composta por uma taxa-base de 10% e uma penalidade extra de 20% para produtos como o fentanil. Em troca, Pequim recuou em suas próprias tarifas retaliatórias e suspendeu o bloqueio às exportações de terras raras.


Post feito por Donald Trump sobre a suspensão da tarifa (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)


A extensão da trégua já era esperada. Nos dias anteriores, membros dos governos de ambos os países sinalizaram otimismo. Trump, ao ser questionado por jornalistas na Casa Branca, declarou: “As negociações estão indo bem. O relacionamento entre o presidente Xi e eu continua forte”.

Fontes diplomáticas afirmam que a China está disposta a continuar cooperando, mas exige maior previsibilidade nas decisões americanas. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, uma ligação entre os dois líderes, ocorrida em junho, teria reforçado o compromisso de buscar um entendimento sem recorrer a novas punições comerciais.

Agricultura americana em foco

Apesar da trégua, pontos sensíveis seguem sem solução. No domingo, Trump usou sua rede Truth Social para pressionar a China a retomar compras de soja dos EUA. Até o fim de julho, segundo a Bloomberg, o governo chinês ainda não havia encomendado nenhuma carga da nova safra americana, o que preocupa produtores e exportadores.

O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu em nota: “Esperamos que os Estados Unidos cumpram sua parte no consenso estabelecido e trabalhem de forma construtiva para estabilizar as relações bilaterais”. Com a nova prorrogação, o mundo acompanha com cautela os próximos passos dessa disputa entre as duas maiores economias do planeta.

Prefeita afirma estar surpresa com ordem de Trump para assumir segurança de Washington

A prefeita de Washington, conversou com repórteres nesta segunda-feira (11), horas após o presidente Donald Trump fazer um anúncio sobre a intervenção, sob a justificativa de combate a violência na capital e busca retirar os criminosos e os sem-teto da cidade. Ela disse que tentara fazer uma administração de uma forma que deixe os moradores do local orgulhosos pelo seu trabalho, falou a respeito que ficou surpresa dada a retórica do passado.

Entenda a situação

O atual presidente dos EUA informou que há uma emergência de segurança em Washington, a capital. Ele declarou que enviará 800 tropas da Guarda Nacional e controlará a polícia da cidade. A intenção inicial é que essa intervenção dure 30 dias, segundo o The New York Times. Em coletiva na Casa Branca, o presidente relatou que a cidade deveria ser um dos locais mais seguros do país, mas há anos deixou de ser, pois a esquerda radical saiu do controle, alegando que os democratas não priorizam a segurança.

A prefeita Muriel Bowser está negando a emergência citada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que a criminalidade no distrito caiu desde 2023. O procurador-geral de Colúmbia, Brian Schwalb, a autoridade máxima da justiça, chamou a intervenção federal de Trump de “sem precedentes”, desnecessária e ilegal. Schwalb informou que irá usar todas as alternativas legais contra a medida.


Donald Trump em discurso no dia 11 de agosto (Foto: reprodução/Yasin Ozturk/Getty Images Embed)


A Guarda nacional

Geralmente, a Guarda Nacional opera sob o comando dos estados, com financiamento dos governos locais. Em alguns casos, os soldados são enviados para missões federais, sob comando estadual, mas recebem apoio e recursos do governo federal. O atual presidente dos EUA declarou que irá enviar as pessoas em situação de rua para abrigos, longe de Washington, e que a cidade será “libertada”. Em uma publicação na rede social Truth Social, ele reiterou que irá retirar a “escória” e que “a selvageria e a imundice irão desaparecer”.

No mesmo post, o presidente deixou claro que irá tornar a capital dos EUA grande novamente. Ele também mencionou a questão da imigração e o fim dos crimes, lembrando que consertou a fronteira rapidamente. Ele apresentou um plano para tornar a localidade mais segura e bonita. Esses anúncios foram adiantados por vários veículos de imprensa da região.

Trump assume polícia de Washington e envia Guarda Nacional após declarar estado de emergência

Nesta segunda-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de emergência em Washington, D.C., invocando a Seção 740 da Lei de Autonomia do Distrito de Columbia para colocar o Departamento de Polícia Metropolitana sob controle federal e enviar 800 integrantes da Guarda Nacional à capital, com o objetivo de conter o crime e remover pessoas em situação de rua.

Federalização da segurança pública e ações emergenciais

Por meio de uma ordem executiva, Trump afirmou que a medida era necessária para “ajudar a restabelecer a lei, a ordem e a segurança pública em Washington, D.C’’. A procuradora-geral Pam Bondi assumiu o comando da Polícia Metropolitana e o presidente convocou agentes de diversas agências federais para reforçar o patrulhamento.

Trump também anunciou a remoção imediata de acampamentos de moradores de rua de parques públicos, alegando que a capital deveria recuperar sua “beleza e ordem”. O presidente classificou Washington como um local tomado por gangues, criminosos violentos e “imundície” — visão fortemente contestada pela administração local. 


Trump exibe estatísticas criminais durante coletiva na Casa Branca, em Washington, D.C., 11 de agosto de 2025 (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images embed)


Resistência das autoridades locais e análise da segurança atual

A prefeita Muriel Bowser e o procurador-geral local, Brian Schwalb, repudiaram a ação, classificando-a como “sem precedentes, desnecessária e ilegal”. Relatórios da Polícia de D.C. indicam que os índices de criminalidade violenta caíram 26% em 2025 e 35% em 2024, com especialistas afirmando que a capital vive um dos momentos mais seguros em décadas.

Trump, no entanto, disse que os números oficiais não retratam a realidade e reiterou que a intervenção federal era urgente para “proteger o povo americano”.

Intervenção federal

A decisão de Donald Trump de federalizar a polícia de Washington, D.C., e mobilizar a Guarda Nacional representa uma escalada sem precedentes do poder executivo em uma cidade historicamente autônoma. Embora o presidente justifique a medida como necessária para aumentar a segurança, os próprios dados apontam queda expressiva nos crimes violentos. A polêmica reacende o debate sobre os limites constitucionais entre autonomia local e intervenção federal.

Saiba para onde vão os bilhões de dólares arrecadados pelas tarifas de Trump

O presidente Donald Trump reafirmou, no último final de semana, que está recebendo muito mais dinheiro do que os Estados Unidos já viram, observando os bilhões de dólares obtidos graças ao aumento dos impostos sobre a maioria dos produtos importados.

Um levantamento feito pelo Departamento do Tesouro dos EUA mostra que o país arrecadou quase US$ 30 bilhões em receita tarifária no mês de julho, o que significava um aumento de 242% na receita tarifária em comparação com julho do ano passado.

Além disso, o governo de Trump arrecadou US$ 100 bilhões em receitas, desde que o presidente implantou, em abril, uma tarifa de 10% sobre a maioria dos produtos, juntamente com outras taxas maiores que também foram implantas, um valor adquirido três vezes maior do que o foi arrecado nos últimos quatro meses de 2024. Diante disso, houve um grande questionamento sobre para onde esse dinheiro vai ser destinado.

Distribuição da receita entre os americanos

Uma das justificativas apresentadas por Trump é que o governo estaria considerando a possibilidade de redistribuir a receita tarifária entre a população americana, por conta da grande quantidade de dinheiro arrecada, afirmação que foi adiantada na semana passada em um projeto apresentado pelo senador americano Josh Hawley.


Donald Trump em discurso (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)


O diretor de economia Budget Lab da Universidade de Yale e ex economista do governo de Biden, Ernie Tedeschi, afirmou para a CNN Internacional que a ação apresentada não é uma alternativa viável, pois poderia causar um aumento na inflação.

Pagamento de dívida e destino da receita

Trump também afirmou que além de distribuir dividendos entre os estadunidenses, seu objetivo é pagar a dívida trilionária do governo.

O Departamento do Tesouro administra um fundo chamado de Talão de Cheques dos Estados Unidos, que serve como depósito para toda receita obtida pelo governo e é usado para pagar contas. Quando as receitas arrecadas são inferiores às contas do governo, surge um déficit orçamentário e gera a necessidade para o governo pedir empréstimos para compensar a diferença.

Atualmente, o governo tem um valor de US$ 36 trilhões para ser reembolsado, o que vem gerando preocupação aos economistas, que afirmar que a economia americana vai ser prejudicada observando que o valor tem aumentado.


Donald Trump ao lado do economista Stephen Moore (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/ Getty Images Embed)


Isso ocorre porque o governo americano precisa pagar juros em meio aos empréstimos solicitados. Quanto maior for o empréstimo, maiores os juros que têm que ser pagos, gerando uma despesa maior para o governo.

O economista sênior do Deutsche Bank nos Estados Unidos, Deutsche Bank, afirmou durante uma entrevista para a CNN que, mesmo que a receita tarifária arrecadada não seja suficiente para combater o déficit orçamentário adquirido, a arrecadação de tarifas causou uma diminuição neste valor, mostrando não haver uma urgência do governo de pedir empréstimos tão altos quanto precisaria sem a presença da receita tarifária.

Tarifas podem causar problemas financeiros

O uso das tarifas, mesmo ajudando o governo na teoria, pode causar alguns problemas financeiros, em especial para algumas empresas, que tem absorvido custos altos sem que seus preços aumentassem, e muitas delas, como Walmart e Procter & Gamble, emitiram um alerta sobre um aumento visível de preços.

Relatórios recentes feitos pelo governo mostram que muitos produtos, como eletrodomésticos, brinquedos e eletrônicos de consumo, estão ficando mais caros. Tedeschi afirmou, ainda em conversa com a CNN, que as tarifas trarão consequências negativas para a economia.

O economista diz que mesmo com a diminuição do Produto Interno Bruto dos EUA causado pelas tarifas, prevista para ocorrer neste ano e no próximo conforme um levantamento feito pelo Yale Budget Lab, não ajudaria a receita das tarifas por completo, porque mesmo com o aumento da receita com tarifas, graças ao um crescimento econômico menor que o previsto, é arrecado um valor menor em impostos de renda e dentro da folha de pagamento.

Mesmo com todas as preocupações envolvendo o futuro da economia americana, o governo de Trump vê a situação de maneira positiva, argumentando que os mega cortes de impostos e a lei de gastos, juntamente com a receita das tarifas, irão fazer a economia dos Estados Unidos crescer futuramente.

Trump promete abrigo “longe da capital” para pessoas em situação de rua

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou neste domingo (10) que pretende oferecer abrigo às pessoas em situação de rua, fora da cidade de Washington. Segundo ele, a medida também visa combater a criminalidade na capital americana, com ações voltadas à prisão de indivíduos envolvidos em práticas criminosas.

Cidade mais segura e bonita

Nesta segunda-feira (11), Trump deve anunciar as medidas referentes às pessoas que estão em situação de rua e como serão direcionadas para abrigos. O plano inclui também ação contra os que praticam os crimes, prendendo os infratores.

“As pessoas sem-teto devem sair, IMEDIATAMENTE. Nós lhes daremos abrigo, mas LONGE da capital”, escreveu ele em sua plataforma Truth Social.

Relatório da situação de rua

O relatório anual do Departamento de Habitação 2024 apontou que a capital Washington é o 15º no ranking das cidades com moradores em situação de rua. O relatório contemplou as 200 maiores cidades.

Donald Trump, ao assumir a presidência dos EUA no início do ano, já havia manifestado por diversas vezes que queria colocar Washington sob controle federal. Pois a capital tem posição especial e não pertence a nenhum outro estado.

Em julho, com a assinatura de um decreto, o presidente americano incentivou os governos locais a remover pessoas que estejam em situação de rua por meio de internação compulsória de longa permanência. A Casa Branca, conforme a nota divulgada, priorizaria subsídios e redirecionaria recursos às localidades que direcionassem pessoas acampadas nas ruas. 


Barracas de moradores de rua ocupam a calçada próxima à Casa Branca Foto: (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Washington em épocas distintas

A atual preocupação do presidente Donald Trump com a segurança e a ordem em Washington, D.C. — incluindo medidas como o envio da Guarda Nacional e a remoção de moradores de rua — remete, em parte, à ambição original de George Washington ao escolher o local da capital.

Inspirado pela grandeza de cidades como Paris e Londres, o primeiro-presidente dos Estados Unidos idealizou uma cidade monumental, marcada por edifícios neoclássicos como o Capitólio, símbolo dos ideais democráticos da jovem república.

Trump considera alterar classificação da maconha em meio a disputas internas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia reclassificar a maconha para uma categoria de drogas menos controlada em território americano. Recentemente, o tema voltou ao centro das conversas políticas após o presidente garantir, segundo fontes, “várias vezes” que pretende cumprir a promessa de minimizar a pressão sobre a substância.

Durante um jantar em Nova Jersey, Trump reconheceu que a questão precisa de análise cautelosa. O presidente também indicou apoio à mudança. Desse modo, a proposta retiraria a maconha da Lista 1, a qual agrupa narcóticos como a heroína. Além disso, facilitaria pesquisas, usos medicinais e, possivelmente, a legalização em mais estados.

A pressão interna e as disputas políticas

A princípio, assessores próximos defendem uma ação imediata, alegando que a medida poderia ampliar o apoio antes das eleições de meio de mandato. No entanto, parte da equipe teme que impactos morais e jurídicos surjam e prejudiquem a agenda presidencial. A indústria da cannabis e apoiadores influentes, como Joe Rogan e Alex Bruesewitz, reforçam o apelo pela reclassificação.


— Ativistas pró-maconha em manifestação de 2021, em Washington, DC (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


Contudo, apesar das promessas, a política antidrogas oficial do governo americano ainda não inclui mudanças sobre a maconha. O novo chefe da Agência Antidrogas, Terrance Cole, rejeitou a ideia, o que acarretou olhares incompatíveis com o compromisso de campanha. Empresas ligadas ao setor, como a Scotts Miracle-Gro e a Trulieve, já investiram milhões em doações para comitês alinhados a Trump.

Cenário internacional e debate no Brasil

Nos Estados Unidos, cerca de 60% da população apoia a legalização recreativa, segundo o Pew Research Center. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal manteve a descriminalização do porte para uso pessoal, mas o Senado aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que criminaliza qualquer quantidade da substância.


EUA planeja operação contra cartéis de drogas (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Record)

Em seu último discurso sobre drogas, o Papa Francisco, falecido em 2025, condenou a legalização das drogas e afirmou que tal medida acarretaria consumos ainda maiores. Francisco chegou a classificar os traficantes como “assassinos”.

Enquanto isso, a guerra comercial do governo Trump anunciou novas tarifas contra Canadá, México e China, alegando que a medida ajuda a conter o tráfico de drogas e a imigração ilegal. Tal posicionamento mantém a pauta de segurança no centro do discurso dos EUA. Por outro lado, em solo americano o governo espera conquistar mais eleitores em 2026, sobretudo, os jovens e, deste modo, vencer as eleições presidenciais.

Trump pressiona Rússia após fim do ultimato sobre guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona a Rússia após o fim do prazo para encerrar o conflito na Ucrânia, que terminou nesta sexta-feira (8) sem acordo. Diante do impasse, Trump reafirmou a intenção de aplicar tarifas de até 100% e sanções mais severas contra Moscou. Além disso, as medidas também miram países que mantêm comércio de energia com a Rússia.

Pressão de Trump sobre Rússia e busca por cúpula

No início da semana, Trump prometeu avançar com as chamadas “sanções secundárias”. Essas medidas podem atingir a Índia, segunda maior compradora do petróleo russo, e possivelmente a China, principal cliente energético de Moscou. Apesar da retórica dura, a Casa Branca confirmou que o presidente prepara um encontro com Putin. A reunião pode ocorrer já na próxima semana, em formato bilateral ou trilateral, incluindo também o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Trump não condicionou a reunião a um encontro prévio entre Putin e Zelensky. Segundo ele, o objetivo principal é “parar o derramamento de sangue”. O republicano não descarta novas medidas econômicas caso Moscou não demonstre abertura para um acordo de paz.

Resistência do Kremlin e reação internacional

O Kremlin ignorou o ultimato. Segundo fontes próximas ao governo russo, Putin acredita que a Rússia mantém vantagem militar e não cederá sob pressão. Moscou insiste que qualquer negociação precisa incluir garantias de segurança para ambas as partes. No entanto, evita atender diretamente às exigências norte-americanas.

A iniciativa de uma cúpula foi discutida entre Putin e o enviado especial de Trump, Steve Witkoff. O Kremlin afirma que a proposta partiu do presidente dos EUA, enquanto a Casa Branca sustenta que a ideia veio dos russos. A possibilidade de um encontro nos Emirados Árabes Unidos está em negociação, mas ainda não há confirmação oficial.

Enquanto isso, líderes europeus e o presidente ucraniano discutem como lidar com as movimentações diplomáticas. Eles temem que uma nova rodada de conversas sirva apenas para adiar medidas mais duras contra Moscou.


Donald Trump estipula prazo para fim da guerra na Ucrânia que termina nesta sexta-feira (8) (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN)

Semanas decisivas para a guerra na Ucrânia

Especialistas em geopolítica avaliam que a postura de Trump busca equilibrar pressão econômica e abertura diplomática. Para isso, a estratégia tenta criar um cenário em que Putin se sinta compelido a negociar, mas sem dar sinais de recuo que possam enfraquecer a imagem norte-americana. No entanto, analistas alertam que esse tipo de ultimato pode ter efeito limitado. Para que funcione, ele precisa vir acompanhado de um plano concreto para encerrar o conflito.

Além disso, em meio à crise, Trump pressiona Rússia com sanções e negociações, buscando um desfecho para o conflito que tem provocado instabilidade global.

Com o ultimato encerrado e as conversas diplomáticas ainda incertas, o impasse entre Washington e Moscou se aprofunda. Trump aposta em sanções e tarifas para forçar um cessar-fogo. Enquanto isso, Putin mantém a narrativa de que a Rússia está em vantagem.

O desfecho das próximas semanas será decisivo para definir se a pressão econômica dos Estados Unidos resultará em negociações de paz ou se a guerra na Ucrânia entrará em um novo ciclo de escalada.