Zelensky rejeita cessão de territórios antes de cessar-fogo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (13) que só aceitará discutir uma possível cessão de territórios à Rússia após um cessar-fogo formal. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes da União Europeia, em um esforço conjunto para buscar alternativas de paz antes […]

13 ago, 2025
Foto destaque: Volodymyr Zelensky (Reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)
Foto destaque: Volodymyr Zelensky (Reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)
Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (13) que só aceitará discutir uma possível cessão de territórios à Rússia após um cessar-fogo formal. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes da União Europeia, em um esforço conjunto para buscar alternativas de paz antes da cúpula entre Trump e Vladimir Putin, marcada para sexta-feira (15), no Alasca.

A reunião virtual ocorreu em meio à crescente preocupação entre aliados ocidentais de que os Estados Unidos estejam dispostos a apoiar uma proposta de paz que exija mais concessões da Ucrânia do que da Rússia. Para Zelensky, isso comprometeria a soberania nacional e abriria precedentes perigosos. “Não aceitaremos acordos que sejam discutidos sobre nós, sem nós”, declarou o presidente ucraniano.

Temor de concessões desequilibradas

Os líderes europeus também demonstraram receio de que Trump ceda demais à Rússia em busca de um cessar-fogo rápido. A proposta ventilada pela Casa Branca prevê uma “troca territorial estratégica”, na qual Kiev abriria mão de regiões como Donetsk e Luhansk para garantir o fim da guerra, em troca de garantias de segurança, ideia que Zelensky considera inaceitável.


Representante da Ucrânica Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Trump, por sua vez, insiste que sua prioridade é encerrar o conflito. Em nota, a secretária de imprensa Karoline Leavitt afirmou que a cúpula no Alasca visa “obter um entendimento mais firme de como alcançar a paz”, mas sinalizou que um encontro trilateral com Zelensky pode ocorrer no futuro, dependendo do avanço das conversas com Putin.

Condições da paz seguem distantes

A guerra, que já dura mais de três anos, continua sem sinais concretos de resolução. Moscou exige que a Ucrânia reconheça a anexação da Crimeia e ceda controle total de quatro regiões ocupadas, além de abandonar o objetivo de entrar na OTAN e parar de receber armamentos do Ocidente.

Zelensky, por outro lado, reafirma que só aceitará um acordo que preserve a integridade territorial ucraniana e garanta segurança com apoio internacional. “Enquanto houver tropas russas no nosso território, não há diálogo real possível”, reforçou. A expectativa é que a cúpula entre Trump e Putin defina os rumos da próxima etapa da diplomacia internacional, com a Ucrânia atenta para não ser colocada em segundo plano.

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