Três em cada dez brasileiros são analfabetos funcionais, aponta pesquisa

Um cenário preocupante segue sendo enfrentado pelo Brasil em relação ao analfabetismo funcional. Segundo a edição mais recente de Alfabetismo Funcional (Inaf), 29% dos brasileiros entre 15 e 64 anos ainda se enquadram nessa condição — mesmo índice registrado em 2018, quando foi feita a última coleta de dados.

O levantamento, realizado entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, entrevistou 2.554 pessoas em todas as regiões do país e foi conduzido pela Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social, em parceria com entidades como Fundação Itaú, Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco, Unesco e Unicef.


Estudo aponta alto índice de analfabetismo funciona (Foto: reprodução/Sumaia Vilela/Agência Brasil)

O que é o analfabetismo funcional?

A pesquisa considera analfabeto funcional quem consegue apenas identificar palavras simples e números familiares, mas apresenta dificuldade para interpretar textos mais longos ou resolver problemas matemáticos básicos. Esse grupo abrange desde os analfabetos até os que possuem apenas habilidades rudimentares.

Estagnação e desigualdades

Após anos de queda, o índice de analfabetismo funcional no Brasil parou de recuar em 2009, estabilizando-se em 27%. Em 2018, houve um leve aumento para 29% — número que se manteve em 2024.

A pesquisa também escancara desigualdades. Entre pessoas com mais de 50 anos, mais da metade (51%) são analfabetas funcionais. Já entre os mais jovens, a situação melhora: 84% dos entrevistados entre 15 e 29 anos foram considerados alfabetizados funcionais, assim como 78% dos que têm entre 30 e 39 anos.


Estudo de analfabetismo funcional escancara desigualdades sociais do país (Foto: Reprodução/ 
Evaristo Sa/AFP/Getty Images Embed)


A diferença racial também é evidente. Enquanto 41% das pessoas brancas foram avaliadas com alfabetização consolidada (nível intermediário ou proficiente), esse percentual cai para 31% entre pretos e pardos e apenas 19% entre indígenas e amarelos.

O recorte de gênero mostra um leve avanço para as mulheres: 73% são consideradas alfabetizadas funcionalmente, contra 69% dos homens.

Uma mudança que precisa avançar

Ana Lima, coordenadora do estudo, destaca que os resultados mais positivos entre os mais jovens refletem o impacto de políticas de inclusão escolar nas últimas duas décadas. Mas alerta:

O importante agora é assegurar avanços no desenvolvimento contínuo das habilidades de letramento e numeramento dos brasileiros, tanto para aqueles que ainda estão na escola quanto para os que já estão fora dela. 

— Diz a coordenadora do estudo.

Fernanda Torres surpreende estudantes ao prestigiar defesa de mestrado do filho na UERJ

A atriz Fernanda Torres surpreende estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ao comparecer à instituição para acompanhar a defesa de mestrado de seu filho, Joaquim Waddington. A presença da artista chamou a atenção de alunos e professores, tornando o momento ainda mais especial.

Presença inesperada

A chegada de Fernanda Torres aos corredores da UERJ, como era de se esperar, não passou despercebida. Afinal, acostumada aos holofotes por sua carreira no teatro, cinema e televisão, a atriz, no entanto, desta vez foi destaque por um motivo diferente: o apoio à trajetória acadêmica do filho. Joaquim, fruto de seu casamento com o cineasta Andrucha Waddington, defendeu seu trabalho diante da banca avaliadora, enquanto contava com a presença atenta e orgulhosa da mãe.


Fernanda marca presença na UERJ e tira fotos com estudantes (Foto: reprodução/X/@geografah)

Além de assistir à apresentação, Fernanda interagiu com alguns alunos e professores, demonstrando simpatia e interesse pelo ambiente acadêmico. Apesar de ser um rosto amplamente reconhecido no meio artístico, ela manteve a discrição e acompanhou o momento com total dedicação ao filho. Sua atitude reforçou a importância do incentivo familiar nos desafios acadêmicos e serviu de inspiração para muitos estudantes.

Repercussão entre os estudantes

A atitude de Fernanda Torres surpreende estudantes e gera grande repercussão entre os alunos da universidade, que compartilharam o momento nas redes sociais. Diversos estudantes elogiaram a postura da atriz, ressaltando sua discrição e o incentivo à educação. A presença de uma personalidade reconhecida no meio artístico evidenciou a relevância do apoio familiar em momentos decisivos da trajetória acadêmica.

Além disso, a presença da atriz na universidade trouxe à tona reflexões sobre a importância do apoio familiar no percurso acadêmico. A trajetória universitária apresenta desafios significativos, e o reconhecimento e a participação de familiares exercem um papel fundamental nesse processo.

Donald Trump decreta fim da educação de gênero e racial nas escolas dos EUA

Nesta quarta-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas que determinam o fim do ensino de questões raciais e de gênero nas escolas do país. Segundo ele, a medida tem o objetivo de evitar uma suposta “doutrinação ideológica” dentro do sistema de ensino. Durante a campanha eleitoral, Trump já havia prometido que iria se basear em um currículo mais conservador.

Mudanças no sistema educacional

Antes de ser eleito, Donald Trump e apoiadores do Partido Republicano já haviam afirmado que as instituições de ensino ensinavam as crianças brancas a se sentirem envergonhadas em razão do histórico de discriminação e escravidão nos Estados Unidos. As novas diretrizes argumentam que os professores exigem “consentimento” aos conceitos de “preconceito inconsistente” e “privilégio branco”.

Conforme a declaração do presidente:

“É política da minha administração apoiar os pais na escolha e direção da criação e educação de seus filhos. Muitas crianças não prosperam na escola designada e administrada pelo governo.”

A ordem tem o intuito de proibir as escolas de utilizar medidas relacionadas à ideologia de gênero ou ideologia de equidade discriminatória, conceitos citados por ele. A decisão é baseada na ideia de que esses conteúdos poderiam impactar negativamente na visão dos indivíduos acerca da história e da sociedade.


Trump exibe um dos decretos que assinou em seu novo mandato (Foto: reprodução/Pedro Ugarte/AFP)

Impactos da decisão

Além de proibir que as escolas utilizem fundos federais para currículo, a ordem orienta o secretário da educação a desenvolver para acabar com a “doutrinação” nos colégios dentro do período de 90 dias. O secretário deve então vincular fundos federais a fim de garantir que as instituições ensinem de uma forma que seja aprovada pelo governo de Trump.

Outra ordem também foi decretada às universidades em que ocorreram as manifestações a favor da Palestina no ano de 2024. A decisão é descrita como um modo de evitar o antissemitismo, e prevê a revogação dos vistos de alunos estrangeiros que estavam presentes no protesto.

Governo lança “Pé-de-Meia Licenciatura” para incentivar formação de professores

O governo federal anunciou que, nesta terça-feira (14,) haverá o lançamento do programa “Pé-de-Meia Licenciatura”, uma nova iniciativa voltada para estudantes universitários que fazem licenciatura. A medida, que integra a política pública “Mais Professores”, visa proporcionar apoio financeiro aos futuros educadores, visando incentivar a carreira docente e valorizar a profissão.

Iniciativa busca fortalecer a carreira docente

O programa tem mensalidade de R$ 1.050 para os alunos matriculados em cursos de licenciatura, com os valores depositados diretamente em uma conta poupança. O intuito é oferecer um suporte durante a formação, garantindo uma maior estabilidade financeira aos estudantes, influenciando na decisão dos estudantes em ter uma formação como professor. O valor será depositado enquanto os estudantes estiverem matriculados e frequentando as aula.


Com a iniciativa, a ideia é que o interesse pela formação de docentes seja maior (Foto: reprodução/x/g1)

Controvérsias e desafios orçamentários

O programa enfrenta alguns desafios administrativos, Em dezembro de 2024 o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou a legalidade da execução do “Pé-de-Meia”, após esse ocorrido houve um pedindo o bloqueio do valor de R$ 6 bilhões, que estavam destinados ao programa, que auxilia o estudante e evita e evasão escolar. A principal preocupação é que o programa esteja sendo executado de maneira inadequada, fora do Orçamento da União, o que pode comprometer o cumprimento das regras fiscais do país. A situação desperta preocupações sobre o possível descumprimento de regras financeiras essenciais, criadas para assegurar a estabilidade e o equilíbrio da economia do país.

Apesar das críticas, o programa “Pé-de-Meia Licenciatura” não foi desconsiderado e, é uma das apostas do Governo Federal para incentivar os estudantes e a formação de professores, depois do lançamento da primeira versão do programa, que auxiliava os alunos do ensino médio da rede pública. Durante o ano de 2024, cerca 4 milhões de alunos foram beneficiados por esse modelo, O programa é voltado ao apoio financeiro, garantindo uma série de incentivos ao longo dos anos. Entre os benefícios, estão os depósitos anuais que, ao final do período escolar, podem totalizar até R$ 9.200, ajudando os jovens a se manterem focados nos estudos e a lidarem com eventuais dificuldades financeiras.

Brasileiro é reconhecido no Under 30 dos EUA por inovações em Tecnologia Educacional

Enquanto a tecnologia apresenta desafios significativos para as práticas pedagógicas, ela também pode oferecer respostas eficazes para diversas dificuldades. Com o objetivo de redefinir o uso da inteligência artificial no ensino, o carioca Pedro Siciliano alcançou reconhecimento internacional. 

Educadores e instituições muitas vezes enfrentam dificuldades para incorporar novas tecnologias, seja pela falta de treinamento, infraestrutura ou recursos financeiros. Nem todos os alunos têm acesso igual a dispositivos e internet, o que pode acentuar desigualdades educacionais, no entanto, o brasileiro quebrou barreiras.

Após se formar em engenharia, Siciliano dedicou cinco anos ao trabalho como professor voluntário, período em que identificou os desafios enfrentados pelos docentes dentro e fora da sala de aula. Atualmente, sua startup figura entre as principais que utilizam inteligência artificial da América Latina, com a missão de revolucionar a forma como professores e alunos acessam e criam conteúdos colaborativamente, reunindo mais de um milhão de educadores cadastrados.


Pedro Siciliano, cofundador da Teachy (Foto: reprodução/Forbes Brasil)

O brasileiro contou sua impressão para a Forbes Brasil:

“É extremamente significativo receber esse reconhecimento atuando em um setor tão central para o desenvolvimento social e econômico quanto a educação. Nossa trajetória na Teachy nasceu de uma convicção: o professor é a figura-chave para transformar o futuro de milhões de estudantes, principalmente em países em desenvolvimento. Quando destacamos a importância dos educadores e investimos em soluções que realmente apoiam o seu trabalho, estamos falando não só de melhorar a qualidade do ensino, mas também de criar oportunidades de crescimento social.”

Uma voz para muitos

Pedro Siciliano se tornou uma voz para muitos que buscam impulsionar a educação no país. Ele observou as dificuldades que vão além da sala de aula, como a falta de recursos pedagógicos, o excesso de trabalho administrativo e a necessidade de inovação nas práticas de ensino. Essa vivência o capacitou a entender profundamente as “dores” do setor educacional.

Sua startup oferece uma plataforma colaborativa que facilita o acesso e a criação de materiais educacionais, promovendo o engajamento de professores e estudantes. Ao combinar tecnologia de ponta com as reais necessidades do ensino, a iniciativa não só preencheu lacunas no setor, mas também deu voz a milhares de educadores.

Obstáculos para o uso da IA na educação

A introdução de novas tecnologias na sala de aula ainda enfrenta barreiras e resistências, o que é compreensível em um ambiente tão delicado. Muitos professores expressam preocupações relacionadas à complexidade das ferramentas, à confiabilidade dos recursos e ao temor de que a tecnologia substitua suas funções, em vez de fortalecê-las.

Pedro foi destacado na renomada lista anual Forbes 30 Under 30 North América 2025, na categoria de Impacto Social. Ex-professor e engenheiro, com um MBA pela Universidade de Stanford, deu início a Teachy em 2022, junto com Fábio Baldissera.

Concursos Públicos imperdíveis para 2025: prepare-se com o Ponto do Rateio!

O ano de 2025 traz uma série de concursos públicos altamente esperados, oferecendo oportunidades para quem busca estabilidade financeira e profissional. Com milhares de vagas e salários competitivos, preparar-se de forma estratégica é fundamental.

É aqui que o Ponto do Rateio faz toda a diferença, oferecendo cursos de altíssima qualidade com descontos que chegam a até 90% em relação ao valor original. Confira os concursos destacados e veja como o Ponto do Rateio pode transformar sua preparação.

1. Banco do Brasil: Mais de 7.000 Vagas para Escriturário

O Banco do Brasil abrirá mais de 7.200 vagas para o cargo de Escriturário, que exige apenas nível médio. Com remuneração inicial de aproximadamente R$ 4.000, esse concurso é ideal para quem busca uma carreira promissora no setor bancário.

Como o Ponto do Rateio pode ajudar:
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2. Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): 250 Vagas para Perito Médico

O INSS promete ser um dos grandes concursos de 2025, com 250 vagas destinadas ao cargo de Perito Médico Federal, uma posição que exige formação em Medicina e oferece remuneração inicial de até R$ 14.000.

Vantagem no Ponto do Rateio:
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3. Tribunais de Justiça Estaduais

Diversos Tribunais de Justiça abrirão concursos em 2025, com oportunidades para Técnico Judiciário (nível médio) e Analista Judiciário (nível superior). Os salários variam de R$ 5.000 a R$ 10.000, dependendo do estado.

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4. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

Com 460 vagas previstas para cargos de Analista Ambiental e Analista Administrativo, o concurso do IBAMA atrai candidatos de diversas áreas. Os salários podem ultrapassar os R$ 8.800, tornando essa uma excelente oportunidade.

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5. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

O ICMBio oferecerá 350 vagas para cargos de nível superior, como Analista Ambiental e Analista Administrativo. Com salários atrativos e grande relevância social, esse concurso é um dos mais aguardados.

Ponto do Rateio: materiais completos a preços imbatíveis:
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Além disso, o site oferece suporte ao aluno, garantindo que você tenha toda a assistência necessária durante sua preparação.

Dicas para Conquistar Sua Vaga com o Ponto do Rateio

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Conclusão

O ano de 2025 será repleto de oportunidades para quem deseja ingressar no setor público. Com concursos que abrangem diversas áreas e níveis de escolaridade, é essencial começar a preparação o quanto antes. O Ponto do Rateio está ao seu lado nessa jornada, oferecendo cursos de alta qualidade por valores acessíveis.

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Segundo IBGE, jovens negros e pardos foram os que mais morreram em 2023

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (04), a pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024”. O levantamento revelou que, em 2023, os jovens negros e pardos foram as principais vítimas de mortes no Brasil, destacando desigualdades que ainda marcam a sociedade.

Número dos negros na pesquisa

Dentre o número de mortos do ano passado, esses jovens fazem parte de 17,3% do total, segundo o IBGE. O número é de 1.463.546 pessoas. As mulheres negras e pardas são as segundas que mais morrem, até os nove anos . Entre 10 e 69 anos, o segundo lugar é ocupado pelos homens brancos, que totalizam 11,3% do total.

Além disso, o estudo apontou que mulheres negras e pardas têm uma expectativa de vida menor, em comparação às mulheres brancas. Entre os 10 e 59 anos, elas ocupam o terceiro lugar no ranking de mortalidade, com 4,1% das mortes registradas. No entanto, a partir dos 60 anos, o cenário se inverte, com o número de mortes de mulheres brancas superando o de pretas e pardas.

Veja os percentuais de óbito em 2023, de acordo com sexo e cor de pele:

  • Mulher branca – 20,5% das mortes;
  • Homem branco – 18,9%;
  • Homem preto ou pardo – 15,6%;
  • Mulher preta ou parda – 13,8%.

Mulheres negras morrem mais que brancas no Brasil (Foto:reprodução/Instagram/@esqrevpt)

O estudo do IBGE

Segundo a analista de pesquisa, Clician Oliveira, durante a pandemia, as pirâmides etárias de morte haviam desregulado, mas, em 2023, elas voltaram ao padrão de 2019. Disse também que a velhice brasileira se reafirma como branca, e que acima dos 80 anos, é feminina.

Além disso, o estudo do IBGE apresenta dados sobre estrutura econômica, mercado de trabalho, distribuição de renda e padrões de vida, abrangendo aspectos como moradia, saúde e educação, no período de 2012 a 2024.

Nesta edição, o estudo trouxe novas análises, incluindo indicadores das condições de vida por regiões geográficas e a relação entre condições de moradia e pobreza monetária. Os recortes geográficos incluem grandes regiões, estados e cidades.

São Paulo proíbe uso de celulares em escolas públicas e privadas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou a lei que proíbe o uso de dispositivos eletrônicos em escolas públicas e privadas do estado. A medida, que será aplicada a partir de 30 dias, busca combater os impactos negativos do uso excessivo de tecnologia no ambiente escolar.

A nova lei, proposta pela deputada estadual Marina Helou, restringe o uso de celulares e outros dispositivos durante o período escolar, incluindo intervalos, com exceções específicas para fins pedagógicos e necessidades de acessibilidade.


Celulares são proibidos em escolas (Vídeo: reprodução/Youtube/SBT News)

Medida visa desempenho e interação social

A lei, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo, reflete a preocupação crescente com o impacto dos dispositivos eletrônicos na educação. De acordo com o texto, o uso constante de celulares e similares está diretamente relacionado à queda na capacidade de concentração e no desempenho acadêmico, além de prejudicar a interação social entre os alunos.

O projeto foi idealizado pela deputada Marina Helou, com coautoria de 42 parlamentares, destacando a urgência de medidas para criar um ambiente mais propício ao aprendizado. Com a sanção do governador, a regra valerá em todas as escolas estaduais, abrangendo tanto o ensino público quanto o privado.

Exceções e armazenamento seguro

A nova legislação estabelece que dispositivos como celulares, tablets e relógios inteligentes devem ser armazenados de forma segura durante o período das aulas. Apenas duas exceções serão permitidas: o uso pedagógico, previamente autorizado pelos professores, e situações de acessibilidade, destinadas a estudantes com deficiência que dependem de tecnologia assistiva.

Mesmo durante os intervalos, a utilização dos dispositivos será restrita. A intenção é estimular os estudantes a interagirem entre si, fortalecendo os vínculos sociais e reduzindo a dependência digital. Escolas deverão criar mecanismos para garantir o cumprimento das normas e evitar conflitos, como campanhas de conscientização e o envolvimento de pais e responsáveis no processo.

Especialistas apontam que a implementação pode encontrar desafios, como a resistência inicial de estudantes acostumados ao uso frequente dos dispositivos. No entanto, a mudança é vista como uma oportunidade para repensar a dinâmica escolar e incentivar práticas pedagógicas que não dependam exclusivamente da tecnologia.

Celular na escola: projeto de lei avança na Câmara e gera debate

Nesta quarta-feira (30), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que pretende restringir o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em escolas públicas e particulares. Agora o texto será analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Uso restrito em todos os ambientes

Caso aprovado, o uso de telefones celulares será proibido em sala de aula e no recreio na alimentação dos alunos até nas etapas da educação básica. Excetuam-se desta proibição os casos em que o professor estiver, direta e presencialmente, conduzindo uma atividade pedagógica de ensino-aprendizagem ou utilização para acessibilidade e cuidados com a saúde.

Para Moreira, a proposta é uma saída para impedir que o estímulo à distração tecnológica prejudique as atividades de aprendizagem dos alunos. A possibilidade voltou à tona depois que o Ministério da Educação anunciou um projeto com essa característica para escolas públicas. Na avaliação do relator da proposta, o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), a intenção é “garantir que crianças e adolescentes sejam protegidos dos males físicos ou psíquico já enquanto indivíduos sujeitos de direito, prevenindo não só problemas individuais como sociais”.

Regras específicas para alunos mais velhos

A partir das instaurações das novas diretrizes, alunos dos anos finais do ensino fundamental e médio terão permissão legal para usar celulares. Já para crianças da educação infantil e do fundamental dos anos iniciais, o relator propõe um rigoroso regime de limitações, na prática de atividades educacionais ramificadas — medida que garantiria a segurança das crianças diante potenciais riscos e impactos negativos atrelados ao uso precoce da tecnologia

O texto ainda prevê que as escolas ofereçam espaços de ajuda psicológica para alunos e funcionários com problemas mentais, originados principalmente por longos períodos em frente os dispositivos. Mesmo assunto também são uma referência em crescimento a ansiedade causada pela falta do celular, denominado um grau de nomofobia pode trazer como consequências disfunções tais como insônia, problemas pedagógicos e tensões nos aspectos sociais.


Aluna com celular em sala de aula (Foto: reprodução/Moacyr Lopes Junior/Folhapress)

Legislação semelhante em outros países

Vários países já implementaram restrições ao uso de dispositivos eletrônicos nas escolas. Na França, a proibição se aplica a alunos até 15 anos e está em vigor desde 2018. Na Holanda, o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos só é permitido em atividades relacionadas à aula, e essa regra começou a valer em janeiro deste ano. Já na China, os alunos não podem levar smartphones para a escola sem uma autorização formal dos pais, e devem entregar os aparelhos aos professores durante o horário de aula.

“O Menino Marrom”: livro de Ziraldo é retirado de escolas em MG após críticas

Nesta quarta-feira (19), a Secretária Municipal de Educação da cidade de Conselheiro Lafaiete em Minas Gerais anunciou que o livro “O Menino Marrom” de Ziraldo irá ser suspenso das escolas do município. A decisão foi tomada após diversos pais de alunos declararem que a obra era inadequada e agressiva para ser trabalhada com as crianças.

Pontos considerados polêmicos

O livro “O Menino Marrom” foi publicado em 1986 e conta a história de dois amigos, um negro e outro branco, chamados na obra respectivamente de menino marrom e cor-de-rosa. Juntos, os dois amigos tentam entender o significado das cores enquanto aprendem sobre amizade, respeito e diversidade. 

Os pais dos alunos questionaram e criticaram especificamente dois trechos do livro vistos como agressivos. O primeiro se trata de um pacto de sangue que acontece entre os dois meninos para selar sua amizade, um deles pega uma faca na cozinha para poderem furar seus pulsos e realizar o juramento misturando seus sangues. 

Mas os meninos logo desistem da ideia e preferem utilizar a tinta de uma caneta azul, assim eles carimbam um papel, selando sua amizade. Para os pais, isso pode influenciar os filhos a se cortarem ou fazerem outra atividade perigosa, mesmo que o enredo tenha terminado sem nenhum ferimento. 


Capa do livro “O Menino Marrom” (Foto: reprodução/Amazon/Editora Melhoramentos)

O segundo ponto criticado é de uma conversa que ocorre entre os dois protagonistas, em que o menino marrom fala para o cor-de-rosa que deseja que uma senhora seja atropelada. No contexto da obra, o menino ofereceu ajuda à velhinha e ela se recusa a aceitar o auxílio, ele então revela a vontade para o amigo, mas a ação não chega a acontecer por se tratar de um pensamento. 

Após isso, o narrador da história faz o seguinte questionamento para o leitor: “Como pode durar esse jogo de deus e de diabo em peito de menino?”, questionando a ação do protagonista. Esse trecho foi criticado, pois segundo os pais ele pode influenciar os leitores a praticarem a violência com qualquer pessoa, até mesmo idosos. 

Resposta da prefeitura

A prefeitura de Conselheiro Lafaiete soltou uma nota também na quarta-feira (19) criticando a decisão. Eles afirmam que a obra infantil é uma das primeiras a tratar de assuntos como preconceito, amizade e diversidade racial de forma sensível e de fácil entendimento. 


Nota da prefeitura da cidade (Foto: reprodução/Instagram/@prefeituralafaiete)


Eles seguem a nota alegando que o livro é um recurso valioso na educação e que ajuda no desenvolvimento de atitudes positivas e inclusivas na nova geração. A prefeitura lamenta a situação e encerra o comunicado afirmando que respeita a opinião dos pais e que a Secretaria trabalhará para fazer a melhor análise da situação. 

Nas redes sociais, o anúncio foi bem criticado por diversos moradores da cidade que afirmam que suspender uma obra literária de grande importância é um retrocesso na educação.