Kamala Harris chama Trump de “tirano mesquinho” em discurso

A poucos dias da eleição americana de 2024, marcada para dia 5 de novembro, Kamala Harris apresentou suas críticas finais a Donald Trump, o candidato republicano. A candidata o acusou de ser uma pessoa instável, vingativa e sedenta de poder. A fala ocorreu em discurso realizado nesta terça-feira (29), em um palco de extrema importância para a história da democracia norte-americana: o parque The Ellipse, onde em 6 de janeiro de 2021, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, alegando fraude nas eleições de 2020, quando Joe Biden se tornou presidente.

A fala de Kamala

O discurso final da candidata democrata serviu como um lembrete do evento de quatro anos atrás.“Olhem, nós sabemos quem é Donald Trump. Ele é a pessoa que esteve exatamente neste mesmo lugar, quase quatro anos atrás, e enviou uma multidão armada ao Capitólio dos Estados Unidos para reverter a vontade do povo em uma eleição livre e justa”, disse Kamala ao iniciar sua fala.

A candidata foi muito vocal em suas críticas ao rival durante toda a campanha, dizendo que um segundo mandato de Trump seria um retrocesso à democracia. A candidata pede que os eleitores rejeitem Trump, a quem chama de “tirano mesquinho”. Kamala argumenta que as liberdades fundamentais conquistadas à custa de vidas americanas há 250 anos não deveriam ser renunciadas e que não deveriam ser submetidas à vontade de outro comando tirânico. 


A candidata democrata à presidência teceu duras críticas às propostas republicanas e à Donald Trump (Foto: Reprodução/Brandon Bell/Getty Images embed)


Kamala também teceu duras críticas às propostas de Trump. A candidata mencionou sua própria visão de união nacional, que contrasta com a do republicano. “Diferente de Donald Trump, eu não acredito que pessoas que discordam de mim sejam inimigas. Ele quer colocá-las na prisão. Eu lhes darei um lugar à mesa”, disse a candidata. Kamala também declarou que a proposta econômica de Trump sobre um novo pacote de impostos para bilionários impactaria as famílias de classe média, alegando que o custo desta proposta aumentaria o gasto anual delas em cerca de U$4 mil.

Outro ponto enfatizado no discurso foi o da segurança nacional e fortalecimento das relações internacionais com aliados. Kamala afirmou que Trump despreza os heróis da nação e que se rende com facilidade a Vladimir Putin e Kim Jong-Un, notórios líderes autoritários. Ela usou a oportunidade para prometer um pulso firme e comprometimento com a segurança dos americanos, defendendo a “liberdade ao redor do mundo”.

O discurso da democrata atraiu uma multidão para o parque de Washington, com o público se estendendo até o obelisco de National Mall. A campanha espera que este evento possa ter ajudado a dissuadir eleitores dos estados decisivos, especialmente aqueles que ainda não decidiram em quem votar.

A plataforma de Kamala Harris

A candidata democrata apresentou durante sua campanha contrastes com o candidato rival. De acordo com os dados, ambos os candidatos estão tecnicamente empatados, fazendo com que esses últimos eventos sejam decisivos para as eleições presidenciais. Kamala tenta se conectar com os cidadãos norte-americanos insatisfeitos com o governo Biden, apresentando-se como uma representante da “nova geração” de liderança. A candidata diz que sua presidência será diferente e que o principal desafio será reduzir os custos, que subiram desde o período da pandemia.

Um dos pontos mais importantes das promessas de campanha de Kamala é restaurar o direito ao aborto nacionalmente. A candidata critica a Suprema Corte, que foi moldada por Trump, afirmando que o ex-presidente tem intenções não apenas de abolir esse direito para todos os 50 estados americanos, mas também de restringir acesso a métodos contraceptivos e monitorar a gravidez das mulheres. Se eleita, ela garantiu que as cidadãs norte-americanas terão liberdade reprodutiva sob seu mandato.

Biden exalta Kamala e crítica Trump na Convenção do Partido Democrata

Joe Biden fez seu discurso no primeiro dia na Convenção do Partido Democrata nesta segunda-feira (19). Ele reflete sobre seus anos na Casa Branca e passa o bastão para Kamala Harris, sua vice, que enfrentará Donald Trump nas eleições de novembro. Biden exalta Kamala, afirmando que os Estados Unidos estão prontos para eleger a primeira mulher presidente.

Ao subir ao palco, Biden foi recebido com carinho pelo público. No seu discurso, ele pergunta se os eleitores estão prontos para votar pela liberdade e destaca a necessidade de preservar a democracia. Biden recordou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e ressalta que a violência política não tem lugar no país.

“Vocês não podem dizer que amam o país só quando ganham”, disse Biden. “A democracia precisa ser preservada. Vocês me ouviram dizer isso antes, mas estamos em um momento de inflexão.”


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Kamala Harris durante a Convenção Nacional Democrata de 2024, em Chicago no dia 19 de agosto (Reprodução/Jacek Boczarski/Anadolu/Getty Images Embed)


Críticas ao candidato Trump

Presidente dos EUA acusou Trump de intensificar ódio e extremismo no seu mandato. Biden também acusou o ex-presidente de manipular os dados sobre segurança pública. Na convenção republicana, Trump declarou que os índices de violência aumentaram por causa da imigração ilegal.

“Os crimes violentos caíram para o nível mais baixo em mais de 50 anos. E a criminalidade continuará diminuindo quando colocarmos uma promotora [Kamala] no Salão Oval, em vez de um criminoso condenado”, disse Biden.

Balanço do seu governo

Biden fez uma avaliação sobre seus anos como presidente. O democrata afirmou que fez um governo em defesa da democracia e na reconstrução da economia. Biden disse que durante seu mandato criou empregos, reduziu desigualdades e controlou a inflação.

O presidente concluiu seu discurso admitindo que, ao longo de sua carreira, cometeu muitos erros, mas sempre deu o seu melhor pelo bem do país. Biden também ressaltou as políticas públicas para a saúde e defendeu o direito ao aborto.

“Por 50 anos, como muitos de vocês, dei meu coração e alma a nossa nação e fui abençoado milhões de vezes em troca do apoio das pessoas.”

Desistência de Biden

Aos 81 anos, Joe Biden desistiu de concorrer às eleições presidenciais dos EUA em julho e declarou apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. O presidente Biden vivia sob pressão dentro do Partido Democrata. Alguns parlamentares apontaram que Biden estava “enfraquecido” e acreditavam que as chances de vitória sobre o rival eram pequenas.

Tanto parlamentares aliados e doadores pediram que ele desistisse da candidatura, ameaçando retirar seu apoio financeiro ao partido. Houve questionamentos sobre sua idade e se ele estaria preparado para mais uma eleição. A pressão dos doadores contribuiu para a saída de Biden na corrida eleitoral.

Trump realizará comício com vidro à prova de balas após tentativa de assassinato

Nesta quinta-feira (15), foi anunciado pela mídia que o empresário, político, ex-presidente estadunidense e candidato republicano, Donald Trump, de 78 anos, fará suas apresentações públicas em espaço aberto, durante o período eleitoral, protegido por um vidro à prova de balas.

A medida de segurança foi elaborada pelo Serviço Secreto dos EUA, que tem como plano montar um cercado ao redor do palanque em que o candidato pelo partido dos republicanos, estará presente para discursar, com um vidro que o blinde do ataque de balas. Outras providências de prevenção e segurança também serão tomadas, como a adição de mais oficiais e aparatos avançados em tecnologia.


Donald Trump realizará comícios atrás de vidro balístico (Foto: Reprodução/Adam Gray/Getty Images Embed)


Força tarefa para a segurança do republicano

Após o atentado contra a vida de Donald Trump, que ocorreu no dia 13 do mês de julho de 2024, na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia, EUA, em que resultou na morte de uma pessoa, e outras feridas, incluindo o próprio candidato, questões de segurança se tornaram alvo de grande preocupação para as autoridades norte-americanas.

A tentativa de homicídio contra o republicano que discursava durante um comício em local aberto, despertou a atenção de órgãos competentes pela segurança pública e de personalidades reconhecidas, como o Serviço Secreto norte-americano, que nos últimos tempos busca intensificar medidas protetivas para assegurar a integridade física dos candidatos as eleições presidenciais deste ano.

E uma das medidas adotadas pela organização, será a utilização de uma barreira de vidro à prova de balas para preservar a segurança do candidato Donald Trump, nos próximos comícios que acontecerão em locais abertos, conforme divulgado pela mídia nacional e estrangeira.

Como funciona o uso do vidro balístico

O objeto utilizado para a proteção do candidato presidencial tem por objetivo blindar o ataque de disparos de bala. Seu uso acontece da seguinte maneira, primeiramente o vidro passa pelo processo de translado aéreo, comandado pelo Departamento de Defesa estadunidense, e depois será posicionado no local estratégico ao redor do palanque de discurso, no ambiente do comício.


Candidato republicano afirma que não deixará de fazer comícios em locais abertos (Foto: Reprodução/Adam Gray/Getty Images Embed)


Apesar do momento de tensão, o representante do partido republicano ainda prosseguiu com seus comícios durante a campanha presidencial, após o atentado em Butler. Contudo, todos os eventos aconteceram em locais fechados e com a realização de revistas policiais no público participante. Conforme relatado pelo jornal The Guardian, o ex-presidente afirmou que ainda continuará com as apresentações em locais abertos.

Consequências do atentado na Pensilvânia

Após a tentativa de homicídio contra o republicano Donald Trump, Kimberly Cheatle, diretora do Serviço Secreto norte-americano, deixou o cargo quase duas semanas depois do ocorrido.

Já no mês de agosto, o nome que assumiu a nova posição de direção interina da organização de segurança, apontou as diversas falhas que aconteceram no dia do ataque a Trump, como também comentou o que deveria ter sido feito para prevenir a tragédia.

Maduro afirma que WhatsApp está sendo usado para ameaçar o país

Nesta segunda-feira (5), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, atacou o WhatsApp e afirmou que o aplicativo está sendo usado para ameaçar o país. Em seu discurso, Maduro pediu que a população desinstalasse o aplicativo e passasse a usar o Telegram, criado na Rússia, e o WeChat, da China.

Segundo o presidente, o aplicativo de mensagens está sendo usado para intimidar jovens e líderes políticos e comunitários do país. Esse discurso foi feito durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Defesa da Paz e também foi transmitido ao vivo pelo canal dele no YouTube.

“Eu vou romper relações com o WhatsApp, porque está sendo utilizado para ameaçar a Venezuela. Então, eu vou eliminar o WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou passando meus contatos para o Telegram e o WeChat”, disse Maduro.

Eleições na Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro o vencedor das eleições na segunda-feira, 29. A vitória de Maduro foi proclamada com 51,2% dos votos, enquanto seu candidato opositor, Edmundo González, obteve 44,2% dos votos. González argumenta que os números nas urnas foram adulterados.

O órgão responsável pelas eleições no país é liderado por um dos aliados do governo Maduro, e os resultados foram divulgados antes da apuração dos votos ser concluída e sem a divulgação dos boletins.

Além disso, o site do CNE permanece fora do ar desde o dia das eleições. No domingo, 28 de julho, o Ministério Público venezuelano informou que houve um ataque hacker sobre o comando do candidato rival. No entanto, a confiabilidade dessa informação é questionada, pois o órgão também é liderado por um aliado do governo de Maduro.

Protestos de oposição a Maduro

Desde que o resultado das eleições foi anunciado, com a derrota de seu rival Edmundo González, parte da população se organizou em protestos contra os resultados das eleições na Venezuela.


Protestos contra o resultado da eleição presidencial em Caracas, Venezuela (Foto: Reprodução/Alfredo Lasry R/Getty Images Embed)


O movimento de oposição defende que o resultado das eleições foi uma fraude. De acordo com os resultados das pesquisas realizadas pela agência Reuters, González era o vencedor das eleições presidenciais.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconhece a vitória de Maduro. A comunidade internacional questiona a vitória de Maduro e pede transparência na contagem dos votos.

Eleição de Maduro para presidente gera dúvidas após possível fraude

Um grupo de sete países europeus pediu à Venezuela que divulgue as atas da eleição presidencial de 28 de julho para garantir a transparência do processo. A declaração conjunta foi assinada por Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal.

Apelo pela transparência

O pedido surge em meio a acusações de fraude nas eleições que declararam Nicolás Maduro vencedor com 51,95% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González.


Edmundo González abraça criança logo após votação na eleição presidencial (Foto: reprodução/Alfredo Lasry/Getty Images Embed)


A oposição alega que González venceu com 67% dos votos, segundo uma contagem paralela. “A oposição indica que recolheu e publicou mais de 80% das atas eleitorais elaboradas por cada mesa de voto. Esta verificação é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, diz o comunicado.

Os países europeus enfatizaram a importância de respeitar os direitos dos venezuelanos de se manifestar pacificamente e de se reunir livremente. Além disso, pediram que as autoridades venezuelanas garantam a integridade do processo eleitoral.

Reações e protestos

A declaração conjunta segue-se às manifestações de outros países, incluindo Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai, que também reconhecem González como o vencedor das eleições.

Brasil, Colômbia e México emitiram uma nota conjunta pedindo a divulgação de todas as atas eleitorais e uma solução institucional para a disputa.

Na Venezuela, as tensões aumentaram com manifestações de opositores e apoiadores de Maduro. Em Caracas, as duas partes realizaram protestos simultâneos no sábado.


Protesto contra resultado da eleição na Venezuela
(Foto: reprodução/Alfredo Lasry/Getty Images Embed)


A líder da oposição, María Corina Machado, pediu que os protestos fossem pacíficos e afirmou que “a violência não vai derrubar a verdade”.

Declarações de Maduro

Maduro, por sua vez, respondeu com a prisão de mais de 1.200 pessoas após os protestos, declarando que os detidos serão enviados para prisões de segurança máxima.

Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”, escreveu ele nas redes sociais.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) também se pronunciou, não reconhecendo os resultados das eleições e apontando indícios de manipulação por parte do governo de Maduro. Uma contagem realizada pela Associated Press das atas eleitorais divulgadas pela oposição, mostrou que González obteve significativamente mais votos do que o reconhecido oficialmente.


Nicolás Maduro se pronuncia após vitória nas eleições presidenciais (Foto: reprodução/Jesus Vargas/Getty Images Embed)


Situação internacional

A pressão internacional continua a aumentar, com vários países e organizações pedindo a transparência e a integridade do processo eleitoral na Venezuela.

A declaração dos sete países europeus reforça a necessidade de uma solução pacífica e democrática para a crise política no país.

Megan Thee Stallion se junta a Kamala Harris para um comício em Atlanta

A rapper americana Megan Thee Stallion se apresentou em um comício de campanha de Kamala Harris. O evento ocorreu na terça-feira, 30, em Atlanta e faz parte da estratégia política de Harris para atrair o público jovem.

Kamala Harris está em campanha pela presidência dos Estados Unidos e convidou Megan Thee Stallion para um show. A artista tem grande impacto na cena do rap feminino e é conhecida pelos hits “WAP” e “HISS”.

A rapper norte-americana escolheu a faixa “Savage”, música em colaboração com a cantora Beyoncé, para se apresentar no evento. O show simboliza o compromisso e apoio da rapper com a campanha política de Harris.

Apoio de artistas e celebridades

Kamala Harris e Megan Thee Stallion já foram vistas juntas em um brunch organizado pela vice-presidente para celebrar o Mês da História da Mulher, em março de 2023.

Megan Thee Stallion não é a primeira artista a apoiar Harris. Beyoncé permitiu que Harris usasse sua música “Freedom” em anúncios de campanha divulgados nas redes sociais. Além disso, as cantoras Cardi B e Charli XCX também expressaram apoio à candidatura da vice-presidente.

Kamala é a favorita para concorrer no lugar de Biden. A campanha de Harris busca o apoio de artistas e influenciadores para criar uma imagem atrativa para os eleitores jovens.

Estratégia política

Kamala desempenhou um papel crucial na vitória de Joe Biden em 2020, ajudando a atrair jovens, eleitores negros e mulheres que não se sentiam representados pelos políticos tradicionais. Espera-se que ela consiga replicar esse sucesso em sua atual campanha.

Trata-se de uma estratégia política de Kamala de buscar o apoio de artistas e figuras influentes para modernizar sua imagem e alinhar aos interesses de eleitores mais jovens que apreciam a cultura pop.


Kamala Harris disputa as eleições presidenciais (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


Joe Biden desistiu de concorrer nas eleições dos EUA no domingo, 21 de julho e demonstrou apoio à indicação da vice-presidente Kamala. Em seguida, vários políticos do Partido Democrata manifestaram apoio público à vice-presidente.

Filha de pais imigrantes da Jamaica e da Índia, Harris foi promotora e senadora e a primeira mulher a se tornar vice-presidente nos Estados Unidos.

FBI acessa celular do atirador responsável pela tentativa de assassinato contra Trump

Thomas Matthew Crooks, que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado, teve seu celular acessado por técnicos do FBI. Os investigadores estão atrás de pistas sobre as motivações do crime nos dispositivos eletrônicos.

Investigação do FBI

Segundo o FBI, o acesso ao celular de Crooks era uma prioridade máxima para as autoridades. “O FBI recebeu centenas de dicas de mídia digital que incluem fotos e vídeos feitos na cena do crime e continuamos a analisar as dicas recebidas”, disse o departamento em um comunicado.

O FBI concluiu as buscas na casa e no carro do atirador. Crooks tinha explosivos em seu carro e em sua casa em Bethel Park, Pensilvânia. Desde sábado, quase 100 entrevistas foram realizadas com policiais, participantes do evento e outras testemunhas. 

Tentativa de assassinato 

No atentado contra Trump, Crooks posicionou-se no telhado de um prédio próximo ao local do comício em Butler, onde o ex-presidente foi atingido de raspão na orelha direita durante o tiroteio. O incidente, que resultou em oito tiros, conforme relatado pelo New York Times, causou a morte de um eleitor de Trump.


Donald Trump levanta o punho após ser socorrido por agentes do serviço secreto no comício na Pensilvânia (Reprodução/REBECCA DROKE/Getty Images Embed)


Quem era o atirador?

Até agora, sabe-se que o franco-atirador de 20 anos era natural de Bethel, Pensilvânia, e havia se formado em Ciências da Engenharia na Faculdade Comunitária do Condado de Allegheny dois meses antes, conforme informações da instituição.

Embora registrado como eleitor do Partido Republicano, não foram encontradas evidências de condutas ameaçadoras online ou vínculos partidários. A polícia recuperou a arma usada no crime, um fuzil AR-15 semiautomático, no local do atentado após a morte de Crooks.

Autoridades indicaram que ele não sofria de algum tipo de transtorno mental. Os colegas de escola mencionaram que Crooks sofria bullying devido a dificuldades de adaptação, apesar de ser considerado inteligente.

Crooks não tinha registros criminais, e o FBI acredita que ele agiu sozinho na tentativa de assassinar o ex-presidente Donald Trump, embora as investigações ainda estejam em curso.

A rede social Discord identificou e excluiu uma conta associada ao atirador, mas afirmou que a conta estava inativa há meses e não havia evidências de seu uso para planejar o incidente, promover violência ou discutir opiniões políticas, segundo comunicado da empresa.

Atentado em comício pode ter atraído eleitores para Trump, afirma governador

Durante a Convenção Nacional Republicana na segunda-feira, 15, Henry Mcmaster, o governador republicano da Carolina do Sul, declarou à CNN que a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump teve um efeito estimulante nas pessoas de todo o país.

Governador diz que o ataque no comício pode atrair eleitores para Trump. “Isso criou um pacote completo do presidente Trump para aqueles que tinham dúvidas sobre ele; quando viram a forma como ele lidou com isso e a maneira como as pessoas reagiram a isso”, disse McMaster.

Convenção Republicana

No primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, nesta segunda-feira, houve a formalização de Donald Trump como o candidato oficial pelo Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos para as eleições de 2024.

McMaster afirmou que aqueles que estão participando da Convenção Republicana esta semana estão ao lado de Trump, apoiando sua candidatura. “Acho que o rosto dele é o símbolo de força nos Estados Unidos neste momento,” disse ele à CNN.

Aliança política

Trump escolheu o senador republicano J.D. Vance, de 39 anos, do estado de Ohio, para ser seu vice-presidente. O senador é visto como um forte aliado de Trump e traz um novo fôlego para atrair eleitores mais jovens.

Atentado contra Trump

No último sábado (13), durante um comício na Pensilvânia, EUA, aconteceu O atentado contra o ex-presidente Donald Trump, que movimentou o noticiário norte-americano e brasileiro. Trump estava participando de um evento de comício na cidade de Butler, e foi atingido de raspão na orelha direita durante o tiroteio.


Donald Trump levanta o punho após ser socorrido no comício na Pensilvânia (Foto/Reprodução/@DonaldTNwes)

Foram mais de cinco tiros consecutivos, que resultaram na morte de um eleitor de Trump. Crooks portava explosivos no seu carro e em sua casa, em Bethel Park, na Pensilvânia, segundo as autoridades locais.

O atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos que não possuía registros criminais na Justiça. O FBI acredita que ele agiu sozinho na tentativa de assassinar o ex-presidente, mas as investigações continuam. A polícia recuperou a arma usada no crime, um fuzil AR-15 semiautomático, no local do atentado, após a morte de Crooks.