Ataque em Washington mata dois funcionários da embaixada de Israel

Os funcionários da embaixada de Israel que foram assassinados a tiros na saída de um evento no Museu Judaico de Washington, nos Estados Unidos, na noite desta quarta-feira (21), estavam prestes a formalizar o noivado. A morte de Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim provocou reações imediatas de autoridades e reforçou o alerta internacional sobre a escalada de violência política.

O suspeito foi identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos. Ele não tinha histórico criminal e a polícia acredita que tenha agido sozinho. A investigação segue em andamento e não há indicação de que haja risco de novos ataques relacionados ao caso.

Primeiros momentos após tensão

Por volta das 21h08, no horário local, a polícia foi acionada após diversas ligações alertando sobre um tiroteio próximo ao Museu Judaico, em Washington. Segundo a chefe do Departamento de Polícia Metropolitana, Pamela A. Smith, os agentes que chegaram ao local encontraram um homem e uma mulher já inconscientes e sem sinais vitais.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Emergência da cidade também foram acionadas e tentaram reanimar as vítimas, mas os ferimentos eram graves demais. Ambos morreram no local.


Ataque em Washington mata dois funcionários da embaixada de Israel (Vídeo: reprodução/UOL)

De acordo com o relato das autoridades, o suspeito estava andando de um lado para o outro em frente ao museu pouco antes do crime. Ele se aproximou de um grupo de quatro pessoas e disparou contra duas delas — um casal que trabalhava na embaixada de Israel e estava prestes a anunciar o noivado, segundo confirmou o embaixador israelense nos EUA.

Após os disparos, o atirador entrou no museu, onde foi contido pela equipe de segurança do evento. Já algemado, ele indicou onde havia deixado a arma, que foi encontrada pelas autoridades pouco depois.

Tensões aumentam com ofensiva militar e crise humanitária

Enquanto isso, a pressão internacional sobre Israel segue crescendo. Após dias de bloqueio, caminhões com ajuda humanitária conseguiram entrar na Faixa de Gaza, onde a situação segue crítica. A liberação parcial dos carregamentos, porém, não ameniza os impactos e entidades exigem um cessar-fogo imediato e mais acesso para assistência aos civis.

O episódio acende um novo alerta sobre o risco crescente de violência ligada a tensões políticas internacionais. A embaixada de Israel em Washington emitiu nota lamentando a perda dos funcionários e prestando solidariedade às famílias.

Caso Érika Hilton: EUA reafirmam reconhecimento exclusivo dos gêneros masculino e feminino

A Embaixada dos EUA em Brasília, informou que o governo de Donald Trump reconhece somente dois gêneros imutáveis adquiridos com o nascimento: masculino e feminino. A resposta foi dada à Agência Brasil, na última quarta-feira (16) e está relacionada ao caso envolvendo a Deputada Federal Erika Hilton

Em sua resposta, a embaixada estadunidense informa, ainda, que o reconhecimento está respaldado pela Ordem Executiva 14168, assinada pelo presidente Trump em 20 de janeiro (2025) após sua posse presidencial. 

O posicionamento da Instituição vai contra as diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) que considera a identidade de gênero um direito inerente à pessoa humana e recomenda que países reconheçam legalmente tal direito, vetando todo tipo de discriminação contra pessoas trans. 

Ordem Executiva 14168

Uma das promessas de campanha de Donald Trump durante sua candidatura à presidência dos EUA em 2024, combater a ideologia de gênero, foi posta em prática minutos após sua posse presidencial neste ano de 2025.

Intitulada de: “Defendendo as Mulheres do Extremismo da Ideologia de Gênero e Restaurando a Verdade Biológica ao Governo Federal’, a Ordem Executiva 14168 reconhece apenas os sexos masculino e feminino e informa que se baseia em uma verdade fundamental e incontestável.

A ordem ainda determina que a palavra “gênero”, seja subistituida por “sexo” em todos os materiais pertencentes aos departamentos federais, além de cortar verbas para financiamentos com políticas atreladas a autoafirmação e ideologia de gênero. 


Presidente dos EUA Donald Trump assinando ordens executivas momentos após sua posse presidência, na Casa Branca (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)


Publicada em 30 de janeiro de 2025, no  Federal Register, Diário Oficial dos EUA, a ordem 14168 é válida em todo o país e em todas as instâncias regidas pelo governo estadunidense. 

Caso Érika Hilton 

Na data de ontem, quarta-feira (16), a deputada Erika Hilton denunciou que o governo dos EUA negou sua identidade de gênero em um processo de emissão de visto. A deputada participaria de uma conferência nos EUA a convite da Universidade de Harvard. 

A parlamentar informa que foi pega de surpresa, pois seus documentos oficiais brasileiros constam como “gênero feminino” e é reconhecida oficialmente como mulher. Informa ainda ter sido vítima de transfobia por parte do governo americano. Por este motivo, acionará a Organização das Nações Unidas (ONU) por entender que os seus direitos foram violados. 


Caso Érika Hilton, Jornal Nacional (Vídeo: reprodução/Instagram/@@hilton_erika)


Além de protocolar uma denúncia contra Donald Trump e suas políticas relacionadas à identidade de gênero na ONU, Érika Hilton também solicitou uma reunião no Itamaraty, com o Ministro Mauro Vieira, ainda sem previsão de data, por entender se tratar de uma crise diplomática entre Brasil e EUA. 

O caso gerou repercussão imediata dentro e fora da comunidade LGBTQIAP+ por ir contra políticas identitárias e contra políticas de direitos humanos defendida por organizações internacionais.

Brasil retira corpo diplomático da Síria, após queda de Bashar al-Assad

Nesta segunda-feira (9), o ministério das relações exteriores do Brasil estaria agindo para poder retirar a equipe da embaixada que se localiza em Damasco, na Síria. Após a queda do ditador Bashar al-Assad, o Palácio do Planalto emitiu uma ordem para que se efetue a evacuação da equipe presente no país, visando proteger os servidores presentes no país a qual houve a situação relacionada a queda do governante do país.

Situação

Após ocorrer incidentes nas embaixadas de Cuba e Itália localizadas em Damasco, o Brasil resolveu retirar a equipe presente da sua embaixada na Síria. Num plano de retirada, utilizamos um trem para levar o pessoal que faz parte da equipe até o Líbano. A equipe do presidente Lula disse que a situação na Síria tem a tendência a piorar, pois apesar de Bashar al-Assad ter sido um ditador cruel no país, ainda assim ele tinha um pouco de referência no governo.


Um combatente arranca um cartaz representando o presidente Sírio Bachar Al-Assad(L)(Foto: reprodução/Omar Had Kadour/ Getty Images Embed)


Segurança

Apesar de decidirem efetuar o fechamento da embaixada do Brasil na Síria, ainda assim não se sabe se o prédio onde se localiza a embaixada estará seguro de fato. Aparentemente, parece que pode ocorrer uma anomia entre os grupos extremistas do local para poder tomar o controle das regiões, com isso não se sabe como será a segurança do local, pois pode se acentuar uma violência.

Brasileiros

Diplomatas informaram a imprensa, que não existe uma pretensão por hora, para haver uma repatriação dos brasileiros na Síria, mesmo tendo 3 mil pessoas que nasceram no Brasil vivendo lá, ainda não existe demanda suficiente de acordo com a diplomacia brasileira, para que se tenha o envio da força aérea.

A diplomacia brasileira esta esta sendo retirada da Síria e retornando ao Brasil.

Alexandre de Moraes convoca Bolsonaro a se explicar sobre a ida à embaixada da Hungria

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem até esta quarta-feira (27) para  explicar oficialmente o porquê  passou dois dias na embaixada da Hungria após ter tido seu passaporte confiscado pela Polícia Federal (PF). Nesta segunda-feira (25), após a divulgação das imagens das câmeras de segurança publicadas pelo jornal americano The New York Times, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu o prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente apresente uma explicação oficial para o ocorrido. 

Até o fechamento desta reportagem, Bolsonaro ainda não concedeu explicações formais ao ministro Moares sobre o que o teria motivado a se hospedar por dois dias na embaixada da Hungria, localizada em Brasília, visto que o ex-presidente possui residência na cidade. 


Câmeras de segurança flagram Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias consecutivos. (Foto: reprodução/NYT)

Bolsonaro não poderia ser preso na embaixada

De acordo como mostram as imagens divulgadas pelo The New York Times, Jair Bolsonaro deu entrada na embaixada da Hungria no dia 12 de fevereiro e saiu dia 14. Nesse sentido, a PF iniciou uma investigação sobre as motivações que levaram o ex-presidente a se hospedar no local logo após ter tido seu passaporte apreendido pela Operação Veritas, que investiga a tentativa de golpe de Estado durante o fim do governo Bolsonaro. 

Especialistas políticos especulam a medida tomada pelo ex-presidente, visto que é estritamente proibida a entrada de policiamento dentro de embaixadas estrangeiras, isso porque tecnicamente missões diplomáticas de outros países não podem ser cobradas por não cumprirem as mesmas leis da nação em que a está localizada. Dessa forma, polícias apenas poderão cumprir mandatos nestes estabelecimentos mediante a autorização.

Nesse sentido, especula-se o porquê Jair Bolsonaro decidiu se hospedar na embaixada da Hungria logo após ter tido seu passaporte confiscado pela PF, que havia cumprido mandados de busca e apreensão, com autorização do ministro relator do caso, Alexandre de Moraes,  nas residências dos investigados pela tentativa de golpe de Estado. 

Explicação prévia da defesa de Bolsonaro

Horas depois da divulgação das imagens pelo The New York Times, Jair Bolsonaro explicou que costuma comparecer a embaixadas por todo país. Advogados que compõem a equipe de defesa do ex-presidente também se pronunciaram revelando que o comparecimento à embaixada foi para “manter contato com autoridades do país amigo”.

Bolsonaro é questionado sobre estadia na embaixada da Hungria

Jornalistas questionaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre possíveis infrações durante sua estadia de duas noites na Embaixada da Hungria em fevereiro, depois que seu passaporte foi confiscado. De acordo com o jornal americano “The New York Times”, as embaixadas são consideradas territórios invioláveis pelo direito internacional. Isso implica que, na prática, Bolsonaro só poderia ser abordado por autoridades brasileiras com a permissão do governo húngaro.

Após sair de uma cerimônia em honra à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal, em São Paulo, Bolsonaro questionou de forma retórica se descansar na embaixada e trocar ideias com o embaixador constituíam alguma infração. Sua frustração com a pressão midiática foi manifestada, pedindo para mudarem de tema e relembrando o período em que foi injustamente acusado de ligação com o caso Marielle Franco.

Bolsonaro sem passaporte

Desde que foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um golpe de estado, o ex-presidente estava desprovido de passaporte. A permanência na embaixada surgiu poucos dias após essa operação, e o respaldo público do primeiro-ministro húngaro Orbán a Bolsonaro originou discussões diplomáticas adicionais.

Ministério das Relações Exteriores questiona embaixada húngara


Ministério das Relações Exteriores questiona embaixada húngara sobre estadia de Bolsonaro (Fotografia: reprodução/O GLOBO)

Depois da divulgação da permanência de Bolsonaro na embaixada, o Ministério das Relações Exteriores solicitou a presença do embaixador húngaro no Brasil para abordar o tema. A relevância diplomática desse ato varia de acordo com o contexto, porém demonstra o interesse do Brasil em buscar esclarecimentos sobre a visita de Bolsonaro.

O que declara a defesa do ex-presidente

A defesa de Bolsonaro confirmou sua permanência na embaixada “a convite”, justificando-a como uma oportunidade para estabelecer contatos com autoridades húngaras e discutir questões políticas bilaterais. As circunstâncias dessa visita serão investigadas pela Polícia Federal, levando em consideração a impossibilidade de detenção de Bolsonaro em território estrangeiro.

O “NYT” ressaltou a relação de amizade entre Bolsonaro e Orbán, mencionando encontros anteriores e eventos conjuntos. Durante sua estadia na embaixada húngara, Bolsonaro convocou seus apoiadores para um evento em sua defesa, possivelmente visando uma estratégia de mobilização política durante esse período.

Bolsonaro tem 48 horas para explicar ao STF por que pernoitou na embaixada da Hungria

O ex-presidente, Jair Bolsonaro, passou dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal em investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que Bolsonaro explique, dentro de 48 horas, o motivo de ter se hospedado no ambiente diplomático.

Entre os dias 12 e 14 de fevereiro, imagens do circuito interno de câmeras da embaixada divulgadas pelo jornal The New York Times, mostram o ex-presidente na embaixada húngara. A PF vai averiguar se houve alguma violação das leis neste ato.


https://www.youtube.com/watch?v=7aMSTJWx91o
Bolsonaro esteve por duas noites na embaixada da Hungria (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Bolsonaro se pronuncia sobre passagem pela embaixada da Hungria

Alexandre de Moraes é o relator do inquérito que investiga Jair Bolsonaro por uma suposta tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito. No dia 8 de fevereiro, o ministro determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente, para que Bolsonaro não deixasse o país. 

Os advogados de Bolsonaro confirmam que ele passou duas noites na embaixada da Hungria. Após o pedido de Moraes, Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre o que motivou essa ação. “Por ventura, dormir na embaixada, conversar com embaixador, tem algum crime nisso?”, questionou o ex-presidente.

Atualmente, Bolsonaro responde a mais quatro inquéritos no STF, entre eles, a falsificação do documento vacinal contra a Covid-19.

Embaixadas são áreas invioláveis

O que chama a atenção no fato de Bolsonaro ter passado dois dias na embaixada da Hungria é que, pelo direito internacional, ele só poderia ser preso por agentes brasileiros com o consentimento do governo húngaro. Segundo a Convenção de Viena (da qual o Brasil é signatário), as embaixadas e espaços consulares são invioláveis perante o Estado receptor.


Bolsonaro e Orbán durante visita a Hungria em fevereitro de 2022 (Foto: reprodução/Alan santos)

Bolsonaro já demonstrou publicamente sua proximidade com Viktor Orbán, o primeiro-ministro de extrema-direita da Hungria, chamando-o de “irmão” em certa ocasião, durante o período em que governou.

Se, eventualmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro se refugiasse no interior da embaixada da Hungria, no Brasil, de fato, não haveria a possibilidade de o STF, a Polícia Federal cumprir nenhum tipo de mandado naquele lugar, já que ele é inviolável”, explicou o advogado Rafael Paiva, ao portal Band News.

O advogado, também professor de direito penal, explica que Bolsonaro, assim como qualquer outro cidadão brasileiro, não poderia ser preso dentro de uma embaixada.