Nasa fará missão para antecipar volta de tripulantes “presos” no espaço

A Agência Espacial Americana, Nasa, finalmente confirmou a volta de seus dois tripulantes, os norte-americanos Suni Williams e Butch Wilmore, que estavam presos na Estação Espacial desde junho do ano passado.

Juntamente com a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, foi anunciado que inclusive antecipará o retorno á Terra, por conta das boas condições climáticas previstas.

Dupla presa há 9 meses

O que seria apenas uma missão de praticamente uma semana, acabou se tornando longos nove meses para os dois tripulantes.

A dupla chegou na estação a bordo da cápsula Starliner, da Boeing, para uma estadia de dez dias, mas falhas técnicas impediram a cápsula de trazê-los de volta.

Na época, como medida de segurança, a Nasa optou por retornar o veículo espacial para a Terra vazio, deixando a dupla de tripulantes sem transporte.

Retorno antecipado para a Terra

Apelidada de missão Crew-9, a Nasa e a SpaceX entraram num acordo para antecipar em um dia sua volta à Terra. Inicialmente iria ser na quarta-feira (19), mas após análise das boas condições climáticas da Flórida, ocorrerá na terça-feira (18).


Missão Crew-10 é lançada para substituir os tripulantes da Crew-9 (Foto: reprodução/Youtube/Nasa)

A Crew-10, tripulação que vai substituir Williams e Wilmore, chegou à Estação Espacial Internacional neste domingo (16). Costumeiramente o grupo recém chegado fica na Estação com o grupo antigo por pelo menos uma semana, mas neste caso, não será necessário, por conta de todo imbróglio desde o ano passado.

O presidente Donald Trump inclusive, solicitou em janeiro deste ano, que Elon Musk trouxesse de volta os dois astronautas, acusando o governo anterior, de Joe Biden, de deixá-los “abandonados” na Estação Espacial.

Portanto, o fechamento da nave será hoje (segunda-feira) por volta das 23:45h e a chegada deve ocorrer amanhã (terça-feira) pelas 19h, lembrando que todo o processo terá transmissão ao vivo diretamente do Youtube da Nasa.

Katy Perry rumo ao espaço no foguete de Jeff Bezos

A Blue Origin será a companhia responsável por realizar uma missão espacial que contará com 6 mulheres, entre elas, a cantora Katy Perry.

Esta será a primeira viagem ao espaço com um uma tripulação totalmente feminina em mais de sessenta anos.

A viagem rumo ao espaço

A pop star Katy Perry se unirá às jornalistas Gayle King e Lauren Sanchez, que é também noiva de Jeff Bezos, à cientista de foguetes da NASA Aisha Bowe, à pesquisadora em bioastronáutica Amanda Nguyen e à produtora de filmes Kerianne Flynn. Juntas, partirão em um voo espacial no foguete New Shepard, da Blue Origin, empresa do bilionário Jeff Bezos.


Katy Perry durante apresentação (Foto: Reprodução/Samir Hussein/WireImage/Getty Images Embed)


O foguete as levará até a linha Kármán, o limite internacionalmente reconhecido do espaço, onde poderão experimentar alguns minutos de microgravidade antes de voltar à terra através de um pouso com paraquedas no deserto do Oeste do Texas. Este será o 11° voo tripulado do foguete e o 31° voo no total, porém ainda não foi definida uma data para a missão.

A última missão espacial formada completamente por tripulantes femininas foi a missão solo de 1963, da cosmonauta soviética Valentina Tereshkova, que foi a primeira mulher no espaço.

Histórico do foguete

O primeiro voo com tripulantes do New Shepard ocorreu em julho de 2021 e levou Jeff Bezos junto com seu irmão Mark. Desde a primeira viagem, o foguete já chegou a levar o ex-jogador da NFL Michael Strahan e o ator William Shatner, conhecido por seu papel em Star Trek, e que acabou se tornando a pessoa mais velha a chegar no espaço, aos seus 90 anos.


Foguete New Shepard decolando (Foto: Reprodução/PATRICK T. FALLON/AFP/Getty Images Embed)


Jeff Bezos está investindo no mercado de lançamentos de satélites, buscando competir com a SpaceX, de Elon Musk. Para isso, trabalha em projetos como o do foguete New Glenn, que decolou da Flórida no mês passado, em sua primeira missão espacial. Este foi um grande passo para a inauguração de sua empresa espacial.

Empresa de Jeff Bezos se prepara para primeiro lançamento espacial

Após receber a autorização da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, a Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos, obteve permissão para o seu primeiro lançamento. O foguete, chamado de New Glenn, deve realizar seu voo inaugural nos próximos dias. Além disso, outro modelo da empresa, o New Shepard, que tem foco no turismo espacial, também recebeu autorização para novas missões.

Primeiro voo deve funcionar como teste dos sistemas

Ainda de acordo com especialistas na área, o lançamento inaugural não deve levar carga útil ao espaço, mas sim um simulador de 20 toneladas para testar os sistemas da aeronave e comprovar a sua operabilidade. A missão deve durar cerca de seis horas, vai representar um passo importante para a empresa, que compete em um mercado cada vez mais povoado por empresas privadas. Sendo a principal concorrente no setor a SpaceX, de Elon Musk, que já domina o mercado com a utilização de foguetes reutilizáveis e missões bem-sucedidas.


Empresa criada por Jeff Bezos também pretende entrar no mercado de turismo espacial (Foto: reprodução/Getty Images News/Joe Raedle)


O foguete New Glenn foi projetado para poder ser utilizado várias vezes, o que torna as missões espaciais mais econômicas financeiramente, no entanto, ainda existe a expectativa de que cada propulsor do foguete possa ser utilizado em até 25 voos, reduzindo os custos operacionais e aumentando a eficiência das missões.

Mesmo sem primeiro lançamento, primeiros acordos já foram firmados

Além de avanços tecnológicos e inovações no setor, a empresa já firmou alguns acordos importantes com gigantes, como NASA, Amazon, AST SpaceMobile, além de outros clientes comerciais e governamentais, isso ocorre mesmo sem a empresa ter realizado seu primeiro lançamento oficial, a Blue Origin já é considerada uma forte concorrente da SpaceX. O sucesso do voo inaugural pode consolidar sua presença no mercado e abrir caminho para futuras missões comerciais e científicas, ampliando suas possibilidades na indústria aeroespacial.

Empresa de Jeff Bezos ganha permissão para lançamento de foguete

A Blue Origin, empresa administrada por Jeff Bezos e com foco na exploração espacial, recebeu da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos uma licença autorizando o lançamento do foguete New Glenn.

A empresa, criada por Jeff Bezos, é uma espécie de concorrente da SpaceX, de Elon Musk. Junto com a já citada SpaceX e a Boeing, foi escolhida para missões espaciais de interesse da segurança nacional do país, um dos principais mercados dessas empresas de lançamento espacial.

Lançamentos em Cabo Canaveral

A licença concedida à Blue Origin permite que a empresa realize lançamentos a partir da base de Cabo Canaveral, na Flórida, conhecida por ser amplamente utilizada desde os primeiros programas espaciais.

Ainda nos primeiros meses do próximo ano, a empresa deve realizar uma missão teste como parte do processo para obter a certificação necessária para realizar o lançamento de satélites em órbita, algo obrigatório pela Força Espacial dos Estados Unidos.


Equipe da Blue Origins (Foto: reprodução/Getty Images News/Mario Tama/Getty Images Embed)


Além de atuar no mercado de lançamentos espaciais, a Blue Origin também vem investindo na tecnologia de reutilização de foguetes, buscando reduzir custos e aumentar a sustentabilidade das viagens espaciais. O foguete New Glenn é projetado para ser parcialmente reutilizável, um diferencial que alinha a empresa às tendências atuais do setor aeroespacial, que busca formas de economizar em seus lançamentos.

Foguete New Glenn e peça-chave para empresa de Bezos

O foguete New Glenn vem sendo considerado uma peça-chave na estratégia da Blue Origin. Com capacidade para transportar grandes cargas e realizar missões em diferentes órbitas, ele está sendo desenvolvido para atender tanto a clientes governamentais quanto privados, ampliando as possibilidades de uso comercial do espaço.

A expectativa é que, com o sucesso da missão teste, a Blue Origin venha a fortalecer sua posição competitiva em um mercado cada vez mais disputado.

A mente por trás da tecnologia da NASA: Jeff Seaton e os desafios de conectar o universo

Jeff Seaton, diretor de informações (CIO) da NASA, é o homem por trás da agência espacial de bilhões de dólares que conecta a Terra às estrelas. Comandando uma equipe de 700 pessoas e lidando com uma montanha de dados com mais de 113 petabytes, Seaton enfrenta desafios que vão desde manter sondas espaciais com décadas de idade seguras até implementar inteligência artificial no programa Artemis, que tem o objetivo de levar humanos de volta à Lua.

Gerenciando dados cósmicos

Seaton entrou na NASA em 1991, quando ainda era engenheiro de robótica. De lá pra cá, cresceu junto com a agência, deixando sua marca e passando por diferentes cargos até chegar ao comando da tecnologia da informação em 2021. Hoje, sua responsabilidade vai muito além de mexer em computadores e servidores: ele é o guardião de informações fundamentais vindas de outros planetas e da Estação Espacial Internacional, como dados que incluem imagens de Marte, informações das Voyager (que estão fora do sistema solar). “Proteger os dados e os sistemas que os geram é essencial para toda a nossa comunidade”, afirma.

Um dos seus maiores desafios é manter as sondas Voyager seguras, já que elas estão além do sistema solar. Lançadas há mais de 40 anos, elas possuem sistemas ultrapassados, que são impossíveis de serem atualizados. A NASA depende da criatividade de suas equipes para reduzir ameaças e manter as missões ativas. “Temos que fazer o nosso melhor com o que temos”, comenta Seaton.

IA e o futuro da exploração espacial lunar

A NASA já usa inteligência artificial há anos, seja ajudando rovers em Marte ou analisando dados espaciais. No programa Artemis, que promete levar humanos de volta à Lua, as IAs terão um papel ainda mais importante, segundo Seaton. Apesar disso, ele acredita que a tecnologia precisa ser usada com cautela, especialmente quando falamos de IA generativa. “Usamos para acelerar trabalhos, mas sempre validamos os resultados com humanos no processo”, disse.


Astronautas do Programa Artemis, que pretende estabelecer uma presença na Lua (Foto: reprodução/Mark Felix/Getty Images Embed)


O programa Artemis, aliás, não é só sobre voltar à Lua. É sobre pensar no futuro da exploração espacial em si. “Estamos resolvendo problemas agora que vão nos preparar para ir além, para Marte. É empolgante ver o que podemos alcançar como exploradores”, comenta Seaton. A operação pretende estabelecer uma presença sustentável na Lua e abrir caminho para o planeta vermelho, mas ela depende fortemente de parcerias. A empresa ainda pretende resolver desafios como comunicação em longas distâncias e infraestrutura de TI em ambientes extremos.

A NASA ao alcance de todos

Além disso, eles lançaram o “NASA Plus”, um serviço de streaming que permite que qualquer pessoa com internet assista aos conteúdos da agência espacial, sem depender de operadoras de TV. “É uma mudança significativa para alcançar mais pessoas”, diz ele.


Conheça o serviço de streaming da agência espacial, o “NASA Plus” (Foto: reprodução/NASA)

Enquanto a NASA continua conectando a Terra ao espaço, Jeff Seaton segue como o cérebro por trás da operação, deixando a empresa mais perto do público.

Nasa adia retorno de astronautas em missão prolongada no espaço

Os astronautas Barry Butch Wilmore e Suni Williams, que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) desde junho, terão que aguardar ainda mais para retornar à Terra. A Nasa anunciou nesta segunda-feira (17) que a dupla, inicialmente prevista para voltar em fevereiro, só deve desembarcar no final de março de 2025 ou, possivelmente, em abril do mesmo ano.


Nasa atrasa lançamento da missão Crew-9, da SpaceX, que traria de volta em fevereiro (Foto: reprodução/Divulgação/Nasa/SpaceX)

A missão, que começou como um teste de uma semana da cápsula Starliner, da Boeing, foi estendida para oito meses devido a falhas detectadas no sistema de propulsão da espaçonave. Após ser considerada insegura para voo tripulado, a Starliner retornou à Terra vazia em setembro, deixando os astronautas aguardando uma solução alternativa.

Segundo comunicado oficial divulgado pela agência espacial, Nasa, um atraso no lançamento da missão Crew-9, da SpaceX, que traria de volta em fevereiro, foi adiada para o final de março do próximo ano ou até mesmo abril, ou seja, uma integração entre a tripulação que deixaria a ISS (Estação Espacial Internacional) com a tripulação da missão Crew-10.

O comunicado da agência diz: “A NASA e a SpaceX avaliaram várias opções para gerenciar a próxima transferência tripulada, incluindo o uso de outra nave espacial Dragon e ajustes de manifesto. Após cuidadosa consideração, a equipe determinou que lançar a Crew-10 no final de março, após a conclusão da nova nave espacial Dragon, era a melhor opção para atender aos requisitos da Nasa e atingir os objetivos da estação espacial para 2025”.

Atrasos e desafios na nova tripulação

O retorno dos astronautas está diretamente ligado ao envio de uma nova tripulação para a ISS, mas essa operação também enfrenta atrasos, sendo cancelada por mais de um mês. A próxima tripulação de quatro integrantes da Nasa, que deveria ser lançada em fevereiro, será composta por Wilmore e Williams, com outros dois astronautas.

A SpaceX, responsável por transportar a equipe substituta, precisará de mais tempo para concluir os preparativos de sua nova cápsula, agora programada para lançamento no final de março.

A Nasa avaliou o uso de uma cápsula alternativa para manter o cronograma, mas decidiu que aguardar a conclusão da nova nave era a opção mais segura e confiável. A agência também destacou a importância de sobreposição de tripulações na ISS, garantindo uma transição mais eficiente entre missões.

Entenda o histórico

A missão da dupla começou em 5 de junho, com o lançamento da Starliner, espaçonave da Boeing, no primeiro voo tripulado da empresa para a ISS, onde sua espaçonave permanece acoplada.  Originalmente, a nave, que deveria trazê-los de volta uma semana após o lançamento, foi interrompida após problemas no sistema de propulsão terem sido detectados, o que de fato fez a Nasa questionar a confiabilidade da empresa da nave. 

Após essa descoberta, em setembro, a espaçonave retornou à Terra vazia, e equipes das duas empresas realizaram testes para tentar entender melhor a causa dos problemas verificados durante a viagem, responsável por levantar preocupações sobre sua capacidade de sair da órbita e realizar voos tripulados com segurança.

Segundo a agência espacial americana, os problemas estariam em cinco dos 28 propulsores da cápsula da nave que falharam durante a acoplagem na estação espacial, além do superaquecimento e vazamentos de hélio identificados pela Boeing.

Desafios técnicos e futuros voos com a SpaceX

Cerca de dez anos atrás, a NASA firmou contratos com a Boeing e a SpaceX para criar espaçonaves capazes de levar astronautas até a Estação Espacial Internacional. Contudo, os frequentes desafios enfrentados pela Starliner destacam a SpaceX como a opção mais confiável.

Os problemas com a Starliner refletem desafios enfrentados pela Boeing para cumprir os requisitos de segurança da Nasa. Para garantir a segurança do retorno, a SpaceX com a missão Crew-9, reservou dois assentos na Dragon, espaçonave da empresa rival da Boeing, para “dar carona” à dupla de volta para a Terra, se consolida como principal fornecedora de transporte espacial da agência, demonstrando maior confiabilidade em suas operações.

Essa missão seria um passo importante para a Boeing garantir um certificado da Nasa de permissão para a realização de viagens rotineiras, ao lado da SpaceX, de Elon Musk.

Mesmo com os contratempos, Wilmore e Williams continuam desempenhando funções críticas na ISS, enquanto aguardam a oportunidade de retornar à Terra. A situação ilustra os riscos e complexidades de missões espaciais, destacando a importância de soluções redundantes e protocolos rigorosos de segurança.

Hubble registra galáxia espiral rara em foto de tirar o fôlego

O Telescópio Espacial Hubble, fruto de uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia, fez um registro incrível de uma galáxia espiral rara, vista de lado. A galáxia está localizada a 150 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Serpens, e a imagem foi montada com dados capturados em 2000 e 2023.

Uma galáxia como você nunca viu

Na imagem, que foi observada pela lateral pelo telescópio espacial Hubble, vemos uma linha que corta o espaço, com faixas escuras de poeira ao redor. Esse efeito acontece porque estamos vendo a galáxia “de lado”, como se fosse uma panqueca observada na borda. Além disso, o centro da galáxia brilha intensamente, com uma área cheia de estrelas girando rapidamente em torno de si.

Esse tipo de registro é raro e ajuda os cientistas a entenderem mais sobre como as galáxias funcionam e o que existe dentro delas, permitindo que eles estudem as características que normalmente seriam difíceis de observar em outros ângulos. Para quem olha de fora, parece até uma obra de arte no espaço.


Telescópio Hubble na órbita da Terra (Foto: reprodução/NASA/Getty Images Embed)


Um registro do telescópio Hubble que viaja no tempo

O que torna essa foto ainda mais especial, é fato dela combinar dois registros feitos com 23 anos de diferença: um em 2000 e outro agora, em 2023. Cada uma das fotos capturou detalhes em diferentes comprimentos de ondas de luz, e, juntas, revelam uma visão completa e detalhada da galáxia, como em outras fotografias icônicas do Hubble.

Mesmo após mais de 30 anos de operação, o Hubble continua provando seu valor ao desvendar os mistérios de galáxias distantes e registrar imagens únicas do nosso universo. Nos dando uma chance de ver e analisar a luz de algo que aconteceu a milhões de anos atrás, sendo uma janela para o passado e um lembrete do quanto ainda temos para explorar no universo.

Novo foguete reutilizável promete rivalizar com a SpaceX

Em uma clareira discreta na floresta de Vernon, na Normandia, interior da França, trabalhadores ajustam um cilindro de aço sustentado por garras metálicas. Essa estrutura futurista faz parte do foguete reutilizável da Maiaspace, uma subsidiária da ArianeGroup, maior fabricante de foguetes da Europa. A missão? Tornar o continente competitivo no mercado espacial atualmente dominado pela SpaceX de Elon Musk.

Empresa foi criada há dois anos

A Maiaspace, criada há dois anos, entra em uma fase crucial de testes visando o primeiro foguete parcialmente reutilizável da Europa em 2026. O projeto mira o mercado de pequenos satélites comerciais, setor em rápida expansão, principalmente devido aos custos mais baixos oferecidos pelas empresas do setor privado.

“Do lado de cá do Atlântico, negligenciamos as tecnologias de reutilização”, afirmou Yohann Leroy, CEO da Maiaspace, durante uma visita às instalações de teste. Ele ainda destacou que a reutilização é essencial para reduzir custos e aumentar a competitividade no mercado espacial global, que vem em constante crescimento.

A iniciativa surge em resposta ao lançamento do Ariane 6, um foguete pesado desenvolvido sem capacidade de reutilização, o que atraiu críticas por ser considerado tecnologicamente defasado antes mesmo de sua estreia comercial, prevista para 2025.


Foguete Ariane 6 foi bastante criticado por já nasceu defasado antes mesmo de seu lançamento (Foto: reproduçao/AFP/JODY AMIET/Getty Images Embed)


Os planos para a Maiaspace foram anunciados em 2021, quando o então Ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, reconheceu os erros estratégicos do passado e manifestou o desejo de criar uma “SpaceX europeia”.

Foguete de dois estágios

O foguete projetado pela Maiaspace terá dois estágios, com a opção de recuperar o primeiro em uma barcaça no porto espacial da Guiana Francesa. Ele será capaz de transportar entre 0,5 e 4 toneladas, dependendo da carga útil e da recuperação do primeiro estágio, que poderá ser reutilizado até cinco vezes, algo que mesmo sem a eficiência da SpaceX, ainda pode ser considerado um grande avança em meio ao objetivo de se tornar uma rival de peso.

Embora o objetivo de rivalizar com a SpaceX ainda pareça distante, autoridades europeias acreditam que projetos como o da Maiaspace possam pavimentar o caminho para um futuro competitivo na corrida espacial.

Planeta gigante recém-formado intriga astrônomos com mistérios sobre sua formação

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (UNC) em Chapel Hill descobriram um planeta 10 vezes maior que a Terra e com 3 milhões de anos, o que o torna o planeta mais jovem já identificado em trânsito. Chamado de TIDYE-1b, a descoberta do planeta chama a atenção por desafiar o que se sabe sobre o tempo necessário para a formação de planetas gigantes.

Um planeta “bebê” de proporções gigantescas

O TIDYE-1b, tem dimensões comparadas ás de Júpiter, e surpreendeu os cientistas por ser um verdadeiro planeta “bebê” em termos cósmicos. Para ter uma ideia, se a Terra fosse uma pessoa de 50 anos, o TIDYE-1b seria um recém-nascido de duas semanas.

A descoberta foi liderada por Madyson Barber, uma estudante de pós-graduação da UNC, que utilizou o método de trânsito para identificar o planeta. A técnica consiste em monitorar quedas no brilho da estrela causadas pela passagem do planeta à sua frente. Esse fenômeno foi identificado graças a um detalhe raro: o disco de gás e poeira ao redor da estrela de TIDYE-1b estava desalinhado, o que permitiu que os pesquisadores tivessem uma visão clara do planeta. “Esse desalinhamento de cerca de 60 graus é muito incomum e nos intrigou”, explicou Andrew Mann, astrofísico e coautor do estudo.


Publicação sobre a Madyson Barber e sua descoberta, feita pela UNC (Vídeo: reprodução/X/UNC College of Arts and Sciences)

Novas perguntas sobre a formação de planetas

TIDYE-1b tem o tamanho de júpiter e orbita sua estrela a cada 8,8 dias, a uma distância muito menor do que Mercúrio está do Sol. Sua descoberta é surpreendente, pois ela desafia as teorias atuais sobre o tempo necessário para a formação de planetas gigantes. Normalmente esse processo leva entre 10 a 20 milhões de anos, sugerindo que planetas podem se formar muito mais rápido do que os cientistas acreditavam.

A equipe responsável pela descoberta planeja continuar estudando o TIDYE-1b com ferramentas mais avançadas, incluindo novas observações com o Observatório WM Keck, no Havaí, e o Telescópio Espacial James Webb, para explorar a composição química e a história de formação do planeta. “Agora sabemos que deveríamos procurar mais. Se pudermos catalogar outros sistemas jovens, poderemos tirar conclusões ainda mais precisas”, comentou Barber. A ideia é entender como ele se formou e o que ele pode revelar sobre outros sistemas jovens.

SpaceX faz pouso seguro com foguete Starship

Durante a noite da ultima terça-feira, a SpaceX realizou mais uma etapa de testes com o foguete Starship, desta vez optando por pousar o propulsor Super Heavy no Golfo do México, em vez de sua base em terra. A escolha gerou questionamentos, mas, segundo Greg Autry, reitor associado para o espaço da Universidade da Flórida Central, as operações “pareceram muito boas”.

Cautela no lançamento

Em entrevista à CNN, Autry destacou que o procedimento pode ter sido motivado por excesso de cautela, especialmente considerando a presença de figuras importantes no local do lançamento, no Texas. Entre elas, o CEO da SpaceX, Elon Musk, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Não acho que eles tenham tido uma grande anomalia, porque pareceu muito bom para mim”, afirmou Autry. Ele sugeriu que a opção pelo pouso no mar poderia estar relacionada à segurança, para evitar qualquer risco à integridade dos espectadores famosos. “Talvez eles só queiram ter cuidado para não matar o presidente eleito dos Estados Unidos de forma alguma”, comentou.

Implicações técnicas

No entanto, o pouso no mar trouxe algumas implicações técnicas: o propulsor não poderá ser reutilizado, já que não foi projetado para resistir à corrosão causada pela água salgada. Isso contrasta com a prática habitual da SpaceX de recuperar e reutilizar seus propulsores para reduzir custos operacionais, sendo esse o uma das principais armas da empresa diante a outras empreitadas espaciais.


Lançamento de foguete da SpaceX (Foto: reprodução/Getty Images News/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Enquanto isso, Autry desponta como um dos possíveis nomes para assumir a administração da NASA no próximo mandato de Trump. Em declaração à CNN, a equipe do presidente eleito afirmou que as decisões sobre a formação de sua segunda administração ainda estão sendo tomadas e serão anunciadas futuramente.

O teste bem-sucedido apenas reforça o compromisso da SpaceX em avançar na exploração espacial, mas a escolha do pouso marítimo levanta discussões sobre os desafios e as estratégias de segurança em eventos com tamanha visibilidade, algo deve apenas avançar com os futuros lançamentos da empresa recebendo cada vez mais atenção