Exames médicos de Bolsonaro revelam infecções e problemas gástricos

Ex-presidente Jair Bolsonaro passou cerca de cinco horas no Hospital DF Star, em Brasília, neste sábado (16), para a realização de exames que identificaram infecções pulmonares, esofagite e gastrite.

Segundo boletim médico divulgado pela equipe responsável, o quadro de saúde persiste e exige acompanhamento clínico. Bolsonaro foi liberado no início da tarde após a bateria de procedimentos, e os médicos recomendaram a continuidade do tratamento e novos cuidados nos próximos dias.

Boletim médico detalha quadro de saúde de Bolsonaro

De acordo com o boletim divulgado pelo Hospital DF Star, em Brasília, os exames apontaram infecções pulmonares, esofagite persistente e gastrite. A avaliação clínica durou aproximadamente cinco horas e envolveu procedimentos de imagem e laboratoriais para detalhar o estado de saúde do ex-presidente.

Segundo os médicos, o quadro não é novo, mas exige atenção contínua, já que os sintomas vêm se repetindo nos últimos meses. Bolsonaro já havia relatado desconfortos gastrointestinais e dificuldades relacionadas ao sistema digestivo. Após a conclusão dos exames, os profissionais recomendaram acompanhamento regular e reforçaram que a evolução dependerá da resposta ao tratamento.


Exames de Bolsonaro revelam alguns ricos à saúde do Ex-presidente Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram/@portalg1)


Alta médica sob restrição judicial

A presença de Bolsonaro no hospital movimentou aliados e apoiadores, que acompanharam à distância as informações oficiais sobre seu estado de saúde. A divulgação dos resultados reforça a preocupação com as condições clínicas do ex-presidente, que segue sob observação médica em regime ambulatorial.

Ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


A ida ao hospital ocorreu em caráter excepcional, já que Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão judicial ligada a investigações sobre sua atuação política e suspeitas de envolvimento em atos antidemocráticos.

A autorização judicial permitiu sua saída apenas para o atendimento médico, e o ex-presidente retornou para casa logo após a alta. A situação evidencia a preocupação com o estado de saúde de Bolsonaro, mas também os limites impostos pela Justiça, que restringem sua liberdade a saídas exclusivamente justificadas por questões de saúde.

Bolsonaro enfrenta risco de prisão de até 43 anos após pedido da PGR ao STF

Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que Jair Bolsonaro seja condenado a até 43 anos de prisão.
A acusação aponta o ex-presidente como um dos articuladores de uma trama golpista que começou a ser construída em 2021 e resultou nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

O documento entregue ao STF detalha as penas referentes aos crimes atribuídos a Bolsonaro, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa e incitação ao crime.

PGR detalha crimes e pede pena máxima contra Bolsonaro

No documento enviado ao STF, a Procuradoria-Geral da República sustenta que Jair Bolsonaro desempenhou papel central na articulação de uma rede que, segundo os procuradores, tinha o objetivo de desestabilizar as instituições e minar o resultado das eleições de 2022.

Para o órgão, Bolsonaro se valeu do cargo de presidente para estimular a desinformação sobre o sistema eleitoral e insuflar apoiadores a agir contra o Estado Democrático de Direito. A PGR aponta que, além dos discursos públicos questionando a legitimidade das urnas, houve reuniões estratégicas com militares e aliados para tratar de medidas “fora das quatro linhas da Constituição”. Esses movimentos, de acordo com a denúncia, teriam preparado o terreno para os atos violentos registrados em Brasília no início de 2023.


PGR pede a prisão de Jair Bolsonaro e mais sete réus por trama golpista (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)


Abaixo, veja os crimes citados pela PGR e a pena correspondente a cada um, segundo a legislação brasileira:

Organização criminosa armada

O que é: quando um grupo com quatro ou mais pessoas se junta de forma organizada, divide tarefas para cometer crimes graves e usa ou tem acesso a armas de fogo.

Pena: de 3 a 8 anos de prisão, podendo aumentar para até 17 anos se houver armas envolvidas ou participação de servidores públicos.

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

O que é: quando alguém tenta acabar com o sistema democrático usando violência ou ameaças, para impedir o funcionamento dos poderes do país.

Pena: de 4 a 8 anos de prisão.

Golpe de Estado

O que é: quando uma pessoa ou grupo tenta, com violência ou ameaças, derrubar o governo eleito e assumir o poder de forma ilegal.

Pena: de 4 a 12 anos de prisão.

Dano qualificado pela violência ou grave ameaça

O que é: quando alguém destrói ou danifica bens de outras pessoas ou do governo usando violência ou ameaça.

Pena: de 6 meses a 3 anos de prisão.

Deterioração de patrimônio tombado

O que é: quando alguém danifica ou destrói bens protegidos pelo governo por terem valor histórico, cultural ou ambiental.

Pena: de 1 a 3 anos de prisão.

Bolsonaro critica PGR e STF inicia prazos

Se condenado, Jair Bolsonaro pode enfrentar o maior bloqueio jurídico de sua trajetória política. Além da possibilidade de cumprir até 43 anos de prisão, ele pode se tornar inelegível por anos, o que impediria qualquer tentativa de voltar a disputar cargos públicos. Especialistas afirmam que o pedido da PGR ao STF é um marco no inquérito da tentativa de golpe, pois demonstra que a Procuradoria vê indícios consistentes contra o ex-presidente.

Pouco antes de a PGR apresentar as alegações finais na ação penal sobre a trama golpista, na tarde desta segunda-feira (14), Bolsonaro usou o X (antigo Twitter) para se posicionar. Em tom crítico, ele afirmou que “o sistema” estaria tentando destruí-lo para atingir a população brasileira.

O sistema nunca quis apenas me tirar do caminho. A verdade é mais dura: querem me destruir por completo — eliminar fisicamente, como já tentaram — para que possam, enfim, alcançar você. O cidadão comum. A sua liberdade. A sua fé. A sua família. A sua forma de pensar. Sem que reste qualquer possibilidade de reação”, escreveu.


Bolsonaro usa a rede X para se defender (Vídeo: Reprodução/X/@jairbolsonaro)

Após o parecer enviado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi aberto o prazo de 15 dias para que os demais réus apresentem suas alegações finais. O primeiro a se manifestar será o tenente-coronel Mauro Cid, que ganhou prioridade por ter fechado um acordo de delação premiada. Em seguida, os outros acusados também deverão protocolar suas defesas dentro do mesmo prazo.

No campo político, o avanço do processo aprofunda o isolamento de Bolsonaro e preocupa aliados sobre o futuro da direita em 2026. Já para opositores, o caso é visto como um teste da resiliência das instituições democráticas após os atos violentos de 8 de janeiro de 2023.

Jurados deliberam acusação contra Donald Trump nessa quarta-feira

A cidade de Nova York foi movimentada nessa terça-feira (28), pois o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou um tribunal após seus advogados apresentarem os argumentos finais em um caso tratando de suborno.

O caso em questão, envolvia a estrela pornô Stormy Daniels. O promotor Joshua Steinglass disse que ocorreu um pagamento de $ 130 mil (R$ 671 mil) visando que o encontro sexual com a atriz não fosse vazado. Esses vazamentos poderiam atrapalhar sua candidatura à Casa Branca.

Julgamento

Marcado na história o primeiro julgamento criminal de um presidente na história americana. A acusação foi feita após uma investigação sobre a campanha de candidatura de Donald Trump.

Os jurados têm permissão para começar a deliberar na quarta-feira (29). Com previsão de retorno marcada para o horário das 10h no horário local (11h no horário de Brasília), com o juiz orientando o júri.


Donald Trump em 28 de maio (Reprodução/Andrew Kelly/Reuters)

Donald Trump, de 77 anos, tem que se defender de 34 acusações criminais de falsificação de documentos comerciais para encobrir o pagamento a Daniels. Acusações as quais, o ex-presidente se diz inocente, nega ter feito atos sexuais com Daniels e não se deixou impressionar com o relato final do promotor Steinglass.

Consequências 

Uma testemunha foi chamada para depor. Michael Cohen, intermediário de Trump no caso da acusação, atestou que pagou Daniels com o próprio dinheiro e elaborou um plano com o ex-presidente para ser reembolsado através de pagamentos disfarçados de honorários advocatícios.

A defesa de Trump em resposta, disse aos jurados para que não confiassem na testemunha. Se condenado, Trump pode pegar até 4 anos de prisão, embora a prisão não seja a maneira mais utilizada para quem comete esse crime pela primeira vez.

Uma possível condenação não impede Donald de se candidatar para a presidência, diferentemente do Brasil, que existe a lei da ficha limpa.

Matéria por Vinicius Araújo (Lorena – R7)

Juiz rejeita pedido de Trump para pagar multa de R$ 2,2 bi em parcelas

O ex-presidente americano, Donald Trump, foi derrotado na justiça de Nova York  nesta quarta-feira (28), e foi condenado por fraudar balanços de sua empresa, a Trump Organization, a pagar US$ 454 milhões (em torno de R$ 2,2 bilhões) em multas.

Ele já havia sido condenado em 1° instância no dia 16 de fevereiro, e recorreu, seus advogados alegaram que ele não possuía esse valor e fizeram uma proposta de US$ 100 milhões. Mas, nesta quarta, um dos juízes em 2° instância, concluiu que ele deve pagar rapidamente os US$ 454 milhões, ou terá propriedades confiscadas pelas autoridades.


O ex-presidente Donald Trump (Foto: reprodução/MANDEL NGAN/Getty Images)

A decisão não é definitiva, e ainda precisa ser votada

A decisão ainda não é definitiva, pois ainda precisa ser votada pelo restante da corte. Além disso, a ordem do juiz não é totalmente desfavorável a Trump, que foi liberado a pedir empréstimos a bancos de Nova York, o que lhe havia sido negado na condenação em primeira instância.
Os dois lados precisam mostrar mais argumentos por escrito, e após o dia 18 de março, uma decisão poderá ser tomada.


Donald Trump (Foto: reprodução/MANDEL NGAN/Getty Images)

Entenda a condenação

Em uma decisão proferida em 16 de fevereiro, o juiz de primeira instância, Arthur Engoron, da cidade de Nova York, determinou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve pagar uma multa significativa de US$ 354,9 milhões por inflar os números do balanço financeiro de sua empresa imobiliária, a Trump Organization. Com a inclusão de juros, o montante totaliza US$ 454 milhões. Adicionalmente, a sentença incluiu uma sanção que proíbe Trump de realizar negócios no estado de Nova York pelos próximos três anos.

Diante dessa decisão, Trump optou por recorrer judicialmente. Documentos apresentados por seus advogados argumentam que a multa imposta é excessiva e que a proibição de realizar negócios no estado impossibilita o ex-presidente de levantar os fundos necessários para cumprir com o depósito em juízo. Entretanto, foi destacado que a parte da ordem que impedia Trump de buscar empréstimos em Nova York foi posteriormente revertida, oferecendo uma pequena vitória ao ex-presidente em meio ao processo judicial em curso.