“Liderança estratégica depende de inovação constante”, diz Ramez Andraus Jr.

A trajetória de Ramez Andraus Junior une formação militar sólida, experiência internacional e atuação em setores considerados críticos para o desenvolvimento do país. Oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), ele ocupou cargos de responsabilidade em áreas como logística, tecnologia da informação, segurança e gestão de pessoas, sempre com foco em resultados concretos e inovação.

Com passagens pelos Estados Unidos, Japão e República Tcheca, Andraus ampliou sua visão estratégica em ambientes multiculturais e de alta complexidade operacional. Essa experiência internacional fortaleceu sua capacidade de adaptação e o consolidou como conferencista e revisor acadêmico em temas ligados à defesa, gestão e tecnologia.

Na FAB, destacou-se em projetos de modernização e otimização de processos, incluindo iniciativas que reduziram custos e aumentaram a eficiência de operações críticas. Entre suas contribuições estão a atualização de fluxos logísticos e a implantação de plataformas digitais que permitiram tomada de decisão em tempo real, elevando o nível da gestão interna e sendo reconhecido pelo impacto estratégico.

Com visão integrada, Andraus transita entre logística, TI, segurança e gestão de equipes, conectando conhecimentos técnicos e competências humanas. Essa combinação lhe permitiu transformar processos complexos em modelos mais ágeis, com reflexos diretos na economia de recursos e na performance institucional.

A atuação, porém, não ficou restrita ao setor militar. Na indústria de defesa e também no setor privado, levou a mesma disciplina para projetos estratégicos, implementando sistemas de grande porte e articulando equipes multidisciplinares em cenários de alta pressão e competitividade.

Com base no rigor técnico e na visão de futuro, Ramez Andraus Junior tornou-se uma das vozes relevantes no debate sobre inovação em gestão e defesa. Sua experiência, somada ao reconhecimento acadêmico e internacional, o coloca como referência para instituições que buscam alinhar eficiência operacional, tecnologia e liderança em um mesmo projeto.

FAB derruba avião com drogas que vinha pela fronteira com a Venezuela

A Força Aérea Brasileira (FAB) derrubou um avião que transportava drogas e entrou ilegalmente no país pela fronteira com a Venezuela na manhã desta terça-feira (11), dois homens estavam a bordo na aeronave e morreram na queda. A informação foi confirmada pela FAB nesta quarta-feira.


FAB abateu uma aeronave vinda da Venezuela transportando drogas (Vídeo: reprodução/X/@aero_in)

Apoio da Polícia Federal

A ação contou com a participação da Polícia Federal e foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). A FAB afirmou que adotou todos os procedimentos de acordo com as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) visando confirmar a identidade da aeronave e forçar seu pouso. As ordens, no entanto, não foram acatadas, considerando-se que se tratava de uma aeronave “hostil”, conforme a legislação aérea, após não atender aos critérios descritos no Decreto n° 5144.

Sem resposta positiva por parte da aeronave, foi necessário entrar com medidas de persuasão, em que são efetuados tiros de aviso de modo que os traficantes sejam persuadidos a obedecer às ordens transmitidas. Os traficantes não acataram as ordens, dessa forma, a aeronave “hostil” foi submetida a Tiros de Detenção (TDE) a fim de impedir a continuidade do voo. A aeronave colidiu com o solo e logo pegou fogo em uma região de floresta próxima à Manaus (AM).

Essa medida é utilizada como último recurso, após a aeronave interceptada descumprir todos os procedimentos estabelecidos e forçar a continuidade do voo ilícito”, apontou a FAB.


A aeronave caiu em uma área de mata; dois homens morreram (Foto: reprodução/Força Aérea Brasileira)

Dois traficantes mortos

A corporação confirmou que dois homens foram encontrados mortos no local da queda da aeronave, além disso, foram encontradas drogas no interior do avião. Até o momento, o modelo da aeronave e o tipo de drogas encontradas não foram revelados pela Força Aérea.

Deportados nos EUA recebem assistência em Manaus antes de voo da FAB

Neste sábado (25), o primeiro grupo de deportados dormiram em colchões no chão em aeroporto localizado na capital da Amazônia, em Manaus. O poder publico forneceu alimentos para eles se alimentarem, e ainda foi fornecido colchões, atendimento médico, alimentação e água, mediante a necessidade de aguardar a aeronave que será fornecida pela FAB, com destino para Minas Gerais, no local continua sendo disponibilizado médicos, enfermeiros além de técnicos de enfermagem.

Era Trump

Karoline Leavitt, que é porta-voz da Casa Branca, divulgou nas redes sociais, que já foram presos mais de 535 imigrantes de origens diferentes, estando entre eles suspeito de terrorismo, quatro pessoas pertencentes a gangue do Tren de Aragua, e ainda alguns cidadãos condenados por crimes sexuais contra menores. Ela ainda informou que tiveram centenas de imigrantes sendo deportados em naves militares, iniciando a maior operação de deportação em massa da história.

Deportados

Segundo informação divulgada pelo blog da Andréia Sadi, os oficiais da terra do Tio Sam, queriam manter os brasileiros que estariam sendo deportados, algemados e acorrentados, porém o ministro da justiça Ricardo Lewandowski, pediu para que fosse retirada, as algemas, pois se tratava de cidadãos livres em terras brasileiras, e por esse fato o então presidente atual, autorizou o envio do avião da FAB, para poder ser feita a mediação quanto a situação em se ocorre no momento.


Brasileiros caminhando no aeroporto de Manaus no dia 25 de Janeiro ao retornar dos EUA (Foto: reprodução/michael Dantas/Getty Images Embed)


Direitos

Enquanto acompanhava os deportados, a secretária da Sejusc informou que a prioridade em questão é fazer um atendimento humanizado, garantindo que os direitos dos cidadãos deportados sejam garantidos. O tenente Éverton Augusto ainda informou que existem algumas pessoas, no meio desse grupo que retornou dos EUA, que possuem patologias e necessitam de acompanhamento médico com o uso de medicação, informando sobre a identificação desses pacientes, os quais precisam de cuidados.

Ainda não se sabe se teremos mais brasileiros sendo deportados dos EUA para o Brasil.

Brasileiros deportados pelos Estados Unidos chegam ao Brasil acorrentados

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, seguindo determinação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desautorizou o uso de algemas e correntes em brasileiros deportados pelos Estados Unidos. A decisão foi tomada após a chegada de um voo norte-americano a Manaus, capital do Amazonas, com 158 deportados, dos quais 88 eram brasileiros. Os passageiros desembarcaram acorrentados e algemados, situação que gerou indignação e foi amplamente criticada por autoridades brasileiras.

Voo americano é cancelado

O avião, que tinha como destino final Minas Gerais, teve o voo cancelado devido a problemas técnicos. Os Estados Unidos solicitaram que os deportados permanecessem em Manaus até a chegada de uma nova aeronave norte-americana. No entanto, o Governo Federal negou a proposta e enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os passageiros ao destino final, garantindo o retorno digno ao país de origem.


Passageiros sendo recebidos pela Polícia Federal Brasileira(Foto: reprodução/x/@marioadolfo)

Nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Em nota oficial, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que a dignidade humana é um direito inegociável, reafirmando o compromisso do Brasil com os direitos fundamentais de seus cidadãos, mesmo em situações de deportação. A pasta também informou que orientou a Polícia Federal sobre os procedimentos adequados para recepcionar os brasileiros deportados, assegurando que sejam tratados com respeito e humanidade.

O episódio reacendeu debates sobre as condições impostas por alguns países no tratamento de estrangeiros deportados. Especialistas em direitos humanos ressaltaram a importância de o Brasil garantir a proteção de seus cidadãos no exterior e estabelecer um diálogo mais rigoroso com outros países para assegurar que normas internacionais de respeito à dignidade sejam cumpridas.

O governo brasileiro reafirmou que acompanhará casos semelhantes de forma mais ativa, buscando evitar situações que possam desrespeitar os direitos dos brasileiros em processos de deportação.

Cenipa vai investigar acidente aéreo em Ubatuba

Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para investigar o acidente aéreo que ocorreu na manhã desta quinta-feira (9) em Ubatuba, no litoral de São Paulo.

Início das investigações

De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), os investigadores do Cenipa foram acionados para realizar a “ação inicial” do acidente. A ação inicial consiste em coletar dados e confirmá-los, além de preservar os elementos e analisar os danos causados.

O objetivo do Cenipa é investigar a ocorrência, descobrir as causas e impedir que outros acidentes semelhantes aconteçam. Em nota, a FAB afirmou que o órgão responsável pretende concluir as investigações com “o menor prazo possível” , mas que tudo depende da complexidade da ocorrência e da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.

O acidente

Um avião de pequeno porte ultrapassou a pista central do Aeroporto de Ubatuba, no litoral de São Paulo, e invadiu a praia em chamas na manhã desta quinta-feira (9). O voo saiu de Goiás com destino à cidade de Ubatuba.

Segundo informações, a vítima fatal foi o piloto, que ficou preso nas ferragens. O homem foi identificado como Paulo Seghetto, e tinha de 28 anos de experiência.


O piloto Paulo Seghetto foi a única vítima fatal do acidente (Foto: reprodução/UOL)

Além do piloto, uma família também estava a bordo na aeronave, um casal e duas crianças. Segundo Karoline Magalhães, capitã do Corpo de Bombeiros, os quatro foram resgatados com vida e levados conscientes para o hospital.

O número de pessoas atingidas na orla da praia ainda não é certo, mas a capitã do Corpo de Bombeiros disse que uma pessoa que estava na orla da praia foi socorrida pelo SAMU, a informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública.


Vídeo mostra momento exato da explosão em Ubatuba (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

A rede Voa, concessionária responsável pela administração do aeroporto de Ubatuba, divulgou uma nota sobre o acidente e apontou as condições meteorológicas e a pista molhada como uma possível causa do acidente. Segundo eles, a aeronave tentou pousar e ultrapassou a pista, que estava escorregadia por conta da chuva, e acabou atingindo a orla da praia. Vale destacar que a distância entre a pista e a areia da praia é curta, apenas 940 metros.

No entanto, as informações fornecidas pela rede Voa ainda não são conformadas. O Cenipa segue investigando o caso.

Cenipa divulga que caixas-pretas do ATR 72 mantiveram integridade da gravação

Nesta terça-feira (13), a FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou que registros de voz e dados da aeronave da Voepass foram recuperados com sucesso pela análise das caixas-pretas. Isso será fundamental para as investigações.

As caixas-pretas de uma aeronave gravam conversas e sons dentro da cabine: eventuais alarmes sonoros, conversas entre pilotos e com a torre de controle. Desde o último sábado, o material está sendo analisado em Brasília, pelo Labdata (Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

São duas caixas-pretas em uma aeronave

As caixas-pretas são de dois tipos: uma grava as conversas dentro da cabine da aeronave, é chamada de CVR (Cockpit Voice Recorder), a outra é um FDR (Flight Data Recorder). Essa registra as informações e parâmetros do avião ao longo do trajeto dentre outros dados técnicos, como altitude, velocidade, posição das manetes e botões acionados são gravados.


Aeronave da FAB no Aeroporto de Guarulhos SP (Foto: reprodução/Instagram/@folhadespaulo)

O Brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, explicou que a perícia do CVR está fazendo um levantamento detalhado das conversas e sons da cabine, com o objetivo de identificar algum alarme sonoro que poderia ter soado momentos antes do acidente. Talvez, demande um software de análise do som.

A investigação conta com recursos de última geração

Os profissionais que estão trabalhando com o FDR buscam converter as informações eletrônicas em unidades de engenharia. “O trabalho de validação é realizado por meio de recursos tecnológicos físicos e lógicos de última geração, associados à documentação referente às atualizações de serviços, de componentes e de sensores presentes na aeronave envolvida no acidente”, reiterou Moreno.

O Brasil precisa convidar integrantes de órgãos de países estrangeiros relacionados à aeronave para a comissão de investigação. Isso porque ele é signatário de Chicago sobre a aviação civil. A comissão é formada por brasileiros, franceses e canadenses. A França é o país de fabricação da aeronave e o Canadá fabricou os motores.

Força Aérea Brasileira finaliza primeiro estágio de investigação de avião que caiu em SP

A FAB (Força Aérea Brasileira) encerrou nesta segunda-feira (12), a primeira fase das investigações na aeronave da Voepass que caiu em Vinhedo, no interior do estado de São Paulo. Junto ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), foi concluída a primeira fase, a qual é apenas o começo de toda a análise que será feita sobre o acidente aéreo ocorrido na última sexta-feira (9).


Analistas falando sobre queda do avião em Vinhedo (Vídeo: Reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

Conclusão da primeira fase e sequência das investigações

A Força Aérea Brasileira conclui a primeira fase das investigações e análises no avião da Voepass, que caiu em Vinhedo–SP, na última sexta-feira, causando 62 mortes. Nesta primeira fase, é quando são retirados os destroços e peças do avião, transportadas para mais uma sessão de análises.

De acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas), a divulgação do relatório deve acontecer no prazo de 30 dias ou o mais rápido possível, dependendo da complexidade do acidente. O objetivo é que possa ser descoberto o que de fato aconteceu com a aeronave, visando que este problema não se repita e seja resolvido, prevenindo acidentes parecidos. Os motores da aeronave irão para a análise no Quarto Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Conforme divulgado pelo Cenipa, a próxima fase da investigação consiste em “atividades relacionadas ao voo, ao ambiente operacional e aos fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas e infraestrutura“.

Informações do acidente

O voo tinha destino na cidade São Paulo, tendo saído de Cascavel, no Paraná, tendo caído em Vinhedo, cidade localizada a 80 km do São Paulo, resultando em 62 mortes, no total. O avião, que não relatou nenhuma emergência, estava voando normal até 13h21, perdendo contato com o radar 13h22.

FAB lança 336 mil litros de água no combate às queimadas no Pantanal

O Comando Conjunto da Operação Pantanal, da Força Aérea Brasileira (FAB), informou que desde o dia 28 de junho, ao iniciar as atividades de combate às queimadas, já lançou 336 mil litros de água em focos de incêndio na região, foi dito que somente na ultima quinta-feira (11), foram despejados 24 mil litros em áreas atingidas pelo fogo.

Milhares de litros de água são usados para o combate a chamas

Os voos responsáveis por descarregar até 12 mil litros de água em áreas de incêndio são conduzidos com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airbone Fire Figthing System). Este equipamento possui um turbo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião.

De acordo com o comandante da missão realizada no Pantanal, o major aviador Rafael Portella Santos, esta é a primeira vez que a FAB opera o sistema MAFFS instalado no KC-390 Millennium em uma situação real. Disse que foram feitos diversos treinamentos simulados durante a operação da aeronave para que pudessem ter pilotos e tripulantes capacitados para realizar a tarefa.


Bombeiro combatendo queimadas (Foto: Reprodução/Roni Bintang/Getty Images Embed)


Como as tarefas são realizadas

Santos, explicou que toda a operação com o sistema MAFFS é realizada em etapas, A primeira envolve a coordenação em solo do ponto onde é necessário conter as chamas, em seguida é feita a visualização do local, onde é avaliado a redução de riscos para as aeronaves que atuam de forma semelhante e manutenção de contato com a equipe em solo. Após esse ponto, ocorre a primeira passagem, visando a precisão e segurança da operação, em seguida do sobrevoo para o lançamento da água.

Após despejarem a água, a aeronave retornar para reabastecer, e decolar novamente após 40 minutos. Desde o início da missão, a FAB já realizou voos de apoio ao bioma Pantanal, totalizando 24 horas e 35 minutos de voo.

A ação em conjunto de toda a equipe da FAB é crucial para combater as queimadas que assolam o Pantanal protegendo a biodiversidade e as comunidades locais afetadas pelo fogo.

MP permite aviões estrangeiros no combate aos incêndios no Pantanal

Nesta terça-feira (09), uma alteração na legislação da lei de aviação foi permitida pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), abrindo espaço para a contratação de aeronaves maiores, além da presença de tripulantes estrangeiros no combate a incêndios.

Medida de prevenção

A publicação da Medida Provisória (MP), aconteceu nesta terça-feira, sob aprovação de Geraldo Alckmin, ex-governador do estado de São Paulo e agora atual presidente MPOR, e solicitado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais (IBAMA), visando o mantimento dos esforços para o controle das secas e consequentemente das queimadas.

Em entrevista ao Jornal CNN, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, no entanto, afirma que a medida é puramente preventiva, uma vez que, momentaneamente, não há recursos que possibilitam a contratação dos equipamentos.

“Precisamos ter todas as possibilidades de combate disponíveis, inclusive a possibilidade de utilização de aviões estrangeiros que possam trabalhar por aqui contratados ou em regime de cooperação internacional.”

Tripulantes estrangeiros

Entre as diversas normas do Código Brasileiro de Aeronáutica, há uma limitante a presença de tripulantes estrangeiros no Brasil, só permitidos em casos de acordo bilateral — ou seja, que há dois lados beneficiados. Com essa limitação, a contratação de aeronaves maiores poderia ser impedida, assim como tripulação especializada no combate as chamas, que ocasionalmente poderia vir de fora.

Reforço aéreo

O combate intensivo aos focos de incêndio no Pantanal agora poderão contar com o reforço da aeronave KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira. O KC-390 é considerado o cargueiro mais rápido e moderno do mundo e agora encontra-se empregado no combate as chamas.

Com pouco mais de 35 metros de cumprimento e envergadura, a aeronave comporta até 80 soldados esquipados, o que pode alterar conforme as necessidades: 66 paraquedistas ou 74 maçãs de evacuação médica. O KC-390 alcança 988 km/h, suportando até 26 toneladas de carga.


KC-390 Millennium, da Forca Aérea Brasileira (reprodução/X/@fab_oficial)

Quanto a sua nova função de combatente ao fogo, o empréstimo da FAB foi equipado com o equipamento chamado MAFFS, o Modular Airborne Fire Fighting System (Sistema Modular de Combate a Incêndio Aerotransportado, em tradução literal).

Conforme a FAB, o sistema esquipado na aeronave fornece a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate ao incêndio em voo seguramente, projetando água pela porta lateral da fuselagem, permitindo que ela mantenha seu interior pressurizado, sem comprometer seu desempenho.


Sistema do MAFFS, na parte interna do KC-390 (reprodução/X/@fab_oficial)

O avião tem capacidade para 12 mil litros de água por abastecimento, que devem ser liberados pela porta lateral nos focos de incêndio.

A aeronave brasileira foi desenvolvida a pedido da FAB e desde então ganhou as listas de exportação e já foi adquirido pela Hungria, Portugal e também a Coreia do Sul.

Pacientes no RS podem ficar sem transplantes devido ao fechamento de aeroporto

No momento, o Rio Grande do Sul está fora da rede de envio e recebimento de órgãos e tecidos para transplantes do RS, devido aos temporais que afetaram o estado no último mês, e ocasionaram no fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital do estado. O aeródromo, que está interditado desde 3 de maio, era o principal local de transporte para transplantes no Rio Grande do Sul, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado em informe à BBC News Brasil. Hoje, o RS possui cerca de 2,7 mil pacientes na fila de transplante.

“As ofertas provenientes da Central Nacional de Transplantes foram suspensas devido à falta de acesso ao aeroporto Salgado Filho. Contamos atualmente com apenas duas pistas de acesso a aeronaves nos municípios de Caxias do Sul e Canoas” conteúdo da nota do governo

conteúdo da nota do governo

Tragédia no RS

Os temporais já resultaram em centena de mortes e devastaram cerca de grande parte das cidades no estado. Segundo o chefe da divisão de Regulação Hospitalar do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso, a medida provisória pode afetar pessoas que aguardam pela intervenção.


Temporais atingem o estado do Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Getty Images Embed/
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“Infelizmente, isso coloca em risco a vida de algumas pessoas. Há pessoas que aguardam na fila (dos transplantes), mas não têm risco imediato (de morte). Outros (pacientes) podem correr risco imediato.”

Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do estado

O médico relatou que medida temporária foi uma decisão do governo local, em razão do fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Em entrevista a BBC News, ele informou a decisão tomada e explicou o motivo.

“A gente informou que enquanto o aeroporto não estivesse funcionando, não teríamos como receber (órgãos). A não ser que haja oferta de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB)”

Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do estado

O transporte interestadual de órgãos e tecidos é realizado em voos comerciais por intermédio do convênio estabelecido entre governo federal e companhias aéreas, entretanto, quando não há voos que cumpram à especificidade do transplante, o órgão é levado em voos distintos da FAB.

Averiguando a capacidade do estado na captação de órgãos

Segundo o Ministério da Saúde, o RS é o quinto estado que mais realizou transplantes no país, no ano anterior, com cerca de 733 procedimentos.

“O Rio Grande do Sul recebe muitas ofertas de outros Estados porque a gente tem equipes que fazem quase todos os tipos de transplantes possíveis. Se surge um órgão em algum Estado do Nordeste, mas não há uma equipe lá que possa fazer o procedimento, esse órgão é ofertado a quem tem condições de fazê-lo. Por isso, recebemos muitos”

Rogério Caruso, chefe da divisão de Regulação Hospitalar do estado

Ainda não há dados de quantos pacientes foram afetados durante o período de enchentes no estado. A tragédia climática afetou a realização de transplantes a serem realizados dentro e fora do RS, como também, alterou o funcionamento de hospitais, e proporcionou o bloqueio de estradas.


Ruas alagadas no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Getty Images Embed/
Getty Images)


“Com o auxílio da rede aeroviária nacional, foram disponibilizados helicópteros que favorecem o transporte não só de órgãos e tecidos, mas também, de pacientes que necessitam acesso a outros locais do Estado”

nota da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul à BBC News Brasil

Nesta quarta-feira (15), o governo do estado do Rio Grande do Sul, permitiu reiniciar a captação de órgãos para transplantes dentro do RS.