Governo lança iniciativa para enfrentar a desinformação sobre mudanças climáticas

Para enfrentar a desinformação sobre mudanças climáticas, a presidência brasileira da COP30 está estruturando a rede “Organizações Parceiras pela Integridade da Informação sobre Mudança do Clima”, a fim de evitar a disseminação de notícias falsas sobre o tema. O projeto teve origem em 2024, durante a presidência brasileira do G20, mas apenas recentemente o governo estruturou um grupo nacional dedicado à sua implementação.

Rede busca ampliar acesso a dados científicos

A iniciativa conta com a colaboração da Unesco e a participação da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério das Relações Exteriores.

Além disso, especialistas, acadêmicos e representantes da sociedade civil estão sendo convidados a integrar o grupo.

O primeiro encontro dessa articulação, realizado em 23 de março, abordou a necessidade de tornar as evidências científicas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mais acessíveis à população.


Temperatura média do planeta ultrapassou o limite de 1.5°C (Foto: reprodução/Carlos Bassan/G1)

O encontro também teve a finalidade de conscientizar sobre os impactos das mudanças climáticas, apresentar estratégias para enfrentá-las e combater narrativas negacionistas.

Na reunião, destacou-se a necessidade de expandir o debate para as plataformas digitais. O objetivo é conectar a rede brasileira a iniciativas internacionais, incentivando a criação de conteúdo e o acompanhamento da desinformação.

Países como Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia seguem na mesma direção.

IPCC

O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) foi criado em 1988 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização Meteorológica Mundial, sendo amplamente reconhecido como Uma das principais fontes de informação sobre as mudanças climáticas.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o IPCC analisa o conhecimento disponível sobre o tema, identifica consensos na comunidade científica, destaca áreas que precisam de mais pesquisas e fornece dados para subsidiar a formulação de políticas públicas.

Elon Musk sairá do governo Trump nas próximas semanas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou a membros de seu círculo íntimo, incluindo integrantes de seu gabinete, que Elon Musk deixará o governo nas próximas semanas. Segundo o site americano “Político”, Trump está satisfeito com o desempenho do empresário à frente da iniciativa com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). No entanto, ambos decidiram que é o momento de Musk retornar aos negócios e assumir um papel de apoio, conforme relataram três fontes próximas ao presidente.

Musk deve seguir como conselheiro informal de Trump

Um alto funcionário do governo afirmou que Elon Musk deve continuar atuando de forma informal como conselheiro e permanecerá presente com frequência nos arredores da Casa Branca. Já destacou que o empresário não se afastará completamente da influência de Donald Trump.

Segundo as fontes do site “Político”, a transição deverá coincidir com o término de seu período como “funcionário especial do governo”, uma designação temporária que o isenta de certas regras éticas e de conflito de interesses por até 130 dias.

O anúncio teria ocorrido durante uma reunião de gabinete realizada em 24 de março.

Afastamento era previsto

Trump agradeceu a Elon Musk publicamente após a reunião, destacando os desafios enfrentados pelo bilionário, como ameaças de morte e atos de vandalismo contra os veículos da Tesla. O presidente ainda o chamou de “patriota” e “amigo meu”.

A possibilidade da saída já vinha sendo sinalizada. Em entrevista à Fox News na última quinta-feira, ao ser questionado sobre sua permanência após o fim da posição especial de funcionário do governo, o empresário indicou que sua missão estaria cumprida, afirmando:

“Acho que teremos realizado a maior parte do trabalho necessário para reduzir o déficit em US$ 1 trilhão dentro desse prazo”.


Elon Musk e Donald Trump durante comício de campanha em 2024 (Foto: reprodução/Justin Merriman/Bloomberg)

Na noite desta segunda-feira (31), Trump afirmou aos repórteres que em algum momento Musk iria querer voltar para sua empresa, e que ele o manteria no governo apenas enquanto pudesse.

O afastamento acontece em um momento de crescente insatisfação entre alguns membros da equipe de Trump e aliados externos. Muitos consideram a imprevisibilidade do bilionário um obstáculo e começam a vê-lo como um peso político.

Pobreza na Argentina cai, durante o governo Milei

Após o primeiro ano do governo de Javier Milei, a pobreza na Argentina teve uma queda de 3,6%, passando de 41,7%, deixado pelo governo anterior, para 38,1%, no governo atual. Essa queda na taxa da pobreza se deve a medidas tomadas pelo presidente argentino, como reformas econômicas, queda da inflação e estabilidade dos empregos. Nesse período a indigência também foi reduzida. Esses dados são celebrados pela administração atual, por mostrar um caminho para a redução sustentável da pobreza.

A queda da pobreza

O governo do atual presidente da Argentina, Javier Milei, que é caracterizado pela eliminação de controles, o ajuste do valor do dólar e das tarifas e também pela queda nos gastos, foi responsável por reduzir os índices de pobreza desde o último governo, de Alberto Fernández. Isso ocorreu por conta da queda da inflação, a melhoria da renda e de alguns setores econômicos e a uma maior estabilidade no emprego.

De acordo com a Pesquisa Permanente de Domicílios (EPH) do Indec, a pobreza encerrou o ano de 2024 em 38,1%. Essa porcentagem diz respeito à 17,9 milhões de pessoas pobres. No início do primeiro semestre desse ano o índice estava em 52,9%. No governo anterior, a pobreza estava em 41,7% (19,5 milhões de pessoas pobres), em um contexto de aumento de preços em mais de trinta anos e em que o trabalhador pobre estava se espalhando.


Sede do Indec, em Buenos Aires (Foto: reprodução/JUAN MABROMATA/AFP/Getty Images Embed)


Esses números nos dizem que há quase 1,6 milhão de pessoas que saíram da situação de pobreza, comparado com o final de 2023 e 7 milhões em comparação com o início de 2024.

O número de indigentes também caiu bastante, passando de 13,6% no primeiro semestre de 2024, e de 8,7% no final de 2023, para 6,4%, cerca de 3 milhões de pessoas.

A pobreza no país

Um pouco mais da metade das crianças entre 0 e 14 anos vivem uma situação de pobreza. Esse número é, mais especificamente, 51,9% (por volta de 5,7 milhões). Um ano atrás esse indicador era de 58,4%.

Os distritos em que estão registrados os maiores índices de pessoas pobres são, em ordem, Gran Resistencia, com 60,8%, Concordia, com 57,1%, Santiago del Estero-La Banda, com 48,6%, Formosa, com 46,2% e Grande Buenos Aires, com 42,1%.

Um comunicado do governo, quando os números do Indec foram revelados, comemorou essa grande queda dos índices de pobreza entre julho e dezembro do ano passado, onde destacam as reformas econômicas realizadas pelo presidente, Javier Milei.

A pobreza sem precedentes deixada pelo governo de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa, que chegou a um pico de 52,9% na medição do primeiro semestre de 2024, foi reduzida para 38,1% no segundo semestre, enquanto a indigência diminuiu de 18,1% para 8,2%, como efeito direto da luta contra a inflação liderada pelo presidente Javier Milei, além da estabilidade macroeconômica e da eliminação de restrições que durante anos limitaram o potencial econômico dos argentinos”, afirma o texto da Casa Rosada.


Javier Milei no Congresso Nacional de Buenos Aires (Foto: reprodução/LUIS ROBAYO/AFP/Getty Images Embed)


Eles ainda completaram, dizendo que esses indicadores refletem as políticas fracassadas do passado, que mergulharam os cidadãos argentinos na pobreza e miséria, enquanto propagavam a ideia de que estavam os ajudando. Eles afirmam que a liberdade econômica e a responsabilidade fiscal são o caminho para reduzir a pobreza a longo prazo.

Reajuste de preço máximo de medicamentos sobe a partir desta segunda-feira

Após mudança estabelecida em publicação do Diário Oficial da União, a partir de hoje, segunda-feira (31), os preços dos remédios terão seu preço máximo reajustado. 

O preço definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) servirá como um limite máximo para reajustes em toda a indústria farmacêutica.

Dever dos comerciantes

A depender do nível, os comerciantes podem definir os preços da seguinte maneira: 

Nível 1: 5,06% ;

Nível 2: 3,83% ;

Nível 3: 2,60%.

Para a validação, é necessária a apresentação do Relatório de Comercialização, obrigatório para todas as empresas que possuem registro de medicamentos.

O relatório deve incluir informações sobre faturamento e volume de vendas. Se não for enviado, estiver incompleto, apresentar inconsistências ou for entregue após o prazo, as empresas poderão ser penalizadas. 

Além disso, as empresas que têm medicamentos registrados devem publicar os preços de seus produtos de forma ampla em veículos de mídia especializados e de grande alcance. Também devem disponibilizar, aos consumidores e aos órgãos de defesa do consumidor, listas atualizadas com os preços dos medicamentos.


Indústria farmacêutica terá impacto pelo aumento do preços. (Foto: Reprodução/ Clinimed)

Todos os anos, a CMED estabelece limites para o reajuste dos preços dos medicamentos, considerando alguns fatores, como a inflação. No entanto, esse aumento não ocorre automaticamente, pois depende de diversos critérios.

Cabe ao fornecedor definir o preço de cada medicamento comercializado, desde que respeite os limites legais e leve em conta a concorrência no mercado.

Segundo a Anvisa, o reajuste anual dos medicamentos é uma medida para evitar aumentos excessivos e proteger os consumidores.

Impacto imprevisível

A concorrência entre as farmácias e a disponibilidade de estoque dos produtos influenciam para que o reajuste médio fique abaixo do limite estabelecido pela CMED. Isso significa que o aumento pode levar mais tempo para impactar o consumidor.

Segundo o presidente da Sindusfarma, Nelson Mussolini, o reajuste dos preços pode levar meses ou até mesmo não ocorrer, dependendo da reposição dos estoques e das estratégias adotadas pelos estabelecimentos comerciais.

Por isso, é de suma importância que o consumidor pesquise nas farmácias pelas melhores ofertas dos remédios prescritos.

Israel aprova proposta para transferência voluntária de Palestinos da Faixa de Gaza

Uma nova proposta aprovada pelo gabinete de segurança de Israel possibilitaria a saída de palestinos da Faixa de Gaza em direção a países terceiros. Anunciada no último final de semana, a decisão gerou reações adversas de especialistas e organizações de direitos humanos. O ministro das finanças, Bezalel Smotrich, afirmou que a medida foi aprovada após sugestão do ministro da defesa, Israel Katz, e tem como objetivo permitir “uma transferência voluntária para moradores de Gaza que expressam interesse em se mudar”, respeitando a legislação israelense e internacional, além de alinhar-se com a visão do presidente do EUA, Donald Trump.

Riscos de deslocamento forçado

Entretanto, essa proposta levanta sérias preocupações entre especialistas. Críticos e entidades humanitárias apontam que, apesar do discurso de voluntariedade, a iniciativa pode ser vista como uma tentativa de expulsão forçada. Isso, por sua vez, poderia configurar um crime de guerra. No contexto atual de conflito, qualquer movimento que resulte em deslocamento em massa é considerado uma forma de limpeza étnica, de acordo com o direito internacional.


Ataques Israelenses em Gaza deixa ao menos 7 mortos Foto: (Reprodução/Instagram/perfilcombrasil)


As condições de vida em Gaza, que se deterioram significativamente devido aos ataques militares, reforçam essas preocupações. Organizações de ajuda relatam que a situação se tornou insustentável, e o secretário-geral adjunto da ONU para assuntos humanitários, Martin Griffths descreveu o território como “inabitável”, com civis enfrentando “ameaças diárias à sua própria existência”.

Posicionamento da autoridade Palestina oposta a Israel

Em resposta à proposta, a autoridade Palestina expressou uma firme oposição. A ministra de estado para Relações Exteriores, Varsen Aghabekian Shaheen, declarou à CNN no mês passado que os palestinos “estão firmes em permanecer em suas terras e não se mudarão”. Por outro lado, as autoridades israelenses sustentam que a adesão à proposta será inteiramente voluntária. Para isso, planejam criar uma estrutura interna que facilitará o movimento seguro de moradores que desejarem migrar, planejando rotas de saída, pontos de controle e a necessária infraestrutura para essa migração.

Polícia turca e manifestantes entram em confronto após prisão de prefeito

A prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, desencadeou uma onda de protestos intensos na cidade e em outras partes da Turquia. Acusado de corrupção e de auxiliar grupos terroristas, Imamoglu foi detido na última quarta-feira, 19 de março.

Sua prisão gerou forte reação popular, principalmente entre seus apoiadores, que veem o caso como um ataque à democracia e uma tentativa do governo de silenciar a oposição.

Mais sobre a manifestação

Nesta sexta-feira, 21 de março, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Istambul para expressar sua indignação com a detenção do prefeito.

A situação rapidamente se tornou caótica, resultando em confrontos violentos entre a polícia e os protestantes.

Forças de segurança usaram canhões de água na tentativa de dispersar a multidão, que bloqueava vias importantes com carrinhos e lixeiras incendiadas. A tensão se espalhou para outras cidades, como Izmir, onde também ocorreram atos contra a prisão de Imamoglu.


Ekrem Imamoglu (Foto: reprodução/X/@veja)

A mobilização foi incentivada pelo principal partido de oposição ao governo de Recep Tayyip Erdogan. O líder da sigla pediu que a população saísse às ruas para protestar contra o que classificou como uma tentativa de golpe contra a democracia turca.

Por outro lado, Erdogan condenou as manifestações e afirmou que os atos eram ilegais, reforçando sua posição de que a prisão de Imamoglu foi uma medida legítima dentro do combate à corrupção.


Confronto e manifestações (Vídeo: reprodução/Youtube/CNNBrasil)

Oposição

Ekrem Imamoglu é uma das figuras mais importantes da oposição ao governo de Erdogan e sua prisão acontece em um momento crucial para a política turca, às vésperas de eleições importantes. Seus apoiadores alegam que as acusações são uma manobra política para enfraquecer a oposição e garantir o controle do governo sobre a maior cidade do país.

Com os protestos se intensificando, a Turquia vive um clima de crescente instabilidade. A população segue dividida entre aqueles que apoiam a prisão do prefeito e os que acreditam que sua detenção representa um grave retrocesso democrático. Enquanto isso, o mundo observa com atenção os desdobramentos dessa crise política.

Governo zera imposto de importação para alimentos e promete reduzir preços

A partir desta sexta-feira (14), o imposto de importação para 11 alimentos está zerado, como parte da estratégia do governo federal para conter a inflação e reduzir os preços da comida. A medida foi aprovada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e não tem prazo definido para encerrar. Entre os itens beneficiados estão carnes, café, açúcar, azeite de oliva, óleo de girassol, massas e biscoitos.

Alimentos que terão impostos zerados

A decisão visa diminuir os custos de produtos que fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Veja a lista completa dos alimentos que agora podem ser importados sem a taxação:

  • Carnes (antes, taxa de até 10,8%)
  • Café torrado e em grão (antes, taxa de 9%)
  • Açúcar (antes, taxa de até 14%)
  • Milho (antes, taxa de 7,2%)
  • Óleo de girassol (antes, taxa de até 9%)
  • Azeite de oliva (antes, taxa de 9%)
  • Sardinha (antes, taxa de 32%)
  • Biscoitos (antes, taxa de 16,2%)
  • Massas alimentícias (macarrão) (antes, taxa de 14,4%)

A isenção também será aplicada ao óleo de palma, que terá a cota de importação ampliada de 60 mil toneladas para 150 mil toneladas por um período de 12 meses.

Impacto nos preços e nos produtores nacionais

O governo acredita que a medida pode ajudar a reduzir os preços dos alimentos, já que a isenção do imposto pode aumentar a concorrência e baixar os custos para o consumidor. No entanto, produtores nacionais demonstram preocupação com a possível desvantagem competitiva frente aos produtos importados.


Carrinho do supermercado (Foto: reprodução/Davizro/nutri Mix Assessoria)

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a decisão não prejudicará o mercado interno e ressaltou que fatores como o clima e a cotação do dólar também impactam diretamente nos preços dos alimentos. “Essas são ações emergenciais para segurar a inflação e garantir mais acessibilidade na compra de alimentos básicos”, declarou.

Outras iniciativas para conter a alta da inflação

Além da isenção de impostos, o governo anunciou medidas complementares para manter os preços dos alimentos sob controle:

  • Expansão do SISBI-POA: A ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal permitirá que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados localmente sejam vendidos em todo o país, aumentando a oferta e reduzindo os preços.
  • Fortalecimento dos estoques da Conab: O governo pretende reforçar os estoques públicos de alimentos básicos para evitar oscilações bruscas nos preços.
  • Plano Safra focado na cesta básica: Financiamentos do Plano Safra priorizarão a produção de itens essenciais, garantindo mais incentivo aos produtores que abastecem o mercado interno.

Com essas ações, o governo espera aliviar os impactos da inflação e garantir alimentos mais acessíveis para a população. Ainda não há previsões exatas de quanto os preços podem cair, mas a expectativa é de que os primeiros efeitos sejam sentidos nas próximas semanas.

Governo retira impostos sobre alimentos para tentar reduzir preços

O governo federal anunciou novas ações para tentar conter a alta dos preços dos alimentos. A principal medida será a retirada do imposto de importação sobre uma série de itens alimentícios. A expectativa é que a redução de custos para importadores aumente a oferta desses produtos no mercado nacional, o que pode, eventualmente, resultar na queda de preços.

Produtos com isenção de impostos

Durante o anúncio das novas medidas, realizado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, foi revelada uma lista de produtos que terão o imposto de importação zerado. Os itens contemplados incluem:

  • Óleo de girassol (atualmente com alíquota de 9%)
  • Azeite de oliva (atualmente com alíquota de 9%)
  • Sardinha (atualmente com alíquota de 32%)
  • Biscoitos (atualmente com alíquota de 16%)
  • Café (atualmente com alíquota de 19%)
  • Carnes (atualmente com alíquota de 10,8%)
  • Açúcar (atualmente com alíquota de 14%)
  • Milho (atualmente com alíquota de 7,2%)
  • Massas e macarrão (atualmente com alíquota de 14,4%)

A carne atualmente com alíquota de 10,8% (Foto: Reprodução/SuperHiper)


Além da isenção dos impostos sobre as importações, o governo também anunciou outras medidas que visam aliviar os custos no varejo de alimentos. Entre elas estão a flexibilização da fiscalização sanitária e o fortalecimento dos estoques reguladores, que são reservas de alimentos comprados pelo governo quando os preços estão baixos.

Outras iniciativas incluem um incentivo à publicidade sobre os melhores preços nos supermercados, por meio de parcerias com atacadistas. O governo também pretende incluir os alimentos da cesta básica no Plano Safra, priorizando a produção e a distribuição desses itens.

Por fim, um apelo foi feito aos governadores para reduzir o ICMS sobre a cesta básica, que, em alguns estados, ainda pode incidir sobre certos produtos, apesar da isenção concedida pelo governo federal.

Especialistas analisam os efeitos das medidas

Embora as medidas tenham sido recebidas com cautela, especialistas apontam que o impacto será limitado. Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, acredita que a isenção de impostos sobre alimentos amplamente produzidos no Brasil, como café e carnes, terá um efeito mais simbólico do que real. “Para setores que produzem muito no mercado doméstico, zerar a alíquota de importação é mais uma questão de marketing do que real impacto”, avalia.

Já a economista Juliana Inhasz, professora do Insper, concorda que as medidas podem proporcionar um alívio momentâneo, mas não resolverão os problemas estruturais que afetam a formação dos preços dos alimentos. “São medidas que podem ser efetivas no curto prazo, trazem um alívio pequeno. Mas não resolvem o problema em si, que são de taxa de câmbio mais alta, pressões que vêm de oferta menor aqui e lá fora. Ou seja, não são medidas que perdurarão muito tempo se não atacarem os problemas em si”, afirma.

Posicionamento do setor empresarial

Por outro lado, o setor empresarial vê as medidas com um olhar mais positivo. Evandro Gussi, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), acredita que a isenção de impostos sobre produtos já importados terá impacto imediato:

“A expectativa é de queda dos preços. Foram analisados produtos em que o Brasil é tão ou mais competitivo do que já é, e produtos que não produzimos aqui, importamos, e mesmo assim vem com tarifa. Neste caso, é óbvio que os produtos ficarão mais baratos. Os outros, que ainda não temos fluxo comercial (de importação), vamos ter que analisar o comportamento. Como ainda não temos séries históricas desses produtos, não conseguimos dizer, mas é uma tentativa séria e estudada. É momento de união, para termos mais competitividade, para benefício do consumidor.”

Rodrigo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), afirmou que as medidas foram discutidas com o setor e que a entrada de produtos importados não representa riscos para os produtos nacionais. Para ele, a medida será benéfica para reduzir os preços e beneficiar o consumidor.

Por fim, Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), também apoiou a redução do imposto sobre carnes e insumos, como o milho. Ele prevê que a medida pode resultar em uma queda de até 10% no preço da carne bovina.

Expectativas para o futuro

Embora algumas medidas do governo gerem otimismo em determinados setores, os especialistas alertam para um impacto restrito no curto prazo. O sucesso dessas ações dependerá da evolução de fatores como a oferta de alimentos e das condições econômicas globais.

Doses de vacina da dengue tem público-alvo ampliado temporariamente

O Ministério da Saúde ampliou temporariamente o público-alvo da vacinação contra a dengue, e indicou que os estados e o Distrito Federal façam remanejamento das doses para novos municípios. A decisão é uma maneira de não desperdiçar doses com data de validade próxima.

Quem pode se vacinar nesse momento?

A vacina é normalmente oferecida pelo SUS para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em municípios que registram maior incidência da doença. Na nova recomendação temporária, as doses com dois meses para vencer, a aplicação foi estendida para pessoas de 6 a 16 anos. Com a validade de apenas um mês, o público pode ser ampliado para 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade.

“Ressaltamos que essa é uma medida de caráter temporário, aplicável exclusivamente às vacinas com curto prazo de validade”
Ministério de Saúde 

Baixa procura preocupa autoridades

O governo distribuiu ao menos 6,5 milhões de vacinas contra a dengue, porém menos de 4 milhões foram aplicadas. Dados afirmam que cerca de 1,3 milhões de adolescentes que tomaram a primeira dose não voltaram para a segunda. Isso explica o estoque de doses perto do vencimento e a campanha ampliada.


Divulgação de reabastecimento nas redes sociais do Ministério de Saúde (Vídeo:: reprodução/Instagram/@minsaude)


A dengue no Brasil 

A dengue é uma doença transmitida por um mosquito, o “Aedes aegypti”. Os principais sintomas são febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas e nos casos graves, hemorragias. A melhor forma de prevenção é o combate ao mosquito e o cuidado em ambientes onde eles se criam, como águas paradas. 

Nas primeiras semanas de 2025, o número de casos de dengue no Brasil é quase 60% menor em relação ao início de 2024, de acordo com os dados do “painel de monitoramento das arboviroses” do Ministério da Saúde.

A vacinação é uma das maneiras para combater a dengue. Em 2024, devido às mudanças climáticas, a doença teve aumento de casos em todo mundo e então, novas campanhas foram levantadas. O Ministério da Saúde tem investido também na produção de uma vacina brasileira pelo Butantan.

Trump encerra organização de ajuda humanitária internacional, segundo Elon Musk

Na última segunda-feira (03), o bilionário Elon Musk afirmou, através da rede social X, que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou em acabar com a instituição de ajuda humanitária internacional (USaid). A organização presta auxílio a países que vivem em situações de extrema pobreza, crise humanitária ou instabilidade política.

Em transmissão na internet, Musk declarou que a agência era um “ninho de vermes”, e que se tratava de uma instituição criminosa.

No sábado (01), a equipe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do novo governo de Donald Trump, foi impedida de acessar áreas restritas do prédio da agência. Os dois funcionários que impediram o acesso foram afastados do cargo.

O site da instituição, que conta com mais de 10 mil funcionários, está fora do ar desde sábado. O prédio da USaid amanheceu fechado na última segunda-feira (03), e os empregados foram orientados a trabalharem de casa.

Donald Trump, por sua vez, apoiou a postura de Elon Musk e afirmou que a Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USaid) era um bom conceito, mas era comandada por “lunáticos radicais de esquerda”.

Novo diretor

A Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional, agora está sob o comando do secretário de Estado do governo de Trump, Marco Rubio. Rubio assim como Trump e Elon Musk, disse que a instituição precisa passar por mudanças e que ela tem que agir em defesa dos interesses dos Estados Unidos.

O novo diretor interino também afirmou que a agência era “completamente irresponsiva”, pois se recusava a compartilhar informações sobre os programas que controlava.


USaid oferecendo assistência alimentar (Foto: reprodução/Instagram/@usaidsaveslives)

USaid

Criada em 1961, durante a Guerra Fria, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USaid) foi uma agência independente colocada em vigor por John F. Kennedy, e tinha como propósito aumentar a influência americana pelo mundo, naquele período.

A instituição continuou de pé durante muitos governos, porque a manutenção de ajuda humanitária era vista como uma questão de segurança nacional, uma vez que evitaria que problemas externos afetassem a população americana.

Além de ser a instituição que mais doa alimentos no mundo, a USaid atua ativamente nas zonas de guerra, prestando socorro por meio de hospitais improvisados.