Benjamin Netanyahu ordena ataques à Faixa de Gaza rompendo cessar-fogo

Nesta terça-feira (28), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mandou que o Exército israelense voltasse a atacar a Faixa de Gaza. Essa ordem veio por conta de acusações mútuas entre Israel e o Hamas por quebra do cessar-fogo.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) também falaram que, após uma avaliação do ministro da Defesa, Israel Katz, foi aprovado o fim do cessar-fogo. O Exército israelense recebeu ordem para retomar os ataques ao grupo terrorista Hamas nas comunidades próximas à Faixa de Gaza. Segundo Netanyahu, a decisão foi tomada após consultas de segurança.

Decisão de Netanyahu pelo fim do cessar-fogo

O fim do cessar-fogo veio em meio às tensões e acusações mútuas entre Israel e o Hamas, isso porque, após o grupo terrorista entregar restos mortais de um refém israelense já devolvido a Israel anteriormente, a ação foi considerada uma violação do acordo por Netanyahu. Já o Hamas afirma que está comprometido com o cessar-fogo, mas que os ataques de Israel iriam atrasar a busca e recuperação dos corpos de reféns.


Informações sobre a volta do ataque à Faixa de Gaza pela IDF (Foto: reprodução/X/@IDF)

O Hamas havia anunciado que entregaria o corpo de outro refém israelense. Porém, com esse fim do cessar-fogo por parte de Israel, torna-se incerto o andamento das próximas devoluções A entrega de reféns israelenses e prisioneiros palestinos ocorria em um cumprimento à primeira fase do acordo, mas a continuidade da segunda etapa está em dúvida após a retomada dos ataques. Os ataques violam o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, que é o presidente do Conselho.

Acordo de cessar-fogo

O acordo, mediado pelos EUA, tinha como objetivos um cessar-fogo e a troca de reféns entre os dois. Israel concordou em libertar 250 presos condenados por motivos de segurança, além de 1.700 adultos e 22 menores detidos em Gaza durante o conflito. Em contrapartida, o Hamas deveria devolver 20 reféns vivos e 28 corpos.


Imagem do ministro de Defesa de Israel, Israel Katz (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Chip Somodevilla)

O Hamas devolveu os reféns vivos, mas ficaram faltando 13 corpos a serem entregues. Porém, com as tensões altas entre os países, Netanyahu ordenou o fim do cessar-fogo e o Exército israelense voltou a atacar a Faixa de Gaza. Até o momento, os Estados Unidos e outros países ainda não comentaram sobre a quebra do acordo. Agora, um novo entendimento é necessário para garantir a recuperação dos corpos e restabelecer a estabilidade na região.

Membro da alta cúpula do Hamas afirma que cessar-fogo levará ao fim da guerra com Israel

Nesta quinta-feira (09) no Catar, Khalil Al-Hayya, membro da alta cúpula do grupo terrorista Hamas, afirmou que chegou a um acordo de paz com Israel. Khalil também disse que tem garantias dos EUA e de mediadores de países árabes sobre um cessar-fogo permanente.

Al-Hayya participou nas conversas sobre o plano de paz proposto pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza. Em setembro, Khalil sobreviveu a um ataque de Israel contra alvos do Hamas no Catar. Um dos pontos cruciais para o acordo de paz proposto por Israel é que o Hamas deixe o governo de Gaza e entregue as armas. Porém, autoridades do grupo afirmam que não aceitaram o desarmamento.

Plano de paz

O plano de paz foi apresentado no fim de setembro pelo presidente Donald Trump e mediado pelo Egito, Catar e Turquia. Todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista desde outubro de 2023 serão libertos. Em troca, Israel irá soltar prisioneiros palestinos. Além disso, tropas israelenses que estão na Faixa de Gaza devem recuar. E assim, o território palestino irá receber caminhões com ajuda humanitária, contendo comida, água e medicamentos.


Reportagem sobre acordo de paz entre Israel e Hamas (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Segundo Israel, o Hamas ainda mantém 48 dos 251 sequestrados no ataque terrorista em 2023. Ataque que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 251. E 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo autoridades ligadas ao grupo terrorista.

Mais sobre o acordo

Ainda não está claro o início do cessar-fogo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou o acordo e ressaltou que a libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista deve ocorrer na segunda-feira (13). Netanyahu falou que se reunirá com a cúpula do governo na quinta-feira para a aprovação interna do tratado.


Imagem da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bashar Taleb) 

Porém, apesar do anúncio de ambos os países. Vários detalhes do tratado ainda não foram divulgados e devem ser ampliados depois da liberação dos reféns e dos corpos daqueles que estão mortos. Não se sabe, por exemplo, se todo o plano apresentado por Trump foi aceito por Israel e pelo Hamas, ou se teve alguma modificação, mas é certo que um acordo de cessar-fogo foi aceito, e ambos se preparam para as próximas etapas desse acordo de paz se concretizar.

Hamas sinaliza apoio a cessar-fogo proposto pelos EUA e acende esperança de trégua definitiva

O grupo Hamas anunciou nesta sexta-feira (4) que respondeu positivamente à proposta de cessar-fogo apresentada e mediada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O movimento, que controla a Faixa de Gaza, afirmou estar pronto para iniciar negociações imediatas com base no esboço do acordo, reacendendo esperanças de uma trégua definitiva após 21 meses de um conflito devastador.

Segundo o comunicado oficial do grupo, o Hamas “apresentou uma resposta positiva aos mediadores e está totalmente preparado para entrar imediatamente em uma rodada de negociações sobre o mecanismo de implementação deste plano“. Israel já havia aceitado o esboço do acordo proposto pelos EUA, o que deve abrir caminho para negociações finais que antecedem a assinatura formal do cessar-fogo.

Trégua de 60 dias e libertação de reféns

A proposta prevê uma trégua inicial de 60 dias. Durante esse período, o Hamas se compromete a libertar 10 reféns israelenses — 8 vivos e 2 mortos — logo no primeiro dia. Em troca, Israel libertaria um número não especificado de prisioneiros palestinos e começaria a se retirar de partes do norte da Faixa de Gaza. Ao todo, ainda restam cerca de 50 reféns israelenses em poder do grupo.

O plano também estipula que as libertações ocorrerão sem cerimônias ou celebrações por parte do Hamas. As negociações para um cessar-fogo permanente seriam iniciadas paralelamente ao andamento da trégua e da retirada militar.

Conflito prolongado e devastador

A guerra iniciou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251, em sua maioria civis. O ataque desencadeou uma resposta militar massiva de Israel, que desde então já matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.


Destruição promovida por bombardeio israelense em Gaza, 2025 (reprodução/Bashar Taleb/AFP/Getty Images embed)


A ofensiva deixou grande parte do território de Gaza em ruínas. A maioria da população foi deslocada e vive em condições humanitárias críticas, com relatos alarmantes de desnutrição generalizada, especialmente entre crianças.

Um possível ponto de virada

Apesar das repetidas tentativas fracassadas de cessar-fogo ao longo dos últimos meses, a adesão formal do Hamas à proposta atual pode representar o avanço mais significativo rumo à paz desde o início do conflito. Se confirmada, a trégua de 60 dias pode não apenas aliviar a crise humanitária, como também abrir caminho para um acordo duradouro entre as partes envolvidas.

Entenda as raízes do conflito Israel-Líbano e o papel do Hezbollah

Na expectativa de um contra-ataque ao Irã, Israel realizou novos bombardeios em Beirute, na manhã desta quinta-feira (3), de acordo com testemunhas que conversaram com a Reuters. Testemunhas relataram explosões também nos subúrbios da capital libanesa.

Os ataques causaram a morte de nove pessoas e deixaram outras 14 feridas, conforme informações do governo local. No total, mais de 1.000 pessoas já perderam a vida no Líbano em quase duas semanas de bombardeios israelenses. As Forças Armadas de Israel afirmam que estão atingindo alvos relacionados ao Hezbollah, o grupo extremista libanês com o qual têm lutado intensamente.

Ataques

Israel afirma que seus bombardeios têm focado, principalmente, redutos do Hezbollah no sul do Líbano, mas os ataques a Beirute, onde o grupo tem pouca presença, estão se intensificando. Nesta quinta-feira, ocorreram dois ciclos de bombardeios na capital libanesa, um pela manhã e outro no início da tarde, sem registro de vítimas até o momento.

Os moradores de Beirute receberam um alerta por mensagem de texto das Forças Armadas de Israel pedindo que deixassem suas casas antes do primeiro bombardeio, mas muitos estavam dormindo e não viram a mensagem a tempo. Um novo alerta foi emitido para 25 vilarejos no sul do Líbano. Israel também relatou a morte de pelo menos 15 integrantes do Hezbollah em um ataque em Bint Jbeil, enquanto o Hezbollah afirmou ter detonando uma bomba contra forças israelenses em um vilarejo do sul. Israel ainda não se pronunciou sobre essa última informação.


Fumaça é vista após ataque aéreo Israelense á vila de Kfar Rouman, no sul do Líbano (Foto: reprodução/AP Photo/Hussein Malla)

Vítimas

Na última quarta-feira, o Líbano enfrentou uma tragédia com 46 mortes e 85 feridos em decorrência dos combates. O total de mortos no país já supera 1.000, com cerca de 6.000 feridos em apenas duas semanas de conflito, afetando especialmente mulheres e crianças, que são os mais vulneráveis.

Além das perdas humanas, aproximadamente 1,2 milhão de libaneses foram forçados a deixar suas casas, juntando-se a 2 milhões de sírios e 500 mil palestinos refugiados. O governo alertou sobre a grave situação humanitária, com muitos vivendo nas ruas sem acesso a itens essenciais, como água, alimentos e medicamentos, evidenciando a necessidade urgente de assistência.

Faixa de gaza

Na Faixa de Gaza, onde os bombardeios israelenses continuam, as Forças de Defesa de Israel confirmaram que um dos principais líderes do Hamas, Rawhi Mushtaha, foi morto. O ataque que resultou na morte de Mushtaha teria ocorrido há três meses. Segundo a agência de inteligência israelense, ele era o primeiro-ministro de fato da região.

Além dele, outros dois altos membros do Hamas também teriam sido mortos no mesmo incidente. De acordo com informações do Hamas, desde o início do conflito, o número de palestinos mortos em Gaza chega a 41.788.

Comandante da Jihad Islâmica morre durante troca de tiros

O exército Israelense emitiu um comunicado anunciando a morte de 5 combatentes Palestinos, Abu Shuya comandante da Jidah Islâmica estava entre eles. A situação se iniciou após o país de Benjamin Netanyahu realizar um dos maiores ataques ao local em questão.

ONU se preocupa com conflito

De acordo com o Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, a operação que Israel esta fazendo na Cisjordânia é preocupante. Nesta quinta (29), ele comentou:

Condeno veemente a perda de vidas, incluindo crianças, e peço a cessação imediata dessas operações”

António Guterres

Na ultima terça-feira, 27 de agosto, o Ministério da Saúde palestino divulgou que morreram mais de 600 pessoas, incluindo crianças. A Coordenação de Assuntos Humanitários, já sinalizou que estão realizando “operações militares perto de hospitais“, e nota-se que “há danos graves em diversos locais“.

Ocupação

Os Israelenses ocuparam o território palestino em 1967 e, desde então, vêm expandindo seus assentamentos, que são ilegais pela lei internacional. Esses confrontos estão crescendo desde quando se iniciou a guerra na faixa de Gaza.

Nas ultimas semanas o Exército Israelita divulgou a morte de 12 indivíduos considerados terroristas quando se teve a primeira operação em Jenin e Tulkarem, que se localizam ao norte da Margem Ocidental. Como descrito pelos militares, foram plantados explosivos para efetuar a eliminação. Israel Kats, o ministro das relações exteriores em sua conta no “X” disse:

Devemos lidar com a ameaça assim como lidamos com a infraestrutura terrorista em Gaza,incluindo a evacuação temporária de residentes palestinos e quaisquer medidas que sejam necessárias. Esta é uma guerra em todos os aspectos, e devemos vencê-la.”

Israel Kats

Israel Katz antes de uma reunião em Jerusalém (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Para Israel, as operações seriam necessárias para desestabilizar o Hamas, evitando ataques aos Israelenses. Desde os 11 meses em que se iniciou este embate, já morreram mais de 40 mil palestinos e ainda se tem 100 pessoas sequestradas de Israel.

Governo dos EUA aprova venda potencial de armas para Israel

Nesta terça-feira (13), o Departamento de Estado dos EUA aprovou a possível venda de armas para Israel, avaliada em R$109 bilhões. O arsenal inclui a venda antecipada de caças, veículos táticos médios, mísseis de médio alcance, cartuchos de morteiro e cartuchos de tanque. Este é considerado o maior pacote de armas para Israel, que se encontra em conflito com o grupo terrorista Hamas desde outubro de 2023.

Aguardando aprovação do Congresso

De acordo com a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa, a notificação da aprovação do pacote de venda de armas foi enviada para o Congresso americano, que deve aprovar formalmente a venda para que ela possa acontecer. Na maioria dos casos, a administração informa o Congresso sobre vendas de armas pretendidas após discussões informais com os comitês de Relações Exteriores da Câmara e Relações Exteriores do Senado. Assim que formalmente notificadas, os legisladores têm até 30 dias para aprovar ou bloquear o pedido. 

Dois democratas de relevância no Congresso aprovaram a venda dos 50 caças em junho. A rede CNN informou na sexta-feira (09) que o Departamento de Estado notificou os legisladores sobre a proposta de 3.5 bilhões de dólares para a compra de equipamentos militares e armas. Entretanto, a entrega dos armamentos leva anos para ocorrer. Os caças F-15, por exemplo, não devem chegar em solo israelita antes de 2029. O anúncio da venda certamente provocará protestos dos críticos de Biden sobre sua postura na guerra em Gaza. O governo americano sofre críticas por não pressionar Israel na condução do conflito, que já matou milhares de civis.


O presidente norte-americano sofre pressão em relação ao conflito Israel-Hamas (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images embed)


A notícia da venda de armamentos vem em momento de significativa escalada de tensões no Oriente Médio, pois a região se prepara para uma retaliação do Irã pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho. Também são esperadas negociações de cessar-fogo no final desta semana, poucos dias após o ataque a uma mesquita e escola em Gaza, que, segundo o exército israelense, servia de esconderijo para membros do Hamas. O ataque aconteceu no bairro de Al-Daraj e deixou pelo menos 90 pessoas mortas.

Os armamentos inclusos no pacote

A aprovação das vendas inclui a compra de até 50 caças multifuncionais F-15IA e kits de modificação de atualização de meia-vida de jatos de caça, além de outros equipamentos relacionados aos armamentos comprados. A lista também inclui mísseis 30 AIM-120C-8 Advanced Medium Range Air-to-Air (AMRAAMs), 32.739 cartuchos de tanque de 120 mm, 50 mil cartuchos de morteiro de alto explosivo e vários caminhões de carga de 8 toneladas da Família de Veículos Táticos Médios modificados.


O pacote de armamentos e equipamento militar são avaliados em mais de US$18 bilhões (Foto: reprodução/Maja Hitij/Getty Images)


Até o momento, estima-se que quase 40 mil palestinos foram mortos durante a guerra em Gaza, com a ONU estimando cerca de 2 milhões de pessoas refugiadas. Segundo comunicados da Agência de Cooperação de Segurança e Defesa, esse equipamento irá ajudar Israel a enfrentar não só os ataques de inimigos atuais, mas também futuros, ajudando a impedir ameaças na região.

Reino Unido declara ser contra ofensiva israelense em Rafah

David Cameron, o atual secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, declarou que não apoia a investida israelense em Rafah, cidade localizada ao sul da Faixa de Gaza que serve de refúgio para milhares de palestinos fugindo do conflito Israel-Hamas. Mas também declarou neste domingo (12) que é contra acabar com as vendas de armas ao exército israelense, pois isso “tornaria o Hamas mais forte e tornaria menos provável um acordo de reféns”.

O posicionamento britânico

A pressão para que o Reino Unido pare de fornecer armas a Israel foi retomada no mês passado, depois de três cidadãos ingleses terem sido mortos durante um ataque a um comboio de ajuda humanitária em Gaza. Na época, Cameron citou um ataque do Irã a Israel, o que ajudou a escalar os conflitos na região e a acirrar a hostilidade entre os dois países.

O secretário afirma que os esforços estão concentrados em levar ajuda humanitária a Gaza, assim como maximizar a pressão britânica e que o resultado ajudará as pessoas. O secretário se mostra otimista na libertação de reféns, incluindo cidadãos britânicos.


O governo britânico fornece armamentos a Israel e o secretário britânico afirma que não irão cessar a venda ao país (Foto: reprodução/ WPA Pool/Getty Images embed)


O posicionamento do Reino Unido é diferente da do governo norte-americano, com inclusive o presidente Joe Biden ameaçando suspender as entregas de armas a Israel caso haja uma incursão em grande escala em Rafah. Uma promessa que foi cumprida no início desta semana, já que os Estados Unidos têm receio de que elas sejam usadas numa cidade que abriga milhares de refugiados palestinos.

David Cameron comentou que o Reino Unido fornece apenas 1% dos armamentos de Israel, enquanto os Estados Unidos, o maior apoiador de Israel, são “um enorme fornecedor estatal de armamentos”, deixando os dois países “numa posição “totalmente diferente”. 

A investida na cidade de Rafah

De acordo com a UNRWA, subsidiária da Organização das Nações Unidas, cerca de 300 mil palestinos já fugiram da cidade de Rafah, considerada por Israel o último reduto do grupo terrorista Hamas, com quem o país está em guerra desde de outubro de 2023. A entidade afirma que os palestinos refugiados estão sendo deslocados à força, causando implicações humanitárias, já que estas pessoas não têm para onde ir.


A cidade de Rafah é considerada o último refúgio para palestinos durante a guerra Israel-Hamas (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images embed)


A incursão terrestre do exército israelense teve início na última terça-feira (07), quando o país assumiu o controle do lado palestino na travessia de Rafah, que conta com mais de 1 milhão de refugiados da guerra Israel-Hamas. Segundo a Reuters, os tanques israelenses bloquearam o acesso e realizaram ataques contra alvos do Hamas durante a semana inteira. A operação afetou a entrada de ajuda humanitária pelo Egito, assim como as ordens de evacuação foram emitidas pelo governo israelense. Mas a passagem de Kerem Shalom foi, felizmente, reaberta na quarta (08), possibilitando o auxílio aos refugiados ser retomado. Nações como os Estados Unidos, Catar e Egito trabalham na negociação de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo Hamas, mas até o momento, as conversas não foram bem sucedidas.

Israel dá ordem de evacuação a Rafah

A ordem de evacuação da cidade de Rafah, por Israel, neste sábado (11), permite que a Força de Defesa de Israel avance sobre o sul da Faixa de Gaza, área pouco explorada pela guerra Israel-Hamas, onde a mesma já disputava território. Isso porque, nos últimos dias, aumentaram os confrontos entre as tropas aos arredores de Rafah. O que segundo a ONU, casou neste dia, a saída de mais de 110 mil civis palestinos do local.

O ataque que marca a ação das forças israelenses sobre Gaza, até o momento, apresenta estimativa menor do que o planejamento feito por Israel. O local estratégico abrigava mais da metade da população de Gaza – 1,5 milhão de palestinos, já que faz fronteira com o Sinai, no Egito. Assim, ajuda humanitária, assistência médico-hospitalar e alimentar eram possíveis de serem mantidas.

Saída de mais de 100 mil civis-palestinos de Rafah, na Faixa de Gaza, em 11 de maio de 2024 (Foto: reprodução/Ramadan Abed/g1)

Efeitos da ação de Israel em Rafah

Segundo o porta-voz do Exército Palestino, Avichay Adraee, a orientação na qual os civis deverão seguir é a saída das áreas vizinhas, pois o local vai ser alvo de forças violentas de Israel-local de combate. Todos eles estão se encaminhando para o lado oeste da cidade.

O norte de Gaza foi dado por Israel, no ano passado, como combatido, mas, em função da alegação de reagrupamento do Hamas, novamente as áreas próximas aos seus arredores estão em confronto pelas forças israelenses.

Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

A cidade de Rafah foi invadida a mando do primeiro-ministro de Israel, para destruir o Hamas. Segundo ele, são os próprios israelenses que desejam a eliminação do grupo terrorista, portanto, sua capacidade de ataque, naquela área.

Em conversa com o Presidente Joe Biden, o primeiro-ministro alega tê-lo informado sobre o caso, porém, o presidente americano se diz contra a invasão, visto que, no local existem 1,5 milhão de palestinos. O governo americano também pediu para que ele repensasse sobre essa ação.

Hoje, segundo a FDI de Israel, dos 24 batalhões do Hamas, 18 já foram destruídos por suas ações.