Lula solicita que Trump tome medidas para cessar-fogo em Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação com a atual condição vivida por moradores da Faixa de Gaza, em entrevista a jornalistas na última terça-feira (13). Lula chamou a situação de “genocídio” e pediu para que Donald Trump intervenha positivamente para acabar com a guerra em curso entre Israel e Hamas na região. 

Lula, também, solicitou maior intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), com ajuda humanitária mais eficaz. Além de criticar o desejo de Trump de construir um Resort de luxo no território hoje habitado pelos palestinos. 

“ A única coisa que eu quero é o seguinte: que a ONU possa tomar uma decisão. E Trump contribui para isso… Agora, se ele quiser fazer daquilo um resort, não dá certo.” Presidente Lula

O atual conflito entre o grupo Hamas e o estado de Israel iniciou em 07 de outubro de 2023, após um ataque coordenado pelo grupo contra civis israelenses. O ponto focal do ataque ocorreu em um festival de música, na comunidade de Re’im, ao sul de Israel, próximo à fronteira com a faixa de Gaza. 

Resort de Luxo 

Em fevereiro deste ano (2025), o presidente americano Donald Trump utilizou suas redes sociais para publicar um vídeo realizado com a ajuda de Inteligência Artificial (IA). Nele, Trump faz a demonstração de como ficaria a Faixa de Gaza após transformar a região em um local turístico no Oriente Médio.


Postagem sobre o possível Resort de luxo na Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/X/realdonaldtrump)


Em um “agora e depois”, Trump intercala cenas da precariedade atual da região, assolada pela guerra entre Israel e o grupo Hamas, com episódios onde é possível ver líderes e personalidades mundiais desfrutando do que ele classifica de “Riviera do Oriente Médio”. 

O vídeo gerou indignação na comunidade internacional, uma vez que, em meio à guerra e todas as consequências advindas dela, enfatiza o luxo e o lucro. Transformando a Faixa de Gaza, território administrado pela Autoridade Palestina desde a década de 1990, em um resort de luxo.

Intervenção da ONU

Em discurso no Conselho de Segurança da ONU, na data de ontem, terça-feira (13), o subsecretário geral para Assistência Humanitária, Tom Fletcher, classificou a atual situação na faixa de Gaza como “atrocidade do século 21” e solicitou ações mais eficazes para deter o que ele chama de “situação desumana”.

“Israel está impondo deliberada e descaradamente condições desumanas aos civis no Território Palestino Ocupado”. Tom Fletcher

O subsecretário ressaltou, ainda, que os palestinos estão sendo deslocados à força e que, atualmente, permanecem confinados em espaços cada vez menores dentro de Gaza. Declarou, também, que comida, água, medicamentos e tendas, há 10 semanas, não entram na região por intervenção de Israel.


Discurso de Tom Fletcher no Conselho de Segurança da ONU (Vídeo: reprodução/X/@UN_News_Centre)

Diante dessa situação, Fletcher solicita apoio internacional para que profissionais ligados à ajuda humanitária possam trabalhar livremente na região em apoio aos civis palestinos. Além de solicitar à ONU que crie mecanismos para que tal ajuda seja destinada aos civis e não ao grupo Hamas. 

Em sua fala, Tom Fletcher, informa que se encontrou com líderes israelenses por diversas vezes para traçarem um plano de cessar-fogo. No entanto, segundo Fletcher, a proposta de representantes de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é um “espetáculo cínico e distração deliberada”, utilizando a fome como “moeda de troca”. Sem, efetivamente, resolver a situação.

Incursão de Israel na Faixa de Gaza 

As forças armadas israelenses têm realizado diversas incursões na Faixa de Gaza nos últimos meses. A ação, segundo informou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é uma tentativa para a libertação de reféns em posse do grupo Hamas. 

De acordo com Netanyahu, as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão fazendo “um trabalho maravilhoso na Faixa de Gaza” e o “Hamas está sofrendo cada vez mais golpes”.

Em uma postagem nas redes sociais, o IDF informou que, em conjunto com o Shin Bet, Agência de Segurança de Israel, atacou terroristas do grupo Hamas em um complexo localizado sob o Hospital Europeu em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza. Essa ação ocorreu na tarde de ontem, terça-feira (13), horário local.


 Postagem sobre o ataque de Israel no sul da Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/X/@idfonline)

Atualmente, segundo informações, mais de 50 reféns estão em posse do grupo Hamas. Na última segunda-feira (12), o israelense-americano Edan Alexander foi liberto pelo grupo como sinal de um possível acordo de cessar-fogo. Porém, autoridades de Israel informaram que, até que todos os reféns sejam libertados, as ofensivas contra o Hamas seguirão com força total.

Brasil e China emitem declaração em acordo com proposta de Putin

Nesta terça-feira (13), foi emitida uma declaração conjunta, entre os governos do Brasil e da China. Isso ocorreu após uma reunião entre o presidente Lula e Xi Jinping, presidente chinês, em Pequim, com o objetivo de discutir sobre a proposta de Putin sobre manter uma comunicação mais direta com Kiev. Os dois países concordaram com a proposta do governo russo.

A reunião entre Brasil e China

O governo do Brasil, juntamente com o governo da China, emitiram um documento com uma declaração onde eles se posicionam sobre uma declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em relação à Guerra da Ucrânia, nesta terça-feira(13). Putin disse que queria manter uma comunicação mais transparente e direta com Kiev.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram em Pequim, para discutir sobre as palavras de Putin, as quais ambos os políticos concordam. Além de emitir a declaração, os presidentes fizeram depoimentos sobre o assunto.


Lula e Xi Jinping se cumprimentando durante cerimônia de assinatura (Foto: reprodução/Tingshu Wang – Pool/Getty Images Embed)


Superar a insensatez dos conflitos armados também é pré-condição para o desenvolvimento. Os ‘Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia’ oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”, declarou Lula, que também citou uma proposta do Brasil e China, divulgada no ano passado.

Os presidentes afirmaram que desejam que a situação se resolva o mais rápido possível e que se tenha uma boa resposta e cooperação da Ucrânia e de Volodymyr Zelensky.

A declaração conjunta Brasil-China

A declaração foi divulgada nesta terça-feira (13), e possui 5 pontos chave sobre a visão do Brasil e da China, sobre o comunicado de Putin.


Lula e Xi Jinping sendo recebidos por apoiadores (Foto: reprodução/TINGSHU WANG/POOL/AFP/Getty Images Embed)


Esses pontos são:

  1. O Brasil e a China acolhem a proposta feita pelo presidente Vladimir Putin no dia 10 de maio de abrir negociações para a paz, bem como a manifestação positiva de Volodymyr Zelensky no mesmo sentido.
  2. Os governos do Brasil e da China esperam que se inicie, no menor prazo possível, um diálogo direto entre as partes, única forma de pôr fim ao conflito.
  3. O Brasil e a China avaliam positivamente os recentes sinais de disposição ao diálogo e manifestam sua expectativa de que as partes possam alcançar um entendimento que viabilize o início de negociações frutíferas, que contemplem as preocupações legítimas de todas as partes. Eles consideram necessário encontrar uma solução política para a crise na Ucrânia em suas raízes com vistas a um acordo de paz duradouro e justo, que seja vinculante para todas as partes no final.
  4. Comprometidos com esse objetivo, em maio de 2024 o Brasil e a China conclamaram todas as partes a criar condições para a retomada do diálogo e, em setembro, lançaram nas Nações Unidas o Grupo de Amigos da Paz, que congrega países do Sul Global.
  5. O Brasil e a China seguem à disposição, junto com o Sul Global, para continuar apoiando os esforços para pôr fim ao conflito.

Esses pontos expõem a visam das duas nações sobre a declaração de Putin e visam auxiliar nesta possível resolução do conflito.

Jovem refém israelense-americano está próximo de ser libertado pelo Hamas

O Hamas informou neste domingo que, depois de negociar com representantes dos Estados Unidos, vai liberar o jovem refém israelense-americano, Edan Alexander, de 21 anos, mantido em cativeiro desde os ataques de 7 de outubro de 2023. 

Pouco antes, o grupo havia confirmado ter mantido conversas diretas em Doha com autoridades norte-americanas, nas quais se registrou avanço na busca por uma trégua na Faixa de Gaza, disse um porta-voz do grupo ao portal de notícias AFP.

Tentativas de negociações

Hamas afirmou em comunicado que a libertação de Edan Alexander integra as iniciativas voltadas à celebração de um cessar-fogo, à reabertura das passagens fronteiriças e à garantia da chegada de ajuda humanitária e operações de resgate à população da Faixa de Gaza. Em 18 de março, Israel encerrou uma trégua de dois meses e iniciou sua ofensiva na região, com o objetivo de pressionar o Hamas a libertar os reféns ainda mantidos desde o ataque de 7 de outubro de 2023.


Casa Branca dos EUA anuncia acordo de libertação de Edan Alexander (Foto: reprodução/X/@whitehouse)

Entre 19 de janeiro e 17 de março, a trégua possibilitou a soltura de 33 reféns israelenses em Gaza, sendo oito deles sem vida, mas em contrapartida a libertação de cerca de 1.800 palestinos detidos por Israel. As tratativas para encerrar os combates, conduzidas pelo Egito, Catar e Estados Unidos, ainda não avançaram a um acordo definitivo.

O Hamas exige uma “solução global” e, em 18 de abril, rejeitou a proposta israelense de cessar-fogo de pelo menos 45 dias, que incluía a troca de reféns pelos prisioneiros palestinos e o ingresso de ajuda humanitária em Gaza.

Quem é o jovem Edan Alexander?

Edan Alexander, estava com 19 anos, quando foi capturado em 7 de outubro de 2023 enquanto servia como soldado em uma unidade de infantaria de elite na fronteira de Gaza. Natural de Tel Aviv e criado em Nova Jersey, nos EUA, ele voltou a Israel após o ensino médio para ingressar no exército. 

Agora com 21 anos, acredita-se que Alexander seja o último refém israelense-americano vivo nas mãos do Hamas em Gaza. Algumas semanas atrás, Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA Donald Trump, classificou sua libertação como prioridade máxima.

Europa pressiona Rússia por cessar-fogo e ameaça com novas sanções

Líderes europeus se reuniram neste sábado (10) em Kiev para demonstrar apoio firme à Ucrânia e enviar uma mensagem direta ao Kremlin: ou a Rússia aceita um cessar-fogo imediato, ou enfrentará novas e duras sanções internacionais. A visita contou com a presença de figuras políticas importantes, como o primeiro-ministro britânico Kier Starmer, o presidente da França Emmanuel Macron, o recém-empossado chanceler alemão Friedrich Merz, o premiê polonês Donald Tusk e, naturalmente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.


Imagens de um ataque a Kiev (Foto: reprodução/x/@hror_angy)

O dia foi intenso. Logo pela manhã, os líderes prestaram homenagens aos soldados e civis ucranianos mortos desde o início da guerra, que já ultrapassa três anos. Em seguida, participaram de uma videoconferência com outras autoridades internacionais, como a primeira-ministra da Itália, o novo premiê do Canadá, a presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral da Otan. O grupo ainda teve uma conversa por telefone com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, figura ainda influente no cenário político internacional.

Ponto central da pressão

O ponto central do encontro foi a definição de um ultimato dirigido ao presidente russo, Vladimir Putin. Segundo o acordo entre os aliados, se até segunda-feira (12) o Kremlin não aceitar a proposta americana de um cessar-fogo incondicional por 30 dias, a Rússia será alvo de sanções econômicas ainda mais rigorosas. Além disso, os países europeus prometeram aumentar o investimento em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, reforçando sua capacidade de defesa contra as tropas russas.

Zelensky classificou o encontro como importante

Zelensky classificou o encontro como um avanço importante e afirmou que está pronto para implementar a trégua de imediato. No entanto, ele também demonstrou ceticismo, lembrando que outras tentativas de cessar-fogo no passado foram ignoradas por Moscou.

Do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou os europeus de adotar um discurso contraditório e afirmou que tentar impor decisões à Rússia não levará a resultados positivos. Mais tarde, o próprio Putin declarou que Moscou tem feito propostas de cessar-fogo, mas que Kiev não tem respondido. Ele sugeriu que novas negociações ocorram em Istambul, na Turquia, dentro de cinco dias.

Trump condena ataque indiano ao Paquistão e diz: “É uma vergonha”

O presidente americano Donald Trump, na última terça-feira (06), classificou como “vergonhoso” o ataque do governo indiano ao Paquistão, em disputa pela região da Caxemira, no Sul da Ásia.

Em entrevista a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, Trump declarou que a ação era esperada e que “sabia que isso ia acontecer e aconteceu”. Apesar de avaliar que os dois países, Índia e Paquistão, se confrontam há muito tempo, pediu para que o conflito acabasse logo.

O Secretário de Estado, Marco Rubio, utilizou suas redes sociais para informar que está monitorando de perto a situação entre os dois países, além de manifestar apoio aos comentários do presidente Donald Trump .


Publicação do Secretário de Estado Marco Rubio sobre a situação entre Índia e Paquistão (Foto: reprodução/X/@SecRubio)

O Departamento de Estado dos EUA informou que na tarde de ontem, terça-feira (06), entrou em contato com conselheiros de segurança indianos e paquistaneses pedindo para que evitassem um conflito em grande escalada. 

Ataques recentes

Em 22 de abril (2025), na cidade turística de Pahalgam, no estado indiano de Jammu, um ataque atribuído a rebeldes paquistaneses, matou 26 civis em um resort. A região é conhecida por suas belezas naturais e por ser um importante santuário hindu. Milhares de turistas procuram a região em busca de turismo religioso. 

O ataque, condenado pela comunidade internacional, gerou forte comoção indiana e promessa de retaliação por parte do governo de Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia.


Declaração do primeiro-ministro indiano Narendra Modi (Vídeo: reprodução/Instagram/@narendramodi)


Em sua fala, Modi, declara que a Índia identificará, punirá e perseguirá os responsáveis pelo ataque em Pahalgam “até os confins da Terra”. 

A partir de então, os conflitos entre Paquistão e Índia, em disputa pela região da Caxemira, se intensificaram. Fazendo com que Narendra Modi, buscasse apoio junto ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), para que uma possível retaliação contra o Paquistão, por parte da Índia, fosse considerada um “caso de legítima defesa”

À época, o primeiro-ministro indiano informou que suspendeu sua participação no “Tratado das Águas do Ìndo”, assinado em 1960, e tanto Índia quanto Paquistão expulsaram a delegação diplomática, indiana e paquistanesa, de seus países.

Águas do Indo

O rio Indo e a região da Caxemira estão interligados e são de suma importância para a economia agrícola tanto da  Índia quanto do Paquistão. É a principal fonte fluvial e se inicia no Tibete, cortando a região da Caxemira, até desembocar no Mar da Arábia. Além da importância agrícola, também é fonte geradora de energia para os dois países. 

A disputa pela região da Caxemira, iniciada em 1947, tem desencadeado conflitos armados, ataques e crise diplomática entre governos indianos e paquistaneses por décadas. E, consequentemente, a disputa pelo domínio das Águas do Indo, tem gerado grandes tensões na região. 


Foto auxiliar: Rio Jhelum, um dos afluente do Rio Indo, em Muzaffarabad, capital da Caxemira (Foto: reprodução/Farooq Naeem /AFP/Getty Images Embed)


Na tarde de ontem, terça-feira (06), o primeiro-ministro Narendra Modi informou que criará barragens para desviar as águas do Rio Indo, que nascem em seu território para não chegarem até o Paquistão. 

Essa ação, por parte de Modi, foi vista pela comunidade internacional como uma forma de utilizar a “água” como “arma de guerra”, uma vez que, ao impedir que o Paquistão seja abastecido pelas águas do Indo, a Índia afeta a economia agrícola e energética do país vizinho, afetando a população paquistanesa.

Operação SINDOOR

O ataque com mísseis desta terça-feira (06), da Índia contra o Paquistão, denominado de “Operação SINDOOR” e, condenado pelo presidente americano Donald Trump, atingiu nove alvos paquistaneses na região da Caxemira administrada pelo Paquistão. 


Publicação do Exército indiano sobre a “Operação SINDOOR” (Vídeo: reprodução/X/@adgpi)

Governantes globais, principalmente da Ásia e da Europa estão em alerta, uma vez que tanto a Índia, quanto o Paquistão possuem armas nucleares, podendo elevar este conflito regional para uma escalada de conflitos globais em disputas por territórios, desestabilizando a Paz mundial.

Zelensky comemora acordo com EUA sobre terras raras

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (01), para comemorar o acordo firmado entre a Ucrânia e o governo de Donald Trump. O pacto celebrado envolve a exploração de “Terras Raras”, ajuda financeira e apoio militar.

Zelensky  informou que o acordo está à espera de ratificação por parte do parlamento ucraniano, Verkhovna Rada, composto por 450 deputados e, garantirá que não haja atrasos para entrar em vigor o quanto antes. 

O mandatário ainda informa que, durante o processo de negociações, iniciado em fevereiro deste ano (2025), as cláusulas vigentes mudaram significativamente. Conforme o presidente ucraniano, “este é um acordo verdadeiramente igualitário que cria uma oportunidade para investimentos na Ucrânia”. 

Em seu discurso, Zelensky comemora que o Fundo Financeiro de Recuperação será realizado sem pendência de dívidas. E que tanto a Ucrânia quanto os EUA tendem a ganhar com esta parceria. 


Pronunciamento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o acordo firmado com os EUA (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)


Volodymyr Zelensky aproveitou a oportunidade para agradecer aos representantes ucranianos pelo empenho empregado para que o acordo fosse aceito. 

Reunião no Vaticano

A reunião que pôs fim a meses de espera para assinatura do acordo entre EUA e Ucrânia, ocorreu durante o funeral do Papa Francisco, em 26 de abril (2025). Segundo Zelensky, o encontro com o presidente Donald Trump no Vaticano foi fundamental para que as negociações avançassem.


Reunião entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump, Vaticano, Roma (Foto: reprodução/X/@@ZelenskyyUa)

Ainda, conforme Zelensky, a assinatura do acordo para exploração de “Terras Raras” tornou-se viável naquele momento, classificado como “histórico” e que outros resultados, decorrentes deste encontro, estão em andamento. 

Sanções à Rússia

Algumas das regiões denominadas como “Terras Raras” ucranianas, encontram-se em áreas sob controle da Rússia. Frutos da atuação russa na guerra contra a Ucrânia em curso desde 2022. Estima-se que, atualmente, o governo de Vladimir Putin detém 18% do leste da Ucrânia.

Cidades fronteiriças com a Rússia, como Donetsk, Zaporíjia, Kherson, Luhansk, Mariupol, além da Crimeia, são dominadas pelo exército de Putin e possuem minerais raros a serem explorados. 


Mina de grafite, Zavallya, Ucrânia (Foto: reprodução/Olena Koloda/Getty Images Embed)


Com o acordo firmado entre EUA e Ucrânia na data de ontem, quinta-feira (01), essas áreas serão disputadas entre os países envolvidos. Algumas já estão sob sanções econômicas internacionais e novas sanções serão postas em prática. 

Após a assinatura do acordo com os EUA, Volodymyr Zelensky anunciou novas sanções as empresas sediadas nestes territórios. Em sua fala, o presidente ucraniano informa que tais sanções serão contra a Rússia, em decorrência da guerra e que, serão sincronizadas com as sanções mundiais já em curso. 

A lista de sanções inclui: 36 empresas, produtora de titânio, que atendem à produção militar russa; 106 entidades localizadas na Crimeia, Donetsk e Luhansk, envolvidas na ocupação russa e mais dezenas de civis, alguns ucranianos que, segundo Zelensky são propagadores de informações prejudiciais à Ucrânia. 

Até o momento, não houve manifestação por parte do governo de Vladimir Putin, presidente russo, sob quais providências serão tomadas referente aos últimos acontecimentos. 

Trump diz que presidente da Rússia deve assinar acordo para o fim da guerra

Neste domingo (27), Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, reiterou sua insatisfação com Vladimir Putin, criticando o novo ataque de mísseis lançado contra Kiev. Trump também declarou que tem dúvidas sobre o real interesse do líder russo em buscar o fim da guerra.

Acho que a reunião correu bem. Veremos o que acontece nos próximos dias. Provavelmente aprenderemos muito. Fiquei muito decepcionado com os mísseis voando perto da Rússia”, disse Trump quando deixava Nova Jersey.

Além dessa declaração, Trump declarou que acredita que existam limites de um acordo, reforçando que quer que Putin assine o acordo para acabar com a guerra e voltar à vida.

Intensas críticas de Trump à Putin

Em apenas 100 dias de seu governo, o presidente dos EUA insistentemente tem feito críticas ao líder russo, Vladimir Putin sobre os ataques contra a Ucrânia mesmo em meio a negociações de um cessar-fogo.

Trump tem usado como justificativa a esses ataques diretos a Putin, o grande número de vítimas civis causadas pelos bombardeiros da guerra.

Reunião com Zelensky e proposta de cessão da Crimeia

Durante sua passagem pelo Vaticano, para a cerimônia do funeral do Papa Francisco, Trump teve uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, onde o presidente americano afirmou que a Ucrânia cederia a Crimeia à Rússia, num acordo de cessar-fogo.

Mesmo com todas as conversas e negociações em andamento, a Rússia continuou os ataques à Ucrânia, o que fez com que Trump sugerisse à imposição de sanções financeiras bem mais rigorosas a Rússia, caso Putin não se comprometa com a paz.


Donald Trump e Zelensky durante conversa no Vaticano (Foto: Reprodução/Handout/Getty Images Embed)


Estados Unidos ameaçam reavaliar as negociações

Marco Rubio, secretário do Estado Americano, declarou que a paciência americana está acabando, dizendo ainda que os EUA podem de alguma forma, reavaliar as negociações caso não haja nenhum progresso significativo.

O governo russo por sua vez, afirmou que irá manter operações militares contra  Ucrânia por conta da presença de ajudas e forças estrangeiras que estão auxiliando a Ucrânia.  

Ataque russo com mísseis atinge Kiev e deixa mortos e feridos

A Rússia realizou um ataque com mísseis e drones que atingiu Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24). Ao menos nove pessoas morreram e cerca de 63 ficaram feridas, segundo as autoridades locais. Entre os feridos estão crianças e mulheres, e a ofensiva causou destruição em pelo menos quatro bairros da cidade.

O míssil utilizado no ataque foi identificado como um modelo balístico norte-coreano do tipo KN-23, segundo fontes militares ucranianas. Pelo menos 42 pessoas foram hospitalizadas, conforme informou o Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia.

Equipes de resgate relataram à agência Associated Press que corpos foram retirados dos escombros, enquanto sobreviventes eram socorridos.

Oksana Bilozir, estudante que estava próxima a um dos locais onde ocorreu a explosão, relatou o medo após o ataque. “Honestamente, eu nem sei como tudo isso vai acabar, é muito assustador”, disse.

Nenhuma diplomacia funciona aqui.”
Oksana Bilozir

Anastasiia Zhuravlova, de 33 anos, mãe de dois filhos, relatou ter se abrigado com a família em um porão após a explosão lançar eletrodomésticos pela cozinha e estilhaçar janelas.

Impasse diplomático

Em visita oficial à África do Sul, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky retornou ao seu país antes do determinado, após os ataques. E lançou críticas em suas redes sociais à Rússia, por violar o cessar-fogo aéreo no Mar Negro acordado com os EUA em março. No entanto, o governo russo respondeu que o acordo expirou, embora declare que continua trabalhando em conjunto com os EUA por paz.


 Ataque Russo na Ucrânia (Vídeo: Reprodução/YouTube/O POVO)

Zelensky voltou a afirmar que não reconhecerá a Crimeia como território russo e que qualquer negociação dependeria de um cessar-fogo total. “Seguiremos nossa Constituição”, declarou.

EUA ameaça abandonar mediação

O ataque aconteceu logo após novas tensões diplomáticas e estagnação do acordo de paz. O presidente norte-americano Donald Trump criticou Zelensky por, segundo ele, “prolongar o campo de matança” ao se recusar a ceder a Crimeia à Rússia em um plano de paz. Para Trump, “a Crimeia foi perdida há anos e nem sequer é mais um ponto de discussão”.

Trump afirmou a repórteres que um acordo entre Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin depende de que ambas as partes, fortes e inteligentes, se entendam. “Assim que isso acontecer, a matança vai parar”, disse.

Devido às circunstâncias, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, informou que o país pode abandonar os esforços de mediação caso não haja sinais concretos de avanço.

Não vamos continuar com esse esforço por semanas e meses a fio. Então, precisamos determinar muito rapidamente agora — e estou falando de questão de dias — se isso é viável nas próximas semanas. Se for, estamos dentro. Se não, então temos outras prioridades para focar também
Marco Rubio

A escalada da guerra

Além de Kiev, a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, e outras localidades também foram atingidas pelos ataques russos nesta quinta-feira. O prefeito da capital, Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que casas e veículos foram incendiados, e que muitos danos foram causados pela queda de destroços em diferentes bairros da cidade.

Vladimir Putin anuncia cessar-fogo temporário

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste sábado, 19 de abril, um cessar-fogo temporário na guerra contra a Ucrânia. A trégua de Páscoa, como foi chamada, deve durar 30 horas. Pelo horário de Moscou, ela começa às seis da tarde no sábado e vai até a meia-noite de segunda. Já no Brasil, essa pausa acontece do meio-dia de sábado até o fim da tarde de domingo, às seis.

Putin justificou a pausa nos combates com razões humanitárias e determinou a suspensão de todas as operações militares durante esse intervalo. Ele afirmou esperar que a Ucrânia também respeite a trégua, mas pediu que as forças russas permaneçam atentas a qualquer provocação ou possível quebra do acordo. Segundo ele, Kiev já desrespeitou mais de cem vezes os acordos para não atacar a infraestrutura energética, o que justificaria uma postura de vigilância.

Declarações ucranianas

Mas autoridades ucranianas afirmaram que a Rússia não cumpriu a pausa. O presidente Volodymyr Zelensky disse que drones russos foram detectados nos céus ucranianos às cinco e quinze da tarde, ou seja, quarenta e cinco minutos antes do início da trégua. De acordo com ele, a defesa aérea do país precisou agir para conter os ataques.


Soldados ucranianos (Foto: reprodução/x/@g1)

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, lembrou que em março o país já havia aceitado uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de trinta dias, mas que a Rússia recusou. Agora, Moscou propõe apenas trinta horas. Sybiha disse que a Ucrânia continua aberta ao acordo mais duradouro.

Ministério da defesa russo

O Ministério da Defesa da Rússia declarou que cumprirá a trégua, contanto que a Ucrânia também a respeite. Já a União Europeia respondeu com desconfiança, ressaltando que, se realmente quisesse, Moscou teria o poder de encerrar o conflito a qualquer momento.

Ainda no sábado, 246 soldados russos foram trocados por 246 prisioneiros ucranianos. Houve também a liberação de feridos em situação delicada. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump e o secretário de Estado Marco Rubio disseram que o país deixará de tentar mediar um acordo de paz caso não haja avanços concretos nos próximos dias.

Rússia x Ucrânia: Novos ataques deixam mortos e feridos, aumentando tensões

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais para informar sobre um novo ataque russo realizado na noite de ontem, quarta-feira (16), que resultou em vítimas fatais. Os ataques ocorreram em cidades localizadas no leste e no sudeste ucraniano.

Zelensky relata que entre os mortos está uma jovem de 17 anos, a quem ele se refere como Veronika. Além dos quatro mortos, há 28 feridos, incluindo quatro crianças. Destes, 16 ainda permanecem internados em hospitais da cidade.  

As cidades atingidas foram Dnipro e Odessa, onde, segundo Zelensky, vários prédios residenciais ficaram danificados. Nas cidades de Sumy, Kharkiv e Donetsk houve ataques aéreos, incluindo mísseis balísticos russos.


Publicação de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Em sua publicação, o presidente ucraniano reforça o pedido de ajuda à comunidade internacional para conter os ataques realizados por Moscou e finaliza dizendo que “a Rússia usa todos os dias e todas as noites para matar”.

Ajuda da comunidade internacional

Na última semana, líderes de países europeus se reuniram para discutir sobre apoio financeiro e militar à Ucrânia. Entre eles, os ministros de defesa do Reino Unido, John Healey, e da Alemanha, Boris Pistorius. 

Os dois países prometeram ajuda ao presidente ucraniano que, somados, ultrapassam o valor de US$ 36 bilhões de dólares. Reforçando apoio ao país do leste europeu e se posicionando contra a Rússia de Vladimir Putin.


Publicação do Departamento de Defesa ucraniano sobre a ajuda da Alemanha (Foto: reprodução/X/@DefenceU) 

Além do Reino Unido e da Alemanha, a Noruega também oferecerá ajuda financeira e militar à Ucrânia. Incluindo sistemas de radar, drones e minas antitanques.

Proposta para um cessar-fogo

Em meio a guerra Rússia/Ucrânia que já dura mais de três anos, o presidente americano Donald Trump tem procurado mediar uma proposta de cessar-fogo permanente entre os dois países envolvidos diretamente no conflito. 

No entanto, enquanto líderes de países europeus acusam Vladimir Putin de prolongar o conflito, Trump declarou na última segunda-feira (14), que Zelensky “iniciou uma guerra que não poderia vencer”. Retratando-se em seguida e reconhecendo que a guerra fora iniciada por Moscou.

No mesmo dia, Volodymyr Zelensky convidou Donald Trump para visitar as cidades devastadas pelos bombardeios e reforçou o pedido de um cessar-fogo, alertando que os ataques russos nunca foram interrompidos. 

O conflito entre Rússia e Ucrânia segue sem acordos de Paz, aumentando o número de feridos e vítimas fatais nos dois países.