Nesta última sexta-feira (12), a Polícia Federal realizou uma operação para prender um grupo de hackers que tentavam invadir o sistema PIX da Caixa Econômica Federal. A PF prendeu oito pessoas, que estariam envolvidas com a quadrilha que desviou cerca de 1,5 bilhão de reais depois do ataque hacker às empresas Siqia e C&M, responsáveis por fazer a conexão entre os bancos e o sistema PIX.
A operação da Polícia Federal
A Polícia Federal começou a agir na quinta-feira (11), quando recebeu a notificação de que um notebook da Caixa Econômica Federal havia sido roubado. Dois suspeitos roubaram um equipamento de um funcionário que trabalha em uma agência do banco no Brás. A Polícia Federal resolveu usar a técnica de “ação controlada”, ou seja: postergar a intervenção policial para que mais provas sejam geradas pelos suspeitos.
O Jornal O Globo fez um relatório a respeito das prisões (Vídeo: reprodução/Instagram/@jornaloglobo)
Por isso, a Polícia Federal conseguiu acompanhar os suspeitos e a localização do notebook. Além disso, a PF também conseguiu interceptar mensagens entre os alvos. Além de terem acesso ao notebook da Caixa Econômica Federal, os suspeitos também tinham acesso à rede privada do banco, por meio de uma chave de VPN (Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual em português).
O acesso ao VPN da Caixa Econômica Federal possibilitou aos hackers enfraquecer o sistema de segurança do banco, para um possível ataque cibernético. Os agentes da Polícia Federal conseguiram a localização dos alvos, que estavam em uma casa na Zona Leste. A prisão foi feita em flagrante.
Ataque ao sistema PIX
No final de junho, o Banco Central identificou que a empresa C&M, que conecta bancos com o sistema PIX, havia sido invadida. A empresa sofreu um ataque hacker; o que levou clientes de bancos a ficarem sem acesso ao PIX, e 800 milhões de reais foram desviados. No começo de julho, um operador de TI foi preso, acusado de auxiliar a quadrilha a invadir o sistema PIX.
