Inteligência Artificial está moldando o futuro das cidades

A inteligência artificial (IA) está redefinindo o conceito de cidades modernas, transformando-as em ambientes mais inteligentes, seguros e sustentáveis. Longe de ser apenas uma inovação tecnológica isolada, a IA atua como uma força integradora, otimizando os sistemas centrais que sustentam a vida urbana — como transporte, energia e serviços públicos. Essa revolução tecnológica está ocorrendo em metrópoles ao redor do mundo, do leste ao oeste, e os resultados já demonstram um futuro urbano promissor.

Um dos campos mais impactados é a gestão de energia. Tradicionalmente, o consumo energético em edifícios e iluminação pública seguia padrões fixos, o que levava a um desperdício considerável. Agora, com a IA, as cidades se tornam mais eficientes. Sensores inteligentes podem detectar a ausência de pessoas em ambientes e desligar a iluminação automaticamente. Da mesma forma, a tecnologia analisa dados de consumo para ajustar a distribuição de energia em tempo real, garantindo que o recurso seja utilizado apenas onde e quando é necessário. Essa capacidade adaptativa não apenas reduz custos operacionais, mas também contribui significativamente para a sustentabilidade ambiental.

Mobilidade Inteligente e Segurança Proativa

Outro exemplo notável da aplicação da IA é a otimização do fluxo de tráfego. O caos diário dos engarrafamentos é um problema crônico para a maioria das grandes cidades, impactando a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente. Cidades como Pittsburgh, nos Estados Unidos, demonstraram como a IA pode reverter esse cenário. Ao substituir semáforos estáticos por sistemas dinâmicos controlados por IA, o tempo de espera dos motoristas diminuiu drasticamente. Em Pittsburgh, a tecnologia resultou em uma redução de 40% no tempo de espera nos cruzamentos e uma queda de 21% nas emissões de carbono. Esse tipo de sistema é capaz de se adaptar a mudanças em tempo real, respondendo a picos de movimento e garantindo um trânsito mais fluido e menos poluente.

A segurança pública também ganha uma nova dimensão com o uso de inteligência artificial. A tecnologia permite que as autoridades atuem de forma proativa, em vez de apenas reativa. Sistemas de vigilância com IA analisam dados de câmeras, serviços de emergência e até mídias sociais para identificar padrões e prever possíveis riscos antes que eles se concretizem. Em Kuala Lumpur, na Malásia, mais de 5.000 câmeras equipadas com IA monitoram a cidade, ajudando a combater crimes e congestionamentos. Essa abordagem baseada em dados permite que os recursos de segurança sejam alocados de maneira mais inteligente e eficiente, tornando as ruas mais seguras para todos.


Entrevista sobre como a inteligência artificial pode contribuir nas cidades (Vídeo: reprodução/YouTube/Think with google)

Serviços públicos inteligentes, eficiência e conectividade com IA

Além disso, a IA está modernizando a prestação de serviços públicos. A coleta de lixo, por exemplo, pode ser aprimorada com o uso de sensores em lixeiras que monitoram o volume de resíduos. Esses dados permitem que os caminhões de lixo sigam rotas otimizadas, evitando coletas desnecessárias e prevenindo o transbordamento de lixo em áreas movimentadas. A interação com os cidadãos também se torna mais fácil e acessível com o auxílio de chatbots e assistentes virtuais, que respondem a perguntas e auxiliam em solicitações de serviço 24 horas por dia, sete dias por semana.

Em última análise, a transformação das cidades pela IA vai além da simples conveniência. Trata-se de construir espaços urbanos mais resilientes, que se adaptam às necessidades de seus habitantes e do meio ambiente. Cidades mais seguras, limpas, eficientes e conectadas estão se tornando uma realidade tangível, e a inteligência artificial é a chave para desbloquear esse potencial.

Fusões em alta indicam cenário promissor, diz JPMorgan

O JPMorgan Chase projeta um cenário otimista para o mercado global de fusões e aquisições (M&A) no segundo semestre, impulsionado pela crescente disposição dos executivos em operar em meio à incerteza dos mercados e políticas globais. Após um período de desaceleração devido à guerra comercial, os volumes de M&A globais dispararam 27% no primeiro semestre, alcançando US$ 2,2 trilhões. Esse crescimento foi notavelmente impulsionado por um aumento de 57% nos “mega negócios” – transações acima de US$ 10 bilhões – conforme dados do JPMorgan, um dos maiores negociadores do mundo.

Proatividade e o Impacto da IA no M&A

Anu Aiyengar, chefe global de consultoria, fusões e aquisições do JPMorgan, destaca uma mudança de mentalidade: as empresas não estão mais esperando por certezas, mas agindo proativamente. Os conselhos estão encorajando as equipes a buscar acordos transformadores, especialmente os mega negócios, para fortalecer cadeias de suprimentos e impulsionar a tecnologia em um mundo instável. A persistência das transações transfronteiriças, apesar dos riscos regulatórios, reflete a necessidade crucial de escala para multinacionais que enfrentam protecionismo político e mudanças tecnológicas rápidas.

A inteligência artificial (IA) é um catalisador significativo para o M&A no segundo semestre. Com o mercado de IA projetado para crescer de US$ 60 bilhões em 2022 para US$ 1,8 trilhão até 2030, e com 40% das empresas norte-americanas já adquirindo ferramentas de IA, o investimento neste setor é massivo. Empresas de tecnologia preveem gastar US$ 1 trilhão em data centers nos próximos cinco anos, evidenciando a busca por inovação e infraestrutura.


Publicação sobre previsão de fusões entre empresas (Foto: reprodução/X/@istoe_dinheiro)

Os Setores promissores são da tecnologia, industrial e energia

Aiyengar enfatiza que o mercado recompensa a escala. Negócios de US$ 500 milhões já não são suficientes para gerar um impacto significativo. “Como os problemas que você precisa resolver são grandes, mergulhar de cabeça não funciona. Você precisa fazer algo significativo”, afirma ela.

Os setores de tecnologia, industrial e energia são os mais promissores para o resto do ano. A Ásia, em particular, dobrou sua atividade de negócios no primeiro semestre, e esse ritmo deve continuar. Contudo, o mercado mais aquecido e caro para aquisições é atualmente o norte-americano, devido ao seu tamanho, resiliência do consumidor e agilidade das empresas, tornando-o atraente em um ambiente volátil.

Nvidia faz história: primeira empresa de US$ 4 trilhões

A fabricante de chips de inteligência artificial Nvidia alcançou um marco histórico no dia 09 de julho de 2025, ao se tornar a primeira empresa da história avaliada em US$ 4 trilhões. Suas ações subiram até 2,8%, atingindo um novo recorde de US$ 164,42. Esse feito reforça sua posição como líder incontestável na corrida da inteligência artificial generativa.

Superando Gigantes e o PIB do Reino Unido

A incrível valorização da Nvidia a impulsionou para além de empresas de tecnologia renomadas pelo público. A empresa supera nomes como Microsoft (avaliada em US$ 3,7 trilhões), Apple (US$ 3,1 trilhões), Amazon (US$ 2,4 trilhões) e a Alphabet, controladora do Google (US$ 2,2 trilhões), no ranking das cinco maiores companhias do mundo. Para dimensionar sua grandiosidade, o valor de mercado da Nvidia ultrapassou o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no ano passado, que somou US$ 3,9 trilhões.

Ascensão Meteórica e Impacto da IA

A trajetória de crescimento da Nvidia tem sido, sem dúvida, meteórica. Há apenas uma década, a empresa era avaliada em pouco mais de US$ 10 bilhões. Em 2023, a empresa já havia superado a marca de US$ 1 trilhão e, no ano seguinte, em 2024, atingiu rapidamente os impressionantes patamares de US$ 2 trilhões e US$ 3 trilhões. A valorização de suas ações na última década foi de impressionantes 35.000%. Isso significa que um investimento de US$ 1.000 em julho de 2015 valeria hoje US$ 350.000.


CEO da Nvidia apresentando o ultra chip junho/2024 (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


O entusiasmo de Wall Street pela Nvidia está fortemente ligado à crescente adoção de ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT. A empresa domina o desenvolvimento da infraestrutura de hardware e software (suas GPUs são consideradas padrão-ouro) necessárias para operar esses programas avançados e de alto custo.

Entre seus principais clientes estão OpenAI, Tesla, xAI (de Elon Musk), Meta e Amazon. A fortuna do cofundador e CEO Jensen Huang, que começou sua carreira como ajudante de garçom, reflete essa ascensão: ele é hoje a nona pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido de US$ 142 bilhões, proveniente quase inteiramente de sua participação de 3,5% na Nvidia.

Agentes de IA enfrentam alto índice de fracasso, mas promessa de transformação ainda permanece

O futuro do trabalho está cada vez mais ligado à autonomia tanto dos profissionais quanto dos sistemas que os auxiliam. Nesse contexto, os agentes de inteligência artificial (IA) despontam como ferramentas capazes de executar tarefas de forma autônoma, aprender com o tempo e tomar decisões sem intervenção humana. No entanto, o avanço dessa tecnologia não vem sem desafios.

Muitos projetos de IA devem ser cancelados

Segundo projeções da consultoria Gartner, mais de 40% dos projetos envolvendo agentes de IA deverão ser cancelados até o fim de 2027. As causas vão desde o alto custo de implementação até resultados pouco definidos e estruturas organizacionais despreparadas para essa nova realidade.


Inteligência Artificial (MANAURE QUINTERO/AFP/Getty Images Embed)


Apesar do entusiasmo inicial, os dados mostram que a adoção prática ainda é tímida. Em uma pesquisa realizada pelo Gartner com mais de 3.400 profissionais de tecnologia em janeiro de 2025, apenas 19% afirmaram ter feito investimentos significativos em agentes de IA. Outros 42% investem com cautela e 31% permanecem indecisos. A maioria das empresas, portanto, ainda está avaliando se vale a pena embarcar nessa transformação.

De acordo com Anushree Verma, diretora analista sênior do Gartner, o mercado vive um descompasso entre expectativa e entrega.

Muitos casos de uso apresentados como agentes não exigem, de fato, implementações de agentes. A tecnologia ainda não está madura o suficiente para entregar o valor de negócio que as empresas esperam”, afirma.

Outro ponto crítico é o próprio mercado fornecedor. Com o crescimento da demanda, muitas empresas passaram a rotular tecnologias existentes como assistentes virtuais ou chatbots como “agentes de IA”, sem que essas soluções atendam aos critérios técnicos da definição. O Gartner estima que, entre milhares de fornecedores que se dizem atuantes na área, apenas cerca de 130 oferecem soluções que realmente se encaixam no conceito.

O custo elevado também pesa. Além do desenvolvimento e da integração tecnológica, as empresas precisam investir em infraestrutura, treinamento de equipes, conformidade regulatória e reestruturação de processos internos. Muitas vezes, os sistemas legados não comportam a automação plena proposta pelos agentes, exigindo uma reengenharia completa. Sem métricas claras de retorno sobre investimento, os projetos acabam paralisados ainda nas fases piloto, comprometendo a confiança das equipes e drenando os orçamentos.

Cautela no presente, otimismo no futuro

Apesar das dificuldades iniciais, a perspectiva de longo prazo para a IA agêntica permanece positiva. O Gartner prevê que, até 2028, cerca de 15% das decisões rotineiras nos negócios serão tomadas por agentes autônomos — número que hoje é praticamente insignificante. A consultoria estima ainda que um terço dos aplicativos corporativos contará com algum nível de integração com esses agentes.

Inteligência artificial corrige tarefas de alunos da rede estadual em SP

A partir de maio de 2025, estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio da rede estadual de São Paulo passam a contar com o auxílio de uma inteligência artificial (IA) na correção de atividades escolares. A iniciativa foi implementada na ferramenta TarefaSP, desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), com o objetivo de melhorar o engajamento dos alunos e otimizar o tempo dos professores.

O projeto-piloto prevê que 5% das questões dissertativas sejam corrigidas automaticamente pelo assistente virtual. A ferramenta TarefaSP, utilizada por cerca de 2,5 milhões de alunos, foi criada para facilitar a realização de tarefas de casa e agora passa a incluir correções feitas por IA, com foco inicial em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Química, Física, Geografia e História.

Correção com apoio da IA beneficia alunos e professores

Com a adoção da inteligência artificial na TarefaSP, os professores podem ampliar o número de atividades dissertativas propostas sem que a correção aumente sua carga de trabalho. As respostas dos estudantes são analisadas com base em modelos criados por especialistas da Seduc-SP e recebem uma avaliação automática que indica se a resposta está correta, parcialmente correta ou incorreta. A IA também fornece uma breve explicação para justificar o comentário.


Sistema da IA (Foto: reprodução/Igor Omilaev/unsplash)

De acordo com o secretário da Educação, Renato Feder, a tecnologia contribui para um maior esforço dos estudantes e permite que os professores concentrem seu tempo no que realmente importa: ensinar. Além disso, os docentes podem revisar as respostas corrigidas e adicionar observações, mantendo a interação pedagógica mesmo com o uso da IA.

Projeto ainda está em fase de testes

Apesar do avanço tecnológico, o uso da IA ainda está restrito a uma pequena parte das atividades e não tem impacto direto na nota dos alunos. A ideia é observar os resultados e, se for bem-sucedido, expandir o uso da tecnologia nos próximos anos.

A ferramenta TarefaSP foi implantada em 2023 e, desde então, tem sido utilizada como um apoio às aulas presenciais. As atividades são baseadas nos conteúdos lecionados em sala, o que garante maior alinhamento entre ensino e prática.

ONU alerta sobre impacto da IA em empregos no mundo todo

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o mercado mundial de inteligência artificial (IA) deve atingir 4,8 trilhões de dólares (cerca de R$ 27 trilhões) até 2033. A ONU sinalizou que quase metade dos empregos globais podem ser afetados. A IA, apesar de alavancar economias, também apresenta riscos nocivos de favorecimento de desigualdades. A ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) explicou isso em novo relatório.

De acordo com o documento, a utilização da inteligência artificial, apesar de gerar ganhos de produtividade, tem a capacidade de afetar 40% dos empregos no mundo e traz preocupações sobre a automação e a perda de vagas de trabalho. À medida que ondas tecnológicas anteriores afetaram principalmente a classe operária, a UNCTAD salienta que com a IA, empregos que envolvem tarefas cognitivas estão mais propensos a sofrerem impactos

IA e tecnologia no futuro

Isso significa que a força de trabalho de economias maiores sofrerá, majoritariamente, mais consequências. No entanto, estas economias têm mais vantagem para aproveitar os benefícios da IA do que as emergentes. A ONU ainda afirma que a situação é parecida no caso da IA generativa. No entanto, de acordo com o relatório, a IA generativa “poderia oferecer um potencial maior de aumento da mão de obra do que a automação, especialmente em países de rendas baixa e média”.


O ChatGPT é uma das principais inteligências artificiais generativas (Foto: reprodução/Lionel Bonaventure/Getty Images Embed) 


Favorecimento do capital

A UNCTAD avalia que as vantagens da automação impulsionada pela inteligência artificial tendem a favorecer o capital em detrimento da mão de obra, o que pode “aumentar a desigualdade e reduzir a vantagem competitiva da mão de obra barata nas economias em desenvolvimento”.

 Rebeca Grynspan, secretária-geral da ONU Comércio e Desenvolvimento, solicita em nota, maior cooperação internacional para “desviar a atenção da tecnologia para as pessoas, permitindo aos países criarem conjuntamente um marco mundial de inteligência artificial” para que seu potencial seja explorado de forma que priorize o desenvolvimento sustentável. “A história demonstra que, embora o avanço tecnológico seja o motor do crescimento, por si só não pode garantir uma distribuição equitativa da renda, nem promover um desenvolvimento humano inclusivo”, aconselhou Grynspan no relatório.

Mercado tecnológico

As tecnologias avançadas representaram um mercado de 2,5 trilhões de dólares em 2023 (cerca de R$ 12 trilhões na cotação da época). É esperado que este valor seja seis vezes maior até 2033 e atinja US$ 16,4 trilhões (aproximadamente R$ 93 trilhões na atual cotação) de acordo com o relatório da ONU. A IA irá liderar o ranking deste mercado, com o valor de 4,8 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 27 trilhões), o que equivale aproximadamente à economia da Alemanha.

O relatório indica que os benefícios se concentrarão em poucas economias. 100 companhias, a maioria dos EUA e China, representam 40% dos gastos globais em pesquisa e desenvolvimento. O documento também afirma que o Brasil, China, Índia e Filipinas são os países emergentes com os melhores resultados quando se trata da preparação tecnológica.

A UNCTAD ressalta que a inteligência artificial é capaz de criar novas indústrias e dar autonomia aos trabalhadores “Investir em reciclagem, melhoria das qualificações e adaptação da mão de obra é essencial para garantir que a IA melhore as oportunidades de emprego ao invés de eliminá-las”, avalia o informe.

Agentes europeus e internacionais estão envolvidos nas tentativas de estabelecer uma governança da IA. A ONU, no entanto, lamenta que diversos países do sul global estejam de fora desses debates. “À medida que a regulação da IA e os marcos éticos tomam forma, os países em desenvolvimento devem ter um lugar na mesa para garantir que a IA sirva ao progresso global, não só aos interesses de alguns poucos”, declara a UNCTAD.

Grok, IA de Musk, critica dono por amplificar fake news no X

De acordo com o Grok, a inteligência artificial do X, Elon Musk – o dono da rede – é o maior propagador de desinformação da rede social. A afirmação surgiu quando um usuário perguntou: “Quem é o maior disseminador de fake news” do X.  

Contudo, em outro momento, a IA apresentou exemplos de fake news que o empresário divulgou e sugeriu que ele possivelmente exerce algum controle sobre ela.  

Os usuários marcaram o Grok e fizeram perguntas diretamente à inteligência artificial, usando o recurso de menção (@grok) para obter essas respostas.  


Grok confirma que Musk compartilhou desinformação (Foto: reprodução/X/@slpng_giants_pt)

Grok detalha fakes publicadas por Musk

Logo após uma usuária pedir exemplificação das desinformações publicadas por Musk, a IA do X detalhou que o bilionário mentiu ao dizer que no estado do Michigan tinha mais eleitores que moradores.   

Ainda mais em outra resposta, o Grok afirmou que Musk divulgou uma imagem falsa de Kamala Harris, retratada como uma ditadora comunista. A imagem foi criada por inteligência artificial e publicada pelo bilionário, atingindo um bilhão de visualizações.  

Outra desinformação amplificada por Musk no X foi de que as “crianças são essencialmente imunes à COVID-19”. O Grok afirmou que especialistas em saúde desmentiram essa declaração.  

Além disso, ao questionarem a importância da vacinação em crianças, a IA afirmou que as vacinas são seguras. Essa declaração contradiz o que Musk afirmou durante a pandemia de Covid-19.  


Grok afirmando que Musk disseminou fake news durante a pandemia (Foto: reprodução/g1)

A mesma pergunta em outras IAs

Desde que as respostas do Grok viralizaram nas redes sociais, procuramos saber das principais IAs se ‘elas também consideram Elon Musk o maior propagador de fakes da internet’.   

O ChatGPT se recusa a rotulá-lo como disseminador de fakes, embora reconheça a figura polêmica do bilionário. E se limita a dizer que alguns compartilhamentos são duvidosos e imprecisos.  

Já o Copilot, desenvolvido pela Microsoft, afirmou que Musk compartilha, por vezes, desinformações e inclusive lembrou que, recentemente, o bilionário republicou “informações controversas” sobre a série “Adolescência”, da Netflix. Mas, que apesar disso, não o considera o maior disseminador de mentiras da rede X.   

Por fim, o Gemini, do Google, reconhecido por não se envolver em temas controversos, declarou que “existem evidências indicando que Elon Musk tem desempenhado um papel na disseminação de desinformação no X”.  

Elon Musk faz oferta bilionária pela OpenAI e reacende rivalidade com Sam Altman

A batalha entre os gigantes da tecnologia, Elon Musk e Sam Altman, ganhou um novo capítulo nesta ultima segunda-feira. O bilionário Musk fez uma oferta surpreendente de US$ 97,4 bilhões para adquirir a divisão sem fins lucrativos da OpenAI, conforme reportado pelo The Wall Street Journal, no caso de a proposta ser aceita, ela poderá resultar na fusão da OpenAI com a xAI, startup de inteligência artificial fundada por Musk.

O empresário afirmou que deseja ver a OpenAI “retomar seu compromisso com a segurança e o código aberto”, características que, segundo ele, foram abandonadas. Musk, que já foi cofundador da OpenAI em 2015, deixou a organização em 2018 após tentativas frustradas de controlar a maior parte das ações e assumir a liderança da empresa.

Altman responde as provocações públicas

Sam Altman, atual CEO da OpenAI, não deixou a provocação sem resposta, e em um tom sarcástico, comentou nas redes sociais:

“Não, obrigado, mas podemos comprar o Twitter por US$ 9,74 bilhões , se você quiser.”

A declaração fez alusão à queda de valor do Twitter desde que Musk adquiriu a plataforma em 2022 por US$ 44 bilhões.


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Bilionários já chegaram a ser parceiros no passado (foto:reproduçao/Getty Images Entertainment/Michael Kovac/Getty Images Embed)


A rivalidade entre os dois bilionários tem se intensificado nos últimos meses. Em janeiro, Musk criticou publicamente o projeto Stargate, uma iniciativa de US$ 500 bilhões para construir centros de dados focados em inteligência artificial, liderada pela OpenAI em parceria com Donald Trump, que e bastante próximo de Musk.

Musk ainda questionou a viabilidade financeira do projeto e chegou a chamar Altman de “trapaceiro” e “mentiroso” nas redes sociais.

O que deve vim a seguir?

Ainda não está claro no entanto se a OpenAI aceitará a oferta de Musk, o embate entre os dois empresários promete continuar, moldando o futuro da inteligência artificial. Com interesses divergentes sobre a ética e o desenvolvimento da tecnologia, Musk e Altman representam dois caminhos distintos para o futuro da IA: um focado na abertura e segurança, e outro na inovação acelerada e parcerias estratégicas.

Apple Intelligence terá versão em português a partir de abril

O CEO da Apple, Tim Cook, anunciou que o Apple Intelligence, o principal pacote de recursos de inteligência artificial da empresa, estará disponível em português a partir de abril deste ano. A declaração foi feita durante a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre fiscal de 2025, quando além dessa novidade também foi falado os dispositivos compatíveis com o Apple Intelligence.

Além do suporte ao português, a Apple expandirá o Apple Intelligence para diversos outros idiomas, incluindo francês, alemão, italiano, espanhol, japonês, coreano e chinês simplificado.

O inglês localizado para Singapura e Índia também será incorporado. No que diz respeito à disponibilidade global, a tecnologia chegará a novos mercados como Austrália, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul e Reino Unido, algo bastante esperado entre os consumidores da marca.

Recursos são diversos

Entre os principais recursos do Apple Intelligence estão o assistente de escrita, que aprimora textos automaticamente, os chamados Genmoji, emojis personalizados gerados por IA, além de resumo inteligente de notificações, transcrição de chamadas e integração com o ChatGPT na Siri.

Dispositivos suportados

A Apple também falou a lista de dispositivos compatíveis com o Apple Intelligence, dentre os modelos de iPhone, a tecnologia estará disponível para o iPhone 15 Pro, iPhone 15 Pro Max e todos os modelos da linha iPhone 16. Já para iPads e Macs, os dispositivos compatíveis incluem iPad Pro e iPad Air com processador M1 ou superior, além de MacBook Air, MacBook Pro, iMac, Mac Mini, Mac Studio e Mac Pro equipados com chips M1, M2 ou superiores.


Recursos de IA são bastante aguardados por fãs da marca (Foto: reprodução/NurPhoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


A iniciativa reforça ainda mais a aposta da Apple na inteligência artificial como diferencial para seus produtos, com a marca competindo diretamente com outras gigantes do setor, como Google e Microsoft.

Com a chegada do suporte ao português, usuários brasileiros e de outros países lusófonos poderão explorar as funcionalidades do Apple Intelligence em seu idioma nativo, tornando a experiência mais acessível e integrada ao ecossistema da empresa, algo que deve agradar bastante os fãs da marca.

Trump reverte regulamentação de IA e dá prazo ao TikTok, para evitar banimento

Em seu retorno ao Salão Oval, Donald Trump iniciou o mandato com mudanças controversas e de grande impacto. Na segunda-feira (20), o republicano reverteu uma série de políticas adotadas por seu antecessor, Joe Biden, incluindo a regulamentação da inteligência artificial (IA) e a decisão sobre o banimento do TikTok, medida que dividiu opiniões nos Estados Unidos.

Revogação das regras de segurança para IA

Trump decidiu revogar o decreto de Biden que visava estabelecer padrões mais rígidos para o uso da inteligência artificial no país. Esse decreto partia de um esforço do governo democrata, para garantir que a IA fosse desenvolvida de forma ética e segura.

Estabelecia pontos importantes como a obrigatoriedade de desenvolvedores compartilharem dados sobre testes de segurança com o governo; juntamente com a realização de avaliações sobre riscos que a tecnologia poderia causar, incluindo ameaças químicas, radiológicas ou biológicas, além de relatórios que identificassem o impacto da IA no mercado de trabalho americano.

Para Trump e outros republicanos, no entanto, as regras eram vistas como um obstáculo à inovação. Em nota, membros do Partido Republicano afirmaram que regulamentações excessivas poderiam sufocar o potencial da IA no país, um setor que eles consideram estratégico para a economia e a liderança global dos Estados Unidos.


Donald Trump adia banimento do TikTok por 75 dias (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Além de lidar com a regulamentação de IA, Trump também voltou sua atenção ao TikTok, a popular rede social chinesa que estava sob ameaça de ser banida nos EUA. Trump assinou um decreto adiando o banimento da plataforma por 75 dias, dando mais tempo para que a empresa negocie um acordo com o governo. A decisão também suspende temporariamente uma lei aprovada no governo Biden, que exigia que o TikTok encontrasse um comprador para sua operação americana.

De acordo com o novo decreto, o Departamento de Justiça deve comunicar às gigantes de tecnologia, como Apple e Google, que não houve violação de normas, enquanto a proibição estava em vigor.

No domingo (19), o TikTok chegou a ficar fora do ar para usuários americanos por algumas horas, antes de ser reativado. Em uma notificação enviada aos seus usuários, a empresa agradeceu a decisão de Trump e afirmou estar comprometida em continuar no mercado americano.

Controvérsias e repercussão

As medidas de Trump reacenderam debates sobre inovação e soberania digital. Para defensores das regulamentações de Biden, a revogação do decreto sobre IA representa um retrocesso, colocando consumidores e trabalhadores em risco. Já o adiamento do banimento do TikTok gerou críticas de setores mais conservadores, que veem a plataforma como uma ameaça à segurança nacional.

Enquanto isso, os próximos meses serão decisivos para determinar o futuro dessas questões. A indústria de tecnologia observa com atenção as novas diretrizes do governo, enquanto consumidores e empresas aguardam para entender os impactos das mudanças.

Trump deu o tom de seu governo já no primeiro dia: polêmico, direto e com ações que prometem gerar intensos debates nos próximos anos.