TikTok anuncia mega data center no Ceará com investimento de R$ 200 bilhões

O TikTok confirmou nesta quarta-feira (4) a construção de uma gigantesca central de processamento de dados no Ceará, consolidando aquele que será o primeiro data center da plataforma na América Latina. O anúncio, realizado durante evento no Estado com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um investimento total de R$ 200 bilhões ao longo dos próximos anos — o maior já feito pela empresa no Brasil.

A diretora de Políticas Públicas do TikTok no país, Mônica Guise, destacou que o projeto representa um marco estratégico para a plataforma. Segundo ela, o Brasil é um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo, o que justifica o aporte bilionário destinado à infraestrutura tecnológica. Até então, a empresa não havia comentado publicamente o empreendimento, que vem sendo estruturado desde 2023.

Infraestrutura robusta e foco em energia limpa

Localizado no complexo portuário do Pecém, o futuro data center terá sua primeira fase executada em parceria com a Omnia, da gestora Pátria Investimentos, e com a Casa dos Ventos, responsável pela geração de energia renovável. De acordo com o TikTok, toda a operação será abastecida por energia 100% limpa, proveniente de parques eólicos atualmente em construção especificamente para atender o projeto.


TikTok a rede social (Foto: reprodução/Brent Lewin/Bloomberg/Getty Images Embed)


A etapa inicial prevê consumo energético de 300 megawatts (MW) e capacidade de processamento de 200 MW, exigindo um investimento de R$ 50 bilhões  cifra já divulgada anteriormente. As obras devem começar ainda este ano, com início das operações programado para 2027.

A expansão futura do complexo poderá elevar sua capacidade para quase 1 gigawatt (GW), conforme documentos do projeto obtidos pela Reuters. O TikTok, porém, não detalhou oficialmente o limite potencial da estrutura. Parte do investimento total, cerca de R$ 108 bilhões, será destinada à aquisição de equipamentos de alta tecnologia até 2035, além de melhorias adicionais ao longo da década seguinte.

Sustentabilidade e tecnologia de ponta

Com a iniciativa, o Ceará se posiciona como um dos principais polos de infraestrutura digital da América Latina, enquanto o TikTok dá um passo estratégico para ampliar sua presença global e fortalecer sua operação em um dos mercados mais relevantes para a plataforma.

Com autorização para prestar serviços de exportação de dados, o empreendimento deve se tornar o maior data center individual do país quando entrar em operação. O resfriamento das instalações será realizado por meio de um sistema de circuito fechado de reutilização de água, tecnologia que reduz drasticamente o consumo hídrico durante o gerenciamento térmico.

Segundo comunicado da empresa, as estruturas contarão com sistemas baseados em recirculação de água, refrigeração a ar e equipamentos de alta eficiência energética, diminuindo o impacto ambiental e reforçando o compromisso do TikTok com soluções sustentáveis.

Banco Central cria regras para criptomoedas e promete mais segurança ao investidor

Na ultima segunda-feira (10), foi anunciado pelo Banco Central, em Brasília, um conjunto de regras para regulamentar o mercado de criptomoedas no Brasil. O objetivo é proteger os investidores e coibir fraudes, golpes e lavagem de dinheiro. As novas normas entram em vigor em fevereiro de 2026 e vão atingir todas as empresas que oferecem serviços com moedas digitais no país.

A medida é considerada um marco para quem investe ou pretende investir em criptomoedas. Pela primeira vez, o setor passa a ter uma fiscalização direta do Banco Central, que exigirá mais transparência nas operações e responsabilidade das empresas que intermediam compras, vendas e transferências desses ativos digitais.

O que muda para quem investe em criptomoedas

Na prática, o novo regulamento deve trazer mais segurança para o público. As empresas que lidam com criptoativos, conhecidas como corretoras ou exchanges, precisarão de autorização do Banco Central para funcionar. Elas também terão que comprovar que possuem estrutura adequada para evitar fraudes e proteger os dados dos clientes.


Publicação do UOL (Vídeo: reprodução/Youtube/Uol)


Isso significa que o investidor terá mais clareza sobre onde está aplicando seu dinheiro. Até agora, o mercado era praticamente livre, o que facilitava golpes e operações ilegais. Com a supervisão direta do BC, será mais difícil para empresas fantasmas ou plataformas sem respaldo enganarem consumidores com promessas de lucros rápidos.

Outro ponto importante é que as transferências internacionais com criptomoedas passarão a ser tratadas como operações de câmbio. Na prática, quem enviar ou receber valores do exterior usando moedas digitais precisará seguir regras parecidas com as de bancos tradicionais, o que garante mais rastreabilidade e segurança.

Como a medida pode ajudar o consumidor

A regulamentação também deve tornar o mercado mais confiável. Com a nova lei, o Banco Central poderá exigir relatórios das empresas, definir padrões de governança e aplicar punições em caso de irregularidades. Isso ajuda a evitar perdas financeiras e dá mais confiança a quem deseja entrar no mundo das criptomoedas.

Para o consumidor, a principal vantagem é a transparência. Será possível saber quais empresas estão devidamente registradas e confiáveis. Além disso, a supervisão promete reduzir os casos de pirâmides financeiras e fraudes que marcaram o setor nos últimos anos. As regras também incentivam o crescimento do mercado de forma saudável, atraindo novos investidores e fortalecendo o uso das criptomoedas como meio de pagamento e investimento no país.

Ouro sobe acima de US$ 4 mil com dúvidas comerciais e compras de bancos centrais

O ouro encerrou em alta nesta segunda-feira (3), sendo negociado acima do nível de US$ 4 mil. O impulso ocorre devido às novas compras de banco centrais e pela persistente incerteza de investidores acerca das taxas de juros e da política comercial dos Estados Unidos.

As declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) são uma das causas das incertezas entre os investidores. O crescente nível de juros dos EUA junto às políticas comerciais entre o país norte-americano e outros países tem causado dúvidas, o que acarretou que o ouro tivesse uma alta e se mantivesse como o principal metal de refúgio na economia.

Mercado do ouro

As negociações de dezembro do ouro na divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York), encerraram o pregão em alta de 0,44%, a US$ 4.014,00 por onça-troy, significando um avanço do metal no mercado global.

De acordo com o banco holandês ING, um dos fatores que o mercado vem analisando é o acordo comercial entre os EUA e a China. Oficializado na semana passada, o acordo recente entre as duas potências trouxe um respiro temporário ao mercado, entretanto, não ajudou efetivamente nas principais divergências.


A situação comercial entre EUA e China é um dos fatores que impulsionaram o ouro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/FREDERIC J.BROWN)


A situação atual aumenta a busca pelo ouro, mas os novos cortes de juros pelo Fed em dezembro mantém as expectativas reduzidas, segundo o ING.

Expectativas sobre os juros

Para o Saxo Bank, o momento atual é incerto, mesmo que os principais motivos pela alta do ouro “permanecem intactos”. Embora esses fatores permaneçam em uma posição de persistência, o ouro enfrenta obstáculos de curto prazo diante da política monetária cautelosa do Fed. De acordo com o banco dinamarquês, quando o momento de correção de juros acabar, os mesmos motivos que alimentaram a alta do metal devem retornar, com previsão para 2026.

Entre os dirigentes do Fed há uma divergência nas próximas decisões. O diretor do Fed, Stephen Miran, mencionou nesta segunda-feira (3), que pretende defender a redução de 50 pb (pontos-base) na próxima reunião monetária em dezembro. Já o presidente da distrital de Chicago, Austan Goolsbee, mencionou que ainda não tomou uma decisão acerca do encontro.

Empresas americanas são responsáveis por 34% dos investimentos no Brasil

Ao falar de investimentos internacionais no Brasil, a influência dos Estados Unidos não passa despercebida. Dados da Amcham Brasil, divulgados em 28 de julho de 2025, revelam que as empresas americanas detêm 34% do total do investimento direto no Brasil, equivalente a mais de US$ 357 bilhões. Esse capital se concentra, principalmente, em três setores estratégicos para o país: tecnologia, veículos e energia.

O impacto do investimento americano no Brasil

Os investimentos de empresas dos Estados Unidos têm se mostrado essenciais para o fortalecimento de áreas chave da economia brasileira. A tecnologia, por exemplo, recebeu um impulso significativo com a construção de novos data centers e empresas de tecnologia avançada. Já a indústria automotiva segue como um setor importante, com investimentos em fábricas e inovação no desenvolvimento de veículos.

Em um cenário mais amplo, o investimento americano também está direcionado para a infraestrutura energética do país. O apoio das empresas dos EUA tem sido importante no desenvolvimento de energias renováveis e novas soluções para a matriz energética brasileira, além de projetos em gás e petróleo.


Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil (Fonte: reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)


O efeito multiplicador no mercado de trabalho

Além de gerar avanços tecnológicos e industriais, esses investimentos têm gerado empregos de alta qualidade e com valor agregado para a economia nacional. Estima-se que mais de um milhão de brasileiros estejam empregados diretamente em empresas americanas no país. De acordo com a analista de economia da CNN, Thais Herédia, esses números são reflexo de uma relação estratégica entre os dois países, com vantagens mútuas.

“É um fluxo de capital que traz inovação, além de estimular o crescimento das empresas brasileiras que são parceiras desses investidores estrangeiros”, afirmou Thais, durante sua análise no CNN Prime Time.

Desafios no comércio bilateral

Apesar do cenário positivo, o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos não está livre de desafios. O recente anúncio de uma possível tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, somado a outros entraves diplomáticos, pode afetar essa relação.

Uma comitiva brasileira já se encontra em Washington em busca de soluções que não comprometam o fluxo de investimentos e comércio entre os dois países. O futuro da relação econômica entre os EUA e o Brasil, portanto, depende das decisões políticas que serão tomadas nas próximas semanas.

Bitcoin ultrapassa US$ 122 mil com impulso regulatório e otimismo no mercado cripto

O bitcoin, principal criptomoeda do mundo, superou a marca de US$ 122 mil (R$ 679.540,00) nesta segunda-feira (14), atingindo um novo recorde histórico. O avanço ocorre após a moeda ter ultrapassado os US$ 120 mil (R$ 667.800,00) pela primeira vez no domingo (13), por volta das 23h42.

A disparada do ativo digital é impulsionada pelo otimismo regulatório entre investidores, motivado por recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em campanha para a reeleição, o republicano prometeu transformar o país na “capital cripto do planeta”. Trump também anunciou planos para flexibilizar exigências regulatórias sobre o setor e criar uma reserva nacional de ativos digitais, semelhante ao estoque federal de ouro.

Apesar das recentes ameaças do presidente


Donald Trump atual Presindente do EUA(Foto: Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images)


O que gerou instabilidade nos mercados acionários o mercado cripto reagiu com entusiasmo. O bitcoin acumula valorização de mais de 28% no ano, com destaque para o período pós-posse presidencial.

Outros criptoativos também registraram ganhos expressivos. O Ether (ETH), segunda maior criptomoeda em valor de mercado, chegou a US$ 3.042 (R$ 16.941,00), uma alta de 18% na semana. Já o BNB, da Binance, alcançou US$ 698 (R$ 3.888,00), com valorização semanal de 5,7%.

Desde que superou os US$ 100 mil (R$ 556.800,00) em dezembro de 2024, o bitcoin manteve trajetória ascendente. Levou 167 dias para atingir US$ 110 mil (R$ 612.700,00), marca alcançada em 21 de maio, e apenas 53 dias para atingir os US$ 120 mil. A valorização recente é atribuída, em parte, à expectativa de aprovação do GENIUS Act, projeto de lei que estabelece um marco regulatório para stablecoins nos Estados Unidos.

A proposta prevê que emissores de stablecoins criptomoedas atreladas a ativos estáveis, como o dólar mantenham reservas equivalentes aos valores emitidos e garantam prioridade de reembolso a detentores em caso de colapso financeiro. Analistas apontam que a medida pode aumentar a confiança de investidores e impulsionar o setor, que pode chegar a movimentar US$ 238 bilhões (R$ 1,324 trilhão), segundo estimativas da CoinDesk.

Valorizou por conta da bolsa americana

A valorização das criptomoedas acompanha também o bom momento das bolsas americanas. Nas últimas semanas, Nasdaq e S&P 500 renovaram suas máximas históricas, com destaque para a Nvidia, que se tornou a primeira empresa a atingir valor de mercado de US$ 4 trilhões (R$ 22,272 trilhões).

Grandes companhias também têm aumentado sua exposição ao mercado cripto. Em maio, a GameStop anunciou a aquisição de US$ 513 milhões (R$ 2,857 bilhões) em bitcoin. A Trump Media and Technology Group revelou planos para levantar US$ 2,5 bilhões (R$ 13,92 bilhões) com o objetivo de formar uma reserva corporativa em bitcoin.

Broadcom decepciona investidores com projeção de receita e ações recuam em Nova York

Apesar do crescimento impulsionado pela inteligência artificial e da forte atuação como fornecedora para gigantes como Apple e Samsung, a fabricante norte-americana de chips Broadcom viu suas ações caírem cerca de 2% nesta sexta-feira (6). A queda ocorreu após a divulgação da previsão de receita para o terceiro trimestre, que não correspondeu ao entusiasmo do mercado apesar de superar levemente as estimativas dos analistas.

Otimismo com chips e IA não segura queda nas ações

As ações da Broadcom recuaram cerca de 2% após a empresa anunciar uma projeção de receita de aproximadamente US$ 15,8 bilhões, o que corresponde a cerca de R$ 88,3 bilhões, para o terceiro trimestre, superando levemente a média das previsões, que era de US$ 15,71 bilhões.

No entanto, o resultado foi visto como morno diante das grandes expectativas geradas pelo crescimento da demanda por tecnologia ligada à inteligência artificial. A empresa norte-americana Broadcom fornece chips para Apple e Samsung, além de aparelhos de rede que suportam o tráfego de grandes volumes de dados nos data centers usados para IA, um dos setores que mais crescem no mundo.


Divulgação do Tomahawk 6 da Broadcom, o primeiro switch do mundo a atingir 102,4 Tb/s, usado para conectar dispositivos e permitir a troca rápida de dados (Foto: Reprodução/X/@Broadcom)

Valorização bilionária e incertezas no horizonte

Em dezembro, o valor de mercado da Broadcom ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão, o que corresponde a aproximadamente R$ 5,59 trilhões. Isso ocorreu depois que a empresa anunciou uma previsão de grande aumento na procura por chips. Desde o começo do ano, as ações da empresa já acumulam uma valorização de cerca de 12%.

No entanto, o setor enfrenta desafios externos. As empresas que produzem chips no mundo todo, como a Broadcom e até mesmo a Nvidia, atualmente considerada a empresa mais valiosa do mundo, enfrentam dificuldades por causa das mudanças nas regras comerciais dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump, além das limitações nas exportações. Essas medidas foram tomadas para dificultar que a China tenha acesso a certas tecnologias estratégicas.

Arábia Saudita prepara recepção para presidente Donald Trump nesta segunda-feira em Riade

Riade, capital da Arábia Saudita, amanheceu nesta segunda-feira (12) com as ruas repletas de bandeiras dos Estados Unidos com as bandeiras do país. Riade será palco de uma visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país saudita nesta terça-feira (13). O itinerário da visita de Trump inclui ainda paradas no Catar e Emirados Árabes Unidos.

O itinerário da visita

O presidente americano tem desembarque previsto para esta terça-feira na Arábia Saudita, e a visita do republicano deve se estender até sexta-feira (16). No período, Trump também irá passar por países como Catar e, em sequência, seguirá viagem para os Emirados Árabes Unidos. 

Os objetivos

Essa visita aos estados do Golfo tem o objetivo de tratar com o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, sobre negócios. Recentemente, o príncipe deixou claro suas intenções de investir nos EUA, a fim de ampliar a rede de investimentos e comércio com os americanos. Nos últimos anos, os Estados Unidos estão avançando em relação à dependência das exportações de petróleo saudita, porém o país árabe ainda depende do sistema de defesa americano.


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comenta sobre interesse da Arábia Saudita em investir em território americano. (Vídeo: reprodução/X/@DiretoDaAmerica)

Segundo o pesquisador do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos do Bahrein, Hasan Alhasan, Trump vê com bons olhos todo o investimento que deve ser feito pelos sauditas e entende que os estados do Golfo atentem a todos os requisitos. Mohammed Al-Jadaan, ministro das finanças da Arábia Saudita, enxerga um cenário otimista com a nova administração de Trump e acredita em um plano de transformação econômica de longo prazo.

Desvincular a economia saudita da economia do petróleo é toda a ideia por trás da Saudi Vision 2030.”

Por trás desta negociação também há o interesse de consolidação dos países do Golfo como parceiros indispensáveis para a segurança e economia dos EUA, atraindo para si o máximo de benefícios desta parceria.

Elon Musk foca na Tesla em meio a maior queda de vendas da história da montadora

Após resultados decepcionantes no primeiro trimestre de 2025, Elon Musk anunciou que reduzirá seu envolvimento no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) para se dedicar mais à Tesla. A montadora enfrenta a maior queda de vendas da sua história com lucros e receitas em forte declínio, cenário que levou Musk a retomar o foco na empresa e prometer uma nova fase de recuperação.

Em um momento crítico para a Tesla

Elon Musk anunciou que está voltando a dedicar mais tempo à montadora, após um período de envolvimento intenso com o polêmico Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), ligado à administração de Trump. A decisão vem logo após a Tesla divulgar resultados financeiros que acenderam o alerta entre investidores e analistas.


Elon Musk e queda das ações da Tesla (Foto: reprodução/ Patrick George/insideevs.uol.com.br)

No primeiro trimestre de 2025, a Tesla enfrentou uma queda de 9% na receita total, com a divisão de automóveis recuando 20%. O lucro ajustado da empresa despencou 39%, e o lucro líquido, uma das principais métricas de lucratividade, caiu impressionantes 71% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números superaram até mesmo as projeções pessimistas do mercado.

A montadora também revelou que registrou a maior queda de vendas de sua história, entregando cerca de 50 mil veículos a menos do que no primeiro trimestre de 2024. Isso fez com que a Tesla atingisse o nível mais baixo de vendas dos últimos três anos um contraste marcante para uma empresa que se destacou por crescer entre 20% e 100% por trimestre até pouco tempo atrás.

Durante a teleconferência com investidores nesta terça-feira (22), Musk afirmou que, a partir de maio, passará a dedicar apenas um ou dois dias por semana ao DOGE, focando seus esforços na recuperação da Tesla. “Meu tempo alocado para o DOGE cairá significativamente”, garantiu o bilionário.

Apesar dos resultados negativos, as ações da Tesla subiram 4% nas negociações após o expediente, impulsionadas pela sinalização de que Musk está reassumindo um papel mais ativo na empresa. Musk também defendeu sua atuação no DOGE, alegando que seu trabalho ali era essencial para combater “desperdício e fraude”.

Mesmo com os obstáculos, Musk tentou transmitir otimismo:

O futuro da Tesla é mais brilhante do que nunca. Estamos caminhando para um período de abundância sustentável para todos.”, declarou o empresário.

Ele reiterou que os projetos da empresa — incluindo tecnologias de direção autônoma e robôs humanoides — ainda têm o potencial de transformar o setor e entregar resultados no longo prazo, mesmo que ainda não tenham atingido o nível de maturidade prometido anteriormente.

Agora, com o foco de Musk de volta à Tesla, o mercado observa de perto como a empresa vai reagir aos desafios de curto prazo e se conseguirá retomar sua trajetória de crescimento acelerado.

Investimentos no exterior: Como aproveitar a queda de juros nos EUA

A recente queda de juros nos Estados Unidos, que reduziu as taxas em 0,5 ponto percentual, trouxe um novo cenário para o mercado financeiro internacional. Com a taxa agora variando entre 4,75% e 5% ao ano, especialistas apontam que esse movimento pode impulsionar o crescimento econômico e criar novas oportunidades de investimento, principalmente no exterior.

Mas quais são os setores e ativos mais promissores nesse novo contexto? A renda variável, especialmente ações nas áreas de logística e tecnologia, tendem a ganhar força, enquanto os títulos de renda fixa ainda mantêm atratividade para investidores mais conservadores e cautelosos.

Melhores investimentos no exterior

Com a recente queda na taxa Selic, os investidores brasileiros estão buscando alternativas mais rentáveis para proteger e aumentar seu patrimônio. O corte dos juros afeta diretamente o rendimento dos investimentos tradicionais de renda fixa no Brasil, como o Tesouro Direto e os CDBs, o que está levando muitos brasileiros a olharem para o mercado internacional em busca de oportunidades mais atrativas. Entre as opções mais recomendadas, a diversificação em ações, ETFs (Fundo Negociado em Bolsa) e títulos estrangeiros tem ganhado destaque, especialmente em mercados maduros e estáveis como o dos Estados Unidos.

Na renda variável, empresas dos setores de tecnologia e transporte estão entre as mais recomendadas. Ações de gigantes como Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (Google), Nvidia e empresas de logística como Union Pacific e CSX Corporation são alternativas de grande potencial de crescimento. Além disso, ETFs que englobam uma variedade de empresas e setores, como o iShares SP500 (IVV) e o Vanguard Real Estate (VNQ), que investe em imóveis comerciais, também são opções que proporcionam exposição a múltiplos ativos com menores riscos individuais.

Para quem prefere a renda fixa, os títulos públicos norte-americanos, como os Treasury Bonds, são uma escolha segura, oferecendo retornos que podem chegar a 3,97% ao ano para títulos com vencimento em 12 meses. Já para investidores que buscam exposição à dívida corporativa, o ETF LQD é uma excelente opção, investindo em títulos de grandes corporações. Outras opções de ETFs de renda fixa incluem o ETF TLT, que investe em títulos de longo prazo da dívida pública dos EUA.


Maioria dos brasileiros tem dúvidas sobre como investir (Foto: reprodução/Halfpoint Images/Getty Images Embed)


Dúvidas dos brasileiros sobre investir no exterior

Apesar das oportunidades, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre como investir no exterior e quais são os melhores caminhos para começar. Um dos pontos mais levantados é o valor mínimo necessário para iniciar esse tipo de investimento. A boa notícia é que, ao contrário do que muitos pensam, não há um valor mínimo fixo. Ações podem ser adquiridas em frações, e para títulos públicos, os valores variam entre US$ 1.000 e US$ 5.000.

Outro ponto de questionamento é a escolha da plataforma correta para realizar esses investimentos. No Brasil, existem várias corretoras que facilitam o acesso ao mercado americano, como Avenue, Nomad, Inter, C6 e Webull Brasil. Essas plataformas oferecem a facilidade de operar em dólares e permitem que o investidor diversifique sua carteira com ativos internacionais de forma simples e prática.

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também surgem como uma alternativa para quem não quer sair da B3. Esses recibos simulam o desempenho de ações estrangeiras na bolsa brasileira, permitindo que o investidor participe de mercados internacionais sem precisar abrir uma conta fora do país.

Uma questão recorrente é: por que investir em dólar? A resposta é simples. O dólar é uma moeda estável e globalmente valorizada, além de ser uma forma eficaz de proteção contra a desvalorização do real e a volatilidade econômica do Brasil. Além disso, investir em ativos internacionais traz uma importante diversificação geográfica, protegendo o patrimônio contra riscos locais e permitindo uma exposição a mercados que, muitas vezes, apresentam maior estabilidade e crescimento.

Finalmente, a diversificação é uma das principais recomendações dos especialistas. Alocar recursos em diferentes ativos e mercados ajuda a diluir riscos e protege o patrimônio contra as flutuações econômicas locais. Seja através de ações, títulos ou ETFs, investir no exterior não só oferece rentabilidade potencialmente maior, como também proporciona uma proteção cambial e inflacionária, importante para o investidor brasileiro que busca preservar e aumentar seus rendimentos.

Nasdaq consegue superar os 17 mil pontos pela primeira vez na história

Nesta terça-feira (28), o índice Nasdaq atingiu um marco histórico ao fechar o pregão acima dos 17 mil pontos pela primeira vez. O índice, que representa as principais empresas de tecnologia, encerrou o dia aos 17.109,88 pontos, impulsionado por um desempenho excepcional da fabricante de semicondutores Nvidia. As ações da Nvidia subiram mais de 7%, encerrando o dia cotadas acima de US$ 1,1 mil.

A valorização da Nvidia é um dos principais fatores por trás desse recorde. A empresa está próxima de alcançar um valor de mercado de US$ 3 trilhões, colocando-a ao lado de gigantes como Microsoft e Apple, e até mesmo com potencial de se tornar a companhia mais valiosa do mundo, superando a Apple, que atualmente é avaliada em US$ 2,91 trilhões.

Impulso das gigantes de tecnologia

Além da Nvidia, outras empresas de tecnologia também contribuíram para o desempenho positivo do Nasdaq. As ações da Gamestop, varejista de videogames, tiveram um salto de 25,16% após a empresa anunciar a conclusão de uma oferta de ações de cerca de US$ 933,4 milhões. O objetivo da companhia é usar esses recursos para fins corporativos gerais, incluindo possíveis aquisições ou investimentos.

O setor de tecnologia do S&P 500 também liderou os ganhos entre os setores, enquanto outros, como saúde e indústria, enfrentaram quedas. Essa movimentação positiva no setor de tecnologia reflete a confiança dos investidores nas perspectivas de crescimento e inovação contínua dessas empresas.


Prédio da Nvidia (Reprodução/euqueroinvestir)

Política monetária dos EUA e expectativas do mercado

O recente recorde do Nasdaq também está ligado às expectativas dos investidores em relação à política monetária dos Estados Unidos. Com os juros no maior nível em quase 23 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano desde julho de 2023, muitos investidores esperam que o Federal Reserve (Fed) inicie um afrouxamento monetário ainda neste ano. As chances de uma redução nos juros, de pelo menos 0,25 ponto porcentual, estão acima de 50% para os meses de novembro e dezembro, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.

Enquanto isso, os discursos de dirigentes do Fed continuam a calibrar as expectativas. O presidente da unidade do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que não descarta cortes nos juros, mas destacou que o colegiado do banco central precisa ter mais confiança na desaceleração da inflação para tomar tal decisão.

Impactos no Dow Jones e S&P 500

Enquanto o Nasdaq celebrava seu recorde, os outros índices tiveram desempenhos mistos. O Dow Jones caiu 0,55%, fechando aos 38.852,86 pontos, enquanto o S&P 500 teve uma leve alta de 0,02%, encerrando o dia aos 5.306,04 pontos. Os rendimentos dos Treasuries, que subiram para picos em várias semanas após fracos leilões de dívida, pressionaram os mercados.


Dentro do Prédio da Dow Jones (Reprodução/Brendan Mcdermid/Reuters)

Os investidores continuam atentos aos dados de inflação dos Estados Unidos, que poderão influenciar ainda mais as expectativas de cortes nos juros do Fed. Segundo Quincy Krosby, estrategista-chefe global da LPL Financial, o mercado não quer ver os rendimentos subindo a um nível que ameace a economia e o consumidor, frustrando o cronograma de flexibilização do Fed.

O cenário atual, com altas expectativas de cortes nos juros e um desempenho robusto das empresas de tecnologia, coloca os mercados em um estado de vigilância contínua, esperando por novos desenvolvimentos econômicos que possam moldar o futuro próximo.