O poder e a tecnologia por trás do Domo de Ferro

Em meio a uma crescente tensão no Oriente Médio, Israel mais uma vez depende de seu sofisticado sistema de defesa antimísseis, o Domo de Ferro, para proteger sua população. Este escudo tecnológico tem sido vital para o país, especialmente diante de ataques iminentes de mísseis balísticos, drones e mísseis de cruzeiro que o Irã pode lançar.

Desenvolvido em parceria com os Estados Unidos, Domo de Ferro, protege o país de ataques aéreos, incluindo mísseis balísticos e drones, desde 2011, o sistema combina radares avançados e mísseis interceptores para neutralizar ameaças antes que alcancem áreas urbanas. Com uma taxa de interceptação de 90%, ele é essencial para a segurança israelense, apesar de seu alto custo operacional.


Taxa de interceptação do Domo de Ferro chega a 90%(Foto:Reprodução/Anadolu/Getty Images embed)


A História por trás do Domo de Ferro

O desenvolvimento do Domo de Ferro começa em 1986, o Ministério da Defesa de Israel, em parceria com os Estados Unidos, iniciou as primeiras pesquisas para criar um sistema de defesa que atendesse às necessidades específicas do país. A ideia era ter uma ferramenta capaz de interceptar ameaças aéreas e proteger a população, sobretudo em áreas urbanas.

O Domo de Ferro, como o conhecemos hoje, começou a ser desenvolvido em 2007 pelas empresas Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries. Em abril de 2011, ele provou sua eficácia ao derrubar seu primeiro míssil direcionado a uma cidade israelense.

Como funciona o Domo de Ferro

O sistema funciona com base em uma combinação de tecnologia de ponta e estratégia. Utilizando radares avançados, o Domo de Ferro consegue detectar ataques inimigos em tempo real. Ao identificar um míssil, a tecnologia calcula sua trajetória e, se perceber que ele pode atingir uma área populacional, o sistema lança um míssil interceptor.

Esse míssil interceptador, projetado para neutralizar o míssil inimigo em pleno ar, garante que a ameaça não atinja o solo. O sistema é móvel, ou seja, pode ser implantado em qualquer lugar do país, tornando-se uma peça fundamental na defesa israelense.


Desempenho, eficiência e futuro da defesa de Israel

Com uma taxa de sucesso de aproximadamente 90%, o Domo de Ferro é um dos sistemas de defesa mais eficientes do mundo. Apesar do alto custo, o Domo de Ferro tem sido crucial para proteger a população israelense de ataques aéreos. Seu desenvolvimento contínuo, apoiado pelos Estados Unidos, permite que o sistema evolua e se adapte às novas ameaças, como drones e mísseis balísticos.

Diante de uma ameaça crescente, Israel continua investindo em sua defesa aérea. Além do Domo de Ferro, o país possui outros sistemas de defesa, como o “Arrow” e o “David’s Sling”, que atuam em conjunto para garantir uma proteção ainda mais robusta.

Governo dos EUA ficam em alerta após ataques do Irã contra Israel

Na tarde dessa última terça-feira(11), o Irã atacou fortemente Israel com mais de 180 mísseis lançados contra Israel.“Neste momento, entendemos que foram aproximadamente 180 projéteis”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel. Isso acendeu um sinal de alerta nos EUA que já se organiza para ajudar seu aliado.

Estados Unidos se posicionam no conflito

Diretamente da sala de crises na Casa Branca, o presidente dos Estado Unidos e a vice presidente Kamala Harris tem recebido informações constantes da situação no Oriente médio.

O Irã confirmou no último dia primeiro de outubro que fez uma série de ataques contra o país Israelense. Durante o início da agressividade Iraniana, as forças armadas de Netanyahu ligaram e soaram sirenes em Tel Aviv, avisando a população do que estava ocorrendo.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean Savett, publicou no X que além do monitoramento em tempo real que Joe Biden tem recebido da guerra no Oriente Médio ele também enviou tropas norte-americanas para o confronto. O presidente “instruiu as forças armadas dos EUA a ajudar na defesa de Israel contra os ataques e a abater mísseis que visam Israel”.


Joe Biden (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anadolu)


Resposta Iranina e conflito no Oriente Médio

“A resposta legal, racional e legítima do Irã aos atos terroristas do regime sionista — que envolveu alvejar cidadãos e interesses iranianos e infringir a soberania nacional da República Islâmica do Irã — foi devidamente executada”, disse o porta-voz do País em uma postagem no antigo Twitter.

E completou afirmando que se o país de Benjamim Netanyahu ousar responder sofrerá um ataque “esmagador”, como resposta.

O ataque Iraniano acontece depois de Nassah, líder do Hezbollah acabar morto após um bombardeio de Israel, além da guerra na faixa de Gaza continuar vitimando milhares de famílias inocentes, a alegação israelita aos bombardeios, é que o Hamas, grupo terrorista, tem reféns israelenses em seu território.

Chuva de mísseis atinge Tel Aviv em retaliação iraniana

Uma chuva de mísseis varreu o céu de Israel na tarde desta terça-feira (1º), quando o Irã lançou uma ofensiva de mais de 200 mísseis balísticos, com a maioria atingindo Tel Aviv e seus arredores. O ataque, que durou cerca de 12 minutos, foi uma retaliação direta à morte dos líderes do Hezbollah e Hamas, Hassan Nasrallah e Ismail Haniyeh, em uma série de bombardeios israelenses no Líbano e na Faixa de Gaza na última semana.

Imagens divulgadas por moradores e veículos de comunicação mostram mísseis cruzando o céu, enquanto as sirenes de alerta soavam em várias cidades israelenses. O famoso sistema de defesa antimísseis de Israel, conhecido como Domo de Ferro, conseguiu interceptar parte dos projéteis, mas muitas explosões atingiram áreas civis. O governo local informou que, até o momento, duas pessoas ficaram levemente feridas, e que a Universidade de Tel Aviv, além de um posto de gasolina, foram atingidos.

O ataque iraniano ocorre em meio à escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah, o que levou Israel a lançar uma operação terrestre limitada no sul do Líbano contra alvos do grupo extremista. Este embate, que já dura semanas, tem elevado o grau de instabilidade na região, com o potencial de desdobramentos ainda mais graves. A ofensiva de hoje, no entanto, marcou a entrada oficial do Irã no confronto de forma direta, intensificando a crise.


Irã manda mísseis para Israel — (Vídeo: reprodução / YouTube / UOL)

Irã responde à mortes de seus aliados

O regime iraniano, por meio de sua agência estatal Irna, confirmou o lançamento dos mísseis como uma retaliação às ações militares israelenses, que resultaram na morte de dois de seus aliados mais estratégicos: Hassan Nasrallah, do Hezbollah, e Ismail Haniyeh, líder do Hamas. Além disso, o Irã condenou a incursão israelense no Líbano, que começou no dia 31 de outubro, e prometeu “reagir a qualquer novo ataque”.


Líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah ao lado de Ismail Haniyeh —(Foto: Reprodução / Al-Manar/AFP)

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, foi colocado em um local seguro após o início da ofensiva. Segundo o governo iraniano, Khamenei está monitorando a situação de perto, enquanto o Irã mantém suas forças militares em estado de alerta.

Além de Israel, outros países do Oriente Médio foram afetados pelo ataque. Jordânia e Iraque chegaram a fechar seus espaços aéreos temporariamente como medida de segurança. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia alertado sobre a possibilidade de um ataque iraniano e, após o bombardeio, ordenou que as forças norte-americanas reforçassem a defesa de Israel. Em comunicado, a Casa Branca afirmou que as consequências para o Irã serão severas caso novos ataques sejam realizados.

Resposta de Israel e o papel dos EUA

O porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, classificou o ataque como “sério” e afirmou que haverá consequências para o Irã. As forças de defesa aérea de Israel estão em alerta máximo, e aeronaves da Força Aérea intensificaram suas operações em resposta ao bombardeio.

Estamos no auge da nossa prontidão ofensiva e defensiva

disse Adraee em comunicado oficial.

Com a escalada militar, a expectativa é de que Israel responda de maneira proporcional nas próximas horas, especialmente após o anúncio de que mísseis iranianos atingiram Tel Aviv. O governo israelense se prepara para uma possível retaliação terrestre, aumentando a tensão no sul do Líbano, onde o Hezbollah também continua disparando foguetes em direção ao território israelense.

Invasão do Líbano e novas ameaças

A operação terrestre israelense no sul do Líbano, que começou nesta terça-feira (1º), marcou o primeiro confronto direto entre soldados de Israel e combatentes do Hezbollah desde o início dos bombardeios na Faixa de Gaza. A incursão, considerada “limitada”, busca destruir bases estratégicas do Hezbollah, mas a ação já gerou uma nova onda de retaliações. O Hezbollah respondeu ao ataque com o disparo de mísseis contra Tel Aviv e outras localidades, direcionando suas investidas a alvos do serviço secreto israelense, o Mossad.

Além disso, a milícia Houthi, financiada pelo Irã e que atua no Iêmen, afirmou ter disparado foguetes em apoio ao Hezbollah, aumentando ainda mais o cerco ao território israelense. A guerra na Faixa de Gaza, que já contava com a participação do Hamas, agora se expande para outras frentes, com a inclusão de novos aliados do Irã na luta contra Israel.

Nos últimos meses, Israel e Hezbollah vinham travando uma série de ataques esporádicos, mas a situação começou a se deteriorar após a morte do chefe do Hezbollah em um ataque israelense em Beirute no dia 27 de setembro. Desde então, a fronteira entre Israel e Líbano tornou-se palco de frequentes bombardeios e confrontos diretos.

Impacto humanitário e resposta internacional

A situação na região está levando a uma crescente preocupação internacional. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, já está em contato com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para discutir possíveis soluções diplomáticas e garantir que os civis do norte de Israel possam retornar com segurança para suas casas. Nos últimos dias, Israel tem instado a população civil do sul do Líbano a deixar suas casas devido aos intensos bombardeios.

No entanto, a possibilidade de uma resolução pacífica parece cada vez mais distante. A guerra de mísseis entre Israel e o Irã, somada à operação terrestre no Líbano, cria um cenário explosivo, com o potencial de desencadear uma guerra regional ainda maior. Para os civis, tanto em Israel quanto no Líbano, a perspectiva de uma escalada de violência é uma realidade preocupante.

A crise atual é apenas mais um capítulo no longo e complicado histórico de conflitos no Oriente Médio, onde a rivalidade entre Israel e Irã tem alimentado guerras por procuração e intervenções militares ao longo das últimas décadas.

Conflito entre Israel e Hezbollah intensifica tensões com confronto direto no sul do Líbano

Soldados israelenses e militantes do Hezbollah se enfrentaram diretamente no sul do Líbano, no primeiro confronto desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O combate ocorreu na madrugada desta terça-feira (1º), de acordo com o Exército de Israel, que confirmou a ação militar como parte de uma operação terrestre limitada contra bases do grupo extremista libanês.

Os ataques marcaram uma nova fase no conflito, após semanas de trocas de bombardeios entre Israel e o Hezbollah. As incursões terrestres foram acompanhadas por alertas do governo israelense para que civis libaneses na região deixassem suas casas. O porta-voz militar Avichay Adraee emitiu um comunicado direcionado a mais de 20 cidades do sul do Líbano, orientando a evacuação imediata para áreas seguras.

Combates intensos no sul do Líbano

Segundo informações do Exército de Israel, os combates ocorreram após incursões terrestres de suas forças em território libanês, na tentativa de neutralizar ameaças do Hezbollah. O porta-voz das Forças Armadas de Israel para o mundo árabe relatou “combates intensos”, com o Hezbollah utilizando áreas civis como escudo para lançar ataques contra os militares israelenses.

Em resposta, o grupo extremista lançou mísseis em direção a Tel Aviv, alegando que os alvos eram instalações do serviço de inteligência israelense, o Mossad. Além disso, a milícia Houthi, aliada do Hezbollah e financiada pelo Irã, afirmou ter disparado foguetes em apoio ao grupo.


Israel faz bombardeio em área no sul do Líbano (Foto: reprodução/AP Photo/Leo Correa)

Ataques aéreos e operação terrestre

A operação israelense, denominada “Setas do Norte”, inclui o uso de tropas terrestres e apoio aéreo, com ataques precisos a alvos do Hezbollah no sul do Líbano. O Exército de Israel justificou a ação como necessária para garantir a segurança dos residentes do norte do país, que haviam deixado suas casas devido aos constantes bombardeios do Hezbollah.

Até o momento, não foram confirmadas informações sobre vítimas ou danos significativos nos confrontos. No entanto, a Reuters relatou que um dos ataques israelenses atingiu um edifício usado como abrigo para refugiados palestinos. O alvo seria o comandante da Fatah, Mounir Maqdah, cujo paradeiro permanece desconhecido.

A escalada do conflito reflete o aumento da tensão na região, que já havia se intensificado após Israel ter matado o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo na sexta-feira (27). Autoridades de ambos os lados seguem em silêncio quanto aos resultados da operação, enquanto os Estados Unidos expressam apoio à ação israelense na fronteira com o Líbano.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que uma resolução diplomática é necessária para garantir a segurança dos civis israelenses no norte do país, mas destacou a importância da ofensiva militar para neutralizar a ameaça do Hezbollah.

Líder do Hamas no Líbano é morto em ataque aéreo

O Hamas anunciou, nesta segunda-feira (30), a morte de seu líder no Líbano, Fatah Sharif Abu al-Amine, em um ataque aéreo no país. De acordo com um comunicado do grupo palestino, a esposa e os dois filhos de al-Amine também morreram no bombardeio, que atingiu sua residência na zona rural de Al Bass, perto da cidade de Tiro, no sul do Líbano. A agência oficial de notícias libanesa, ANI, confirmou o ataque aéreo na área, localizado em um campo de refugiados palestinos.

Segundo o Hamas, o ataque foi classificado como um “assassinato terrorista e criminoso”. Até o momento, nenhum país ou organização reivindicou oficialmente a responsabilidade pelo bombardeio e não foram fornecidos mais detalhes sobre a autoria do ataque, embora o histórico do conflito sugira a possibilidade de envolvimento de forças israelenses.

Contexto do conflito

O ataque ocorre em um momento de crescente tensão entre Israel e grupos militantes no Líbano, incluindo o Hamas. Desde o início do conflito em Gaza, há quase um ano, Israel tem direcionado seus ataques a líderes do Hamas em território libanês. Esse tipo de ataque faz parte de um cenário mais amplo de confrontos, que frequentemente se intensificam com ataques aéreos e operações militares, especialmente quando figuras de liderança são alvos.

A morte de al-Amine acontece poucas horas após outro ataque, que vitimou três membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), em Beirute, grupo secular de esquerda que também atua na resistência palestina.


Fatah Sharif Abu al-Amine, líder do grupo Hamas no Líbano (reprodução/gpsbrasilia)


Escalada de Ataques no Líbano

Esse acontecimento marca a primeira vez que o campo de refugiados de Al Bass, perto de Tiro, foi alvo direto de bombardeios. A escalada de violência na região preocupa analistas que veem o Líbano como um possível novo foco de confrontos entre Israel e facções palestinas, especialmente após o aumento das tensões em Gaza.

Primeiro-ministro de Israel faz ameaças ao regime do Irã em pronunciamento

Em pronunciamento diretamente aos próprios cidadãos iranianos, Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel fez algumas ameaças e falas direcionadas ao regime do Irã em mensagem divulgada nesta segunda-feira (30). Acusando o país de gastar um alto valor com guerras ao invés de melhorar a vida no Irã, onde alguns locais sofrem pela falta de infraestrutura, de maneira geral. O ministro ainda acrescentou que não existem locais no Oriente Médio em que Israel não possa alcançar, criticando a abordagem do governo iraniano em algumas outras questões.


Discurso de Netanyahu em assembleia da ONU, na última sexta-feira (27) (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Pronunciamento de Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, fazendo duras críticas tanto ao regime iraniano, quanto a forma em que o dinheiro do país é gasto, fez um discurso, divulgado inicialmente em língua inglesa, pelo site Ynet, pertencente ao jornal israelense “Yedioth Ahronoth”.

Todos os dias, vocês veem um regime que os oprime, fazendo discursos inflamados sobre a defesa do Líbano, a defesa de Gaza. Mas todos os dias, esse mesmo regime afunda nossa região cada vez mais na escuridão e na guerra. (…) Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar. Não há lugar que não iremos para proteger nosso povo e nosso país. A cada momento que passa, o regime os aproxima – o nobre povo persa – cada vez mais do abismo. A esmagadora maioria dos iranianos sabe que seu regime não se importa com eles. Se se importasse, se se importasse com vocês, pararia de gastar bilhões de dólares em guerras inúteis em todo o Oriente Médio. Começaria a melhorar suas vidas.

Pronunciamento de Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

Motivos do pronunciamento

Nas últimas semanas, ocorreu um aumento de mobilização do Irã, em questões de guerra e conflitos, que dão gastos ao país, principal motivo de crítica por parte de Netanyahu. O primeiro-ministro ainda acrescentou que Israel está perto de vencer a guerra e alcançar a paz, finalmente.

O premier israelense acabou citando que para o Irã se tornar um país que se importa com os cidadãos, deverá direcionar melhor o seu dinheiro, não gastando bilhões em guerras e conflitos, como acontece atualmente.

Presidente do Irã está pronto para resolver impasse nuclear com as potências mundiais

Nesta terça-feira, 24, Masoud Pezeshkian, presidente do Irã, fez seu primeiro discurso geral na Assembleia-Geral da ONU desde que se tornou presidente e afirmou estar pronto para “se envolver” no acordo nuclear e conversar com as potências mundiais. Pediu também que os Estados Unidos inicie uma nova era de relacionamento seu país.

Pezeshkian disse que o Irã deseja estabilidade e segurança para todos, mas que a segurança e os interesses de nenhum país podem ser alcançados à custa da segurança dos outros. Ele fez um apelo para que os países que estão em impasse nuclear abandonem políticas de confronto e restaurem a confiança.

Estamos prontos para nos engajar com os participantes do JCPOA (acordo nuclear iraniano) se os compromissos forem implementados integralmente e de boa-fé – disse o presidente.

Pacto nuclear

O iraniano falou sobre a retirada dos Estados Unidos do acordo em 2018. O ex-presidente Donald Trump abandonou o pacto nuclear de Teerã em 2018 e voltou a colocar duras sanções ao Irã, que também foram criticadas no discurso de Pezeshkian.


Donald Trump (Foto: reprodução/Poo/Getty Images News Embed)


Ele também afirmou que as sanções definidas foram uma “estratégia de coerção”, e que elas agravaram a crise no país, pois atingiram a economia iraniana e a população. “A nova era começa com o reconhecimento das preocupações de segurança do Irã.”, disse.

Crítica às guerras

Irã é o principal aliado do grupo terrorista Hamas e do Hezbollah, que está em guerra contra Israel. O presidente do Irã criticou a guerra e o derramamento de sangue, pedindo para cessar a violência em Gaza e no Líbano o mais rápido possível.

 Parar com a brutalidade insana de Israel no Líbano antes que coloque a região e o mundo em chamas” – pediu o líder.

Além disso, ele acusou Israel de crimes contra a humanidade, afirmando que o mundo tem visto o “verdadeiro regime israelense”. Caracterizou as atitudes de Israel como “genocídio, assassinato de crianças e terrorismo de Estado”, afirmando que a única solução para o conflito no Oriente Médio é dar aos palestinos o direito de decidir o seu próprio futuro.

Por fim, o líder iraniano deixou claro que não apoia a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e apoia a solução pacífica e o discurso como solução para o seu fim.

Israel emite alerta para libaneses se afastarem de posições do Hezbollah e retoma ataques

O exército israelense alertou os cidadãos libaneses nesta segunda-feira (29) para se distanciarem das posições do Hezbollah. O alerta veio após Israel lançar uma nova série de ataques aéreos contra as posições do movimento xiita no norte do país. Dezenas de aviões de guerra israelenses entraram no espaço aéreo libanês para mais bombardeios e a mídia estatal libanesa vem relatando bombardeios no sul e leste do país. O governo já emitiu comunicado que pelo menos 50 mortes foram confirmadas devido aos ataques.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, aconselhou os civis localizados perto de edifícios e áreas usadas pelo Hezbollah a deixarem imediatamente a região, já que as forças israelenses irão realizar bombardeios mais extensos contra terroristas que se enraizaram por todo o Líbano.

Mais bombardeiros

As forças armadas israelitas divulgaram um mapa que mostra 19 aldeias e cidades no sul do Líbano que seriam alvo de ação militar, mas não especificaram quais seriam alvo de novos ataques ou quais locais teriam que ser evacuados. A agência de notícias oficial do Líbano, ANI, relatou mais de 80 bombardeios em cerca de meia hora só durante a manhã desta segunda-feira na região o sul do país. Os ataques mais intensos ocorreram no Vale do Bekaa, no leste do país.

O Ministério da Saúde do Líbano já relatou que pelo menos 50 pessoas foram mortas e 300 ficaram feridas nos ataques de hoje, principalmente na região sul do país. Segundo as autoridades estaduais de saúde, grande parte dos mortos são mulheres, crianças e profissionais da área da saúde.

Hagari foi questionado se o anúncio indicava que Israel está se preparando uma invasão terrestre do território libanês e ele afirmou que, por enquanto, o foco seria apenas na campanha aérea.


Fumaça no sul do Líbano (Foto: reprodução/Instagram/@jornalnacional)

Israel e Hezbollah

A hostilidade entre Israel e Hezbollah atingiu um nível preocupante desde o início da guerra em Gaza na semana passada, quando aconteceu uma operação com foco na inteligência israelense, e, tendo sido negada pelo presidente do país no último fim de semana, milhares de aparelhos pager e walkie-talkies usados pelo grupo libanês foram explodidos. Dezenas morreram e mais de 3 mil ficaram feridos, segundo as autoridades do Líbano.

O Hezbollah então respondeu com força aos ataques, lançando centenas de foguetes para as regiões do sul do Líbano contra o norte de Israel, forçando assim as autoridades do Estado judeu a fechar o espaço aéreo e emitirem determinações de segurança para a população civil. Já no domingo (28), o grupo disparou cerca de 150 foguetes, drones e mísseis de cruzeiro, atingindo uma área totalmente civil perto de Haifa, que é considerada a terceira cidade mais importante do país.

Naim Qassem, o vice-líder do Hezbollah, Naim, disse que o bombardeio do domingo seria apenas o inicia da represália a Israel, afirmando que o conflito entre o grupo e o Estado Judeu estaria em um novo estágio. A cerca de quase um ano, o movimento libanês dispara contra Israel em solidariedade aos ataques israelenses contra os ataque em Gaza.

Em Beirute, as autoridades do governo libanês continuam lidando com o impacto dos ataques israelenses. O Ministério da Saúde do país ordenou que os hospitais do sul cancelassem operações selecionadas para se concentrarem no atendimento de emergência durante o bombardeio.

As equipes de resgate continuaram a vasculhar o local de um bombardeio israelense na sexta-feira que matou Ibrahim Aqil, comandante do braço militar do Hezbollah. Cerca de 10 a 15 pessoas permanecem presas nos escombros do prédio residencial afetado. Israel afirma que o local era usado para reuniões e atividades de planejamento do movimento libanês.

Vítimas da explosão de pagers no Líbano reportam momentos de aflição

O longo conflito entre o Hezbollah e Israel ganhou um novo capítulo. Na tarde desta terça-feira (17), a explosão coordenada de pagers, dispositivos usados para receber alertas e mensagens de texto, criou pânico em diferentes partes do Líbano. Agora, o número de fatalidades subiu para 12, dentre elas, uma criança de nove anos. Cerca de 2.750 pessoas saíram feridas, inundando hospitais e mobilizando voluntários para a doação de sangue. Segundo o Ministério da Saúde do país, 170 pessoas estão em estado grave e ao menos 500 pessoas perderam a visão.

Autoria do ataque

Membros do grupo terrorista Hezbollah e do governo libanês acusam Israel de ter cometido o ataque. O governo israelense ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas fontes dentro do próprio país afirmam que as ordens vieram do premier Benjamin Netanyahu. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, escapou ileso, mas o embaixador do Irã, Mojtaba Amani, sofreu ferimentos leves. Explosões também foram reportadas na Síria, país onde o grupo também atua. Foram 14 feridos.

Desde o início da guerra em Gaza, os membros do Hezbollah intensificaram o uso de pagers a pedido do próprio Nasrallah, por serem mais difíceis de rastrear do que celulares. Porém, o dispositivo também é usado por diversos profissionais da área de saúde e de serviços de emergência. Alguns analistas acreditam que a causa da explosão quase que simultânea de ontem pode ter sido um malware que superaqueceu as baterias ou uma infiltração na linha de montagem do aparelho.

O Ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que as regiões mais atingidas das vítimas foram o abdômen, as mãos e o rosto, já que elas estavam usando os pagers ou guardando-os próximos ao corpo no momento da explosão. Relatos de testemunhas do ataque compararam a explosão dos pagers a tiros e vídeos do momento foram divulgados pela mídia.


Firass Abiad, ministro libanês, realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre as explosões dos pagers e suas vítimas (Foto: Reprodução/Houssam Shbaro/Anadolu/Getty Images embed)


Nos subúrbios de Beirute, onde vários membros do Hezbollah estão alocados, várias explosões foram reportadas pelos moradores, que viram a fumaça saindo dos bolsos das pessoas, seguida de explosões similares a fogos de artifício. Mohammed Awada testemunhou o momento enquanto dirigia seu carro ao lado de uma das vítimas. “Meu filho ficou louco e começou a gritar quando viu a mão de um homem voando para longe dele”, disse Awada ao The New York Times.

O efeito da tragédia no país

O acontecimento deixou muitas pessoas de Beirute em estado de choque e confusão, tentando encontrar uma explicação para o que viram. O ataque despertou pânico e medo de até mesmo atender o celular quando tocava. O médico Abdulrahman al Bizri visitou hospitais em Sídon e viu como o sistema de saúde do país está sobrecarregado. Segundo ele, há falta de cirurgiões oftalmológicos para tratar as centenas de vítimas com ferimentos nos olhos.


Em meio à tragédia, os cidadãos libaneses foram doar sangue, a pedido do Ministro da Saúde (Foto: Reprodução/Houssam Shbaro/Anadolu/Getty Images embed)



Muitos dos feridos também sofreram amputações. Em entrevista à imprensa local, um membro da equipe médica de um hospital relatou que as pessoas perderam alguns dedos e em outros casos, todos os dedos da mão. “É muito delicado e algumas cenas são horríveis”, disse ele. Mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência foram chamadas para ajudar as vítimas. O número de feridos chega a 3 mil, incluindo membros do Hezbollah e civis.

Comandante da Jihad Islâmica morre durante troca de tiros

O exército Israelense emitiu um comunicado anunciando a morte de 5 combatentes Palestinos, Abu Shuya comandante da Jidah Islâmica estava entre eles. A situação se iniciou após o país de Benjamin Netanyahu realizar um dos maiores ataques ao local em questão.

ONU se preocupa com conflito

De acordo com o Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, a operação que Israel esta fazendo na Cisjordânia é preocupante. Nesta quinta (29), ele comentou:

Condeno veemente a perda de vidas, incluindo crianças, e peço a cessação imediata dessas operações”

António Guterres

Na ultima terça-feira, 27 de agosto, o Ministério da Saúde palestino divulgou que morreram mais de 600 pessoas, incluindo crianças. A Coordenação de Assuntos Humanitários, já sinalizou que estão realizando “operações militares perto de hospitais“, e nota-se que “há danos graves em diversos locais“.

Ocupação

Os Israelenses ocuparam o território palestino em 1967 e, desde então, vêm expandindo seus assentamentos, que são ilegais pela lei internacional. Esses confrontos estão crescendo desde quando se iniciou a guerra na faixa de Gaza.

Nas ultimas semanas o Exército Israelita divulgou a morte de 12 indivíduos considerados terroristas quando se teve a primeira operação em Jenin e Tulkarem, que se localizam ao norte da Margem Ocidental. Como descrito pelos militares, foram plantados explosivos para efetuar a eliminação. Israel Kats, o ministro das relações exteriores em sua conta no “X” disse:

Devemos lidar com a ameaça assim como lidamos com a infraestrutura terrorista em Gaza,incluindo a evacuação temporária de residentes palestinos e quaisquer medidas que sejam necessárias. Esta é uma guerra em todos os aspectos, e devemos vencê-la.”

Israel Kats

Israel Katz antes de uma reunião em Jerusalém (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Para Israel, as operações seriam necessárias para desestabilizar o Hamas, evitando ataques aos Israelenses. Desde os 11 meses em que se iniciou este embate, já morreram mais de 40 mil palestinos e ainda se tem 100 pessoas sequestradas de Israel.