Nesta terça-feira, 24, Masoud Pezeshkian, presidente do Irã, fez seu primeiro discurso geral na Assembleia-Geral da ONU desde que se tornou presidente e afirmou estar pronto para “se envolver” no acordo nuclear e conversar com as potências mundiais. Pediu também que os Estados Unidos inicie uma nova era de relacionamento seu país.
Pezeshkian disse que o Irã deseja estabilidade e segurança para todos, mas que a segurança e os interesses de nenhum país podem ser alcançados à custa da segurança dos outros. Ele fez um apelo para que os países que estão em impasse nuclear abandonem políticas de confronto e restaurem a confiança.
Estamos prontos para nos engajar com os participantes do JCPOA (acordo nuclear iraniano) se os compromissos forem implementados integralmente e de boa-fé – disse o presidente.
Pacto nuclear
O iraniano falou sobre a retirada dos Estados Unidos do acordo em 2018. O ex-presidente Donald Trump abandonou o pacto nuclear de Teerã em 2018 e voltou a colocar duras sanções ao Irã, que também foram criticadas no discurso de Pezeshkian.
Donald Trump (Foto: reprodução/Poo/Getty Images News Embed)
Ele também afirmou que as sanções definidas foram uma “estratégia de coerção”, e que elas agravaram a crise no país, pois atingiram a economia iraniana e a população. “A nova era começa com o reconhecimento das preocupações de segurança do Irã.”, disse.
Crítica às guerras
Irã é o principal aliado do grupo terrorista Hamas e do Hezbollah, que está em guerra contra Israel. O presidente do Irã criticou a guerra e o derramamento de sangue, pedindo para cessar a violência em Gaza e no Líbano o mais rápido possível.
Parar com a brutalidade insana de Israel no Líbano antes que coloque a região e o mundo em chamas” – pediu o líder.
Além disso, ele acusou Israel de crimes contra a humanidade, afirmando que o mundo tem visto o “verdadeiro regime israelense”. Caracterizou as atitudes de Israel como “genocídio, assassinato de crianças e terrorismo de Estado”, afirmando que a única solução para o conflito no Oriente Médio é dar aos palestinos o direito de decidir o seu próprio futuro.
Por fim, o líder iraniano deixou claro que não apoia a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e apoia a solução pacífica e o discurso como solução para o seu fim.