Forças Armadas de Israel iniciam ação de tomada da cidade de Gaza

Nesta quarta-feira (20), o porta-voz militar das forças armadas de Israel, Brigadeiro General Effie Defrin, anunciou que os primeiros passos das tropas israelenses para tomar a cidade de Gaza estão sendo tomados. O anúncio foi feito após o confronto com o grupo Hamas no sul de Khan Younis, na Faixa de Gaza.

Ação organizada

Em seu anúncio, Effie Defrin destacou que as tropas militares de Israel iniciaram os primeiros estágios para tomarem a cidade de Gaza e que já estão assumindo o controle de algumas regiões em torno da cidade. 

As forças armadas de Israel convocaram mais de 60 mil reservistas para colocar em prática a ação de tomada da cidade. Essa ação ocorre enquanto o governo de Israel negocia e avalia um novo acordo de cessar-fogo. Com essa força tarefa, Israel está avançando em seu plano de dominar o maior centro urbano de Gaza. A tomada da cidade de Gaza ocasionaria o deslocamento em massa de civis, o que preveem as críticas e análises de outros países sobre o plano. 


Soldados israelenses são vistos nas proximidades da fronteira com Gaza (Foto: reprodução/Amir Cohen/REUTERS)

Apesar da movimentação para a ação, um oficial militar afirmou à imprensa que os soldados da reserva não devem se apresentar até setembro. Esse intervalo pode abrir caminho para um cessar-fogo entre o grupo palestino Hamas e Israel.

Confronto em Khan Younis

Na quarta-feira (20), tropas israelenses entraram em conflito com 15 militantes do Hamas, que estavam em túneis e foram atacados por tiros e mísseis antitanque. O confronto aconteceu ao sul de Khan Younis, que fica na Faixa de Gaza. De acordo com o governo de Israel, o confronto deixou soldados feridos. 

As Brigadas Al-Qassam do Hamas emitiram um comunicado confirmando a realização do ataque às tropas de Israel no sudeste de Khan Younis e enfrentaram as tropas israelenses à queima-roupa. Afirmaram que o ataque, que durou cerca de duas horas, atingiu soldados.

Hytalo e Israel se manifestam pela primeira vez à Justiça sobre prisão

A prisão de Hytalo Santos e Israel Vicente ocorreu na sexta-feira (15), em Carapicuíba, pela Polícia Civil de São Paulo, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça da Paraíba. No sábado (16), o casal participou de audiência de custódia por videoconferência com o Fórum de Osasco, na Grande São Paulo, e se manifestou pela primeira vez, afirmando não compreender o motivo da detenção.

Hytalo e Israel estão sob investigação do Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), suspeitos de exploração e exposição de menores, além de possível tráfico humano por meio de conteúdos publicados nas redes sociais. A audiência de custódia também permite que os detidos relatem abusos durante a detenção, mas nenhum relato de maus-tratos foi feito, e o juiz manteve a prisão preventiva.

Na segunda-feira (18), o casal foi transferido da cadeia pública de Carapicuíba para o Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, em São Paulo, exclusivo para presos provisórios acusados de crimes contra a dignidade sexual. Hytalo deixou o local visivelmente emocionado. No dia seguinte, a Justiça rejeitou o pedido da defesa para transferência à Penitenciária de Tremembé, determinando que fossem levados a uma unidade prisional na Paraíba, conforme decisão do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux.

Repercussão de vídeo motiva prisões

Embora já fossem investigados há anos, as prisões ocorreram após a divulgação de um vídeo de 50 minutos publicado pelo influenciador Felca. O material mostrava supostas práticas de exploração, erotização e adultização de crianças e adolescentes. Na época, Hytalo e outros influenciadores estavam hospedados em uma mansão na Paraíba, de propriedade de Hytalo. Após a repercussão do vídeo, o casal deixou a residência e se mudou para Carapicuíba, onde alugou outro imóvel.

A Justiça paraibana considerou que a viagem poderia configurar tentativa de fuga e acatou o pedido do Ministério Público para decretar as prisões, além de determinar a suspensão das redes sociais dos investigados. A defesa do casal afirmou que a decisão é ilegal e reafirmou a inocência de Hytalo e Israel.


Hytalo e marido dizem pela 1ª vez à Justiça não entender por que foram presos (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)


Ameaças e medidas legais

Após as denúncias, Felca relatou ter recebido ameaças de morte pelas redes sociais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a polícia de São Paulo pode investigar, mas é necessário registro formal da ocorrência, o que não havia sido feito até a última atualização da reportagem. A Justiça autorizou, a pedido dos advogados de Felca, que o Google quebre o sigilo de dados de uma conta de e-mail responsável pelas ameaças.

Israel aprova expansão e redesenha fronteiras da Cisjordânia

Israel deu um passo significativo para avançar com o polêmico projeto de assentamento E1, na Cisjordânia ocupada, ao aprovar a construção de 3.401 novas unidades habitacionais. O plano de Israel, travado por décadas devido à oposição global, prevê a ligação de Jerusalém ao assentamento de Maale Adumim, criando uma faixa contínua de construções israelenses que cortaria o território palestino ao meio. Analistas apontam que a medida inviabilizaria a criação de um Estado palestino contíguo e comprometeria a possibilidade de Jerusalém Oriental tornar-se sua capital no futuro

Assentamento em território palestino

A aprovação ocorreu nesta quinta-feira (14) e deve receber sinal verde definitivo já na próxima semana. O projeto é visto por autoridades israelenses como parte de uma estratégia mais ampla de consolidação da soberania sobre a Cisjordânia, território ocupado desde 1967. Ao mesmo tempo, líderes palestinos classificam a iniciativa como uma ação sistemática para anexar terras, alterar a demografia local e impor realidades irreversíveis no terreno.

O proposta do E1 enfrenta críticas contundentes de organizações de direitos humanos e da comunidade internacional. A entidade israelense Paz Agora alertou que o avanço representa um “ponto de não retorno” para a solução de dois Estados, defendida em diversas resoluções da ONU. Segundo especialistas, a implementação do projeto isolaria comunidades palestinas, aumentaria as tensões e aprofundaria o ciclo de violência na região.

Embora os assentamentos israelenses na Cisjordânia sejam considerados ilegais pela lei internacional, mudanças na política externa dos Estados Unidos enfraqueceram o consenso sobre o tema. Durante o governo Trump, Washington abandonou a posição histórica de que as construções violavam o direito internacional, e a administração Biden manteve a orientação. Esse cenário tem sido interpretado por críticos como um sinal verde tácito para a expansão territorial.


Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursa diante de um mapa do Vale do Jordão (Foto: reprodução/Menahem Kahana/Getty Images Embed)


Aumentoda da instabilidade territorial

O anúncio ocorre em um momento de instabilidade, marcado pelo conflito em Gaza e pelo aumento da violência entre colonos israelenses e palestinos. Para diplomatas e observadores, a decisão de retomar o E1 amplia o risco de colapso das negociações de paz e aprofunda a divisão territorial e política.

Com a expectativa de aprovação final nos próximos dias, o projeto E1 pode redefinir o mapa da Cisjordânia e colocar novos obstáculos a qualquer acordo futuro, consolidando uma realidade que muitos consideram incompatível com a coexistência pacífica entre dois Estados.

Seis jornalistas são mortos após ataques de Israel em Gaza

Neste domingo (10), um bombardeio israelense na Cidade de Gaza deixou seis jornalistas mortos, de acordo com informações do hospital Al-Shifa. Entre as vítimas, estavam quatro profissionais da rede televisiva Al Jazeera.

O Exército de Israel confirmou ter atingido e matado o repórter Anas Al-Sharif, alegando que ele chefiava uma célula do grupo Hamas. A emissora disse que outro de seus nomes de destaque em Gaza, Mohammed Qreiqeh, também foi morto no mesmo ataque.

Ataque em Gaza

Segundo a rede Al Jazeera, a morte de Anas Al-Sharif, considerado um dos melhores jornalistas de Gaza, juntamente com seus colegas, representaria uma tentativa de silenciar vozes antes de uma possível ocupação da região. Como informa o diretor do Hospital Al-Shifa, Mohammad Abu Salmiya, Al-Sharif estava em uma tenda com outros jornalistas, próximo à entrada, quando foram acertados.


Imagens do ataque israelense numa tenda em que estavam os jornalistas (reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Ainda segundo Salmiya, o ataque resultou na morte de pelo menos sete pessoas. O Exército de Israel afirmou que já havia apresentado documentos e informações de inteligência que, comprovavam de forma conclusiva a ligação de Al-Sharif com o Hamas, apontando também que materiais encontrados na Faixa de Gaza confirmariam sua participação na parte militar do grupo.

Mês passado, após ser acusado pelas Forças de Defesa de Israel de integrar o Hamas, Al-Sharif postou uma resposta em suas redes sociais dizendo que é apenas um jornalista sem afiliações políticas.

Preocupação antiga

Em julho, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas manifestou preocupação pela segurança de Anas Al-Sharif, reiterando que ele temia ser morto após ser alvo do que considerava uma campanha de difamação organizada por militares israelenses.

A organização também informou que desde o início do conflito, há quase dois anos, cerca de 186 profissionais de imprensa foram mortos em ataques realizados por Israel. A ONU demarcou as acusações feitas contra Al-Sharif como injustificadas e acompanhadas de ameaças virtuais.

Tel Aviv reúne multidão contra plano de ocupação da Cidade de Gaza

Uma manifestação tomou as ruas de Tel Aviv neste sábado (7) para protestar contra o plano de Benjamin Netanyahu de ocupar a Cidade de Gaza. A princípio, a decisão do gabinete de segurança, anunciada um dia antes, amplia as operações militares no território palestino, apesar dos alertas das Forças Armadas e oposição popular.

De acordo com organizadores, mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação, exigindo o cessar imediato da campanha militar e a libertação de reféns. A maioria dos israelenses apoia o fim da guerra para resgatar cerca de 50 reféns em Gaza. Em contrapartida, as autoridades acreditam que apenas 20 pessoas estejam vivas.

Cenário de guerra versus cessar-fogo

Diante do cenário atual, Israel passa por constantes críticas dentro e fora de seu território, o que ocasionou entrar na mira de aliados europeus após a ampliação do conflito. Ainda assim, negociações diplomáticas possibilitaram a libertação da maioria dos reféns, mas tentativas de cessar-fogo falharam em julho.

Em meio às tensões, manifestantes exibiram bandeiras de Israel, fotos de reféns e cartazes contra Netanyahu. Além disso, alguns cobraram uma ação de Donald Trump, enquanto outros denunciaram inúmeras mortes de civis palestinos.


Manifestação pró-Palestina na Baía de Sydney, Austrália (Vídeo: reprodução/YouTube/Euro News)

Reações internacionais e riscos

Donald Trump acusou o Irã de interferir em negociações de cessar-fogo ao enviar sinais ao Hamas. Além da acusação feita pelo americano, a Alemanha se pronunciou através do ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul. Este reforçou o apelo por trégua imediata, o que acarreta pressão global sobre Israel. Netanyahu afirmou que Israel não pretende governar Gaza permanentemente. Segundo o primeiro-ministro, o objetivo é criar um perímetro de segurança e entregar o controle às forças árabes, excluindo o Hamas e a Autoridade Palestina.

O apoio internacional à causa palestina tem sido crescente, mas o intenso conflito de Israel pode trazer consequências como um isolamento diplomático e travar a comunidade internacional que busca alternativas diplomáticas para conter a contínua violência no Oriente Médio.

Israel planeja controlar Faixa  Gaza e futuramente transferir para as forças árabes

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou a um canal de televisão norte-americano que pretende assumir o controle total da Faixa de Gaza, com a intenção de, posteriormente, transferir a administração do território para forças árabes. A entrevista, concedida à emissora Fox News e divulgada nesta quinta-feira (07), ocorre no momento em que conselheiros israelenses se reúnem para definir os próximos passos militares, exatamente 22 meses após o início da guerra

Controle estratégico territorial

Segundo Netanyahu, o objetivo é derrotar completamente o grupo Hamas, o que, de acordo com estimativas da imprensa local, poderia exigir uma operação militar de quatro a cinco meses. Para isso, seria necessário ocupar regiões densamente povoadas, onde se acredita que parte dos reféns ainda esteja mantida em cativeiro. A estratégia incluiria o deslocamento de civis para o sul do enclave, repetindo práticas adotadas em ofensivas anteriores.

A proposta, que vinha sendo discutida nos bastidores, gerou divergências internas entre o governo e o Exército israelense. Setores militares expressam preocupação de que uma ofensiva total possa levar o Hamas a executar reféns. Apesar dessas tensões, Netanyahu reforçou, em reuniões privadas, que a conquista integral de Gaza é fundamental para atingir o que considera ser a libertação de israelenses e palestinos do controle do grupo.

No cenário internacional, a posição de Israel colide com os apelos por uma trégua definitiva. Países como Inglaterra e França advertiram que reconhecerão formalmente o Estado Palestino caso não haja um acordo de cessar-fogo até setembro. A pressão diplomática busca conter o avanço militar e evitar uma escalada ainda maior do conflito, que já provocou milhares de mortes e um agravamento da crise humanitária.


Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aponta para um mapa da Faixa de Gaza durante uma coletiva de imprensa (Foto: reprodução/ABIR SULTAN/ Getty Images Embed)


Negociação diplomáticas na região

Enquanto as negociações políticas e militares avançam, familiares de reféns israelenses intensificam ações para chamar atenção para a situação de seus entes. Nesta quinta-feira, cerca de 20 parentes partiram em três embarcações rumo à costa da Faixa de Gaza, tentando se aproximar o máximo possível da região onde acreditam que os sequestrados estão. A movimentação foi acompanhada por jornalistas, incluindo um repórter da agência AFP (Agence France-Presse) que relatou a tensão e a incerteza no grupo.

A possibilidade de uma ocupação total de Gaza mantém o impasse entre a estratégia militar de Israel e as demandas internacionais por paz. Com os riscos de novas perdas humanas e a instabilidade regional, o desfecho das próximas semanas será decisivo para definir os rumos do conflito.

Alemanha exige trégua em Gaza e alerta, Israel corre risco de isolamento global

Alemanha reforçou nesta quinta-feira (31) seu posicionamento a favor de uma trégua imediata no conflito entre Israel e o Hamas, ampliando a pressão internacional por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O apelo foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, durante uma visita oficial ao território israelense, destacando a necessidade urgente de encerrar a ofensiva militar em curso

Isolamento global

De acordo com Wadephul, a continuidade do conflito coloca Israel em risco de isolamento diplomático, em um momento em que cresce o apoio global à causa palestina. A preocupação alemã reflete um movimento mais amplo dentro da comunidade internacional, que busca alternativas diplomáticas para conter a escalada de violência no Oriente Médio.

Durante os últimos meses, o cenário internacional tem mudado significativamente. Diversos países, especialmente da Europa e América Latina, intensificaram seu apoio ao reconhecimento do Estado Palestino como forma de pressionar por uma solução de dois Estados. França, Reino Unido, Canadá e Portugal manifestaram recentemente a intenção de oficializar esse reconhecimento em uma próxima conferência da ONU, marcada para setembro. Atualmente, 144 dos 193 países-membros da ONU já reconhecem a Palestina como um Estado soberano.

A Europa tem demonstrado crescente adesão à causa palestina. Em maio do ano passado, Espanha, Irlanda e Noruega deram um passo conjunto nesse sentido, seguindo o caminho trilhado por Suécia, Polônia, Vaticano, Rússia e Ucrânia. Na América Latina, o reconhecimento é quase unânime, incluindo países como Brasil, Argentina, Chile e Colômbia. O continente africano também tem se alinhado majoritariamente a esse posicionamento, com poucas exceções.


Johann Wadephul, Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, em coletiva de imprensa com Gideon Sa’ar em Berlim, Alemanha (Foto: reprodução/Florian Gaertner/Getty Images Embed)


Relação diplomática

Nesse contexto, a Alemanha tenta desempenhar um papel de equilíbrio: apoiar a segurança de Israel, com quem mantém laços históricos e estratégicos, sem ignorar o crescente clamor global por justiça e paz na região. O alerta de Wadephul evidencia o dilema enfrentado por aliados tradicionais de Israel, diante do desgaste internacional gerado pelas ações militares em Gaza.

O apelo alemão se soma a uma série de pressões diplomáticas que buscam interromper o ciclo de violência. À medida que o reconhecimento da Palestina avança no cenário global, Israel se vê cada vez mais pressionado a reavaliar suas estratégias e considerar soluções negociadas para o conflito.

Trump diz que Irã está interferindo nas negociações de cessar-fogo em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esteve em um encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia, nesta segunda-feira (28), onde discutiram sobre vários assuntos da geopolítica atual. Um dos destaques de Trump foi uma informação, dada pelo mesmo, sobre uma polêmica envolvendo o conflito entre Israel e Palestina. De acordo com o americano, o Irã interferiu nos acordos de cessar-fogo da guerra, algo que Donald recriminou.

A interferência do Irã

Donald Trump afirmou, durante o evento, que o Irã tem enviado sinais para o Hamas, interferindo portanto, na troca de informações entre países, durante a negociação para um cessar-fogo. O presidente repreendeu a ação, explicando como ele considera essa intervenção iraniana algo ruim para os acordos.


Donald Trump e Keir Starmer em encontro na Escócia (Foto: reprodução/Tolga Akmen/EPA/Bloomberg/Getty Images Embed)


O Irã tem enviado sinais ruins, eu lhe digo. Para um país que acabou de ser aniquilado, eles têm enviado sinais muito ruins, sinais muito desagradáveis. E eles não deveriam estar fazendo isso”, disse Trump.

Donald destacou que houve uma aparição recente, do ministro das Relações Exteriores do Irã, em um programa, falando sobre assuntos, que, de acordo com o americano, não deveriam estar sendo discutidos. Ele ainda declarou que os iranianos estão interferindo na negociação entre Israel e Hamas e expressou descontentamento com a atitude.

A tentativa de encerrar os conflitos

Na semana passada, os Estados e Israel reuniram seus negociadores que haviam discutido uma pausa no conflito no Catar. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que estaria disposto a utilizar métodos alternativos para poder recuperar os reféns do Hamas, além de pôr fim ao regime do grupo terrorista na região de Gaza.

Apesar de estarem dispostos a serem mais incisivos, um alto funcionário israelense afirmou que as negociações ainda podem ser retomadas, caso o Hamas esteja disposto a revisar a sua exigência sobre a quantidade de prisioneiros que devem ser libertados e devolvidos.

Governo Lula rompe com aliança sobre o Holocausto e se alinha à ação contra Israel

No dia 18 deste mês, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por retirar o Brasil da IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto), uma entidade voltada à preservação da memória das vítimas do Holocausto e à luta contra o antissemitismo no mundo. A medida foi acompanhada da entrada do Brasil no processo da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o que gerou diversas reações no cenário global.

A saída do Brasil

A informação da saída do governo brasileiro di IHRA foi divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores de Israel na quinta-feira (24) e confirmada pelo Itamaraty. Desta forma, a entrada do Brasil na IHRA ocorreu em 2021, durante o mandato do então presidente Jair Messias Bolsonaro. De acordo com fontes ligadas à diplomacia brasileira, a desfiliação foi justificada com o argumento de que a adesão anterior teria sido feita de forma precipitada, sem considerar adequadamente os compromissos jurídicos e financeiros que tal participação implicava.

Cinco dias após anunciar a saída da aliança, o governo brasileiro formalizou sua participação na ação feita pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que acusa o país de praticar genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza.


Conib se manifesta sobre decisões tomadas pelo governo brasileiro (Foto:reprodução|Instagram|@coniboficial)


Reações a decisão tomada pelo presidente Lula

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou duramente as recentes decisões do governo brasileiro, classificando-as como imprudentes e vergonhosas. Em comunicado oficial, o governo israelense afirmou:

Voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso” afirmou o governo israelense.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também manifestou repúdio à saída do Brasil da IHRA. Em nota publicada nesta segunda-feira (28), a entidade considerou a medida um grave retrocesso moral e diplomático, alertando que a decisão pode fragilizar os esforços nacionais e internacionais de combate ao antissemitismo.

Entram em Gaza caminhões de comida em pausa humanitária

Nesta segunda-feira(28), vários caminhões chegaram com ajuda na Faixa de Gaza. Após uma pausa humanitária ser estabelecida por Israel, para resolver o problema da fome em massa que ocorre com os palestinos. Conforme a Cruz egípcia, foram enviados cerca de 135 veículos com 1.500 toneladas de ajuda ao local em questão, além de terem enviado itens de Higiene Pessoal e ajuda para Gaza.

Atividades suspensas conforme situação em Gaza

Segundo informações do Exército israelense, serão suspensas as atividades militares em Gaza diariamente das 10h até as 20h no horário local de 4h até as 14h em Brasília. A espera um novo aviso em Al Mawasi, no Sul, em Deir balah, e ao norte na cidade de Gaza, estarão ativas rotas de apoio seguras para os comboios que levarão a comida para acabar com essa situação na localidade em questão. O secretário da ONU falou que tudo isso é um show de horrores, já o governo de Netanyahu falou nesta segunda que “Não há fome ou política de fome em Gaza”.

A Guerra entre Israel e Palestina, começou em 2023 no dia 7 de outubro, quando um ataque terrorista do Hamas matou 1.200 israelenses em solo do país, além de ter tido 251 pessoas reféns para Gaza, a partir dai houve uma ofensiva do país de Benjamin Netanyahu matando quase 60 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, conforme os dados informados pelas autoridades de saúde locais chancelados pela ONU, reduzindo grande parte do enclave a escombros deslocando quase toda a população.


Soldado verificando ajuda humanitária (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)


Crise humanitária em Gaza

Nas últimas semanas, vários moradores do enclave, faleceram por desnutrição, conforme o ministério da saúde do território informou, eles informaram ainda que desde quando o conflito se iniciou, já morreram 127 pessoas por conta de desnutrição, entre elas 85 crianças. No sábado uma bebê de cinco meses, Zainab Abu Haleeb morreu por falta de alimentação conforme o indicado por profissionais da área, em vídeo divulgado pelo Reuters na quinta-feira crianças da Palestina estariam lidando com essa questão constantemente.

Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, disse na quinta-feira (24) “que as pessoas que vivem na Palestina, estão como cadáveres ambulantes“, conforme ele informou que um colega disse sobre essa questão, comentando sobre essa situação toda. Foi divulgado pelo crescente exercito egípcio, que neste domingo seria enviado 1.200 toneladas de ajuda alimentar para Gaza.