Descoberta de estrela hiperveloz revela novo mistério cósmico

Uma nova pesquisa revelou a descoberta de uma estrela que viaja pela Via Láctea a uma velocidade tão alta que pode escapar da gravidade da galáxia e entrar no espaço intergaláctico. A estrela foi detectada durante o projeto Backyard Worlds: Planet 9, e chamada de CWISE J124909.08+36211.0 (ou J1249+36), e viaja a impressionantes 600 Km/s, sendo aproximadamente três vezes mais rápida que o Sol.

Estudos sobre a estrela

Estudos sugerem que J1249+36 é uma estrela de massa muito baixa, possivelmente uma subanã L, que é muito mais fria e menos luminosa que o Sol. Essa descoberta é particularmente empolgante porque, embora estrelas de hipervelocidade tenham sido teorizadas desde 1988 e observadas desde 2005, estrelas de massa baixa com tais velocidades são extremamente raras.


Imagens tiradas pelo James Webb (Foto: reprodução/Nasa/Getty Images Embed)


O grupo de cientistas que encontrou o objeto analisou os dados do Wide-field Infrared Survey Explorer da NASA, e as observações subsequentes confirmaram sua alta velocidade e trajetória. A estrela pode ter sido ejetada de um aglomerado globular ou de um sistema binário de anãs brancas e supernovas. Essas possíveis origens são investigadas para entender melhor a natureza do objeto e o processo que pode ter levado a essa velocidade impressionante.

O que essa descoberta impacta

Essa descoberta fornece insights sobre estrelas em alta velocidade e baixa massa, e também pode ajudar a revelar a presença de aglomerados globulares não descobertos e a história evolutiva da nossa galáxia. Os astrônomos esperam que futuras observações ofereçam mais detalhes sobre a composição e o caminho de J1249+36, o que pode lançar nova luz sobre a dinâmica estelar e a formação galáctica.

Os pesquisadores agora estão analisando a composição química de J1249+36 para determinar sua origem exata. Elementos pesados criados em explosões de anãs brancas ou padrões distintos encontrados em estrelas de aglomerados globulares podem  fornecer pistas sobre a trajetória da estrela e sua história. Com a ajuda de telescópios como o James Webb, que recentemente identificou anãs marrons em aglomerados globulares, os cientistas esperam identificar uma “impressão digital química” que revele se J1249+36 foi ejetada de um desses antigos sistemas estelares ou se tem uma origem diferente. Conhecimento esse que pode não apenas expandir nossa compreensão sobre estrelas hipervelozes, mas também iluminar novos aspectos da formação e evolução galáctica.

NASA divulga novas imagens da Via Láctea

A NASA, Agência Espacial dos Estados Unidos, retém um acervo de imagens atuais do Universo, com o auxílio do trabalho dos telescópios espaciais James Webb e Hubble.

Dentre os dois, o mais moderno é o James Webb, tratando-se também de um dos instrumentos científicos mais inovadores que a humanidade já concebeu.

As imagens disponibilizadas por Webb possibilitaram a evidenciação de incontáveis dados relevantes para a pesquisa científica espacial, como novas galáxias, planetas, estrelas e corpos celestes.


Foto: (Reprodução/ESA/Webb, NASA, CSA, A. Hirschauer, M. Meixner et al.)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, R. Tully, M. Messa)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, M. Sun)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, L. Galbany, J. Dalcanton, Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, J. Dalcanton, Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA Acknowledgement: L. Shatz)

Foto: (Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, A. Bolatto (UMD))

Enquanto isso, o Hubble fora o precursor de James, tendo sido inaugurado em abril de 1990. Entre suas notórias descobertas nestes últimos 30 anos, estão: a idade do universo, novos exoplanetas e buracos negros desconhecidos pela humanidade.

Segundo o site da NASA, com o auxílio do telescópio espacial James Web, os cientistas poderão visualizar como o Universo era por volta de 200 milhões de anos após o Big Bang.

Formação das imagens

A tomada de fotos do telescópio ocorre por meio de radiação infravermelha, depois de coletar e encaminhar os dados para os cientistas, os dados são elaborados, e então, convertidos nas imagens fantásticas.

Essas ondas infravermelhas possibilitam que os cientistas constatem a expansão do universo através da luz, considerando que, quanto mais para trás observamos, mais a luz é permeada por ondas infravermelhas.

Devido à permeação da radiação infravermelha, é possível visualizar as áreas do espaço repletas de nuvens de gás e de poeira, pois, estas bloqueiam a luz visível, não sendo possível observar com lentes comuns.

Com os telescópios de luz infravermelha, a radiação é capturada, transformada em uma “imagem” monocromática, e então, utilizando os softwares adequados, o arquivo é convertido em uma imagem colorida.

NASA

A NASA, como uma empresa tecnológica e científica, é comprometida com a cultura de abertura da mídia e o público, valorizando a troca de ideias, datas e informações como parte da investigação científica e técnica.