A federação de boxe global World Boxing, recentemente pediu desculpas para a lutadora argelina, Imane Khelif, por ter citado seu nome ao anunciar que irão realizar a implementação de testes de verificação sexual obrigatórios para todos os boxeadores em suas competições. A boxeadora foi alvo de insinuações de que seria uma mulher transexual que disputava a categoria feminina no boxe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
A organização mundial que fiscaliza os campeonatos de boxe e que supervisionara o esporte nos Jogos Olímpicos de 2028 após receber a certificação do Comitê Olímpico Internacional (COI), emitindo o anúncio das medidas pouco tempo depois do caso de Khelif. Todos os atletas de 18 anos que irão competir, realizarão um teste genético (PCR).
Entenda a polêmica
A nota da entidade dizia que a atleta norte-africana não poderia participar de outras competições caso não fizesse o teste primeiro, a mensagem foi enviada diretamente para a Federação Argelina. A confederação oficial da Argélia participa do World Boxing desde sua criação em 2023.
Entretanto, Boris van der Vorst, presidente da World Boxing, enviou uma carta ao presidente da Federação Argelina, Abdelkader Abbas, pedindo desculpas pela menção ao nome da atleta Khelif. Van der Vorst reconheceu que a organização deveria ter resguardado melhor a privacidade da atleta.
Quem é Imane Khelif?
Nascida na cidade de Tiaret na Argélia, a pugilista Imane Khelif de 26 anos ganhou o medalha de ouro da categoria Meio-médio feminina, vencendo a chinesa Yang Liu no final. Porém, as controvérsias a respeito de Khelif começaram na luta contra a italiana Angela Carini na qual a europeia se retirou chorando do ringue após receber dois golpes da lutadora argelina.
A boxeadora italiana disse após o fim da luta que o resultado “não era justo” e os boatos de que Khelif havia nascido com o sexo biológico masculino se espalharam nas redes sociais. Posteriormente, a própria Angela Carini pediu desculpas para Khelif após o episódio ganhar grandes proporções.
