A Polícia Científica da Paraíba identificou o jovem que morreu após invadir a jaula de uma leoa no Parque Arruda Câmara, no zoológico municipal de João Pessoa, neste domingo (30). A vítima é Gerson de Melo Machado, de 19 anos, conhecido como “Vaqueirinho”.
De acordo com o Instituto de Polícia Científica (IPC), o jovem chegou a escalar uma parede de aproximadamente seis metros, transpor barreiras de segurança e utilizar uma árvore como apoio para alcançar o interior do recinto do animal. A ação, registrada por visitantes em vídeos que circularam nas redes sociais, mostra o momento em que Machado sobe pela estrutura lateral da jaula e, em seguida, é atacado pela leoa.
Zoológico fechado para apuração
A Polícia Militar e equipes do IPC foram acionadas imediatamente e estiveram no local para iniciar as primeiras diligências. Segundo informações de relatos, o jovem apresentava transtornos mentais, o que pode ter contribuído para a conduta de risco observada nas imagens.
O zoológico, conhecido regionalmente como Bica, estava aberto à visitação no momento do incidente e havia público presente no parque. Logo após o ataque, a administração suspendeu as visitas e fechou o espaço, sem previsão de reabertura.
Visitantes do zoológico registram momento em que jovem invade jaula e é atacado por leoa (Vídeo: reprodução/Youtube/@Terra)
Após o ocorrido, a direção do Parque Arruda Câmara informou que foi iniciado um processo interno para apurar as circunstâncias que permitiram que o jovem acessasse a área restrita. Em nota, a prefeitura de João Pessoa lamentou o episódio, manifestou solidariedade à família da vítima e reafirmou que o zoológico segue normas técnicas e protocolos de segurança. Apesar das estruturas de proteção, a escalada rápida realizada por Machado não pôde ser contida a tempo pelos funcionários.
Leoa fica em estado de estresse
Profissionais do parque relataram que a leoa ficou “estressada” e “em choque” após a invasão e o ataque – uma reação considerada comum diante de situações de rompimento do território e estímulos inesperados. A equipe veterinária acompanha o estado do animal e monitora seu comportamento até que haja condições adequadas para retomada gradual da rotina.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades, que devem analisar imagens, ouvir testemunhas e verificar se houve algum tipo de falha ou vulnerabilidade na estrutura ou no monitoramento do local.
