Em uma entrevista à revista People, a atriz Zoë Saldaña comentou sobre o Oscar que ganhou pelo polêmico filme Emilia Pérez. Segundo a artista, ao ser questionada sobre onde guarda o prêmio mais cobiçado pelas estrelas do cinema, Zoë respondeu que costuma deixar a estatueta no escritório e aproveitou para revelar que o Oscar possui um gênero fluido.
Ela ainda afirmou que considera a estatueta “trans” e utiliza pronomes neutros para se referir ao troféu.
A conversa com a intérprete ocorreu durante a pré-estreia da animação Elio, a nova produção da Pixar, na qual Zoë dá voz à personagem Olga Solis. Elio estreia no dia 19 de junho no Brasil.
Polêmico filme, Emilia Pérez
Com 13 indicações ao Oscar, sendo a produção mais comentada do ano, Emilia Pérez marcou presença em 2025. O longa, que concorreu nas categorias de Melhor Filme, Direção, Atriz e Atriz Coadjuvante, foi alvo de uma série de críticas negativas.
A obra, que traz no elenco nomes como Selena Gomez, Adriana Paz, Edgar Ramírez, Karla Sofía Gascón e Zoë Saldaña, das 13 nomeações, conquistou apenas dois prêmios.
O musical narra a história de um líder do exército mexicano que, após passar por uma cirurgia de redesignação sexual, decide se redimir por seus crimes ao se tornar uma mulher trans. A narrativa gerou controvérsia por conta da representação considerada inadequada de pessoas trans, pela abordagem estereotipada de temas sensíveis e pelo fato de a trama se passar no México sem contar com nenhum ator mexicano no elenco, o que causou indignação entre o público local. Além disso, declarações negativas do diretor do longa, que afirmou que não existiam atores mexicanos talentosos o suficiente para protagonizar o filme, também contribuíram para a repercussão negativa.
Trailer do filme Elio da Pixar(Vídeo: reprodução/YouTube/Walt Disney Studios BR)
Karla Sofía Gascón e os comentários polêmicos
Outro fator que chamou atenção foram as declarações controversas da atriz Karla Sofía Gascón, resgatadas pela jornalista canadense Sarah Hagi. Ela publicou comentários antigos da artista, nos quais Karla criticava os protestos nos EUA relacionados ao caso de George Floyd, além de expressar posicionamentos preconceituosos em relação a pessoas muçulmanas na Europa.
Essas manifestações resultaram em um impacto bastante negativo para o filme, que acabou se tornando uma das produções mais rejeitadas pelo público mexicano.
