O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido neste domingo (14) a um procedimento no Hospital DF Star, em Brasília, para a retirada de oito lesões na pele, localizadas no tronco e no braço direito. O procedimento contou com anestesia local e sedação e, segundo boletim divulgado, ocorreu sem complicações. As amostras coletadas foram enviadas para análise anatomopatológica, que deve confirmar se alguma das lesões apresenta risco maior para a saúde.
Diagnósticos identificados
Durante a passagem pelo hospital, Bolsonaro também foi submetido a uma série de exames clínicos e laboratoriais. Os resultados apontaram um quadro de anemia por deficiência de ferro, condição que pode provocar fadiga, queda de imunidade e maior vulnerabilidade a infecções. Para corrigir o problema, os médicos optaram pela aplicação de ferro de forma intravenosa, considerada mais eficaz em situações de carência significativa.
Outro ponto de atenção foi identificado nos exames de imagem, que revelaram uma pneumonia residual ligada a um episódio recente de broncoaspiração, quando alimentos ou líquidos entram nas vias respiratórias de forma acidental. Embora a inflamação esteja em fase de recuperação, o caso ainda requer monitoramento para evitar complicações, como infecções pulmonares mais graves. Os especialistas reforçaram a necessidade de cuidados adicionais durante a reabilitação, combinando acompanhamento médico frequente, disciplina no tratamento e atenção a sintomas que possam indicar agravamento.
O boletim médico destacou ainda que o ex-presidente seguirá monitorado quanto a problemas crônicos que já enfrenta, como hipertensão e refluxo gastroesofágico. Todos esses fatores exigem acompanhamento regular e disciplina no tratamento.
Recuperação e próximos passos
Após a intervenção, Bolsonaro recebeu alta no mesmo dia e retornou à prisão domiciliar, onde cumpre decisão judicial desde agosto. O comunicado da equipe médica ressaltou que ele deve manter os cuidados estabelecidos e seguir o tratamento para os diferentes diagnósticos em andamento.
A avaliação definitiva sobre as lesões retiradas depende da análise laboratorial, que irá indicar se há necessidade de novas intervenções. Enquanto isso, o foco permanece na recuperação pós-procedimento e no controle das condições já diagnosticadas, garantindo estabilidade clínica no curto prazo.
