O Paris Saint-Germain escreveu um capítulo histórico na noite desta quarta-feira (13) no Bluenergy Stadium, em Udine, na Itália. Perdendo por 2 a 0 até os 39 minutos do segundo tempo, o atual campeão da Liga dos Campeões reagiu, buscou o empate contra o Tottenham e, nos pênaltis, venceu por 4 a 3, garantindo a sua primeira Supercopa da Europa. O feito encerra uma espera que durava desde 1996, quando o clube perdeu a decisão continental para a Juventus após conquistar a Recopa Europeia.

O triunfo chega em meio a um cenário turbulento, marcado pela recente polêmica saída do goleiro Gianluigi Donnarumma. Mesmo assim, a equipe de Luis Enrique mostrou poder de reação e mentalidade vencedora para erguer o troféu. Já o Tottenham, que estreava na competição, deixou o campo com a sensação de ter deixado escapar uma vitória que parecia encaminhada.

Posse de bola improdutiva e vantagem inglesa

O PSG iniciou a final repetindo o padrão de jogo que o levou ao título da Champions League: posse de bola e troca intensa de passes. No entanto, o domínio não se converteu em perigo real. Nos primeiros 45 minutos, a equipe parisiense teve 70% de posse e trocou 290 passes contra 115 do rival, mas finalizou apenas quatro vezes, todas sem direção ao gol.

O Tottenham, por outro lado, adotou uma estratégia clara: marcação ajustada e aproveitamento das oportunidades. E foi assim que abriu o placar, aos 38 minutos. Após falta cobrada por Vicario e confusão na área, Chevalier fez defesa importante em chute de João Palhinha, mas Micky van de Ven pegou o rebote e finalizou forte para fazer 1 a 0.]

Déjà vu e virada no emocional

Logo no início do segundo tempo, o cenário piorou para o PSG. Aos 2 minutos, Pedro Porro cruzou na segunda trave e Romero cabeceou para o gol, aproveitando falha de Chevalier: 2 a 0 para os Spurs. A vantagem confortável parecia pavimentar o caminho do título inglês.

No entanto, a queda de ritmo do Tottenham coincidiu com a melhora dos parisienses. Aos 20, Barcola chegou a marcar após rebote, mas o lance foi anulado por impedimento de Fabián Ruiz. O gol que reacendeu as esperanças veio aos 38 minutos, quando Kang-in Lee, que acabara de entrar, bateu forte de primeira para diminuir.

O empate veio nos acréscimos. Aos 49, Dembélé arrancou pela direita e cruzou na medida para Gonçalo Ramos cabecear e levar a decisão para os pênaltis: 2 a 2.

Decisão nas penalidades

A disputa por pênaltis começou com vantagem para o Tottenham, que abriu 2 a 0 após erros de Vitinha e defesas de Chevalier. No entanto, o equilíbrio voltou quando Van de Ven e Tel desperdiçaram para os Spurs.

Kang-in Lee colocou o PSG à frente na nona cobrança, e a definição veio nos pés de Nuno Mendes, que chutou forte no canto esquerdo para decretar o 4 a 3 final e garantir o título inédito.

Sequência das cobranças:

• Solanke (TOT) fez: 1 a 0.
  
• Vitinha (PSG) errou: 1 a 0.
  
• Bentancur (TOT) fez: 2 a 0.
  
• Gonçalo Ramos (PSG) fez: 2 a 1.
  
• Van de Ven (TOT) parou em Chevalier: 2 a 1.
  
• Dembélé (PSG) fez: 2 a 2.
  
• Tel (TOT) chutou para fora: 2 a 2.
  
• Kang-in Lee (PSG) fez: 3 a 2.
  
• Pedro Porro (TOT) fez: 3 a 3.
  
• Nuno Mendes (PSG) fez: 4 a 3.

Próximos compromissos

O título coloca o Paris Saint-Germain em clima de festa para a estreia na Ligue 1, que acontecerá no domingo (17), às 15h45, contra o Nantes, fora de casa. Já o Tottenham inicia a Premier League no sábado (16), às 11h, no Tottenham Hotspur Stadium, diante do Burnley.

Com o troféu da Supercopa da Europa, o PSG dá sequência à sua coleção internacional e envia um recado claro: mesmo diante de crises internas, o elenco segue competitivo e pronto para novas conquistas.