Lula reage à agressão contra mulher e criança e manda expulsar servidor da CGU

Presidente Lula reagiu ao caso de agressão contra uma mulher e uma criança de quatro anos ocorrido em um prédio residencial de Águas Claras, no Distrito Federal. As imagens, registradas por câmeras de segurança, circularam nas redes sociais e chegaram ao Palácio do Planalto, provocando reação imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente classificou o episódio como “inadmissível” e determinou a abertura imediata de processo interno para responsabilização e expulsão do servidor da Controladoria-Geral da União apontado como agressor.

Reação no Planalto

A manifestação do presidente ocorreu pelas redes sociais. Em tom firme, Lula afirmou que o caso exige resposta do Estado, sobretudo por envolver um servidor público federal. Para ele, episódios de violência contra mulheres e crianças não podem ser tratados como questões privadas nem relativizados em razão da função ocupada pelo agressor.

Na mesma publicação, o presidente determinou ao ministro Vinícius Marques de Carvalho a abertura imediata de procedimento administrativo. A orientação é de apuração rigorosa, com adoção das medidas cabíveis no âmbito disciplinar, respeitando o devido processo legal.


Lula determinou expulsão do agressor da CGU (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)


O que mostram as imagens

A agressão ocorreu na noite de 7 de dezembro e foi registrada por câmeras de segurança do prédio onde a vítima mora. As imagens mostram o servidor ao lado da ex-namorada, que carregava o filho no colo, enquanto aguardavam o elevador. Após uma breve conversa, o homem passa a agredi-los com socos e tapas.

O agressor envolvido no episódio foi identificado como David Cosac Junior, de 50 anos, analista de sistemas da CGU. O caso veio à tona após a intervenção de um morador do edifício, que acionou as autoridades. A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a ocorrência e não informou se houve prisão. Em depoimento, segundo o boletim de ocorrência, ele afirmou que se desentendeu com a ex-namorada após o término do relacionamento.


Servidor da CGU é flagrado agredindo mulher (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)


Providências e apuração

Em nota, o ministro da CGU classificou os fatos como “gravíssimos e inaceitáveis” e informou que providências imediatas foram adotadas. O caso foi encaminhado à Corregedoria-Geral da União e à Comissão de Ética, com abertura de investigação preliminar para apuração de responsabilidades. Entre as medidas administrativas anunciadas estão a retirada do servidor de função de substituição de chefia e a proibição de ingresso nos prédios da CGU enquanto as apurações estiverem em andamento.

A Controladoria afirmou que acompanhará o caso e adotará todas as providências cabíveis dentro de suas atribuições. O episódio segue sob investigação criminal e administrativa. Para o governo, a resposta busca reforçar que violência contra mulheres e crianças é crime e exige atuação firme das instituições públicas.

Lula promete rigor total em apuração de fraude no INSS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as investigações sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não farão distinções. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (18/12), durante um encontro com jornalistas, em Brasília.

Segundo o presidente, qualquer pessoa eventualmente envolvida no esquema será alvo de apuração, sem exceções por vínculos pessoais ou políticos. Lula afirmou que a responsabilidade deve alcançar todos os níveis. “Se tiver filho meu metido nisso, será investigado”, declarou, ao reforçar a necessidade de rigor institucional.

Investigações avançam e revelam novos elementos

No mesmo dia, a Polícia Federal deflagrou uma nova etapa da operação que investiga irregularidades em benefícios previdenciários. A princípio, a apuração identificou transações financeiras atribuídas ao empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Ainda de acordo com os investigadores, os pagamentos teriam como destinatária Roberta Luchsinger, apontada como próxima de Fábio Luís da Silva, filho do presidente. Roberta é herdeira de um banqueiro e mantém relação histórica com quadros ligados ao Partido dos Trabalhadores.


Operação contra fraude já prendeu oito pessoas (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


Até o momento, contudo, as autoridades não indicaram participação direta do presidente ou de familiares no esquema investigado. A Polícia Federal segue analisando a origem dos recursos e a finalidade das transferências. Como o INSS integra a administração federal, os processos relacionados às suspeitas tramitam na Justiça Federal. As investigações concentram-se em possíveis descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões, prática que teria afetado milhares de beneficiários em diferentes regiões do país.

Ressarcimento e ações recentes do INSS

Enquanto as apurações avançam, o governo federal iniciou, em agosto, o ressarcimento das vítimas dos descontos irregulares. Até agora, mais de R$ 1 bilhão foi devolvido aos beneficiários prejudicados. Dados oficiais indicam que cerca de 1,6 milhão de aposentados e pensionistas já receberam os valores integrais, com correção monetária. O Executivo afirma que os pagamentos continuarão até a conclusão de todos os casos identificados.

Além disso, em outubro, o INSS passou a alertar aproximadamente 4 milhões de beneficiários que ainda não realizaram a prova de vida. Os comunicados foram enviados por meio de extratos bancários impressos e digitais. O procedimento segue sendo obrigatório para garantir a regularidade dos pagamentos. Por fim, em novembro, o instituto anunciou a antecipação de benefícios para moradores de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, atingidos por um tornado. A medida buscou garantir assistência imediata às famílias afetadas pela tragédia.

Lula critica Zezé Di Camargo após falas criticando a SBT

Nesta quinta-feira (18), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, comentou sobre diversos assuntos, como as investigações no INSS. Temas políticos e econômicos, incluindo o acordo UE‑Mercosul, e também criticou Zezé Di Camargo, após o cantor ter criticado o SBT por receber alguns integrantes do governo no lançamento do SBT News na sexta-feira (12).  

O sertanejo criticou a emissora após a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na festa de inauguração do SBT News. Em um vídeo com suas críticas, o cantor solicitou que seu especial de Natal fosse retirado da programação do SBT e insinuou que as filhas do apresentador Silvio Santos estariam se “prostituindo”.

Coletiva do Presidente do Brasil 

O presidente afirmou que Zezé Di Camargo não teria coragem de ofender as filhas de Silvio Santos se elas fossem homens. Lula chegou a chamar o cantor sertanejo de covarde por suas falas. O presidente aproveitou ainda para reforçar seu compromisso no combate ao feminicídio no Brasil, afirmando ser um líder de ações e não somente de palavras.  


Palavras do presidente Lula sobre as críticas de Zezé Di Camargo (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


Após toda a repercussão das críticas de Zezé, o cantor se pronunciou pedindo desculpas à família Abravanel e afirmou que suas palavras foram mal interpretadas. Em meio a essa polêmica, ele acabou perdendo alguns shows que tinha programados para este fim de ano, e seu especial de Natal, que seria exibido no SBT, foi retirado da programação. A emissora decidiu transmitir o programa Chaves em seu lugar.  

Resposta do SBT e outras informações da coletiva de Lula 

O SBT se pronunciou por meio de uma carta aberta. Daniela Beyruti, além de ser presidente da emissora e representante da família Abravanel, afirmou que a proposta do evento SBT News era refletir pluralidade e respeito a todas as instituições, deixando claro que estiveram presentes representantes do Executivo, do Judiciário e do Legislativo.

A emissora lamentou a forma como o evento foi mal interpretado e, ainda, reafirmou que as filhas de Silvio Santos trabalham muito para preservar o legado de seu pai.


Carta aberta da SBT para o público (Foto: reprodução/Instagram/@danielabravanelbeyruti)


Para concluir, o presidente Lula afirmou que vai vetar o projeto de lei aprovado no Congresso, que reduz as penas de condenados por atos antidemocráticos. Ele também comentou que não vai pressionar o Banco Central para reduzir os juros e reafirmou sua confiança na condução técnica da autoridade monetária.

O presidente do Brasil disse ainda que conversou por telefone com a primeira‑ministra da Itália, Giorgia Meloni. Ela explicou a Lula que não é contra o acordo (Mercosul-UE), mas enfrenta pressão política interna dos agricultores italianos e pediu mais alguns dias — de uma semana a até um mês — para conseguir apoio e aprovar o tratado. O presidente tinha expectativa de que o acordo fosse assinado ainda neste ano de 2025.

Em entrevistas anteriores, Lula afirmou que, se o acordo não for assinado agora, enquanto ele estiver no cargo, não haverá outras chances no futuro.

Zezé Di Camargo recebeu R$ 20 milhões em verba pública para shows

O cantor sertanejo Zezé Di Camargo recebeu ao menos R$ 20,044 milhões em verbas públicas para a realização de shows ao longo de 2025, segundo levantamento obtido pelo jornalista Gabriel Vaquer, da coluna Outro Canal, do portal F5. Os recursos foram destinados por meio de 42 contratos firmados com prefeituras, viabilizados por portarias do Governo Federal durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os cachês pagos ao artista variaram conforme o município contratante, com valores de até R$ 600 mil por apresentação. O maior pagamento foi feito pela prefeitura de Fazenda Rio Grande, no interior do Paraná, para um show programado para setembro de 2025. A maioria das contratações ocorreu nas regiões Sul e Centro-Oeste, com participações pontuais no Nordeste.

Goiás, estado natal de Zezé Di Camargo, concentrou o maior número de contratos, com dez apresentações em cidades do interior. O Paraná aparece na sequência, também com dez shows. Mato Grosso e Minas Gerais registraram cinco apresentações cada, enquanto o Nordeste contabilizou três eventos, sendo dois em Pernambuco e um em Sergipe. Procurada, a assessoria do cantor não respondeu até a última atualização.

Polêmica envolvendo o SBT

A série de controvérsias envolvendo Zezé Di Camargo se intensificou após declarações do cantor sobre a presença do presidente Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na inauguração do SBT News. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o artista criticou a postura institucional da emissora e fez comentários direcionados às filhas de Silvio Santos, acionistas do canal.

Após a repercussão, o SBT decidiu cancelar a exibição do especial de fim de ano “Natal é Amor”, protagonizado por Zezé Di Camargo, que estava previsto para ir ao ar em dezembro. Em comunicado oficial, a emissora informou que a decisão foi tomada após avaliações internas e não detalhou os critérios adotados.


Pronunciamento de Zezé Di Camargo (Vídeo: reprodução/Instagram/@zezedicamargo)


Cancelamentos após polêmica anti-Lula

Além do cancelamento do especial televisivo, a polêmica teve reflexos em contratos de shows financiados com recursos públicos. Um dos casos ocorreu em São José do Egito, no interior de Pernambuco, onde a prefeitura rescindiu o contrato para uma apresentação prevista para janeiro de 2026, com cachê de R$ 500 mil oriundo de verba federal.

Em nota, o prefeito Fredson Brito (Republicanos) afirmou que a decisão teve como objetivo evitar que o município fosse associado a controvérsias de caráter individual. Segundo ele, a administração municipal optou por preservar a imagem da cidade e anunciou a contratação de outra atração para o evento.

Declarações de Zezé Di Camargo sobre especial do SBT gera reação de Janja

Após pronunciamento oficial da primeira-dama Rosângela Lula da Silva — a Janja, em suas redes sociais, o caso do especial de fim de ano da emissora SBT ganhou novas atualizações e novos discursos, enquanto ainda não existe decisão oficial sobre ir ou não ao ar.

Pronunciamento da primeira-dama

O cantor Zezé Di Camargo veio a público, em suas próprias redes sociais, pedir para que a sua participação não fosse exibida após a confirmação da presença do presidente Lula no evento promovido pela emissora da inauguração do SBT News. O pedido, então, gerou grande comoção pública e um amplo debate político envolvendo liberdade de expressão, posicionamento ideológico e misoginia.

A manifestação do cantor gerou forte reação da primeira-dama, Janja, que também utilizou suas redes sociais para se posicionar e sair em defesa das filhas de Silvio Santos diante das falas de Zezé Di Camargo e da presença de autoridades institucionais, como o Presidente Lula.


Zezé de Camargo sobre sua participação no programa SBT (Vídeo: reprodução/Instagram/@zezedicamargo)


Janja criticou a maneira como o cantor se referiu às filhas de Silvio Santos ao utilizar o termo “prostituindo” para definir o convite feito pelas herdeiras ao presidente. Em publicação, a primeira dama afirma que a declaração reflete “todo o machismo e a misoginia presentes no pensamento e nas ações de homens que seguem desrespeitando a presença de mulheres em espaços de poder”.

Repercussão do discurso

O episódio levantou diversas discussões públicas, tanto em relação ao discurso do cantor que pode promover o discurso de ódio contra mulheres e ser considerado misógino por parte da opinião pública, quanto ao papel das emissoras de televisão em abrir espaço para autoridades políticas em eventos institucionais, especialmente em programações de grande alcance.

Até o momento, não houve um pronunciamento oficial por parte da emissora SBT sobre uma decisão definitiva de exibir ou não o episódio que conta com a participação do cantor sertanejo. O caso ainda não possui um desfecho, mas já foi capaz de gerar debates importantes que abordam discursos de ódio direcionados a mulheres em cargos de destaque, além da presença de figuras políticas na televisão brasileira.

Lula anuncia bloqueio de plataformas adultas para proteger crianças e adolescentes

Nesta tarde (15), segundo a Agência Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma nova medida do Governo Federal que visa proibir o acesso a plataformas de conteúdo adulto por crianças e adolescentes. A iniciativa é baseada em um projeto de lei que busca proteger o público infantojuvenil no ambiente digital de exposições destinadas a adultos ou conteúdos impróprios.

Projeto de Lei

O Projeto de Lei nº 15.211/2025, popularmente conhecido como “PL da Adultização”, representa um marco para o país, pois amplia o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para o ambiente virtual, passando a atuar em áreas que antes não eram alcançadas pela legislação. A lei impõe às plataformas digitais uma série de obrigações e mecanismos para impedir a exposição precoce de menores a conteúdos impróprios. Entre as exigências estão a verificação de idade, a implementação de ferramentas que possam ser supervisionadas por responsáveis legais e o bloqueio de conteúdos pornográficos para usuários menores de 18 anos.


Presidente Lula (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)


Uma das propostas do projeto busca enfrentar o chamado fenômeno da “adultização precoce” na era digital, assunto que tomou grande proporção neste ano, não se limitando apenas a conteúdos adultos, mas também a temas que não são recomendados para a faixa etária de cada criança ou adolescente. A medida visa ainda facilitar a supervisão e o monitoramento desses usuários no ambiente online.

Lula ressaltou ainda importância do projeto de lei e afirmou que a medida não deve ser considerada censura, mas sim o cumprimento da legislação, uma vez que a proteção de crianças e adolescentes é uma obrigação do Estado, inclusive no meio digital.

Proteção a crianças e adolescentes

O ECA Digital, como também é conhecido o PL da Adultização, foi aprovado pelo Congresso após intensos debates sobre o uso da tecnologia e o comportamento de plataformas que disponibilizam conteúdos sem a devida distinção de idade. A lei prevê sanções consideradas severas para empresas que não cumprirem as normas, incluindo multas que podem ultrapassar o valor de R$ 50 milhões, entre outras penalidades abordadas pelo projeto de lei.

Além disso, a legislação determina que contas de menores de 16 anos sejam obrigatoriamente vinculadas a um adulto responsável legal, com o objetivo de facilitar o monitoramento e o controle do tempo de uso dos serviços digitais.

Para facilitar a adaptação das empresas às novas exigências, o governo adotou uma medida temporária que reduz de doze para seis meses o prazo para que as plataformas se adequem às regras estabelecidas pela lei. Enquanto isso, o Governo Federal reforça que a legislação não tem como objetivo restringir a liberdade de expressão, promover censura, limitar o acesso ou uso à internet, mas sim criar um equilíbrio entre a tecnologia e a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, juntamente com o ECA.

Moraes chama retirada de sanções dos EUA de vitória do Judiciário brasileiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que a retirada de sanções dos Estados Unidos representa uma vitória do Judiciário brasileiro. Segundo ele, a decisão reafirma soberania, democracia e independência institucional, após meses de tensão diplomática envolvendo seu nome.

Além disso, Moraes, atualmente ministro e vice-presidente do STF, destacou que o Judiciário não cedeu a pressões externas e manteve atuação firme. O magistrado fez a declaração durante evento de lançamento do canal SBT News, em São Paulo, nesta sexta-feira (12).

Reação de Moraes e atuação do governo brasileiro

Durante o discurso, Moraes agradeceu o empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações com os Estados Unidos. Segundo o ministro, o diálogo conduzido pelo governo brasileiro foi decisivo para reverter as sanções aplicadas.

Além disso, Moraes afirmou acreditar mais no poder da palavra do que em instrumentos de coerção política. Assim, para ele, a diplomacia foi essencial para preservar a imagem das instituições brasileiras no cenário internacional. Ainda assim, o ministro voltou a criticar o uso da Lei Magnitsky contra autoridades de países democráticos. Na avaliação de Moraes, a medida representou tentativa indevida de interferência na soberania nacional.

O que previa a sanção e como ocorreu a retirada

As sanções haviam sido aplicadas em julho deste ano com base na Lei Magnitsky. Por causa disso, os bens de Moraes, de sua esposa Viviane, e de empresas vinculadas ao casal ficaram bloqueados. Além disso, cidadãos americanos estavam proibidos de realizar transações financeiras envolvendo o ministro ou sua família. Como resultado, qualquer descumprimento poderia gerar punições civis ou criminais, mesmo sem intenção comprovada. 


O ministro Alexandre de Moraes com sua esposa, Viviane Barci de Moraes (Foto: reprodução/EVARISTO SA/AFP/Getty Images Embed)


No entanto, o governo americano retirou Moraes e Viviane da lista de sancionados sem detalhar os motivos. Fontes diplomáticas indicam que o gesto ocorreu após conversas diretas entre Lula e Donald Trump. Segundo o Itamaraty, havia sinais de recuo desde o último telefonema entre os dois presidentes. Assim, o governo brasileiro trabalhava com a expectativa de solução antes do fim do ano.

Repercussões políticas e cenário internacional

Apesar disso, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro criticaram a decisão dos Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro afirmou ter recebido a notícia com pesar e reiterou críticas ao ministro do STF. Já nos bastidores, parlamentares governistas avaliam que a retirada fortalece o discurso de defesa institucional.

Além disso, diplomatas veem o gesto como um passo para normalizar relações bilaterais. No entanto, as tensões comerciais permanecem, sobretudo por tarifas sobre produtos manufaturados brasileiros. O governo brasileiro afirma que seguirá negociando para reduzir os impactos econômicos. Recentemente, o Financial Times classificou Moraes como um dos heróis globais de 2025. O jornal destacou sua atuação firme na defesa das instituições democráticas brasileiras.

Lula pretende criar duas novas universidades federais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou o envio, ao Congresso Nacional, de projetos de lei para a criação de duas novas instituições de ensino superior. A proposta busca criar a Universidade Federal Indígena (Unind) e a Universidade Federal do Esporte (UFEsporte). Com a iniciativa de expansão da rede pública, o Brasil passará a ter 71 universidades federais.

Segundo o governo, a iniciativa busca fortalecer a inclusão social e a diversidade no ensino superior, ao mesmo tempo em que valoriza o esporte como vetor de desenvolvimento profissional e social. A expectativa é que ambas as instituições comecem a operar até 2027, após o devido trâmite legislativo e estrutural.

Proposta das universidades

A Unind será uma universidade multicampi, com sede inicial em Brasília, voltada prioritariamente para estudantes indígenas de todas as regiões do país. A proposta prevê um modelo educacional intercultural que combine saberes ancestrais com formação acadêmica formal. Os cursos terão foco em áreas como gestão ambiental e territorial, sustentabilidade, agroecologia, saúde, licenciamento de políticas públicas, línguas indígenas, formação de professores, entre outros campos estratégicos para a atuação em territórios tradicionais.

Já a UFEsporte surge como resposta à demanda por uma formação especializada no campo esportivo. A universidade vai abranger cursos voltados a diferentes vertentes, desde Educação Física até gestão, marketing e direito esportivo. O objetivo é profissionalizar atletas e demais agentes do setor.


Lula envia projeto de lei de criação das universidades federais ao Congresso | (Vídeo: Reprodução/X/LulaOficial)


Evento no Planalto

A cerimônia oficial de anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, em 27 de novembro. O evento contou com a presença de Lula, dos ministros Camilo Santana (Educação), André Fufuca (Esporte) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas).

Durante o discurso, o presidente enfatizou que a medida representa não apenas a ampliação de vagas no ensino superior, mas a reparação de desigualdades históricas e o reconhecimento de grupos sociais marginalizados. Ressaltou, também, que o Estado deve ser protagonista na garantia de direitos, lembrando que muitos brasileiros jamais tiveram acesso a uma universidade.

Lula afirma que emendas impositivas comprometem o país

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a colocar o orçamento público no centro do debate político. Durante uma entrevista na última quinta-feira (4), ele afirmou que as emendas impositivas representam um entrave para o bom funcionamento do governo federal. Segundo Lula, esse mecanismo dificulta a administração dos recursos e impede que a União execute projetos considerados essenciais.

O presidente negou qualquer conflito com o Congresso, mas destacou que vê as emendas como um problema estrutural. Ele classificou o modelo como um erro que limita a capacidade do governo de planejar e priorizar investimentos. A fala reacendeu discussões sobre transparência, equilíbrio de poder e responsabilidade na aplicação de verbas públicas.

Discussão sobre o orçamento nacional

Durante a entrevista, o presidente Lula reforçou sua posição e declarou: “Eu, sinceramente, não concordo as emendas impositivas. Eu acho que o fato do Congresso Nacional sequestrar 50% do orçamento da União é grave erro histórico, eu acho. Mas você só vai acabar com isso quando mudar as pessoas que governam e as pessoas que aprovaram isso”.

Lula explicou que as emendas retiram autonomia da União ao direcionar recursos para finalidades definidas pelos parlamentares. Segundo ele, o resultado é um orçamento fragmentado que compromete ações de longo prazo. O presidente afirmou que essa situação se agravou nos últimos anos e agora impede a execução plena de políticas consideradas importantes para o país.

O debate sobre a distribuição de verbas ganhou força com a expansão do volume destinado às emendas. O presidente avaliou que o aumento desse montante dificultou o planejamento do governo e gera disputas por influência dentro do Legislativo. Para Lula, o ideal seria encontrar um equilíbrio que preservasse o papel do Congresso sem enfraquecer a capacidade de gestão do poder executivo.


Presidente Lula (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)


Especialistas consultados após a declaração afirmaram que a crítica do presidente deve ampliar a discussão sobre o modelo atual. Eles apontam que a organização do orçamento afeta setores como saúde, educação, segurança e infraestrutura. Por isso, qualquer mudança precisa ser estudada com cuidado e envolver diálogo entre diferentes instituições.

Reações no Congresso e entre analistas

A fala de Lula provocou respostas imediatas entre parlamentares. Aliados afirmaram que o presidente busca corrigir distorções e melhorar a eficiência da administração pública. Já opositores declararam que as emendas garantem participação do Legislativo nas decisões e permitem que recursos cheguem a regiões que, segundo eles, seriam ignoradas pela União.

Apesar das diferenças, muitos analistas defendem que o tema precisa ser discutido com mais profundidade. Para eles, o atual desenho do orçamento cria impasses que dificultam a execução de projetos nacionais. Alguns especialistas sugerem revisões que preservem a atuação do Congresso, mas permitam maior previsibilidade para o governo.

A declaração do presidente também repercutiu entre governadores e prefeitos, que acompanham o assunto de perto. Muitos gestores afirmam que dependem das transferências federais para manter programas locais e consideram importante avaliar como eventuais ajustes afetariam estados e municípios.

Analistas políticos avaliam que a declaração de Lula pode abrir espaço para negociações sobre alterações no modelo de emendas. Eles observam que o assunto deve ganhar mais força nos próximos meses, já que o governo busca ampliar investimentos e fortalecer políticas sociais. Nesse cenário, a relação entre União e Congresso volta ao centro da agenda nacional, com discussões sobre como organizar o orçamento e evitar disputas que prejudiquem o país.

As falas de Lula mostram que o tema das emendas impositivas ainda gera conflito entre o governo e o Congresso. Enquanto o presidente defende mudanças para recuperar parte do orçamento, parlamentares resistem a abrir mão desse poder. A discussão deve continuar nos próximos meses e pode influenciar decisões importantes sobre como o dinheiro público é distribuído no país.

Eduardo Bolsonaro recebeu conversa entre Trump e Lula com “otimismo”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou em sua rede X (antigo Twitter) na noite de terça-feira (02), que recebeu com “otimismo” a conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Lula, que ocorreu no mesmo dia. De acordo com informações oficiais dos dois governos, a conversa que durou 40 minutos foi muito produtiva.

“Nenhuma nação estrangeira deseja tarifas, pois elas prejudicam os exportadores, mas a verdade precisa ser dita: foi a instabilidade jurídica criada pelo ministro Alexandre de Moraes que abriu caminho para a ‘Tarifa Moraes’ de 50%, prejudicando trabalhadores, produtores e empresas brasileiras”, escreveu o deputado em postagem na rede X, em 20 de novembro de 2025.


Postagem de Eduardo Bolsonaro sobre ligação de Lula e Trump (Mídia: reprodução/X/@BolsonaroSP)


Em postagem recente, Eduardo Bolsonaro mostra um tom divergente do que mostrado anteriormente em relação a tarifas dos Estados Unidos.

Tarifas dos Estados Unidos ao Brasil

Desde de 1º de agosto de 2025, tarifas de 50% foram aplicadas sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos. Desde o estabelecimento dessas tarifas, os dois governos vem dialogando e buscando uma maneira mais rápida de solucionar esses “problemas”.

Além de tarifas contra produtos brasileiros, o governo americano aplicou contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e sua esposa, a Lei Magnitsky sob acusações de supostas violações de direitos humanos e abuso de autoridade, Trump também revogou vistos de outras autoridades brasileiras.

No dia 20 de novembro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que remove a tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos brasileiros exportados para o mercado americano.

Relação atual dos Estados Unidos com o Brasil

A relação entre os dois países, especialmente em relação sobre as tarifas destinadas ao Brasil, estão em constante diálogo dos dois lados. Em conversas recentes, é possível perceber uma simpatia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo presidente Lula. Em entrevista no dia (02), Trump diz gostar de Lula.

Postagem por Eixo Politico de fala do Presidente Trump (Mídia: reprodução/Instagram/@eixo.politico)


Lula afirmou em entrevista nesta quarta-feira que vem tendo boas trocas com Trump em relação a compreensão e mudanças das taxações e tarifaço no Brasil. É a terceira vez que os dois presidentes conversam após o tarifaço ser imposto pelo presidente norte-americano. Lula diz que está cada vez mais perto de ouvirmos uma notícia boa.