Lula volta a defender exploração da margem equatorial

Durante evento envolvendo investidores no Rio de Janeiro, ocorrido nesta quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a exploração de petróleo na margem equatorial, que fica localizado nas regiões norte e nordeste.

A medida já foi, várias vezes, alvo de críticas pelos ambientalistas. Os especialistas observam que a iniciativa pode gerar um perigo a biodiversidade e a região Amazônica.

“A hora que começarmos a explorar a chamada margem equatorial, eu acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo, mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer”, disse Lula em seu discurso no evento FII Priority.


Presidente Lula durante seu discurso em um evento no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/CNN Brasil)

A exploração da margem equatorial

Desde meados de setembro do ano passado, Lula vem apresentando alegações sobre o assunto e se posicionado a favor da exploração. A questão dentro do governo divide opções, inclusive, uma parte da ala ambiental é contra essa ideia.

A Margem Equatorial abrange todo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte até o Amapá, passando pelas bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Barreirinhas, ceara dentre outras. Sua extensão chega a ser mais de 2.200 km.

Segundo um estudo feito pela Petrobrás em 2023, a exploração no local pode render até 5,6 bilhões de barris de óleo. Vale ressaltar que a atual presidente da estatal, Magda Chambriard é a favor de explorar a região da Margem Equatorial.

O Brasil deve receber mais investimento verde

Ainda durante seu discurso, o presidente Lula comentou que o Brasil quer receber mais investimento para uma transição energética. O presidente ainda citou, como exemplo contra as mudanças climáticas, os investimentos em carros elétricos.

Em alguns momentos, Lula destacou que deseja contar com a Arábia Saudita para apoiar e ajudar a desenvolver o Brasil. O país foi escolhido pela Conferência das Nações Unidas de forma unânime como a sede da próxima COP. A COP 30 será realizada em novembro de 2025, na cidade de Belém.

PF pede extradição de envolvidos no 8 de janeiro que fugiram para Argentina

A Polícia Federal do Brasil enviou uma lista para o governo da Argentina, liderado por Javier Milei, contendo nomes de envolvidos nos atos antidemocráticos no dia 08 de janeiro de 2023. Essa pessoas estão sendo expostos para serem extraditados do país argentino. Nessa data, as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Brasil foram atacadas.

Lesa Pátria


Na última quinta-feira (06), iniciou-se a segunda fase da operação “Lesa Pátria”, responsável por cumprir 208 mandados de prisões, expedidos contra os indiciados. Até o final do dia, foram 49 presos. Mas 159 pessoas continuam foragidas.

A polícia agiu em conjunto em pelo menos 18 estados e no Distrito Federal para localizá-las.

“Vamos listar todos os condenados que possivelmente estejam na Argentina e encaminhar os pedidos de extradição, tudo em articulação com o Ministério de Relações Exteriores e Supremo Tribunal Federal”, afirmou Andrei Passos Rodrigues, diretor geral da PF em entrevista concedida ao G1.

Além de procurados na Argentina, os nomes serão incluídos na rede Anfast de capturas da Ameripol, a comunidade de polícias das Américas. Aproximadamente cerca de 65 pessoas fugiram para o território argentino, tornando-o a maior rota de fuga dos foragidos.

Motivos

Os motivos das extradições, segundo os investigadores, são: descumprimento de medidas cautelares, e uma forma de se esquivar da lei brasileira, deixando o país. Alguns dos crimes investigados pela PF nessa operação envolvem golpe de Estado, dano qualificado e associação criminosa. Todos os mandatos foram abertos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).


Javier Milei, presidente da Argentina (Foto: reprodução/Matias Baglietto/Europa Press via Getty Images Embed)

A reação de Javier Milei é esperada pelas autoridades brasileiras, já que o presidente é abertamente aliado ao governo Jair Bolsonaro, maior oposição à liderança de Luís Inácio Lula da Silva, atual presidente Brasileiro. A grande questão será o caminho escolhido pelo país vizinho, se resolverá dar asilo político ou colaborar com as autoridades brasileiras. Vale lembrar que Milei tem críticas ao atual governo do Brasil, e que chegou a convidar Jair Bolsonaro para sua posse, antes mesmo de Lula.

Governo anuncia até R$ 15 bilhões para linhas de financiamento para empresas do RS

Nesta quarta-feira (29), o presidente Lula, assinou uma medida para ajudar a reerguer empresas atingidas pela tragédia climática do Rio Grande do Sul. Serão disponibilizadas três linhas de financiamento para empresas do estado de maneira provisória.

Linhas de financiamento

Compra de Máquinas, Equipamentos e Serviços; Financiamento a Empreendimentos e Capital de Giro Emergencial, essas serão as linhas que o empresário pode aderir para se recuperar pós tragédia.

Para comprar máquinas, equipamentos e contratar serviços, o financiamento pode começar a ser pago 1 ano depois, com prazo de 60 meses (5 anos) para pagamento completo. Essa opção tem taxas de juros de 1% ao ano, mais o juro adicional do banco.

O financiamento a empreendimentos, como por exemplo, para investir em projetos personalizados, incluindo construção civil, tem o prazo de 2 anos para começar a ser pago, 10 anos para quitação e também começa com 1% de juros mais taxa adicional bancária ao ano.

Já para despesas do dia a dia, algumas empresas podem aderir ao Capital de Giro Emergencial, com taxas de 4% ao ano para micro, pequenas e médias empresas; 6% ao ano para grandes empresas e o spread bancário (a taxa adicional do banco). A carência é de 1 ano e o prazo final de pagamento é de 5 anos.

Posicionamento de Lula

A ampliação do crédito rural e outras medidas de crédito para pequenas e médias empresas também foram assinadas pelo presidente do Brasil no evento realizado no Palácio do Planalto.

“Nós mudamos o paradigma de tratar de problemas climáticos neste país. A partir de agora, qualquer região que tiver problema climático terá que ter tratamento especial. Por isso trabalhamos na construção de um plano antecipado, para que a gente tente evitar que as coisas aconteçam neste país” comentou Lula.

As outras medidas

Os agricultores já enfrentam problemas devido a mudança climática desenfreada do último ano. Segundo o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, muitos reclamam de não conseguir acesso a programas como Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

Para que o problema seja cessado, o governo disponibilizará um adicional de R$ 600 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para crédito a pequenos e médios produtores rurais.


Presidente Lula assina documento com novas medidas em prol do RS no Palácio do Planalto (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)

O governo também anunciou a inclusão das cooperativas de crédito no Pronampe, visando expandir o acesso para pequenas empresas. Além disso, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação disponibilizará uma linha de crédito de até R$ 1,5 bilhão pela Finep, com parte dos recursos direcionados a micro, pequenas e médias empresas, permitindo investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A secretária-executiva da Casa Civil destacou que o governo federal liberou R$ 310 milhões para 207 municípios em ações de defesa civil, com R$ 176 milhões já pagos. Um levantamento está sendo feito para reconstruir infraestruturas danificadas, enquanto a recuperação financeira do estado e empresas no Rio Grande do Sul está em andamento. Empresas são instadas a manter o emprego para minimizar o impacto da catástrofe ambiental.

Lula e Lira negociam taxação de importados até US$ 50

Nesta terça-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) se reuniram para debaterem o projeto que prevê a taxação de compras internacionais, cujos valores sejam inferiores a 50 dólares. Tais compras são taxadas apenas pelo ICMS, imposto estadual, atualmente.

Projeto Mover

Existe um projeto de autoria do Executivo que trata de incentivos a veículos sustentáveis, o “Mover”. Lira e alguns parlamentares querem retomar o imposto federal sobre as importações até 50 dólares, incluindo um dispositivo no Mover. Uma medida provisória com o mesmo conteúdo do projeto Mover perde a validade no próximo dia 31. Tal fato pressiona o governo a aprovar a proposta nas duas Casas ainda nesta semana.

A questão da taxação é muito polêmica. As empresas nacionais reclamam de uma competição injusta e pressionam os deputados a votarem pela taxação das compras internacionais. A população, do outro lado, pede pela continuidade da isenção das importações. A bancada está bastante dividida, principalmente em ano eleitoral.

Polêmica também envolve a base governista

A pauta divide inclusive a bancada governista. Parte da base do governo, parlamentares próximos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a necessidade de ampliar a arrecadação. A taxação seria um instrumento fundamental para isso.


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com deputados federais (Foto: Reprodução/Instagram/@min.fazenda)


Após se reunir com o presidente, Lira disse que espera que o tema seja votado com “serenidade” e que acredita em “chegar a um meio termo”.

“Estive hoje com o presidente Lula tratando desse assunto. Ele deve estar com os ministros da economia para a gente chegar em um meio termo de gradação tanto de alíquota quanto de prazo. Nós queremos prejudicar ninguém. Tem setores, regiões que estão desempregando, porque não aguentam a concorrência que aparentemente não é saudável.”

Arthur Lira

O “Mover” deve ser votado ainda nesta terça-feira, de acordo com Lira, uma vez que o prazo para a medida provisória não perder a validade se encerra na próxima sexta. A proposta deverá ser debatida pelos deputados após a sessão do Congresso Nacional. Os senadores ainda precisam analisar o texto.

Dias Toffoli descarta recurso de Bolsonaro contra multa feita pelo TSE

Nesta quinta-feira (16), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para suspender uma multa de 15 mil reais por propaganda irregular feita em 2022. A multa foi aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Multa

Em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi multado pelo TSE por impulsionamento irregular de propaganda contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha eleitoral do referido ano. Bolsonaro foi condenado devido a um vídeo no YouTube com conteúdo negativo ao então adversário.


Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva durante os debates para a eleição a presidente em 2022 (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


No conteúdo divulgado, o vídeo possuia como legenda “Voltar com o ex? Nunca mais! Eleições 2022”, e atribuia os termos “mau caráter”, “dissimulado” e a expressão “que te roubou” à Lula. Um diálogo entre duas mulheres se destacava com imagens de capas de revistas com fotos negativas de Lula e manchetes que possuem relação com os processos judiciais em que o atual presidente esteve envolvido.

Para o TSE, o vídeo era extremamente crítico a Lula e que tem relação com propaganda eleitoral negativa, proibida por lei. E para Toffoli, esse caso não envolve questões constitucionais, que são da competência do Supremo, então não devem ser analisadas na Corte.

A prática ilícita foi examinada sob a ótica do microssistema de tutela da propaganda eleitoral, incorporado na Resolução n. 23.610/2019 e na Lei n. 9.504/1997, ou seja, as condutas foram examinadas à luz de normas infraconstitucionais, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal, ainda que existente seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o trânsito do apelo nobre

Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

Além disso, para o ministro do STF, a defesa de Jair Bolsonaro não apresentou elementos capazes de refutar os fundamentos adotados pelo TSE para rejeitar o recurso. O magistrado disse ainda que a lei pode impor limites para a propaganda eleitoral, mas sem que haja uma ofensa às liberdades de expressão, imprensa ou de informação.

Salvo-conduto

Também nesta quinta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal formou maioria para negar pedido de salvo-conduto para que Jair Bolsonaro não seja preso por tentativa de golpe. O pedido foi feito pelo advogado Djalma Lacerda por iniciativa própria para que a investigação contra o ex-presidente não fosse para frente.

O relator do caso, Nunes Marques, já havia negado o pedido no final de março quando avaliou que não havia ilegalidade que justificasse um habeas corpus na investigação contra Bolsonaro. Porém, o advogado recorreu, alegando que Bolsonaro poderia ser preso a qualquer momento.

Lula anuncia pix de R$5,1 mil para famílias vítimas da tragédia climática no RS

Nesta quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou as medidas que serão implementadas para reparar os danos aos atingidos pelas enchentes do estado Rio Grande do Sul. Aproximadamente 200 mil famílias serão ajudadas. A decisão foi anunciada no município de São Leopoldo (RS).

O Pix

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, adiantou que o pix de 5,1 mil será direcionado de forma imediata para quem perdeu bens como móveis, eletrodomésticos, entre outros, através da caixa econômica federal.

“Todas as pessoas que perderam seus objetos. A comprovação se dará apenas pelo endereço que a pessoa mora. Quem perdeu todos os documentos vai lá, diz seu CPF. Vai ser via aplicativo da Caixa, com a autodeclaração das pessoas. E esse endereço, evidente, será checado”, disse Costa.

FGTS


Medidas foram oficializadas em 15 de maio, em São Leopoldo (Foto: divulgação/ Ricardo Stuckert/Governo Federal)

O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) também terá sua retirada facilitada. Para trabalhadores dos municípios atingidos, o saque de até R$ 6.220 do fundo será permitido. A lei, que prevê o prazo mínimo de 12 meses entre a retirada de parcelas do FGTS, será flexibilizada excepcionalmente para as vítimas, que poderão receber mesmo que o saque mais recente tenha acontecido dentro do intervalo.

Outras medidas

Nas cidades afetadas, quem está inscrito no bolsa família, receberá a parcela de maio no dia 17, próxima sexta-feira. Adiantando o recebimento que pelo cronograma oficial começaria no dia 31. 20 mil família gaúchas foram inclusas em uma folha extra para receber a primeira parcela nesse neste mês.

No programa Minha Casa, Minha Vida, o governo suspendeu o pagamento dos financiamentos por 6 meses no estado.
“Famílias que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida terão novos imóveis 100% garantidos pelo governo federal”, diz a medida adicional anunciada por Rui Costa.

Para que isso seja possível, alguns caminhos foram escolhidos:

  • Compras assistidas pelo governo serão utilizadas, ou seja, a família indica uma casa já existente e a União comprará e entrega para a própria.
  • Casas colocadas para leilão pelo Estado por falta de pagamento, serão quitadas e ofertadas.
  • O governo comprará imóveis de construtoras interessadas, antes mesmo de ir ao mercado
  • Proprietários de casas poderão fazer proposta ao governo para vender os imóveis
  • Novos projetos construídos através do Minha Casa, Minha Vida que não entraram na cota anterior.

Todas as residências adquiridas e devolvidas, serão entregues às famílias vítimas da calamidade climática.

Dilma Rousseff informa que NDB investirá R$5,7 bilhões na reconstrução do RS

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) Dilma Rousseff, compartilhou nesta terça-feira (14), através das redes sociais, que o NDB irá enviar R$5,75 bilhões para ajudar nas obras de reconstrução do Rio Grande do Sul.

A reconstrução 

Rousseff usou o X (antigo Twitter) para compartilhar a informação que, segundo ela, o valor total do empréstimo foi acertado em comum acordo com o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Eduardo Leite (PSDB), o governador do estado sulista. 

“O Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar R$ 5,750 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir a infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas fortes enchentes ocorridas desde o final de abril e ajudar na retomada da vida gaúcha”, compartilhou Dilma, na sua conta do ex-twitter.

Segundo a ex-presidente do Brasil, os recursos do empréstimo devem ser transferidos diretamente ao estado sulista. Além disso, também existirá parcerias com outras instituições financeiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como BNDES, o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que prestarão auxílio na transferência de crédito. 

Distribuição de recursos 

Uma parte do valor será transferida diretamente ao BNDES no intuito de financiar pequenas e médias empresas, obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto e também prevenção de desastres que, conforme a tabela de valores, é uma das prioridades, marcando US$ 250 milhões em destinação   

O agro também não ficou de fora, constando cerca de US$100 milhões de recursos, dividindo espaço com projetos de armazenamento, infraestrutura e logística.


Tabela de distribuição de recursos (reprodução/X/@dilma)

Ainda consta distribuição a obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e claro, pontes, vias urbanas e estradas.

NDB e BRICs+

O NDB é um dos meios de atuação do agrupamento econômico formado por países emergentes, conhecido como BRICs.

Com intuito de fornecer infraestrutura e desenvolvimento sustentável, o Novo Banco de Desenvolvimento é uma iniciativa do Brics para fortalecer o desenvolvimento e também a cooperação entre os países. O banco reúne fundos dos países integrantes para aplicação nos próprios e também em nações parceiras.


Dilma Rousseff representa o NDB em reunião colaborativa pelo desenvolvimento sustentável (Foto: reprodução/Instagram/@ndb_int)

Desde janeiro de 2024 tanto o nome quanto o agrupamento passaram por alterações após a inclusão de novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, com essa nova inserção, o nome do grupo passou a ser BRICs+.

Governo anuncia ajuda de R$ 5 mil por família desabrigada no Rio Grande do Sul

O governo federal deve fornecer um auxílio financeiro de R$ 5 mil para cada família desabrigada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve oficializar o anúncio e o número de beneficiários do auxílio ainda esta semana.

A iniciativa, destinada a ajudar na reconstrução das residências e na recuperação das famílias afetadas pelas inundações, está prevista para beneficiar aproximadamente 100 mil famílias, de acordo com estimativas da Presidência da República e da equipe econômica. O foco será dado às famílias que enfrentaram as maiores perdas materiais devido às enchentes. O custo total da operação está calculado em R$ 500 milhões.


Vista aérea mostra casas destruídas por enchentes em Roca Sales, estado do Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/ Gustavo Ghisleni/ Getty Images Embed)


Segundo o Ministério da Fazenda, o valor será pago em uma única parcela e poderá ser utilizado livremente pelas famílias, seja para a compra de materiais de construção, eletrodomésticos, móveis ou outros itens de necessidade.

Anúncio oficial e novas medidas de auxílio

A agenda do presidente Lula para esta terça-feira (14) inclui a cerimônia para apresentar medidas de assistência às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. No entanto, fontes do governo não descartam a possibilidade de que o presidente Lula anuncie a informação sobre os beneficiários durante sua visita ao estado na quarta-feira (15).

Além do auxílio financeiro, o governo federal também está avaliando a expansão do Bolsa Família para incluir mais famílias no Rio Grande do Sul, essa informação foi divulgada pela CNN. O programa já beneficia cerca de 620 mil famílias no estado, com um valor médio de R$ 672,74 por mês.

O Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, anunciou que haverá uma inclusão adicional de famílias gaúchas no Bolsa Família, com pagamentos já a partir de maio, e destacou a importância de agilizar os processos burocráticos.


Vítimas das enchentes se abrigam no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), no bairro Menino Deus, em Porto Alegre (Foto: Reprodução/Nelson ALMEIDA/ Getty Images Embed)


Situação fiscal

Enquanto o governo federal intensifica seus esforços para auxiliar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul, a equipe econômica trabalha para equilibrar as medidas de apoio com a situação fiscal do país. O presidente Lula enfatizou a necessidade de “apoio máximo” por parte dos ministros aos municípios e às famílias gaúchas, ao mesmo tempo em que é preciso considerar a responsabilidade fiscal.

O auxílio financeiro de R$ 5 mil e a expansão do Bolsa Família são medidas importantes para ajudar as famílias gaúchas. A expectativa é que essas medidas contribuam para a retomada da vida das famílias afetadas e para o desenvolvimento da região.

Whindersson Nunes e Felipe Neto se envolvem em discussão em meio a ações de ajuda ao Rio Grande do Sul

Uma confusão tomou conta do aplicativo X na manhã de sexta-feira (10). O influenciador e youtuber Felipe Neto e o comediante, e também influencer, Whindersson Nunes se desentenderam na plataforma por conta das ações tomadas pelo Governo Federal em relação à tragédia do Rio Grande do Sul, onde mais de 327 mil pessoas se encontram desalojada por conta das chuvas.

As críticas ao Estado

Whindersson, desde que as notícias sobre os ocorridos no estado gaúcho tomaram conta da mídia, vem utilizando a plataforma X para compartilhar ações humanitárias e ajudar as arrecadações de recursos para o Rio Grande do Sul. Contudo, junto desses tweets, uma parcela de críticas ao Governo também foi despejada em sua conta. O sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff, Pedro, foi criticado pelo comediante ao publicar um comentário enaltecendo o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva.

No tweet Pedro diz que Lula é um exemplo de “presidente de verdade”, pois tomou a medida de adiantar o Bolsa-Família, auxílio gás e restituição do IR para os moradores do Rio Grande do Sul. Como resposta, Whindersson respondeu brevemente: “Vai pegar gelo babão”.


Whindersson responde Pedro (Foto: reprodução/X/@whindersson)

Mônica Benício, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, também respondeu à um dos tweets de Whindersson, alegando todas as ações que o governo federal haviam tomado até o momento, e ainda adicionou que “Ao invés de atacar o Governo Federal nesse momento de forma vazia, numa tentativa ridícula de se fingir de politizado, você (Whindersson) poderia tentar propor objetivamente o que mais poderia ser feito”. Para isso, o comediante respondeu: “Vai me falando”


Resposta do comediante à Monica (Foto: reprodução/X/@whindersson)

A briga com Felipe Neto

Após esses comentários, Felipe Neto postou em seu perfil do X o seguinte tweet: “Nada contra mas de vez em quando é bom diminuir a lombra e abrir um maldito livro”. Lombra é uma gíria utilizada para definir o efeito que entorpecentes causam e, coincidentemente ou não, Whindersson revelou ao final do ano de 2021 que durante anos foi usuário de drogas.

Por conta da especulação de que o tweet de Neto tenha sido uma indireta para Nunes, Whindersson também respondeu ao comentário, mas dessa vez atacando também o passado de Felipe, com uma página do livro escrito pelo Youtuber, que foi retirado das prateleiras e reeditado entre 2017 e 2018, voltando às livrarias sem esse conteúdo.


Whindersson responde tweet de Felipe Neto (Foto: reprodução/X/@whindersson)

Após a resposta atravessada de Whindersson, Felipe Neto comentou que resgatar erros de anos atrás era evidentemente uma estratégia “bolsonarista” e explicou que a página havia sido retirada do livro há anos. Para completar Felipe comentou que o silêncio do comediante entre os anos de 2018 a 2022 era ensurdecedores, e que tinha pena do que Whindersson tinha virado. 

Nunes não deixou nada quieto e respondeu mais uma vez. “Tu falou do meu passado, eu falei do teu, tu tem problema que eu use droga? Porque eu não uso mais, eu fumo maconha, que tu sabe que não é (droga), meu silêncio já está pra você há muito tempo, só vejo algo seu quando enchem o saco. Fique bem e saudável”, disse Whindersson. 

Após essa última resposta, não houveram mais discussões entre os dois. 

Lula visita Rio Grande do Sul e promete apoio para reconstruir estradas e infraestrutura

No último domingo (5), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi até Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, severamente afetado pelas chuvas desde a semana passada. Em sua visita, foi realizada uma avaliação dos danos causados pela catástrofe, especialmente em relação à infraestrutura das regiões afetadas. Juntamente de uma comitiva de ministros e autoridades, o presidente disse que haverá apoio do governo federal para que o estado possa reconstruir as estradas e toda a infraestrutura afetada e destruída com o ocorrido.


Imagens da destruição no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Gustavo Ghisleni/Getty Images Embed)


Ajuda do Ministério dos Transportes

O Ministério dos Transportes será o responsável em auxiliar o governo estadual do Rio Grande do Sul na recuperação das estradas estaduais danificadas. “Eu sei que o estado tem uma situação financeira difícil”, afirmou Lula. Ainda sobre o governador do estado,  Eduardo Leite (PSDB):  “(…) não fique preocupado, que o governo federal, através do Ministério do Transporte, vai ajudar você a recuperar as estradas estaduais, porque é da nossa repressão”, disse o presidente.

Além disso, Lula falou sobre a presença de vários ministros em sua comitiva para auxiliar em ações de reconstrução de diferentes áreas afetadas: educação, saúde, assistência social e habitação. Ademais, o presidente pediu a colaboração dos deputados federais riograndenses na liberação das emendas parlamentares destinadas ao estado, para que os recursos possam ser obtidos de imediato para que então as obras de recuperação comecem mais rápido.

Prioridades

Lula já havia visitado o Rio Grande do Sul desde o início das enchentes. Na última quinta-feira (2), ele havia ido até Santa Maria acompanhar os trabalhos de resgate e socorro às vítimas. O ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, disse durante a reunião que os governos federal e estadual devem começar a trabalhar com as prefeituras de regiões como o Vale do Taquari, para restabelecer serviços onde os rios começam a recuar. Mas no momento o mesmo esclareceu que a prioridade continuará sendo o resgate das pessoas ilhadas.