Nesta quarta-feira (29), o presidente Lula, assinou uma medida para ajudar a reerguer empresas atingidas pela tragédia climática do Rio Grande do Sul. Serão disponibilizadas três linhas de financiamento para empresas do estado de maneira provisória.
Linhas de financiamento
Compra de Máquinas, Equipamentos e Serviços; Financiamento a Empreendimentos e Capital de Giro Emergencial, essas serão as linhas que o empresário pode aderir para se recuperar pós tragédia.
Para comprar máquinas, equipamentos e contratar serviços, o financiamento pode começar a ser pago 1 ano depois, com prazo de 60 meses (5 anos) para pagamento completo. Essa opção tem taxas de juros de 1% ao ano, mais o juro adicional do banco.
O financiamento a empreendimentos, como por exemplo, para investir em projetos personalizados, incluindo construção civil, tem o prazo de 2 anos para começar a ser pago, 10 anos para quitação e também começa com 1% de juros mais taxa adicional bancária ao ano.
Já para despesas do dia a dia, algumas empresas podem aderir ao Capital de Giro Emergencial, com taxas de 4% ao ano para micro, pequenas e médias empresas; 6% ao ano para grandes empresas e o spread bancário (a taxa adicional do banco). A carência é de 1 ano e o prazo final de pagamento é de 5 anos.
Posicionamento de Lula
A ampliação do crédito rural e outras medidas de crédito para pequenas e médias empresas também foram assinadas pelo presidente do Brasil no evento realizado no Palácio do Planalto.
“Nós mudamos o paradigma de tratar de problemas climáticos neste país. A partir de agora, qualquer região que tiver problema climático terá que ter tratamento especial. Por isso trabalhamos na construção de um plano antecipado, para que a gente tente evitar que as coisas aconteçam neste país” comentou Lula.
As outras medidas
Os agricultores já enfrentam problemas devido a mudança climática desenfreada do último ano. Segundo o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, muitos reclamam de não conseguir acesso a programas como Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
Para que o problema seja cessado, o governo disponibilizará um adicional de R$ 600 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para crédito a pequenos e médios produtores rurais.
O governo também anunciou a inclusão das cooperativas de crédito no Pronampe, visando expandir o acesso para pequenas empresas. Além disso, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação disponibilizará uma linha de crédito de até R$ 1,5 bilhão pela Finep, com parte dos recursos direcionados a micro, pequenas e médias empresas, permitindo investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
A secretária-executiva da Casa Civil destacou que o governo federal liberou R$ 310 milhões para 207 municípios em ações de defesa civil, com R$ 176 milhões já pagos. Um levantamento está sendo feito para reconstruir infraestruturas danificadas, enquanto a recuperação financeira do estado e empresas no Rio Grande do Sul está em andamento. Empresas são instadas a manter o emprego para minimizar o impacto da catástrofe ambiental.