Resultado dos recursos da isenção do ENEM 2025 sai nesta quinta-feira (22)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) junto ao Ministério da Educação (MEC) divulgam nesta quinta-feira, 22 de maio, o resultado dos pedidos de recurso para isenção da taxa de inscrição do Enem 2025. O prazo para contestar o indeferimento terminou na última sexta-feira (17), e agora os candidatos aguardam se serão contemplados ou não com o benefício.

A consulta deve ser feita diretamente na Página do Participante, usando o login do Gov.br. Quem tiver o recurso aceito poderá fazer a inscrição gratuitamente no exame, que neste ano será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, em dois domingos consecutivos.

Quem pode pedir a isenção?

A isenção é voltada a candidatos que se enquadram em critérios socioeconômicos específicos, como estudantes que estão cursando o 3º ano do ensino médio em escolas públicas ou aqueles que comprovem baixa renda — seja por pertencerem a famílias inscritas no CadÚnico ou por apresentarem renda familiar per capita de até meio salário mínimo.

Mesmo quem conseguiu garantir a isenção precisa ficar atento, pois será necessário fazer a inscrição no Enem dentro do prazo oficial. Conforme informações divulgadas pelo MEC, as inscrições para o Enem 2025 têm previsão para início na próxima segunda-feira (26) e irão até o dia 6 de junho.


Candidatos durante a prova do ENEM (Foto: reprodução/Agência Brasil)

Falta injustificada acarreta empecilhos

Outro ponto importante a ser ressaltado: os candidatos que conseguiram a isenção no ano de 2024, mas não compareceram aos dois dias de prova e não justificaram a ausência, não tiveram a oportunidade de solicitar novamente o benefício neste ano.

Essa tática busca garantir que a isenção seja usada de forma responsável, evitando desperdício de recursos públicos e podendo ser concedida a quem realmente precisa.

Para mais informações do ENEM 2025, o ideal é acompanhar os canais oficiais do Inep e manter os dados atualizados na plataforma Gov.br.

MEC reforça ensino presencial e muda regras do EAD no Brasil

O Ministério da Educação (MEC) decidiu agir para garantir mais qualidade no ensino superior brasileiro. Na última segunda-feira (19), o governo publicou uma portaria que determina novas regras para os cursos oferecidos na modalidade semipresencial. A principal mudança obriga instituições a oferecerem, no mínimo, 40% da carga horária presencial em graduações das áreas de Saúde, Engenharia, Produção, Construção, Agricultura, Silvicultura, Pesca e Veterinária.

Governo impõe presença obrigatória em cursos estratégicos

Por outro lado, cursos de outras áreas, como Administração, Comunicação e Economia, deverão reservar ao menos 30% da carga horária para atividades com presença física. Além disso, todos os cursos, independentemente da área, precisam incluir no mínimo 20% de aulas presenciais ou síncronas ao vivo, com participação direta dos professores.

Com essa decisão, o MEC pretende equilibrar os avanços da educação digital com a necessidade de manter uma formação sólida e conectada à prática profissional.


Lula assina nova política para cursos EAD no ensino superior brasileiro (Vídeo: reprodução/YouTube/Sbt Brasil)

Medicina, Direito e Psicologia terão ensino 100% presencial

Ao mesmo tempo, em que amplia o controle sobre o EAD, o MEC também estabelece limites mais rígidos para determinadas áreas. Cursos como Medicina, Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia só poderão ser oferecidos no formato totalmente presencial. Em contrapartida, outras formações em Saúde e nas licenciaturas poderão ser mantidas em modelo semipresencial — desde que cumpram os critérios mínimos de qualidade definidos pela nova política.

Além disso, o decreto estabelece que nenhum curso poderá ser 100% a distância. Mesmo nas graduações classificadas como EAD, será obrigatório que os alunos participem de atividades físicas, como estágios, práticas laboratoriais, ações de extensão e avaliações presenciais. Essas provas devem representar o maior peso na nota final e avaliar, sobretudo, a capacidade dos estudantes de analisar, sintetizar e aplicar conhecimentos, na prática.

Polos precisarão ter estrutura mínima e mediadores capacitados

Outra mudança importante envolve os polos de apoio ao EAD, que funcionam fora do campus principal das instituições. A partir de agora, esses espaços precisarão oferecer uma infraestrutura mínima obrigatória, como laboratórios, salas de estudo, coordenação acadêmica e conexão de internet estável. Além disso, o MEC proíbe o uso compartilhado de polos entre instituições, visando assegurar suporte exclusivo e qualificado aos estudantes.

O MEC também introduziu uma nova função pedagógica: a de mediador pedagógico. Ao contrário dos antigos tutores, que exerciam funções administrativas, os mediadores atuarão diretamente no processo de ensino-aprendizagem e precisarão ter formação compatível com o curso e vínculo direto com a instituição. A meta é qualificar o acompanhamento oferecido aos estudantes e promover mais interação com os professores.

Com a implementação da nova política, o governo pretende conter o crescimento desordenado dos cursos EAD, que nos últimos anos superaram as matrículas presenciais. Embora a modalidade tenha ampliado o acesso à educação superior, a falta de regulação favoreceu a proliferação de graduações com baixo desempenho em avaliações como o Enade.

Com regras mais claras e ênfase na presença física, o MEC reforça a credibilidade do ensino a distância e assegura uma formação mais sólida, prática e alinhada às demandas do mercado. As instituições terão até dois anos para se adaptar às mudanças, mas o recado já foi dado: educação de qualidade exige presença, estrutura e compromisso.

Nova regra do MEC proíbe EAD em cinco graduações no Brasil

O presidente Lula assinou hoje (19) um decreto que proíbe o Ensino à Distância (EAD) para os cursos de medicina, odontologia, enfermagem, psicologia e direito. O Ministério da Educação (MEC) estabelece agora que esses cursos tenham pelo menos 20% da carga horária presencial.

A medida visa garantir mais qualidade na educação a distância. Além disso, o MEC atende a pedidos de Conselhos Regionais de Medicina de vários estados brasileiros, que criticavam a modalidade 100% EAD para os cursos citados. O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o decreto não visa restringir o acesso à educação. Seu objetivo é elevar a qualidade do ensino e aprimorar a infraestrutura dos polos acadêmicos.

“O foco é o estudante e a valorização dos professores: a garantia de infraestrutura nos polos, a qualificação do corpo docente, a valorização da interação e a mediação para uma formação rica e integral. Independentemente da distância física”, afirma o ministro.

Novo modelo exige atividades presenciais

Conforme o decreto, nenhum desses cursos poderá ser totalmente à distância. O novo modelo de EAD exige que pelo menos 20% da carga horária seja presencial, na sede da instituição ou em um campus externo, onde professores e alunos estejam fisicamente presentes. Ocasionalmente, o ensino poderá ser por atividades síncronas mediadas, como aulas ao vivo. Além disso, todas as provas devem ser realizadas presencialmente.

Dessa forma, o decreto também estabelece a modalidade semipresencial, que inclui atividades presenciais obrigatórias, como estágio, extensão e práticas laboratoriais, além do conteúdo online. Os polos de EAD precisarão atender critérios técnicos, incluindo tecnologia adequada e laboratórios disponíveis.

Assim, as instituições de ensino terão um prazo de dois anos para se adequar ao decreto. Os alunos já matriculados em cursos que serão descontinuados na modalidade a distância poderão finalizá-los no formato originalmente estabelecido.


MEC anuncia novas regras para o ensino à distância (Vídeo: reprodução/Instagram/@mineducacao)


ABMES avalia decreto e possíveis ações jurídicas

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) considerou positiva a publicação do decreto. Entretanto, a entidade tomará as medidas necessárias para proteger os interesses das instituições particulares de ensino superior, incluindo ações jurídicas caso identifique inconstitucionalidades ou normas que prejudiquem a sustentabilidade, a livre iniciativa e a qualidade da educação oferecida.

Para a ABMES, o novo marco legal permite que o MEC retome plenamente os processos regulatórios, interrompidos nos últimos meses. Com isso, garante-se previsibilidade às instituições de ensino superior e confiança para estudantes e suas famílias.


Conselho Federal de Odontologia de Mato Grosso do Sul comemorou a decisão (Foto: reprodução/Instagram/@cfo_conselhodeodontologia)


Conselhos comemoram a decisão

O Conselho Federal de Odontologia divulgou nota em que considera a nova medida uma conquista significativa para a categoria. Além disso, a entidade contestava há anos a certificação de profissionais formados apenas por EAD, pois defendia a necessidade de ensino presencial na odontologia.

Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina informou, em nota, que a decisão reforça a necessidade de imersão total dos estudantes em ambientes reais de atenção à saúde. Aliás, a instituição argumenta que a formação médica deve permanecer integralmente presencial, garantindo, assim, padrões rigorosos de qualidade, estrutura e ética para preservar a segurança dos pacientes e a integridade da profissão.

MEC divulga orientação proibindo o uso de celular nas escolas

Nesta sexta-feira (31), o Ministério da Educação enfim começa a colocar em prática o seu plano de limitar o uso de smartphones e aparelhos que acessam a internet nas escolas, após o presidente Lula ter sancionado uma lei referente ao caso, em 15 de janeiro. Tal atitude chega para melhorar a concentração dos alunos, reduzir distrações e promover maior interação social no ambiente escolar, se estendendo a toda a educação básica; educação infantil, ensino fundamental e médio.

Novas orientações

A recomendação do MEC sugere que as escolas estabeleçam regras claras para o uso de dispositivos móveis, restringindo seu uso, seja no ambiente de sala de aula ou no horário do intervalo, exceto se forem utilizados com fins pedagógicos sob orientação dos professores ou em casos de emergência.

Em nota, a secretária da Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, comentou e justificou sobre a decisão de forma direta.

A gente quer otimizar o uso, potencializar os benefícios e mitigar os efeitos nocivos (dos celulares), afirmou


Secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt (Foto: reprodução/Rodemarques Abreu/SEMED/O Povo)

Além disso, segundo informações divulgadas pelo G1, em fevereiro ainda teremos um decreto presidencial, esclarecendo pontos específicos da lei aplicada em meados deste mês, bem como uma resolução com diretrizes operacionais, que será emitida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Polêmica e desafios na implementação

Como já era de se esperar, a medida não foi bem recebida pelos alunos, que se sentem “censurados” e “pressionados” por terem seu tempo de tela sendo controlado. Entretanto, a necessidade de tal atitude se dá pelos prejuízos causados pelo uso dos aparelhos, que se manifestam de várias formas, seja em atrapalhar a socialização, desestimular os jovens a participarem de atividades motoras no intervalo, além da falta de aprendizado em sala de aula, o que pode ser considerado o mais grave de todos.


Adolescentes utilizando celular em sala de aula (Foto: reprodução/StockPlanets/Getty Images Embed)


A Common Sense, fez um levantamento sobre o uso dos smartphones nas salas de aula. Os resultados apontaram que 97% dos adolescentes desviam do foco nas aulas por uma média de 43 minutos. Deste tempo, 32% é destinado às redes sociais (Instagram, TikTok, Twitter) e 26% à demais plataformas, (como YouTube, Twitch e até mesmo serviços de streaming).

MEC adia divulgação dos resultados do SISU para segunda-feira

O Ministério da Educação publicou uma nota na noite deste domingo informando que a divulgação dos resultados do SISU (Sistema de Seleção Unificada) foi adiada para esta segunda-feira (27).

A princípio, os resultados sairiam no domingo (26), mas devido a problemas técnicos na plataforma a divulgação precisou ser adiada para esta segunda-feira após o prazo dado pela pasta se encerrar às 23h59.


Divulgação dos resultados do SISU foi adiado para esta segunda-feira (Foto: reprodução/diário online)

A nota

Em nota, o MEC informou que a equipe técnica está trabalhando a fim de que os resultados sejam divulgados o mais rápido possível. Veja:

O MEC informa que as equipes técnicas da Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação seguem trabalhando na finalização dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025. A divulgação ocorrerá ao longo desta segunda-feira, 27 de janeiro.”

Para acessar o resultado e a lista de aprovados o estudante deverá entrar no site do SISU e fazer o login com a conta GOV.

Neste ano, houve uma modificação no formato da divulgação. Desta vez, os resultados serão divulgados em uma planilha e não de forma individualizada como nos outros anos. A mudança foi bem criticada pelos candidatos, pois dificulta o acesso e a visualização das informações.

Ao se depararem com a instabilidade do site ao longo do dia, muitos candidatos desabafaram nas redes sociais e aproveitaram a situação para brincar com a situação e criticar o sistema do MEC.


Candidatos fazem meme e desabafam nas redes sociais após atrasa na divulgação dos resultados (Foto: reprodução/X/@brnvson)

O SISU

O Sistema de Seleção Unificada (SISU) é uma das principais portas para ingresso na universidade pública no país por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Esse ano, o SISU terá apenas uma edição no ano, como foi no ano passado.

Caso o candidato não seja aprovado na chamada regular, ele poderá participar da lista de espera entre os dias 26 e 31 de janeiro. Os resultados serão divulgados pelas universidades de forma individual.

Fies oferece 112 mil novas vagas em 2025

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) abriu 112 mil novas vagas para 2025, conforme anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (02). O programa, que subsidia cursos de graduação em instituições de ensino superior privadas, pretende distribuir as novas vagas focando em áreas consideradas estratégicas, como saúde, engenharia e tecnologia da informação (TI).

Critérios de seleção e condições específicas


Poster oficial do FIES (divulgação/MEC)

Para concorrer ao financiamento, os candidatos devem ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a de 2010, com nota mínima de 450 pontos e sem zerar a redação. Além disso, a renda familiar per capita é um dos principais critérios de elegibilidade, tendo como limite na modalidade principal, o de até três salários mínimos.

O Fies oferece juros zero para os beneficiários da modalidade principal, com parcelas ajustadas à renda do estudante após a formação. Existe também a modalidade P-Fies, voltada para estudantes com renda familiar mais elevada, que opera com taxas de juros definidas pelos agentes financeiros.

Impacto social e sua importância para a educação no Brasil


Ministro da Educação Camilo Santana (Esquerda), ao lado do presidente Lula (Direita) (reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


Desde sua criação, o Fies tem sido um aliado fundamental para estudantes de baixa renda que lutam para ingressar no ensino superior. A ampliação das vagas para 2025 reflete o compromisso do governo Lula na pauta de democratizar, cada vez mais, o acesso à educação.

O ministro da Educação, Camilo Santana, ainda comentou sobre a mudança no cronograma, em entrevista:

Vamos garantir novas vagas para o Fies em 2025, permitindo que jovens de baixa renda financiem cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior no país. O governo do presidente Lula está investindo mais de R$ 774 milhões no Fies, um programa que abre portas para milhares de brasileiras e brasileiros terem uma educação de qualidade.

As inscrições ocorrerão no início de cada semestre, porém ainda não há dados sobre datas e período específicos.

MEC divulga dados do primeiro dia do Enem 2024 e afirma que houve abstenção de 26,6%

O Ministério da Educação (MEC), divulgou neste domingo (3), um balanço sobre o primeiro dia da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. A abstenção desse ano foi de 26,6%, uma porcentagem mais baixa em comparação as duas últimas edições (28,1% no ano passado e 28,3% em 2022).

Dados apresentados

 A divulgação das provas esse ano, aconteceu em maio, com as datas para o dia 3 e 10 de novembro, e teve todos os dados apresentados pelo ministro da Educação, Camilo Santana e também pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com um total de 4,3 milhões de pessoas inscritas.

Na coletiva a imprensa, Camilo Santana afirmou que houve uma redução da ausência um pouco menor do que comparada com o ano passado. O ministro da Educação também relatou que ocorreu um aumento de pessoas inscritas em 2024, comparando com a edição de 2023, e que também ocorreu um aumento, considerável de 27% de inscrições confirmadas para o exame entre os anos de 2022 a 2024.

O percentual de concluintes do ensino médio público que se inscreveram no Enem 2024 aumentou comparado à 2023, que teve 58%, já esse ano foi registrado cerca de 94% em alguns estados, esse índice chegou a 100%.

Camilo Santana afirmou que esse aumento de estudantes das redes públicas foi atribuiu por conta do programa Pé-de-Meia, que paga os alunos pela permanência no Ensino Médio e ajuda com uma parcela extra para a realização do Enem.


Dados de concluintes do ensino medio publico de acordo com o inep (Reprodução/Instagram/@inep_oficial)

Também ocorreu a eliminação de cerca de 4.999 participantes, por infrações como a de sair da prova antes do horário permitido, a utilização de equipamentos eletrônicos e de estudantes que não atenderam as orientações dos fiscais da prova.

O que é o Exame Nacional do Ensino Médio

O Exame Nacional do Ensino Médio, é uma prova que ocorre em todo o território brasileiro, e serve para a admissão dos participantes inscritos a educação de nível superior. A prova é realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao Ministério da Educação do Brasil. O Enem acontece anualmente desde o ano de 1998, e é atualmente reconhecido pelos sistemas de seleção SiSU, ProUni, FIES, e demais processos seletivos próprios de universidades nacionais e estrangeiras.

O exame acontece sempre em dois domingos, sendo o primeiro com a aplicação de 45 questões de linguagens, sendo 40 de língua portuguesa, e 5 de inglês ou espanhol, conforme a opção escolhida pelo participante e 45 questões de ciências humanas, mais a redação que vale 1000 pontos. ja no segundo domingo são realizadas 45 questões de matemática; e 45 questões de ciências da natureza, para o encerramento do exame.

MEC divulga edital para as inscrições do FIES do segundo semestre de 2024

Nesta quinta-feira (22), iniciariam as inscrições para o 2º semestre do programa do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Os participantes devem realizar a inscrição até o dia 27 de agosto através do site https://acessounico.mec.gov.br/fies.

O programa tem como objetivo conceder empréstimo a estudantes que querem cursar o ensino superior em faculdades privadas. Desta forma, após a formatura, os participantes terão que pagar as parcelas custeadas durante o curso.

O Ministério da Educação (MEC) divulgará os resultados no dia 9 de setembro e os candidatos selecionados terão entre os dias 10 e 12 de setembro para comprovar as informações prestadas no período de inscrição.


Foto: reprodução/Instagram/@mineducacao


Novidade

A principal novidade é que a partir desta edição, o programa oferecerá cotas candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas, além de àqueles com deficiência.

Observação

Tendo em vista que a maioria das faculdades particulares retornaram às aulas no início de agosto, os estudantes que forem aprovados terão perdido as aulas iniciais do semestre.

Prazo de inscrição

• 22/08 até 27/08

Quais os requisitos para se inscrever?

• pessoas com renda familiar mensal bruta per capita de até 3 salários mínimos (R$ 4.236).

Lista de espera

Para os candidatos que ficarem na lista de espera, às convocações ocorreram entre os dias 16 de setembro e 29 de outubro. Para aqueles que forem selecionados, o prazo estipulado para complementar às informações será de até 3 dias úteis.

FIES Social

O FIES Social é uma modalidade implementada em fevereiro deste ano que visa garantir aos estudantes de baixa renda 100% de financiamento em faculdades privadas.
Para participar dessa modalidade os participantes devem ter renda familiar mensal bruta per capita de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Cronograma FIES 2/2024

  • 21 de agosto – divulgação do Edital e início das inscrições.
  • 22 a 27 de agosto: período de inscrições no Fies Seleção, disponível no portal Acesso Único.
  • 9 de setembro: divulgação do resultado da seleção.
  • 10 a 12 de setembro: período para complementação da inscrição por parte dos pré-selecionados.
  • 16 de setembro a 29 de outubro: convocações da lista de espera para preenchimento de vagas remanescentes.
  • Até 3 dias úteis após a convocação: prazo para complementação da inscrição dos pré-selecionados na lista de espera.

Para mais informações, acesse o edital do programa.

Abrafi acusa MEC de descumprir decisão judicial sobre novas vagas de Medicina

Na última terça-feira (26), o Ministério da Educação emitiu uma portaria suspendendo a oferta de vagas e matrículas de alunos já aprovados para o curso de Medicina em quatro instituições de ensino. Essa ação foi vista como um descumprimento das determinações judiciais que autorizaram processos seletivos para pelo menos duas faculdades: o Centro Universitário (Facens), em Sorocaba, e o Centro Universitário Mauá (Unimauá), em Brasília. A decisão inclui a participação em futuros editais do programa Mais Médicos.

Tramitação e decisão judicial

Os pedidos para a abertura de novas vagas estavam há bastante tempo em análise na Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior. Diante da ausência de resposta por parte do MEC, as instituições buscaram respaldo legal e obtiveram, há pouco mais de um mês, decisões judiciais favoráveis no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para a realização dos vestibulares.

O presidente da Abrafi, Paulo Chanan, ressaltou que a suspensão afeta diretamente 60 alunos em Sorocaba e mais 180 em Brasília.

A resposta do MEC e a polêmica em torno da portaria

O MEC defendeu sua posição, notificando as instituições envolvidas e mais quatro por anunciarem cursos de Medicina sem a devida autorização. Segundo o ministério, tais ações constituem irregularidades administrativas e devem ser imediatamente suspensas.

A portaria n. 531, de dezembro do ano passado, foi citada pelo MEC como base para suas ações, estabelecendo diretrizes para o processamento de pedidos de autorização de novos cursos de Medicina.


Entenda mais sobre o impasse nos cursos de medicina (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan)


A controvérsia e as alegações da Abrafi

A Abrafi contesta a justificativa do MEC, argumentando que a decisão judicial não se limitou apenas à realização do processo seletivo, mas abarcou também as matrículas dos alunos aprovados. Chanan ressalta que essa postura cria uma insegurança jurídica considerável, especialmente diante dos atrasos do MEC na publicação de portarias, mesmo após determinações judiciais.

 “Há uma incoerência por parte do MEC, que tem autorizado, de forma atropelada e em tempo recorde, o funcionamento de cursos de Medicina em instituições federais sem que haja qualquer estrutura física de laboratórios ou corpo docente contratado.” – Disse o presidente da Abrafi, Paulo Chanan.

Diante do impasse entre a Abrafi e o MEC, a situação permanece delicada para os alunos afetados e as instituições de ensino envolvidas. Enquanto o MEC defende suas ações como parte de uma política educacional coerente, a Abrafi questiona a falta de uniformidade e transparência nos procedimentos adotados, especialmente no que diz respeito à disparidade de tratamento entre instituições públicas e privadas.