Pela primeira vez na história, militares são presos por tentativa de golpe de Estado no Brasil

Pela primeira vez desde a Proclamação da República, militares brasileiros foram presos por participação em uma tentativa de golpe de Estado. A decisão, divulgada nesta terça-feira (25), marca um capítulo inédito na história política e institucional do país, ao levar à prisão oficiais que participaram da articulação golpista que buscava impedir a transição democrática após as eleições. Segundo o relatório apresentado pelos ministros, as prisões são resultado de uma investigação extensa que reuniu provas, delações, depoimentos e perícias.

De acordo com as informações divulgadas, a operação que levou à prisão dos oficiais ocorreu após o encerramento do julgamento que analisou seu envolvimento no plano golpista. A Justiça entendeu que houve atuação coordenada para derrubar o resultado das urnas e instaurar um modelo autoritário de governo. Com a publicação oficial da sentença, os militares foram imediatamente conduzidos ao cumprimento das penas determinadas.

Condenações e atuação dos militares no plano golpista

Os oficiais presos tiveram participação identificada em diferentes etapas do planejamento, incluindo elaboração de documentos, articulações internas e dialogo com autoridades e agentes externos. A investigação apontou que havia uma estrutura organizada, com tarefas distribuídas e recursos mobilizados para viabilizar a tentativa de ruptura institucional.


Matéria do G1 fala sobre prisão dos militares (Reprodução/X/@g1)


As condenações ocorreram após a análise de gravações, mensagens, registros de reuniões e depoimentos que detalharam o avanço do plano golpista ao longo dos meses que sucederam as eleições. Segundo o julgamento, os militares utilizaram suas posições estratégicas e influência dentro das Forças Armadas para tentar legitimar ações que violariam a Constituição. O entendimento unânime dos ministros foi o de que houve atentado direto ao Estado Democrático de Direito, justificando a prisão imediata.

Marco histórico e impacto institucional

A prisão de militares por tentativa de golpe representa um marco nunca antes visto no Brasil e sinaliza a postura firme das instituições no enfrentamento a práticas antidemocráticas. Para especialistas, a decisão reforça a mensagem de que não há espaços para rupturas e que todos os agentes públicos, inclusive integrantes das Forças Armadas, podem ser responsabilizados civil e criminalmente.

Além disso, o caso deve influenciar o debate nacional sobre o papel das Forças Armadas no cenário político e sobre os limites que separam atuação institucional e interferência indevida no processo democrático. A sentença também abre precedente histórico, mostrando que, mesmo em cargos hierarquicamente elevados, militares não estão imunes ao cumprimento da lei.

A repercussão imediata foi ampla e reacendeu discussões sobre democracia, segurança institucional e responsabilidade pública. O episódio entra definitivamente para os registros históricos como um dos julgamentos mais relevantes desde a redemocratização.

Argentina envia militares à fronteira com Brasil após operação no Rio de Janeiro

O governo da Argentina ordenou o envio de entre 150 e 200 militares para reforçar a segurança na fronteira com o Brasil. A princípio, a medida foi determinada pelo ministro da Defesa, Luis Petri, após a megaoperação policial ocorrida no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos. Os militares atuarão na cidade de Bernardo de Irigoyen, que faz divisa com Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR).

Segundo fontes do Ministério da Defesa argentino, tropas especializadas em montanha começaram o reconhecimento da região. Elas estão preparadas para atuar em áreas de fronteira seca e devem receber apoio de drones, radares e dois helicópteros. Acima de tudo, a decisão integra um plano de segurança ampliado do governo Javier Milei, que colocou as forças em alerta máximo para conter uma possível fuga de criminosos brasileiros.

Operação no Rio gera tensão regional

A megaoperação contra o Comando Vermelho mobilizou cerca de 2.500 agentes nos complexos do Alemão e da Penha. Há pouco, o governo fluminense confirmou 121 mortos, sendo quatro policiais e 117 suspeitos. A ação, batizada de “Operação Contenção”, foi considerada a mais letal da história do estado do Rio. Consequentemente, tiros, arrastões, comércios fechados e suspensão de expediente marcaram dois dias de tensão.


Cláudio Castro em coletiva (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


Durante coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro afirmou que os policiais mortos foram as “únicas vítimas verdadeiras” do confronto. O comentário provocou críticas de entidades de direitos humanos e gerou reação política em Brasília.

Pressão sobre o governo e resposta do STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião emergencial com ministros para discutir os impactos da operação. Logo após, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que Castro compareça a uma audiência para explicar as ações das forças de segurança. A decisão atendeu a pedidos do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Enquanto o governo argentino reforça as fronteiras, autoridades brasileiras enfrentam questionamentos sobre a proporcionalidade do uso da força. O episódio traz à tona o debate sobre segurança pública e coordenação internacional diante da violência nas grandes cidades.

Bilionário Timothy Mellon doa US$ 130 milhões para garantir pagamento de militares durante shutdown nos EUA

O bilionário Timothy Mellon, conhecido por seu apoio a causas republicanas, doou US$ 130 milhões (cerca de R$ 698 milhões) para assegurar o pagamento dos salários dos militares dos EUA durante o shutdown do governo, iniciado no último mês. A doação, divulgada pelo The New York Times no sábado (25), foi aceita pelo Pentágono e será usada para cobrir os salários das Forças Armadas enquanto o impasse orçamentário persiste. O movimento gerou discussões sobre a legalidade dessa ação, uma vez que o Ato de Antideficiência proíbe o governo de gastar recursos não aprovados pelo Congresso.

A doação de Mellon surgiu em um momento crítico, quando o governo federal enfrentava um impasse orçamentário que afetou milhões de americanos, incluindo os militares. A paralisação do governo, conhecida como shutdown, teve um impacto significativo nas operações do governo dos EUA, causando atrasos em pagamentos e em benefícios essenciais para os servidores públicos. Embora a decisão de Mellon tenha sido vista por alguns como uma ação altruísta, outros questionaram se o uso de recursos privados para suprir falhas orçamentárias poderia criar precedentes perigosos, especialmente em tempos de crise política.

Doação de grande escala em meio ao impasse político

Timothy Mellon, herdeiro da fortuna bancária da família Mellon e bilionário do setor ferroviário, se tornou o principal doador para garantir o pagamento dos salários dos militares em tempos de crise. O Pentágono confirmou que a doação foi aceita com base na sua autoridade para aceitar presentes, destinados a garantir o bem-estar dos membros das Forças Armadas, mesmo durante o shutdown.


Militares americanos em evento com Donald Trump (Foto:reprodução/Tomohiro Ohsumi/Getty Images Embed)

A doação foi anunciada como uma medida de emergência, já que os militares, juntamente com outros funcionários públicos, estavam em risco de não receber seus salários enquanto o governo permanecia parcialmente fechado. A situação, que afetou diversos setores do governo dos EUA, foi provocada pela falta de consenso no Congresso quanto ao orçamento.

Desse modo, a ação de Mellon, feita de forma privada, gerou polêmica sobre as intenções por trás da doação. A decisão de Mellon, embora generosa, provocou questionamentos sobre a legalidade de aceitar doações privadas para suprir lacunas no orçamento governamental.

Mellon: magnata recluso e financiador político

Aos 83 anos, Mellon é um nome influente na política dos EUA, especialmente no Partido Republicano. Herdeiro de uma das famílias mais ricas do país, ele tem feito doações significativas, incluindo US$ 25 milhões à campanha de Donald Trump em 2024. Além disso, ele tem financiado candidatos republicanos estaduais e apoiado várias iniciativas do partido, como a construção do muro na fronteira com o México.

Mellon, que vive em seu rancho em Wyoming, é uma figura reclusa, mas suas doações políticas e, agora, a ajuda financeira durante o shutdown destacam sua influência e seu papel nos bastidores da política americana. A doação para garantir os salários dos militares, no entanto, trouxe à tona debates sobre a mistura de doações privadas com ações governamentais em momentos de crise.

Trump vai às ruas de Washington com tropas policiais e militares

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na noite desta quinta-feira (21), que planeja patrulhar pessoalmente as ruas da capital Washington, acompanhado por forças policiais e militares da cidade. A declaração ocorre em meio ao reforço da presença da Guarda Nacional e de agentes federais na capital, medida determinada pelo governo federal com o argumento de conter o avanço da criminalidade.

Patrulhamento em Washington

A decisão surge após o envio de batalhões de soldados para as ruas na semana anterior, operação que Trump classificou como indispensável diante do aumento da violência urbana. A decisão, no entanto, tem sido alvo de críticas de autoridades locais, que contestam a justificativa do governo.

Dados estatísticos das forças de seguranças federais e municipais recentes indica altos índices de crimes violentos em Washington registraram queda significativamente em relação aos picos registrados ao mesmo período em 2023, pondo em xeque a narrativa de agravo da situação. Enquanto o presidente se prepara para a ação simbólica, integrantes de seu governo têm buscado consolidar apoio junto às forças destacadas para a capital.

O vice-presidente J.D. Vance e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, estiveram na quarta-feira (20) na Union Station, principal terminal ferroviário da cidade, em visita às tropas mobilizadas. No mesmo local, grupos de manifestantes realizaram protestos contra a presença militarizada, alegando que a medida representa um excesso de poder federal e ameaça às liberdades civis.


Trump anuncia ordens de segurança na aviação e fala com repórteres após nomear novo administrador adjunto da aviação no Salão Oval (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Operação de patrulhamento na Capital

A expectativa agora recai sobre os desdobramentos do anúncio presidencial de Trump. O porta-voz da Casa Branca afirmou sobre a participação de Trump no patrulhamento, que os detalhes ainda serão divulgados oficialmente, o que gera incerteza sobre a iniciativa presidencial. Especialistas em segurança pública avaliam que a presença de um chefe de Estado em operações de policiamento pode ter caráter mais simbólico do que efetivo, servindo como uma mensagem política em um momento de alta polarização no país.

A medida também coloca em evidência o embate entre o governo federal e a administração municipal da capital, tradicionalmente alinhada ao Partido Democrata. Líderes locais defendem que os recursos poderiam ser destinados a programas comunitários de prevenção, em vez de operações de caráter militar. A grande mobilização do patrulhamento nas ruas, reforça o clima de tensão política em Washington, onde segurança pública e disputa institucional se entrelaçam em um cenário de incertezas e segurança pública.

Suprema Corte dos EUA autoriza a proibição da entrada de militares transgêneros

A medida tomada nessa terça-feira (6) permite que os estados individuais proíbam pessoas trans de servirem nas Forças Armadas. A decisão também impede que novos recrutas transgêneros ingressem no serviço militar. Isso representa uma vitória para legisladores conservadores que defendem restrições ao serviço militar de indivíduos trans, além de demonstrar a tentativa do presidente norte-americano em outras autorizações A comunidade LGBTQIAPN+ vem sendo um dos principais alvos das políticas de Trump e despertando alerta.

Entenda a execução da medida

A resolução não estabelece uma regra nacional, mas abre caminho para que estados como Texas e Flórida, que já possuem leis similares, mantenham suas proibições.

O caso chegou à Suprema Corte após uma série de batalhas judiciais envolvendo a política de inclusão de transgêneros no Exército. Nos mandatos anteriores de Donald Trump, a Suprema Corte já havia autorizado proibições semelhantes. Entretanto, a proibição foi revogada pelo ex-presidente Joe Biden.


—Suprema Corte dos EUA autoriza Trump a proibir militares trans. (Vídeo: reprodução/CNN Brasil/Youtube)


Impacto nos militares em serviço

De acordo com o memorando interno, militares que apresentem sintomas de disforia de gênero ou possuam um diagnóstico atual serão submetidos a processos de desligamento. Tal disforia é definida como o sofrimento psicológico que um indivíduo sente quando sua identidade de gênero difere do seu gênero designado ao nascimento. O Pentágono confirmou que não permitirá a entrada de novos membros trangêneros em nenhum ramo militar.

Um estudo de 2018 da RAND Corporation estimou que cerca de 14 mil militares transgêneros serviam nas Forças Armadas dos EUA. No entanto, o número atual é incerto, já que políticas anteriores variaram entre administrações.

A decisão foi celebrada por grupos conservadores, porém três integrantes liberais da Suprema Corte a criticaram publicamente. A administração federal ainda pode contestar as leis estaduais, mas, por enquanto, a medida fortalece a autonomia dos estados em regulamentar o serviço militar.

Quem são os “kids pretos”, militares suspeitos de planejar “Golpe de Estado” e morte de Lula

“kids pretos” é o nome que os integrantes militares de Operações Especiais do Exército Brasileiro são chamados informalmente. O apelido é justificado pelo gorro preto usado nas operações. São caracterizados por serem militares de elite, altamente treinados para atuarem em missões sigilosas e ambientes profundamente perigosos.

Segundo informações do exército, os “kids pretos” atuam desde 1957, e em 2023, contavam com aproximadamente 2,5 mil integrantes.

Conforme informações da jornalista Camila Bomfim, os militares integrantes dos “kids pretos” presos pela polícia federal, por suspeita de planejar um golpe de Estado, no final de 2022 e o assassinato de Geraldo Alckmin, Lula e Alexandre de Moraes, são: general Mário Fernandes; tenente-coronel Helio Ferreira Lima; major Rodrigo Bezerra Azevedo; e major Rafael Martins de Oliveira.

O agente da polícia federal Wladimir Matos Soares também foi preso nesta terça-feira (19).

Treinamento

Os militares pertencentes aos “kids pretos” passam por um processo seletivo para entrar nas Forças de Operações Especiais. Eles podem realizar seus fortes treinamentos em três localidades diferentes: Comando de Operações Especiais, em Goiânia; Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói, Rio de Janeiro; ou na 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.

Eles são treinados para atuarem em situações específicas, como uma guerra irregular ou casos de terrorismo. Também são habilitados para situações que envolvam operações de inteligência e planejamento de fugas.


Apresentação do Comando de Operações Especiais em 2019 (Foto: reprodução/ Agência Brasil)

Envolvimento com golpe

As investigações, reveladas nesta terça-feira (19), mostraram que os militares envolvidos no plano de executar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, em 2022, criaram um documento que descrevia tudo que deveria ser feito para o plano ocorrer com sucesso.

O arquivo nomeado de “FOX_2017.docx” esmiuçava o “Planejamento-Punho Verde e Amarelo”, que detalhava como deveria ser realizado o envenenamento de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, e quais seriam os próximos passos para “restaurar” a ordem.

Conheça Mário Fernandes, general suspeito de planejar golpe de Estado

Após a prisão de militares suspeitos de planejar golpe de Estado e o assassinato de Lula nesta terça-feira (19), o general Mário Fernandes é indicado como um dos militares “mais radicais” e o mentor intelectual de todo o projeto.

Ex-assessor do deputado Eduardo Pazuello, Mário Fernandes, segundo a polícia, era a ligação entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e os acampantes golpistas que se instalaram em frente ao QG do Exército, em Brasília. Conforme as informações obtidas pela Polícia Federal, Fernandes concedia material financeiro e orientações aos extremistas.

A investigação da Polícia Federal mostra que Mário Fernandes, junto a outros militares, planejavam matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Os crimes aconteceriam entre novembro e dezembro de 2022, logo após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.



Eduardo Pazuello

Eduardo Pazuello divulgou uma nota, quando a prisão do seu ex-assessor veio a público. O deputado afirmou que só tomou conhecimento da situação, através dos veículos de imprensa e disse acreditar nas instituições brasileiras. 

O deputado federal General Pazuello esclareceu que o General Mário Fernandes, mencionado na operação da Polícia Federal realizada na manhã desta terça-feira, trabalhou em seu gabinete como assessor de 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, quando foi identificado seu impedimento para exercer cargo público. Pazuello esclareceu ainda, que só tomou conhecimento da prisão do general Mário e dos demais oficiais por meio da imprensa na data de hoje. O deputado reafirma sua crença nas instituições do país e na idoneidade do General Mário Fernandes, na certeza de que logo tudo será esclarecido.

Carreira

Mário Fernandes começou sua carreira militar em 1983, na Academia das Agulhas Negras (AMAN) e em 2016, foi promovido a General de Brigada. Em 2018, Fernandes foi responsável pelo Comando de Operações Especiais, em Goiânia. 

Mário permaneceu no Comando de Operações Especiais até 2020, quando passou para a reserva do Exército e passou a assumir cargos políticos. Seu último cargo foi o “Cargo de Natureza Especial” no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, sendo demitido em março deste ano, quando as investigações sobre sua participação do possível golpe iniciaram.

Com a possível morte de líder do Hamas, EUA avistam fim da guerra

Israel anunciou nesta quinta-feira (17) que eliminou Yahya Sinwar, líder do Hamas. Segundo as autoridades israelenses, ele foi um dos principais responsáveis pelo ataque de 7 de outubro. Sinwar foi uma figura crucial na criação do braço militar do Hamas, estabelecendo novos laços importantes com as potências árabes da região. Desde 2015 ele é visto como terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA.

Entretanto, Harel Chorev, pesquisador sênior do Centro Moshe Dayan para Estudos do Oriente Médio e da África, da Universidade de Tel Aviv, lembra que ele não deve ser visto como único líder.

“É bem-sabido que enquanto estava na prisão, ele torturou pessoas, principalmente membros do Hamas, usando prato quente para lhes causar queimaduras… o seu papel no Majd realmente diz muito sobre o seu caráter, a sua crueldade. Mas, ao mesmo tempo, os israelenses que o conheceram disseram que ele também pode ser muito prático, discutindo opções abertamente”, afirma o pesquisador. 

Condenações

O líder do Hamas passou mais de duas décadas na prisão israelense, após ser condenado em 1988 por fazer parte do assassinato de dois soldados israelenses e quatro palestinos suspeitos de colaboração com Israel. Em 2011, Sinwar foi liberado como parte do acordo de troca de prisioneiros, que resultou na libertação de mais de mil prisioneiros palestinos em troca de um soldado israelense que foi capturado e transportado para Gaza.


O chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, participa de uma reunião com membros de grupos palestinos para discutir cessar-fogo em junho de 2021 (Foto: reprodução/Anadolu/ Getty Images Embed)


Análise de DNA

Os serviços de inteligência israelenses estão se empenhando para descobrir se o corpo é realmente de Sinwar por meio de análise de DNA, impressões digitais, além de registros dentários. Três terroristas foram mortos nas operações das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza. A inteligência israelense segue averiguando as chances de que o corpo encontrado sem vida seja de Yahya Sinwar. O resultado é muito aguardado.

Passados 5 dias, Israel reinicia os bombardeios na capital do Líbano

Militares israelenses afirmam ter acertado dezenas de alvos do grupo extremista no sul do país, além de um depósito de armas subterrâneo do Hezbollah em Beirute. Em outra frente da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, forças militares israelenses mataram mais de 50 combatentes, entre eles um comandante de grupo.

Embaixadora americana na ONU afirma que os Estados Unidos estão observando as ações de Israel para se certificar que não se configure uma “política de fome”, visto que, segundo o chefe da agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a fome poderia ser evitada com a liberação de comboios que carregam ajuda.


Prédios destruídos por bombardeios em Beirute, capital do Líbano (Foto: reprodução/
Hans Neleman/ Getty Images Embed)


Prefeito morre em ataque

Um ataque aéreo israelense contra o prédio municipal de Nabatieh matou o prefeito Ahmed Kahil. Nabatieh é uma importante cidade do sul do Líbano, que funciona como capital da província. O ataque aconteceu mesmo com o temor demonstrado pelos Estados Unidos, devido a multiplicação do número de mortos.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou o ataque, sendo o mais significativo contra um edifício estatal libanês desde a última escalada dos combates, que começou há cerca de duas semanas, levantando preocupações sobre a segurança da infra-estrutura estatal do país. A governadora de Nabatieh, Howaida Turk, afirma que embora a maioria dos residentes de Nabatieh já tivesse deixado a área após pesados ​​​​ataques aéreos israelenses, o prefeito e outros funcionários municipais ficaram para trás para ajudar os que permaneceram.

“Eles atingiram civis, a Cruz Vermelha, a defesa civil. Agora eles têm como alvo um prédio do governo. É inaceitável. É um massacre”, ela disse.

ONU pede apuração sobre ataque israelense no norte do Líbano

O porta-voz Jeremy Laurence disse que o ataque, na aldeia de Aitou, levantou “preocupações reais” com respeito ao direito humanitário internacional. Cerca de 12 mulheres e 2 crianças estariam entre os mortos no bombardeio, que destruiu um prédio residencial. O ataque a edifícios residenciais sem aviso prévio trouxe questionamentos sobre as intenções reais por trás dos ataques. 

Exército prepara celas para possível prisão de Bolsonaro e militares 

À pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), as Forças Armadas do Exército preparam novas celas no Quartel General (QG), em Brasília, para a eventual prisão do ex-presidente Bolsonaro e militares que prestarão depoimento nesta quinta-feira (22) à Polícia Federal. 

De acordo com a revista Veja, uma fonte do Exército confirmou que uma espécie de alojamento localizado no Comando Militar do Planalto, dentro do QG em Brasília, está recebendo melhorias para a possível prisão de generais do alto comando que estão sendo investigados pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do STF, logo após as prisões”, disse a fonte à revista Veja.

Quem prestará depoimento nesta quinta-feira

Ao todo 23 investigados terão que se apresentar à Polícia Federal nesta quinta-feira (22), desses, 13 prestarão depoimento na sede da PF em Brasília. Vale ressaltar que todos os investigados depõem simultaneamente às 14h30, no horário de Brasília. 


Jair Bolsonaro prestará depoimento à PF nesta quinta-feira (22). (Foto: Reprodução/Sergio Lima/AFP)

Entre esses, Jair Bolsonaro é um dos investigados que terá que falar à PF, no entanto, de acordo com a defesa, o ex-presidente ficará em silêncio durante todo o depoimento. Além dele, também compõe a lista de investigados que terão que prestar esclarecimentos à PF: Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha e o general Walter Braga Netto, ex- ministro da Casa Civil,  da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. 

A investigação

De acordo com as apurações da Polícia Federal, o núcleo em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro organizava e projetava a disseminação de uma possível fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo do pleito, atuando assim, como uma organização criminosa que tentou viabilizar e legitimar a tomada do Estado Democrático de Direito. 

Além disso, as investigações também afirmam a existência de pelo menos três planos planejados pelos golpistas  contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. 

Em entrevista ao Globo, Moraes revelou que, segundo as investigações, os planos planejados contra ele foram desde a pretensão de que as Forças Especiais do Exército o prenderiam e o levariam para Goiânia, até o seu enforcamento na Praça dos Três Poderes.