Brasil pode ser ouro pela seleção de futebol feminino

Neste sábado (10), as Olimpíadas de Paris chega ao seu penúltimo dia. Embora a competição esteja no final, o Brasil poderá trazer medalha de ouro para casa, isso porque a seleção brasileira de futebol feminino disputa a final contra os Estados Unidos.

Outras duas equipes brasileiras competem o pódio neste sábado. A equipe de canoagem feminina de velocidade chegou à final, porém não conseguiram alcançar a medalha. Outra modalidade que disputará o bronze é o vôlei feminino de quadra, e a partida está marcada para às 11h (horário de Brasília)

A seleção brasileira de futebol feminino enfrentará os Estados Unidos em uma final olímpica pela terceira vez. Nas disputas anteriores, a equipe conquistou medalha de prata (Atenas-2004 e Pequim-2008).


https://www.youtube.com/watch?v=c8U-xGd8acU
Melhores momentos do pódio brasileiro na última sexta-feira (09) (Vídeo: reprodução/YouTube/GE/TVGlobo)

Na última sexta-feira (09), o Brasil subiu no pódio três vezes. Duda e Ana Patrícia trouxeram o ouro no vôlei de praia feminino, Isaquias Queiroz conquistou a prata na canoagem de velocidade masculina e Alison dos Santos alcançou a medalha de bronze nos 400 m com Barreiras.

Conquista Inédita

Se vencer o jogo de hoje, a equipe feminina de futebol será campeã olímpica pela primeira vez.

Apesar da preparação das jogadoras e confiança no futebol apresentado na competição, vencer os Estados Unidos não será uma tarefa fácil, isso porque a equipe americana é Tetracampeã olímpica.

A decisão será transmitida às 12h (de Brasília) ao vivo pela TV Globo e Sportv.

O Bronze no vôlei de quadra feminino

A equipe de vôlei de quadra feminino poderá trazer o bronze para casa. As brasileiras enfrentarão as turcas e estão confiantes para conquista da medalha, considerando a boa campanha nesta edição.

Na semifinal, a equipe brasileira foi eliminada pelas americanas, por 3 sets a 2, e ficou de fora da final olímpica.

A busca pelo bronze terá início às 12h15 e será transmitido ao vivo pelo Sportv2.

Olimpíada 2024: Time Brasil registra conquistas e recordes históricos

A um pouco mais de uma semana do início dos Jogos Olímpicos em Paris, a quantidade de conquistas inéditas alcançadas pelo Brasil vem chamando atenção dos torcedores. O desempenho de atletas em esportes como o Badmínton deu destaque àqueles antes pouco conhecidos, além de nutrir expectativas para a próxima Olimpíada, que será sediada em Los Angeles, em 2028.

Ginástica Artística 

A Arena Bercy, na França, está sendo palco de grandes conquistas para a Ginástica Artística feminina.

Medalha por equipes

Liderada por Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, a equipe brasileira conquistou a primeira medalha da história na modalidade da competição por equipes, na qual é feita uma somatória das notas das atletas em todos os aparelhos: salto, solo, barras assimétricas e trave. Com 164.497 pontos, o Brasil conquistou o bronze, superando a equipe da Grã-Bretanha (164.263) e ficando atrás da Itália (165.494) e dos Estados Unidos (171.296). 


No quarto dia de competição (30/07), a equipe feminina de Ginástica Artística conquistou o bronze histórico (Foto: reprodução/Ricardo Bufolin/CBG)

Tal feito emocionou a nação, tendo em vista a trajetória de luta dos ginastas anteriores, como Daiane dos Santos, que apesar de ter se consagrado um símbolo no esporte, ao ser a primeira mulher negra do mundo a vencer o Mundial de Ginástica, a atleta não conquistou medalha nas Olimpíadas.

Rebeca Andrade

A ginasta tornou-se a brasileira com mais medalhas olímpicas e a primeira a conquistar quatro medalhas em uma mesma Olimpíada. Além do bronze por equipes, Rebeca conquistou duas medalhas de prata, na competição individual geral e na disputa de salto, e a tão almejada medalha de ouro, na disputa do solo na manhã desta segunda-feira (5). Rebeca atingiu a nota 14,166 e superou Simone Biles, que tirou 14,133.

Com isso, ela ultrapassou os maiores medalhistas olímpicos do Brasil, os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, que têm cinco medalhas cada, e tornou-se a maior medalhista da história no Brasil, com seis medalhas.



Na competição do individual geral, na quinta-feira (1), Rebeca foi superada apenas pela bicampeã olímpica Simone Biles, dos Estados Unidos. As duas ginastas protagonizaram uma verdadeira disputa de estrelas, com pontuações muito próximas. O desempenho de Rebeca nos quatro aparelhos somou a nota de 57.932, atrás de Biles, com 59.131, e seguida de Sunisa Lee, com 56.465.

Já na final do salto feminino, neste sábado (3), Rebeca mais uma vez dividiu o pódio com duas estadunidenses, Biles, com a medalha de outro, e Jade Carey, com a de bronze.

Atletismo

Lançamento de dardo

Na manhã desta terça-feira (6), Luiz Maurício da Silva avançou à final do lançamento de dardo em Paris em grande estilo. Dono do recorde sul-americano, o brasileiro se superou e aumentou o próprio recorde de 85m57 para 85m91.


Luiz Maurício da Silva nesta manhã (Foto: reprodução/ @miriamjeske_ Miriam Jeske/COB)

Além disso, há 92 anos, o Brasil não competia uma final na modalidade. A última vez ocorreu somente em 1932, com Heitor Medina em Los Angeles.

Marcha Atlética

Na quinta-feira (1), Caio Bonfim, atleta de 33 anos, fez história ao conquistar a primeira medalha do país na modalidade. O experiente atleta alcançou a medalha de prata em uma corrida emocionante, em que brigou pelo ouro até o fim, tendo concluído com o tempo de 1h19m09s, a melhor marca de sua carreira. Com apenas 14s de vantagem, o equatoriano Brian Daniel Pintado ganhou o ouro, com o tempo de 1h18m55s.

Caio também é o primeiro brasileiro da história a estrear no pódio na 4° Olimpíada. Ele já havia participado dos Jogos de Londres, em 2012, quando ficou em 39º. No Rio, em 2016, esteve muito próximo com a 4° colocação. Já em Tóquio 2021, terminou em 13º.

Ginástica de Trampolim feminino

O Brasil obteve uma participação inédita na ginástica de trampolim feminina em Jogos Olímpicos. Na disputa pela vaga em Paris, que foi feita no Mundial de ginástica de trampolim, em Birmingham, pela primeira vez o Brasil avançou à final, com Alice Gomes e Camilla Gomes. Com o resultado do ranking final, apenas Camilla garantiu a vaga olímpica.

Já na classificação na Olimpíada, a ginasta, de 30 anos, ficou em 15º lugar, de 16 posições. Cada atleta tem a chance a duas apresentações, na primeira Camilla acabou sofrendo uma queda e pontuou 42.920. Na segunda, ela conseguiu melhorar a nota para 50.580, mas não alcançou o mínimo necessário de 54.500 pontos para avançar na classificação.

Ginástica de Trampolim masculino

Rayan Castro, de 22 anos, assegurou ao Brasil uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, por meio da sua pontuação no ranking da Copa do Mundo da modalidade. É a primeira vez que o país tem participação na ginástica de trampolim. Anteriormente, apenas Rafael Andrade havia competido, no Rio 2016, cuja vaga, no entanto, foi assegurada pela utilização da cota de país-sede.

Rayan alcançou a melhor posição de um brasileiro em Olimpíadas, com o 12º lugar geral, mantendo a melhor pontuação na primeira série, com a nota 56.370. Apesar de não ter sido suficiente para estar entre os oito primeiros e avançar na classificatória, o atleta quebrou barreiras na modalidade em questão.

Salto em altura

Valdileia Martins classificou-se para a final do salto em altura feminino, no primeiro dia de atletismo da Olimpíada. A atleta atingiu a marca de 1,92 m e igualou o recorde brasileiro feminino estabelecido em 1989 por Orlane Maria dos Santos, Bogotá, na Colômbia.


Valdileia Martins no salto (Foto: reprodução/Wagner do Carmo/CBAT)

Ao realizar o salto, Valdileia sentiu dores no tornozelo esquerdo e iniciou tratamento para entorse, segundo a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Infelizmente, o tempo para recuperação não foi suficiente para a competição da final, que aconteceu neste domingo (4). A atual recordista não conseguiu completar a tentativa do salto, ao sentir dores novamente.

Triatlo

Miguel Hidalgo estreou sua participação nas Olimpíadas já garantindo o melhor resultado da história do triatlo brasileiro. O atleta, de apenas 23 anos, garantiu o primeiro top 10 do Brasil, ao fechar o triatlo na décima colocação, com o tempo de 1h42m33s.


Miguel Hidalgo, do Time Brasil, competindo pelo triatlo (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Miguel chegou a estar apenas 3 segundos do terceiro colocado, mas perdeu força nos metros finais. Convicto de ter entregado tudo de si, Miguel declarou confiança de que ainda conquistará uma medalha.

Antes da prova eu falei que independentemente de ganhar ou não queria terminar no meu máximo. Foi o suficiente para ser o décimo. Tirei tudo do meu corpo hoje. Não tinha como diminuir um segundo. Sei que vou ganhar um dia. Espero que seja daqui a quatro anos“.

Tênis de mesa 

Em um esporte dominado por chineses e europeus, Hugo Calderano, mesa-tenista brasileiro, fez história ao ser o primeiro latino a disputar uma semifinal olímpica na modalidade. Calderano chegou muito próximo de ser o primeiro medalhista das Américas, no entanto, foi derrotado na manhã deste domingo (4) na disputa pelo bronze. Mesmo abrindo vantagem em diversos momentos, Hugo acabou perdendo para o francês Felix Lebrun por 4 a 0.


Hugo vence Alexis Lebrun e avança para a semifinal, feito inédito no continente americado (Foto: reprodução/@abelardomendesjr @correio.braziliense)

O craque brasileiro iniciou abrindo a classificação com uma vitória sobre o espanhol Álvaro Robles, por 4 sets a 2, e avançou às oitavas de final. Em seguida, o adversário foi o francês Alexis Lebrun, vencido por 4 sets a 1. Chegando às quartas, Hugo encontrou o adversário sul-coreano Woojin Jang, o qual venceu por 4 sets a 0. Já na semi, na disputa inédita pela final do torneio individual do tênis de mesa masculino nas Olimpíadas, o atleta não conseguiu vencer Truls Moregard, mesa-tenista sueco.

Badmínton 

Juliana Viana, piauiense de 19 anos, conquistou a primeira vitória de uma brasileira em Olimpíadas nesta modalidade.

Na Arena La Chapelle, Juliana perdeu a primeira rodada para a tailandesa Supanida Kathetong, por 2 sets a 0. Na segunda rodada, a atleta se recuperou e venceu Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong, por 2 sets a 0, fazendo história no esporte.



Com classificação única por grupos na fase inicial, a atleta brasileira de badmínton precisava que Katethong perdesse por 2 sets a 0. Porém, Katethong seguiu vitoriosa contra Happy e avançou de fase no Grupo D. Juliana acabou sendo desclassificada.

Ciclismo BMX 

Gustavo Bala Loka, como é conhecido, obteve a melhor nota registrada por um brasileiro nas modalidades de ciclismo nas Olimpíadas. No ciclismo BMX freestyle, os competidores têm direito a realizar duas apresentações, de 60 segundos cada, com manobras utilizando rampas e obstáculos. Apesar de ter feito as duas sem erros, Bala Loka se apresentou com um menor nível de dificuldade que os rivais, o que o levou a ficar em sexto lugar, com as notas 90.20 e 88.88, valendo a maior delas.


Manobra de Gustavo Bala Loka (Foto: reprodução/Gaspar Nóbrega/COB)

Em entrevista ao Sportv, Gustavo reconheceu o feito histórico e disse que o próximo passo é conseguir a medalha para o Brasil. O ouro ficou com o argentino Jose Torres Gil (94.82), primeira medalha sul-americana na categoria.

Natação

400 metros livres masculino

3min42s76 é o novo melhor tempo das Américas na história dos 400m livre. O novo recorde pan-americano foi atingido pelo brasileiro Guilherme Costa na disputa pela medalha em Paris. Cachorrão, como é conhecido, ficou a 26 centésimos de segundos do terceiro colocado e conquistou a quinta colocação.


Reação de Guilherme Costa após competição pelos 400m livres em Paris (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O forte do nadador costuma ser crescer nos últimos 50 metros, e realmente chegou a estar na quarta posição, no entanto, “faltou alguma coisa“, segundo ele, e ficou em quinto por uma diferença mínima. “Faltou alguma coisa nos últimos 50 metros, que são meu ponto forte. (…) Acabei não conseguindo fechar da forma como eu sempre fecho. Só sei que não quero sentir isso nunca mais“, disse Cachorrão em entrevista à TV Globo. Confira o tempo dos nadadores:

  • L. Maertens (Alemanha) – 3:41.78
  • E. Winnington (Austrália) – 3:42.21
  • W.M. Kim (Coreia do Sul) – 3:42.50
  • S.Short (Austrália) – 3:42.64
  • G. Costa (Brasil) – 3:42.76
1500 metros livres feminino

Beatriz Dizotti tornou-se a primeira brasileira a disputar uma final olímpica dos 1500 metros livres de natação. A nadadora conseguiu a sétima colocação nas eliminatórias, com o tempo de 16min05s40, sua quinta melhor marca.

Na decisão final, a brasileira novamente ficou em sétimo, apesar de ter completado a prova em menor tempo, 16min02s86, marca próxima ao recorde brasileiro, o qual é dela: 16min01s95. O ouro ficou com Katie Ledecky, nadadora dos Estados Unidos, com o recorde de 15min30s02, o melhor das Olimpíadas.

Com apenas 24 anos, Beatriz tornou-se um símbolo de superação, devido ao diagnóstico de tumor no ovário em 2022, dois anos após ter estreado nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela conseguiu evoluir no tratamento a tempo de competir no Mundial de Natação de Doha, onde conseguiu a vaga para Paris.

400 metros livres feminino

Em 76 anos, Mafê Costa é a primeira brasileira a alcançar a final nos 400 metros livres em Jogos Olímpicos. Tal conquista havia sido realizada somente em 1948, nos Jogos Olímpicos de Verão em Londres, pela nadadora Piedade Coutinho.

Mafê obteve a sétima colocação, com 4min03s53. Aos 21 anos, afirmou em entrevista à Globo que contiuará a busca pela medalha.

Tênis

Há nove Olimpíadas, o Brasil não vencia uma partida olímpica de tênis no simples. Bia Haddad Maia quebrou a barreira e tornou-se a primeira brasileira a vencer desde Gisele Miró, em Seul em 1988.

Bia Haddad, principal nome do tênis brasileiro, derrotou a russa Varvara Gracheva por 2 sets a 1. Na rodada seguinte, acabou perdendo para a eslovaca Anna Schmiedlova por 2 sets a 0 e deu adeus à competição.

Judô

O Time Brasil conquistou a primeira medalha na modalidade do judô por equipes. Formada por Rafaela Silva, Bia Souza, Ketleyn Quadros, Larissa Pimenta, Daniel Cargnin, Willian Lima, Guilherme Schimidt, Rafael Macedo, Leonardo Gonçalves e Rafael Silva, a equipe levou a medalha de bronze. Em um embate sofrido, a vitória veio no desempate contra a equipe da Itália, por 4 a 3. A luta de Rafaela Silva e Veronica Toniolo foi decisiva e decidida no var, em que foi constatada a pontuação da brasileira com um waza-ari.


Medalha de bronze inédita na modalidade por equipes (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Tal feito, juntamente ao ouro de Bia Souza, à prata de Willian Lima e ao bronze de Larissa Pimentel, consagraram o Brasil como o quinto melhor país do mundo no judô, com 28 medalhas e atrás somente dos países Japão, França, Coreia do Sul e Cuba.

Além disso, o judoca Rafael Silva, de 37 anos, é o mais velho da história a ir ao pódio, superando o alemão Arthur Schnabel, que subiu com 36 anos em 1984.

Skate

A mais jovem atleta do mundo a conquistar medalhas em edições diferentes de Jogos Olímpicos é brasileira, do Maranhão. Aos 16 anos e seis meses, Rayssa Leal bateu a marca que perdurava há quase um século, desde 1932, da nadadora americana Dorothy Poynton-Hill, que conseguiu as duas medalhas com 17 anos.



A Fadinha, como é conhecida, já subiu ao pódio na estreia olímpica em Tóquio, em 2020, quando conquistou a medalha de prata aos 13 anos. Já nos Jogos de Paris, a skatista foi medalha de bronze, com a nota 253,37.

Surfe

Esta segunda-feira (6) ficará marcada para a modalidade do surfe brasileiro. Disputado em Teahupo’o, pela primeira vez na história o Brasil consegue duas medalhas na modalidade. Tatiana Weston-Webb garantiu a primeira medalha olímpica do surfe feminino brasileiro.


Melhores momentos da conquista da medalha de prata de Tatiana Weston-Webb (Vídeo: reprodução/YouTube/ge)


Gabriel Medina também subiu ao pódio com a medalha de bronze. Grande promessa de ouro, o surfista acabou enfrentando um mar com poucas ondas, e não pôde entregar todo o potencial.

O desempenho do time brasileiro vem garantindo resultados nunca vistos na história, o que, de um certo ponto de vista, é tão empolgante e digno de reconhecimento quanto ganhar o ouro. Diante de um vasto território e população, a existência de tantos potenciais trazem à tona a questão social e de valorização do esporte no país.

Foto destaque: Rebeca Andrade (Reprodução/@wander_imagem | Wander Roberto/COB) e Rayssa Leal (Reprodução/Julian Finney/Getty Images embed)

Rebeca Andrade recebe medalha de prata nas Olimpíadas de Paris

Na manhã deste sábado (03), Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Paris 2024, consolidando-se como uma das maiores medalhistas olímpicas do Brasil. Com dois saltos impecáveis e cheios de graça, ela garantiu sua quinta medalha e empatou com os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt no seleto grupo de heróis olímpicos brasileiros.

Vencedora em Tóquio 2020, nesta ocasião, Rebeca terminou atrás de Simone Biles, que realizou o extraordinário salto Biles II, desafiando mais uma vez a gravidade com um movimento que é exclusivo dela. Sua compatriota Jade Carey levou a medalha de bronze.

Somente Simone e Rebeca conseguiram saltos com notas acima de 15.000, um para cada uma. Na soma dos dois saltos, Rebeca teve 2,333 pontos a mais em execução em relação a Biles. Contudo, a dificuldade foi um fator decisivo para a americana, que se destacou com o Biles II, avaliado em 6.4.


Rebeca Andrade e Simone Biles (Foto: reprodução/Eurasia Sport Images/Getty Images Embed)


Duelo acirrado

Com grau de dificuldade 5,6, as duas ginastas realizaram o Cheng. Rebeca obteve uma pontuação superior à de Simone no salto, alcançando 15.100 em comparação aos 14.900 de Simone. No segundo salto, Rebeca brilhou com um esplêndido Amanar, com grau 5.4, conquistando 14.833 e finalizando com uma média de 14.966. Contudo, Simone apresentou o Biles II, impressionando com sua execução e anotando extraordinários 15.700, alcançando a medalha de ouro com uma média total de 15.300.

Assim, Simone e Rebeca repetiram suas posições no pódio do individual geral, com Simone levando o ouro e Rebeca, a prata. Na disputa por equipes, Simone levou os Estados Unidos à medalha de ouro, enquanto Rebeca guiou o Brasil rumo ao bronze.

A ginasta brasileira agora acumula cinco medalhas: um ouro no salto e uma prata no individual geral em Tóquio 2020, além de uma prata no salto, uma prata no individual geral e um bronze por equipes em Paris 2024. Simone Biles, por sua vez, conquistou sua décima medalha olímpica. As duas têm um novo encontro marcado para segunda-feira, dia 5, nas finais de trave, às 7h30, e no solo, às 9h20.


Rebeca Andrade finalizando sua apresentação (Foto: reprodução/Naomi Baker/Getty Images Embed)


Apresentação que levou medalha

Deslumbrante em um collant branco adornado com pedrinhas azuis, Rebeca fez uma apresentação encantadora na Bercy Arena, em Paris, ao executar um Cheng impecável, alto, elegante e perfeito, que lhe rendeu a nota 15.100, em um salto de dificuldade 5.6. Para este salto, a ginasta realiza uma rondada com meia volta até alcançar a mesa, seguido de uma pirueta e meia.

Sendo a sexta a saltar, ela então apresentou o Amanar, com dificuldade 5.4, pela primeira vez nesta edição dos Jogos Olímpicos. Esse salto formou a mesma combinação que lhe valeu a medalha de ouro em 2020. Com uma aterrissagem perfeita, o Amanar de Rebeca obteve a nota 14.833, resultando numa média final de 14.966. O Amanar envolve uma entrada de Yurchenko com duas piruetas e meia na fase de voo.


Simone Biles durante apresentação (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Desafiando a gravidade

Neste ponto, Simone já havia realizado seu salto e, ao receber suas notas, Rebeca percebeu que não alcançaria o degrau mais alto do pódio. Restava esperar as performances da coreana Seojeong Yeo e da americana Jade Carey. Contudo, a medalha de prata já era garantida para ela.

Simone foi a quarta a se apresentar. Ela começou com o Biles II, o salto mais desafiador (6.4) e impressionante da ginástica artística feminina. Sua postura foi impecável, embora tenha dado um pequeno passo para trás na aterrissagem. No Yurchenko Double Pike, também conhecido como Biles II, a ginasta inicia com uma rondada, completa uma volta com impulso do trampolim e aterrissa de costas na mesa de salto. Em seguida, ela se lança no ar, executando um duplo mortal carpado. Com uma nota altíssima de 15.700, Simone saiu radiante, ciente de que havia garantido sua medalha de ouro.

Logo depois, ela saltou com grande altura, realizando um elegante Cheng, novamente com um pequeno passo atrás. Recebeu a nota de 14.900, 0.200 pontos a menos que Rebeca. Contudo, sua média chegou a impressionantes 15.300.

Carolina Vieira volta a se manifestar após expulsão das Olimpíadas de Paris

A nadadora Ana Carolina Vieira (22), atleta expulsa da delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris, desabafou em seu perfil no Instagram, na última quinta-feira (1), na legenda, a atleta atribuiu sua eliminação da competição, a uma “falha na comunicação”.

Ana Carolina alegou que está triste com a situação, mas acredita que tudo ficará bem:

“Estou bem, na medida do possível, porque o que acontece comigo é muito triste. Mas tudo vai ser resolvido no momento certo. Eu vivo do esporte, sou uma atleta de alta performance. Então, estou passando por um momento muito delicado”, declarou Ana Carolina.

A nadadora fez questão de apontar, sua disciplina e respeito hierárquico, lamentou o ocorrido, disse também que voltou a treinar, pois em breve participará de outras competições. Ela segue torcendo pelo Brasil nas Olimpíadas.


O desabafo de Ana Carolina em seu perfil pessoal no Instagram (Vídeo: reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)


As competições de Ana Carolina nas Olimpíadas

Na breve passagem da atleta nas Olimpíadas, foi possível disputar apenas uma prova de revezamento 4×100 metros livre feminino. Se tivesse permanecido na competição, a nadadora teria mais uma prova pela frente, 4×100 metros, medley misto.

O desligamento da atleta

Segundo o chefe da natação brasileira Gustavo Otsuka, a expulsão de Ana Carolina se deu, devido a uma contestação agressiva sobre a decisão da comissão técnica. A nadadora deixou a Vila Olímpica com o atleta Gabriel Santos sem autorização. Gabriel, por sua vez, acatou a punição e permaneceu nos jogos olímpicos.


Ana Carolina e Gabriel passeiam por Paris (Foto: reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)


Anteriormente, Ana Carolina compartilhou em seu perfil nas redes sociais, um vídeo em que negou a má conduta, além de se considerar desamparada, sobre uma denúncia de assédio na seleção de natação, mas a investigação não teria sido levada adiante.

A entidade afirmou, que prestou o apoio necessário à atleta, e que não havia nenhuma denúncia pendente de atletas, ou membros do corpo técnico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Rebeca Andrade é a mulher brasileira com mais medalhas da história

A conquista da medalha de prata no individual, nesta quinta-feira (1), quebrou mais um recorde nas Olimpíadas de Paris, a ginasta Rebeca Andrade (25) é a atleta brasileira com o maior número de medalhas olímpicas da história, deixando para trás Fofão e Mayara Aguiar, cada uma delas com 3 medalhas olímpicas.

Rebeca poderá aumentar a quantidade de medalhas ainda nesta edição, pois a atleta tem pela frente mais três finais, se vencer, poderá ultrapassar os dois maiores medalhistas brasileiros da história, Robert Scheidt e Torben Grael cada um com 5 conquistas.

Essa é a quarta medalha na carreira da jovem ginasta, e a segunda dessa edição, na última terça-feira (30), Rebeca subiu ao pódio na disputa entre equipes, junto das companheiras de ginástica artística, a nota que a paulista recebeu, foi a maior da disputa e foi fundamental para a conquista do bronze.


Rebeca Andrade com medalha de prata nas Olimpíadas de Paris (Reprodução/ Naomi Baker/Getty Images)


Nas Olimpíadas de Tóquio, Rebeca conquistou o ouro e a prata, tornando-se a primeira brasileira da história que conquistou duas medalhas na mesma edição.

Detalhes da Apresentação

Rebeca Andrade e Flávia Saraiva (24), buscaram um lugar no pódio, na modalidade individual, disputada nas barras assimétricas, barra de equilíbrio e solo, na apresentação Flávia alcançou o 9° lugar, enquanto Rebeca ficou em segundo lugar, atrás da americana Simone Biles, por décimos.

Em alguns momentos a brasileira ficou em primeiro lugar, sua principal adversária, a americana Simone Biles (27), desequilibrou, da barra de equilíbrio e obteve uma nota mais baixa que Rebeca.

A definição das medalhas foi decidida no solo, e nos detalhes. Simone cravou todos os movimentos, enquanto Rebeca teve um movimento fora do tablado. O segundo lugar ficou com brasileira, o ouro com a americana Simone Biles e o bronze com a também americana Sunisa Lee (21).


https://www.youtube.com/watch?v=tRR8KuE_TUo
Melhores momentos da conquista de Rebeca Andrade vídeo: (Reprodução/YouTube/GE/TV Globo)


A comemoração de Rebeca

A paulista de Guarulhos, parecia não acreditar na conquista da medalha de prata, ela se emocionou, pulou, acenou para o público presente, se enrolou com a bandeira do Brasil, e com gesto de gratidão disse para a companheira de equipe “é nossa”.

Em entrevista, Rebeca demonstrou a importância da conquista em sua carreira:

“É uma honra, me sinto privilegiada. Diante de tantas coisas que poderiam acontecer, e tantas pessoas que poderiam ter sido escolhidas para estar aqui. Eu tô aqui, eu consegui, então realmente é uma honra gigantesca fazer parte da porcentagem de mulheres que estão vencendo e hoje poder trazer um resultado no meu esporte para o meu país, isso é incrível.”

Rebeca admitiu o desejo de subir ao pódio nas próximas etapas, e afirmou que só depende do empenho dela para conquistar mais medalhas.

“Eu penso, não vou mentir, quero estar no pódio. Mas o resultado é consequência, eu tenho que fazer minha parte para estar lá, eu preciso fazer minha parte, e esse é o foco”, declarou Rebeca.

As próximas competições acontecerão ainda nesta semana, no próximo sábado (3) às 11h20 (horário de Brasília), Rebeca disputará a final do salto. Na próxima segunda-feira (5) às 7h38, Rebeca e Júlia Soares irão buscar a medalha na trave e, no mesmo dia, às 9h20, Rebeca participará da decisão de solo.

Rebeca Andrade iguala recorde de medalhas por brasileiras em Olimpíadas

Rebeca Andrade subiu ao pódio pela terceira vez nesta terça-feira (30) ao receber medalha de Bronze, na modalidade por equipes da ginástica artística feminina, na Olimpíada de Paris. A jovem ginasta se igualou à Fofão e à Mayra Aguiar como atleta brasileira feminina com mais pódios olímpicos.

Fofão foi jogadora de vôlei e se aposentou em 2014, suas medalhas foram ouro em Pequim 2008 e bronze em Atlanta 1996 e em Sydney 2000.

A judoca Mayra Aguiar conquistou 3 medalhas de bronze na categoria até 78 kg, ela subiu ao pódio em Londres 2012, no Rio em 2016 e em Tóquio no ano de 2020. Mayara está competindo nesta edição em Paris e ainda tem chance de conquistar a quarta medalha de sua carreira.

Rebeca Andrade poderá se igualar aos maiores medalhistas brasileiros

Rebeca poderá alcançar mais de uma medalha, ainda nesta edição, visto que, disputará mais quatro finais: solo, trave, salto e individual geral. Vale ressaltar que a ginasta é a única atleta brasileira que conquistou duas medalhas na mesma olimpíada.

A atleta poderá ultrapassar a marca dos maiores medalhistas brasileiros da história, Torben Grael e Robert Scheidt, cada um deles com 5 medalhas olímpicas.


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Melhores momentos da conquista do Bronze brasileiro na ginástica artística por equipes Vídeo (reprodução/GE/TV Globo)

A conquista do Bronze

A medalha inédita na modalidade por equipes, emocionou a todos, principalmente as ginastas, que encontraram muita dificuldade na disputa, uma delas foi quando Flávia Saraiva caiu durante o aquecimento, cortou o supercílio, ficou com um hematoma no olho direito.


Rosto de Flávia Saraiva após a queda (Reprodução/Tim Clayton/Corbis via Getty Images)


O ocorrido impactou diretamente a apresentação da ginasta, na segunda apresentação, a atleta desequilibrou do elemento, que ocasionou perda na pontuação e recebeu a menor nota do grupo.

Como a nota era por equipes, os erros cometidos, por menores que fossem, impactavam diretamente o resultado, sendo assim, o Brasil ficou dependente do solo no final, e passou a torcer por um deslize das adversárias.

Rebeca alcançou 15,100 pontos no solo, a pontuação da ginasta foi a maior recebida pela equipe brasileira, e foi fundamental para a conquista do Bronze.

Rayssa Leal conquista o bronze na Olimpíada de Paris

A maranhense Rayssa Leal (16) conseguiu medalha de bronze na Olimpíada de Paris, neste domingo (28). A skatista alcançou a maior nota da história dos Jogos Olímpicos desde as mudanças de critérios. A jovem passou a fase classificatória com a pontuação de 92,68 e finalizou a etapa com 88,83. Dessa forma, ela alcançou o terceiro lugar.

O ouro ficou para a atleta japonesa Coco Yoshizawa, com 253,37. Já a medalha de prata foi para a também japonesa Liz Akama, com 265,95.

As brasileiras Pâmela Rosa e Gabi Mazetto, que também representavam o Brasil no skate feminino, não passaram para a final e foram eliminadas da competição.

Confira o ranking das atletas classificadas para a final:

Ranking de finalistas (Foto: Reprodução/site Lance!)

Detalhes da disputa

A Fadinha do skate teve duas voltas complicadas, na primeira etapa que antecedia a final, visto que o sistema de pontuação da modalidade nesta edição, contabiliza a melhor volta (duas tentativas) e as manobras (cinco chances). As voltas não foram bem encaixadas, portanto, Rayssa obteve nota inferior do que normalmente alcança.


Rayssa durante competição (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Já na final na etapa de corridas, Rayssa não foi bem e terminou em quinto lugar. A nota final foi 71,66 quase 18 pontos a menos que a japonesa Liz Akama, que fechou a etapa em primeiro lugar.

Nas manobras a brasileira conseguiu recuperar os pontos e conquistou a medalha de Bronze ao desbancar a chinesa Chenxi Cui, que não conseguiu finalizar a manobra.

Linha do tempo de Rayssa Leal no skate

Rayssa Leal é a atleta brasileira mais jovem que subiu ao pódio em uma olimpíada. A skatista recebeu o apelido de fadinha, devido ao vídeo que viralizou quando ainda tinha 7 anos, com fantasia de fada, Rayssa andava de skate fazendo manobras em uma pequena escada.


Rayssa fazendo manobras de Skate com 7 anos Vídeo: (Reprodução/YouTube/ Rayssa Leal Fadinha)

A pequena levou a sério o hobby, e iniciou a carreira no esporte e, aos 11 anos se tornou a skatista mais jovem a disputar uma final do Mundial de Skate Street feminino.

Aos 13 anos ganhou sua primeira medalha olímpica de prata, na edição de Tóquio 2020. Na Olimpíada de Paris, a jovem alcançou o terceiro lugar no pódio.

Chumbinho é impedido de usar prancha com imagem de Cristo Redentor na Olimpíada

João Chianca, conhecido como Chumbinho (23), teve um imprevisto às vésperas da estreia nos Jogos Olímpicos de Paris. O atleta customizou o próprio material com a imagem do Cristo Redentor, porém, foi impedido de utilizá-lo por infringir uma regra do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Acontece que o COI proíbe qualquer tipo de manifestação religiosa, segundo o regulamento 50 da Olimpíada “não é permitido nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial”. Por conta disso, João foi notificado pelo Comitê Olímpico e precisou trocar as pranchas de última hora.

Acabo de receber a notícia de que a pintura não está autorizada nos Jogos Olímpicos porque Cristo é uma figura religiosa. E os jogos têm regras estritas e se centram na neutralidade total. Obrigado a todos pelo apoio, essas pranchas estão lindas. Sempre buscarei refazer essa pintura”, comentou Chumbinho em seu perfil oficial no Instagram.


Publicação nos stories de Chumbinho sobre as pranchas customizadas (Foto: reprodução/Instagram/@joaochumbinho)


Estreia vitoriosa de Chumbinho nos Jogos Olímpicos

Chumbinho estreou no último sábado (27) nas Olimpíadas, o surfe dessa edição, é realizado em Teahupoo, no Taiti, o brasileiro mandou para a repescagem o marroquino Ramzi Boukhiam e Billy Stairmand da Nova Zelândia.

João é considerado especialista nas ondas tubulares de Teahupoo, e somou 10,07 (5,67+4,40) enquanto Ramzi ficou em segundo lugar com 9,76 e Billy somou 5,53. Além de Chumbinho, Gabriel Medina também avançou para as oitavas de final da competição.

O acidente de Chumbinho

João passou por um grave acidente no Havaí, em dezembro de 2023, o surfista estava competindo o Circuito Mundial e corria o risco de não participar dessas Olimpíadas. Chumbinho foi pego por várias ondas seguidas que o mantiveram submerso por vários minutos.

O brasileiro foi resgatado inconsciente preso à prancha, ele passou duas semanas em tratamento intensivo, com lesões que ocasionaram sangramento cerebral e concussão e fratura no crânio, além de receber 14 pontos para fechar o corte sofrido na cabeça.


Resgate de Chumbinho após acidente em dezembro de 2023 (Reprodução: Getty Images embed)


Mas o final dessa história é feliz, João superou todas as dificuldades e está em busca do tão sonhado ouro olímpico.

Bolsa Atleta é crucial para atletas brasileiros na Olimpíada de Paris

Nas próximas duas semanas, 276 atletas brasileiros competirão nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Destes, 9 em cada 10 contaram com o auxílio do programa Bolsa Atleta durante a preparação, um apoio financeiro fundamental para suas carreiras.

Importância do Bolsa Atleta

O Bolsa Atleta é um auxílio financeiro criado para apoiar atletas de alto rendimento que se destacam em competições nacionais e internacionais.


Presidente Lula decreta reajuste durante o encontro com os atletas brasileiros das Olimpíadas na França (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Em 2024, 241 dos 276 atletas brasileiros receberam essa bolsa, proporcionando “condições mínimas” para que se dedicassem exclusivamente ao esporte.

O valor do auxílio foi reajustado pela primeira vez em 14 anos, com um aumento de 10,8%, totalizando um investimento de R$ 148,9 milhões pelo governo.


Novos valores com o reajuste do Bolsa Atleta – Fonte: Ministério do Esporte e parceria com IPIE/UFPR
(Foto: reprodução/Secretaria de Comunicação Social/GOV.BR)

Desafios e limitações

Apesar do reajuste, especialistas afirmam que o valor ainda é insuficiente para cobrir todas as despesas dos atletas.

Hugo Parisi, quatro vezes atleta olímpico, destaca que a bolsa é significativa como ajuda de custo, mas insuficiente para cobrir todos os gastos necessários para a prática esportiva em alto nível.


Campeã olímpica e mundial no judô, Rafaela Silva
(Foto: reprodução/Pedro Ramos/CBJ)

Hugo também sugere a inclusão de um plano de saúde e a obrigatoriedade de capacitação profissional para os atletas.

André Arantes, ex-atleta de triatlo e um dos idealizadores do Bolsa Atleta, reforça que o programa é crucial para democratizar o acesso ao esporte, mas reconhece suas limitações.

O esporte brasileiro precisa de muito mais do que a bolsa. Ela é um ‘plus’ para garantir que o atleta possa se manter“, avalia André Arantes.


Rayssa Leal, do skate, é uma das 153 mulheres na delegação brasileira
(Foto: reprodução/Alexandre Loureiro/COB)

Impacto e futuro do Programa

Desde sua criação em 2004, o Bolsa Atleta já investiu cerca de R$ 1,7 bilhão em bolsas para mais de 37 mil atletas. Em 2023, o programa contemplou 8.292 esportistas e, em 2024, alcançou um recorde de mais de 9 mil beneficiados.

O programa oferece seis categorias de auxílio, com valores que variam de R$ 410 a R$ 16.629 mensais, dependendo da categoria e experiência do atleta. O programa é especialmente importante para atletas de modalidades como atletismo e vôlei, que têm grande representação na delegação brasileira.


Caio Bonfim, principal atleta da marcha atlética do país, há 17 anos com o Bolsa Atleta
(Foto: reprodução/Abelardo Mendes Jr./GOV.BR)

O ex-atleta Hugo Parisi enfatiza que, além do apoio financeiro, o governo precisa investir em centros de treinamento e infraestrutura esportiva para proporcionar melhores condições de preparação aos atletas.

Apesar de desempenhar um papel fundamental no suporte aos atletas brasileiros, ainda há espaço para melhorias no Bolsa Atleta.


Isaquias Queiroz é esperança de medalha para o Brasil na canoagem
(Foto: reprodução/Fábio Canhete/CBC)

Com ajustes e investimentos adicionais, o programa pode oferecer um suporte ainda mais robusto. Isso contribuiria para o desenvolvimento do esporte nacional e para o sucesso dos atletas brasileiros nas competições internacionais.

Rebeca Andrade participa de processo coreográfico de seu solo: “ajudei em tudo”

A campeã olímpica Rebeca Andrade (25), trouxe seu hobby dos dias de folga, para a Olimpíada de Paris, isso porque, a ginasta irá se apresentar com coreografia que possui trechos das dancinhas que grava no TikTok e em outras redes sociais.

No último ciclo, Rebeca trabalhou com o coreógrafo da Confederação Brasileira de Ginástica, Rhony Ferreira, em busca de movimentos rítmicos que se encaixassem com as acrobacias e saltos que treina com o técnico Francisco Porath.

“Foi a vez que mais participei. Nos últimos dois ciclos, 2016 e 2020, o Rhony veio com a surpresa das músicas. Agora, eu pude escolher, eu mostrei as músicas que queria. Foi muito legal poder participar e ficar pesquisando, ir no YouTube, ver coreografias diferentes de coisas diferentes e ver se combinava comigo, e também criar da minha cabeça. Amei participar. Mas é muito difícil!”, Declarou Rebeca

A atleta se apresentou no Mundial de Ginástica de 2023 com medley das músicas de Anitta “Movimento da Sanfoninha”, Beyoncé “End of Time”, cantoras de quem é fã, houve o acréscimo do hit “Baile de Favela” de MC João, a faixa é constantemente reproduzida em diversas modalidades nos eventos esportivos e quando toca levanta a torcida.


Rebeca Andrade (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Buda Mendes) 


A apresentação de Rebecca será no próximo domingo (28), à partir de 16:10 (horário de Brasília), a equipe brasileira está na subdivisão 5.

O trabalho com o coreógrafo

Rebeca teve participação ativa na elaboração da dança com o coreógrafo Rhony, além da leveza nos movimentos a expressão da ginasta é extremamente importante para alcançar a melhor pontuação.

O coreógrafo aponta as mudanças sobre a evolução da dança nas apresentações, hoje a participação das ginastas é muito mais ativa. Rhony deu detalhes das táticas utilizadas nos ensaios com as atletas.

Ele declarou que além da coreografia, ter muita importância, a interpretação nas apresentações é avaliada, por conta disso, ensaia as ginastas mantendo contato visual com o árbitro.

Sobre Rebeca Andrade

De origem humilde Rebeca foi criada por mãe solo, com outros sete irmãos, enquanto Rosa trabalhava de faxineira, para pagar os treinos da filha, seu irmão mais velho a levava às aulas de ginástica, os dois faziam um percurso de duas horas a pé, até conseguirem uma bicicleta que facilitou a locomoção de Rebeca.

A paulista de Guarulhos–SP, fez história nos jogos olímpicos de 2020, tornando-se a primeira ginasta brasileira campeã olímpica e a primeira atleta do Brasil a ganhar duas medalhas numa mesma edição das Olimpíadas.

Rebeca é campeã olímpica de salto com duas medalhas, sendo uma de ouro e outra de prata (2020) bicampeã mundial no salto (2021,2023) e campeã mundial individual de 2022. Outro feito importante da ginasta, é ser a primeira atleta latino-americana medalhista e campeã olímpica na ginástica artística feminina. Atualmente compete pelo clube de Regatas Flamengo.