Gastos bilionários da OpenAI e o papel de Sam Altman por trás da decisões da empresa

O CEO da OpenAI, Sam Altman, firmou uma série de acordos bilionários com empresas de tecnologia – como Microsoft, Amazon, Nvidia e Oracle – prevendo investimentos em data centers pelos próximos anos. Mesmo com uma previsão de receita em US$ 20 bilhões para 2025, os acordos chegam a US$ 1,4 trilhão, mostrando uma discrepância no que se tem e no que se promete investir. 

O cenário de expansão acelerada da OpenAI reflete a crença de Sam Altman nas leis de escala, onde quanto mais recursos significam maior inteligência e desempenho nas inteligências artificiais. Entretanto, apesar dos valores altos investidos, o CEO não deve arcar pessoalmente com esses custos. 

Acordos entre as empresas

De acordo com estimativas, para cumprir os acordos em computação, a OpenAI precisaria gerar uma renda de US$ 577 bilhões até 2029 – um salto de 2.900% em relação às projeções para 2025. 

Uma das possibilidades da OpenAI para resolver essa questão financeira é a renegociação de contratos. Algo comum no mundo das datacenters, significa que a empresa pode escolher pagar e utilizar apenas uma parte da computação que contratou, causando assim a renegociação dos contratos feitos pelas companhias de tecnologia. 

Entretanto, o que mais pesa para o CEO da gigante é a possibilidade de não ter acesso a computação para treinar e operar modelos de IA quando chegar a hora certa. O mesmo afirmou que o risco mais significativo para a empresa é não ter poder computacional, invés de ter muito.


Sam Altman, CEO da OpenAI (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Justin Sullivan)


O papel de Altman na OpenAI

Uma das ambições do CEO é a chegada da AGI, uma inteligência artificial geral que é capaz de igualar ou ser superior às habilidades dos seres humanos. Isso se reflete na sua ideia de que o melhor cenário para a OpenAI é ter poder computacional, pois assim, sua empresa teria capacidade para essa tecnologia no momento certo. Para ele, velocidade é essencial; primeiro é necessário crescer para depois descobrir o que acontece.

Contudo, essa ousadia e busca por velocidade podem atrapalhar os planos financeiros da OpenAI, como acontece agora, onde o valor de acordos ultrapassa o valor de receita anual. 

De acordo com declarações feitas pelo próprio Altman, o executivo não mantém participação acionário na OpenAI, e que mesmo após a reestruturação da gigante como corporação de benefício público isso não deve mudar. Ou seja, caso a empresa não consiga cumprir suas metas de receita, Altman não é afetado diretamente, já que não possui participação financeira. No fim, não importa quantos acordos e seus valores a OpenAI fechar, Altman não será atingido de forma direta. Danos como a sua reputação caso esses acordos não ocorram positivamente podem ocorrer, mas no papel Altman está protegido. 

OpenAI fecha contrato de US$ 38 bilhões com a Amazon em serviços de nuvem

Nesta segunda-feira (3), foi anunciado o acordo entre a OpenAI e a Amazon, avaliado no valor de US$ 38 bilhões. A parceria entre as companhias permite que a OpenAI compre serviços de computação em nuvem da Amazon, fortalecendo não somente a gigante de tecnologia, mas também o posicionamento da empresa de Jeff Bezos na corrida da IA.

Além do investimento em peso, a parceria marca um passo significativo para a OpenAI em seus planos de treino e execução de inteligência artificial. O impulso em tecnologia ocorre após a reestruturação da empresa, que possibilitou uma autonomia operacional e financeira maior do que antes.

Parceria entre OpenAI e Amazon

No acordo anunciado, a OpenAI se comprometeu a investir um valor de US$ 1,4 trilhão no desenvolvimento de 30 gigawatts de recursos em computadores. Além disso, a parceria vai permitir que a criadora do ChatGPT utilize milhares de processadores gráficos da Nvidia no treinamento e execução dos modelos de IA da gigante.

Segundo o presidente-executivo e cofundador da OpenAI, Sam Altman, o avanço da IA exige “uma computação massiva e confiável”. Altman afirmou que a parceria entre as duas empresas fortalece o sistema de computação e que isso tornará possível o avanço da inteligência artificial, permitindo que todos tenham acesso.


Sam Altman, presidente-executivo e cofundador da OpenAI (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Justin Sullivan)


A transação representa a confiança da empresa de tecnologia na nuvem da Amazon. Ao mesmo tempo, o acordo ocorre em um momento em que alguns investidores acreditavam que a unidade de nuvem da Amazon poderia estar ficando para trás em relação às rivais Microsoft e Google.

Tecnologia de ponta

Para dar suporte aos seus avanços, a OpenAI passará a utilizar centenas de milhares de chips da Amazon, que incluem aceleradores de IA – sendo eles, os chips GB200 e GB300 da Nvidia -, instalados em clusters de dados. Esses conjuntos de dados foram construídos para nutrir as respostas do ChatGPT e treinar os próximos modelos da OpenAI.

Paralelamente, a Amazon já trabalha junto a OpenAI por meio da oferta de modelos na Amazon Bedrock. O serviço disponibiliza diversos modelos de inteligência artificial para empresas que utilizam a infraestrutura da Amazon. O mais novo acordo entre as duas empresas as posicionam em um lugar estratégico no mercado, permitindo que disputem intensamente a corrida da IA.

ChatGPT Go chega ao Brasil com acesso grátis para clientes Nubank

O Assistente Virtual Go chega ao Brasil oferecendo acesso ampliado ao GPT-5, permitindo mais mensagens, carregamentos e criação de imagens em maior velocidade. O plano também oferece memória e contexto aprimorados, o que possibilita que usuários mantenham projetos e tarefas com GPTs personalizados. Com assinatura de R$ 39,99 por mês, o serviço promete facilitar o uso da inteligência artificial no dia a dia, oferecendo recursos populares de forma mais completa para quem deseja mais performance e personalização.

Parceria inédita com o Nubank

O lançamento vem acompanhado de uma parceria exclusiva com o Nubank, a primeira do tipo entre a OpenAI e uma instituição financeira no país. Clientes do Nubank terão benefícios progressivos: um mês gratuito para usuários comuns, três meses para assinantes do Nubank+ e um ano para clientes Ultravioleta.

“Com a parceria com a OpenAI, estamos posicionando o Nubank como uma porta de entrada para inovações que tornam a vida dos nossos clientes melhor e mais fácil”, disse Aly Ahearn, vice-presidente do Nubank Ultravioleta. A iniciativa reforça a estratégia do banco de conectar os clientes à tecnologia, oferecer soluções práticas e simplificar o acesso a ferramentas digitais avançadas.


ChatGPT de graça para clientes Nubank (Vídeo: reprodução/YouTube/Investir é pra você)

Recursos e impacto no Brasil

O Assistente Virtual Go inclui geração de imagens, upload de arquivos, respostas com memória e limite maior de mensagens, recursos que antes eram exclusivos do plano Plus. Segundo a OpenAI, o novo serviço foi criado para ampliar o uso da IA no cotidiano, desde estudos e trabalho até criação de conteúdo criativo e profissional.

O Brasil é um dos maiores mercados da OpenAI, com cerca de 50 milhões de usuários ativos por mês. Para Oliver Jay, gerente-geral internacional da empresa, a parceria com o Nubank ajuda a levar ferramentas avançadas de IA a milhões de brasileiros, democratizando o acesso à tecnologia e potencializando a rotina de estudantes, profissionais e pequenos empreendedores que buscam produtividade e inovação.

ChatGPT entra no mundo adulto: OpenAI vai permitir conteúdo erótico com verificação de idade

Na segunda-feira (21), uma publicação de Sam Altman no X (antigo Twitter) deixou a internet em alvoroço. Ele revelou que, a partir de dezembro, o assistente da OpenAI poderá gerar conteúdo erótico para adultos com verificação de idade. Apesar da novidade, o material será criado de forma a evitar que menores tenham acesso. Para quem utiliza o recurso no dia a dia — estudando, trabalhando ou pedindo conselhos —, a notícia foi inesperada.

A plataforma, uma das mais populares do mundo, vai se aventurar em um campo até agora pouco explorado. A principal dúvida agora é como isso vai funcionar — e até onde essa liberdade poderá ir.

A expectativa agora é grande entre os usuários. Muitos querem saber quais limites serão estabelecidos e como o conteúdo será moderado. Nos bastidores, equipes da OpenAI já discutem detalhes técnicos e regras para que a experiência seja segura e responsável.

Reações imediatas

Nos grupos de tecnologia e fóruns, o assunto dominou as conversas. Parte do público comemorou a novidade, vendo espaço para mais liberdade criativa. Outros, porém, demonstraram preocupação, falando em dilemas éticos, possíveis riscos legais e até distorções de uso. Logo surgiram comparações com outros assistentes, como o da xAI de Elon Musk, que já flerta com experiências de tom sexual.



“O erotismo sempre teve papel importante em como usamos novas tecnologias”, observou o economista Mark Valorian. Entre desenvolvedores e curiosos, o assunto seguiu girando em torno de segurança, limites e do impacto que isso pode ter no comportamento das pessoas.

Altman, por sua vez, acalmar os ânimos. Garantiu que o recurso será totalmente opcional, que nada será exibido sem consentimento e que a OpenAI quer equilibrar leveza com responsabilidade.

Entre ética e entretenimento

O formato ainda é um mistério. Textos, imagens e vídeos curtos estão entre as possibilidades. Há também a ideia de incorporar vídeos virais para tornar tudo mais dinâmico e interativo. O anúncio dividiu opiniões. “Mais uma forma de desumanizar mulheres?”, questionou a artista Luna Bean em seu perfil. Já o engenheiro Roubal Sehgal viu com bons olhos: “O assistente da OpenAI andava sério demais. Se voltar a ser leve, mas com segurança, melhor ainda”, comentou.

Essa decisão abre um novo capítulo para o assistente da OpenAI e talvez para o próprio uso da tecnologia no cotidiano. Tecnologia, desejo e ética se cruzam em um território ainda sem mapa definido. E, como toda fronteira nova, promete causar polêmica, curiosidade e muito debate.

OpenAI escolhe a Argentina e deixa o Brasil fora do mapa da IA

O anúncio veio numa sexta à tarde, em Buenos Aires. A OpenAI e a Sur Energy assinaram uma carta de intenções que mudaria o mapa digital da América Latina. O primeiro Stargate do continente, um megadata center de até 500 MW e avaliado em US$ 25 bilhões, terá endereço na Argentina, marcando um passo gigante na infraestrutura digital da região.

O Brasil parecia o destino óbvio. Centros de inovação consolidados, startups maduras. Ainda assim, não foi escolhido. Custos altos de energia, processos burocráticos lentos e incentivos incertos pesaram contra.

Investimento bilionário e energia competitiva

A Sur Energy ficará à frente do projeto, e a OpenAI será a principal compradora da capacidade do centro. O Stargate Argentina coloca o país como hub digital e mostra que regras claras e previsibilidade contam muito. O RIGI, regime de incentivos fiscais, simplifica licenças, reduz impostos e garante estabilidade por até 30 anos.


OpenAI investe US$ 25 bilhões na região da Patagônia Argentina (Foto: reprodução/X/Argentina's Milei News @ArgMilei)

No Brasil, esse tipo de benefício é limitado e sujeito a mudanças, dificultando grandes investimentos. Além disso, a Argentina tem energia renovável abundante e barata, com contratos de longo prazo que mantêm um data center desse porte funcionando sem interrupções. O Brasil, em comparação, ainda lida com tarifas elevadas e uma matriz tributária complexa, o que encarece operações de grande escala.

Burocracia, oportunidade perdida e um espelho para o Brasil

Aqui, qualquer licença pode levar meses, e consultas públicas frequentemente se arrastam. A insegurança jurídica é rotina. Um ex-consultor do BNDES resume: “É difícil negociar um projeto desse tamanho num país onde o atraso custa caro, mesmo que ninguém veja.”

O país não perde apenas dinheiro. Em Buenos Aires, o Stargate já começa a ser usado pelo governo argentino. Cada experiência, cada teste de IA, dá à Argentina uma vantagem de aprendizado que o Brasil terá de alcançar. A decisão deixa claro o que o Brasil ainda precisa: infraestrutura confiável, energia competitiva e um ambiente político e fiscal estável. Enquanto a Argentina comemora e avança na corrida tecnológica, o Brasil vê o trem da inovação partir.

Nvidia anuncia aporte de US$ 100 bi na OpenAI até 2026

A Nvidia revelou, na segunda-feira (22), que investirá até US$ 100 bilhões na OpenAI, empresa criadora do ChatGPT. O anúncio, feito por Jensen Huang, CEO da fabricante de chips, marca o início de uma parceria que promete revolucionar a infraestrutura global de inteligência artificial. O investimento será escalonado até 2026 e inclui o fornecimento de super processadores para data centers de próxima geração. A decisão surge em um momento estratégico, dias após o aporte de US$ 5 bilhões da Nvidia na Intel, e reforça a corrida pela supremacia no setor de IA.

Primeiros passos da aliança tecnológica

A colaboração entre as gigantes vai muito além do investimento financeiro. A Nvidia fornecerá microchips de altíssimo desempenho para suportar os novos sistemas da OpenAI, incluindo a inovadora plataforma Vera Rubin. A instalação inicial prevê ao menos 10 gigawatts de potência em centros de dados voltados à IA, o que deve elevar exponencialmente a capacidade de processamento de modelos como o ChatGPT.


Publicação de Nvidia (Foto: reprodução/Instagram/@nvidia)


Segundo as empresas, a parceria se desenvolverá em etapas. A cada gigawatt implementado, a Nvidia liberará um novo ciclo de aportes. A expectativa é que os primeiros US$ 10 bilhões sejam aplicados após a formalização do acordo de fornecimento de processadores. A primeira fase operacional está prevista para o segundo semestre de 2026.

IA fora do laboratório, rumo ao mundo real

Para Sam Altman, CEO da OpenAI, a aliança representa a construção de uma base concreta para a economia do futuro. “Tudo começa com computação. Estamos criando uma estrutura capaz de levar a IA do laboratório para o cotidiano das pessoas”, afirmou. O objetivo é gerar avanços tangíveis em diversas áreas, com foco na aplicação prática e em larga escala da tecnologia.

Jensen Huang destacou que apenas a Nvidia tem a escala e agilidade necessárias para viabilizar esse projeto ambicioso. Já a OpenAI, avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, vê na parceria uma oportunidade de acelerar ainda mais a entrega de soluções disruptivas e ampliar sua liderança no setor. Com esse movimento, as duas empresas consolidam uma aliança estratégica que promete moldar o futuro da tecnologia global.

Chegada da OpenAI ao Brasil mexe com negócios e regulação de IA

A chegada da OpenAI ao Brasil foi marcada pelo anúncio do primeiro escritório da companhia na América Latina, em São Paulo, na quinta-feira (28). O movimento representou uma estratégia importante para negócios e regulação da inteligência artificial. A operação da OpenAI, que já conta com mais de 50 milhões de usuários no mundo, buscou aproximar desenvolvedores, fortalecer parcerias e impulsionar o ecossistema de IA na região.

Segundo Nicolas Andrade, diretor de políticas públicas da empresa para a América Latina, o escritório funcionará como hub para iniciativas locais e internacionais. Além disso, a escolha do Brasil reflete três fatores essenciais para a companhia: escala, inovação e talento.

Impactos econômicos e inovação tecnológica da chegada da OpenAI

Especialistas apontam que a chegada da OpenAI ao Brasil pode trazer benefícios importantes para a economia digital e a inovação tecnológica. Eles também destacam que a presença da companhia deve estimular descobertas e gerar soluções para desafios nacionais.

Aline Sordili, especialista em transformação digital, ressalta que a expansão representa um avanço para startups e empresas de tecnologia. Nesse sentido, ela destaca que a iniciativa amplia a necessidade de investimento em capacitação profissional e atualização contínua da força de trabalho do setor.

Regulação e ética em IA no Brasil

Além dos impactos econômicos, a operação deve acelerar a discussão sobre regulamentação da inteligência artificial. Entre os pontos em destaque estão a proteção de dados, ética no uso das ferramentas, remuneração de produtores de conteúdo e transparência.

O movimento tende a intensificar o debate sobre regulamentação, à medida que novas aplicações surgem e exigem compreensão mais profunda por parte dos órgãos reguladores”, afirma Maciel.

Por outro lado, especialistas alertam que o processo deve ser equilibrado para não inibir a inovação.


OpenAI, responsável pelo ChatGPT, anuncia abertura de escritório no Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Novos recursos do ChatGPT para segurança de adolescentes

No mesmo período da inauguração em São Paulo, a OpenAI anunciou recursos inéditos para o ChatGPT voltados à segurança de adolescentes. Entre as novidades estão controles parentais, vinculação de contas a responsáveis e alertas ao detectar sinais de sofrimento emocional intenso.

As medidas surgem após relatos de crises de saúde mental envolvendo chatbots. Assim, em casos sensíveis, a plataforma passará a utilizar modelos de raciocínio avançados, como o GPT-5-thinking, projetados para lidar com interações complexas e aplicar proteções de forma mais consistente.

Perspectivas estratégicas para o Brasil com a OpenAI

A presença da OpenAI em São Paulo marca um ponto estratégico para o Brasil na corrida global pela inovação em inteligência artificial. A iniciativa amplia as oportunidades econômicas e acadêmicas, ao mesmo tempo em que reforça a importância da capacitação profissional e do avanço tecnológico no país.

Além disso, reforça a urgência de regras claras e regulamentações eficazes para garantir o uso ético e seguro da inteligência artificial. Com isso, o país tem a chance de se consolidar como um polo regional de inovação, atraindo parcerias internacionais e fortalecendo seu ecossistema de startups e tecnologia.

OpenAI lança ChatGPT-5 e promete IA com raciocínio de nível doutorado

A OpenAI revelou o tão aguardado ChatGPT-5 em uma semana histórica para a inteligência artificial, com uma promessa de oferecer raciocínio profundo e precisão quase profissional. O fabricante ainda promete que a precisão das respostas devem ser de nível doutorado, consolidando sua posição no centro das operações corporativas.

Em meio a anúncios de concorrentes como Anthropic e Google, o lançamento do GPT-5 surpreendeu o mercado pelo anúncio inesperado, marcando uma mudança de imagem e estratégica da OpenAI. Ao invés de múltiplos modelos fragmentados, a empresa lança uma solução com sistema unificado. De acordo com Matías Duarte, CTO da Setplix, o GPT-5 conta com uma ferramenta que pode lidar desde bate-papos básicos até raciocínios complexos, que envolvam diversas etapas. 

Sistema unificado com roteamento inteligente

O GPT-5 introduz uma nova arquitetura inovadora que decide automaticamente qual versão do modelo utilizar a depender do tipo de tarefa delegada. Esse roteador interno tem capacidade de avaliar a complexidade da consulta, a necessidade de ferramentas e a intenção explícita do usuário, oferecendo assim uma resposta mais rápida e detalhada para o pedido. Conforme os usuários interagem, através de correções de pedidos ou feedbacks, o mecanismo aprende, otimizando sua performance, eficiência e adequação às necessidades.

Outros avanços no mecanismo da IA incluem melhoria substancial na elaboração de relatórios, e-mails e documentos. O objetivo da OpenAI não é somente criar um mecanismo mais inteligente, mas também um que forneça respostas mais naturais e de forma mais econômica em escala. A criação de uma ferramenta mais econômica, com custo menor,  possibilita o uso dela em ambientes corporativos. 


 Sam Altman, CEO da OpenAI (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Concorrência acirrada entre as empresas

Cada vez mais a inteligência artificial adentra o cotidiano da sociedade e com isso, a corrida das empresas pelo mecanismo de tecnologia aumenta. A OpenAI posiciona o GPT-5 como seu modelo principal, enfrentando modelos como Grok 4 da xAI; Gemini 2.5 do Google; Claude 4 da Anthropic; e o V3 da DeepSeek, empresa chinesa. Elon Musk, por exemplo, afirmou que o Grok 5 será lançado ainda em 2025 e será “incrivelmente bom”. 

Para Sofía Guidotti, da Oracle, o valor real de uma IA está nos novos casos de uso empresarial. O foco, de acordo com ela, não é mais em usar a tecnologia porque se é “interessante” e sim, porque ela pode permitir que façamos coisas que antes não podíamos. Apesar de não sabermos quem irá prevalecer no cenário das inteligências artificiais, está claro que a corrida está cada vez mais acirrada entre as empresas de tecnologia, na busca por produzir o melhor mecanismo e se tornar fonte da inovação corporativa.

Aliança entre Jony Ive e OpenAI reforça pressão sobre a Apple em meio à crise com inteligência artificial

O designer britânico Jony Ive, conhecido por contribuir com a criação de produtos icônicos da Apple, firmou uma parceria com a OpenAI, de Sam Altman, criadora do ChatGPT, para desenvolver uma nova geração de dispositivos baseados em inteligência artificial. O acordo, anunciado no dia 21 de maio, destaca a ambição da empresa em reinventar o hardware da IA e surge em um momento delicado para a Apple, que enfrenta críticas e atrasos em seus próprios projetos no setor.

Um novo tipo de computador pessoal

A startup de hardware de Ive, io Products, foi adquirida pela OpenAI por cerca de US$ 6,5 bilhões, marcando sua entrada no desenvolvimento de dispositivos físicos voltados para inteligência artificial. Embora siga operando de forma independente, a LoveFrom, estúdio de design de Ive, será responsável por todo o design dos produtos da OpenAI, incluindo software.

De acordo com o Wall Street Journal, o projeto liderado por Ive e Altman busca desenvolver “companheiros de IA”, dispositivos compactos e conectados à inteligência artificial de forma intuitiva. A proposta é que o aparelho funcione como um assistente integrado ao cotidiano do usuário, capaz de compreender seu ambiente e suas rotinas.

Portanto, o novo produto, ainda em fase de desenvolvimento, seria uma categoria totalmente nova de hardware, algo que não substituirá o smartphone, mas que poderá complementá-lo de maneira inovadora. Em sua conta no X, Altman elogiou Ive como “o maior designer do mundo” e disse estar animado com a parceria. O primeiro aparelho resultado da parceria deve ser lançado em 2026.


Anúncio do acordo entre as empresas (Foto: reprodução/Instagram/@openai)


Apple perde fôlego na corrida da IA

Enquanto isso, a Apple vive um período de incertezas no campo da inteligência artificial, com as ações caindo mais de 17% em 2025. Investidores veem a movimentação da OpenAI como uma ameaça à liderança da Apple no mercado de dispositivos inteligentes.

Além disso, os esforços mais recentes da Apple na área, como o sistema “Apple Intelligence”, enfrentaram atrasos e críticas. O recurso, anunciado com destaque no lançamento do iPhone 16, teve sua implementação adiada para 2026 após polêmicas envolvendo informações imprecisas geradas por resumos automáticos.

O cenário ficou ainda mais conturbado com um processo movido por consumidores estadunidenses, acusando a Apple de publicidade enganosa ao prometer recursos de IA que não estavam prontos. Em paralelo, a empresa se prepara para o Worldwide Developers Conference, evento anual em que apresenta seus novos softwares e tecnologias.


Jony Ive, à esquerda, mostrando o dispositivo para Tim Cook, CEO da Apple (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Jony Ive

Em contraste, Jony Ive parece determinado a retomar seu papel de protagonista na tecnologia. Ele entrou na Apple em 1992 e, como chefe de design, contribuiu para a criação de alguns dos produtos mais revolucionários da empresa, entre eles, o iMac (1998), o iPod (2001), o iPhone (2007), o iPad (2010) e o Apple Watch.

Após deixar a Apple em 2019 para fundar sua própria empresa de design, a LoveFrom, Ive demonstrou interesse crescente por inteligência artificial, chegando a criticar produtos recentes do setor, como o Human AI Pin, por sua má execução.

A fundação da empresa io já sinalizava sua intenção de construir algo novo. Inicialmente, sua intenção era desenvolver e comercializar um dispositivo de IA com tecnologia da OpenAI, até que Sam Altman sugeriu a fusão entre as duas empresas.

Executivo fala sobre desejo da OpenAI em adquirir o Chrome do Google

Empresa OpenAI tem interesse na compra do Chrome do Google, caso as autoridades tenham sucesso em persuadir a Alphabet a negociar o navegador como tentativa de restaurar as concorrências nas pesquisas. Detalhes foram dados por um executivo da OpenAI em julgamento anti monopólio do Google realizado nesta terça-feira (22), em Washington, EUA.

Nick Turley, chefe de produto do ChatGPT, fez uma declaração ao presenciar um julgamento importante que está acontecendo em Washington, onde o departamento de justiça dos Estados Unidos exige que o Google tome medidas de longo alcance para restaurar a concorrência nas pesquisas online.

O julgamento

Juiz responsável por supervisionar o julgamento, alegou no ano passado que o Google é detentor do monopólio das pesquisas online e da publicidade relacionada. O Google, por sua vez, não colocou o Chrome à venda; por isso, busca recorrer da decisão de que detém o monopólio.

O início do julgamento de alto risco escancarou uma disputa no mercado de inteligência artificial (IA) generativa, em que grandes empresas de tecnologia e startups estão competindo para desenvolver seus aplicativos e ganhar usuários.

Os promotores do caso levantaram algumas preocupações em declarações iniciais na última segunda-feira (21) de que o monopólio de buscas do Google poderia lhe dar vantagens em IA e que seus produtos na área são outra maneira de levar os usuários ao seu mecanismo de busca.


OpenAI tem interesse em comprar navegador do Google (Fotos: Reprodução/X/@republiqueBRA)

O contato da OpenAI com o Google

Em um email enviado ao Google pela OpenAI, a empresa de Turley fez contato visando uma parceria após enfrentar problemas com seu provedor de buscas

Acreditamos que ter vários parceiros, e em particular a API do Google, nos permitiria fornecer um produto melhor aos usuários.

A OpenAI entrou em contato pela primeira vez em julho, e o Google recusou o pedido em agosto, dizendo que envolveria muitos concorrentes, conforme o e-mail.

No ano passado, Turley afirmou que o ChatGPT era líder no mercado de chatbots para consumidores e não via o Google como seu maior concorrente, de acordo com um documento interno da OpenAI apresentado pelo advogado do Google no julgamento.