Noite mágica: Abel Ferreira chora em campo após classificação do Palmeiras

O confronto entre Palmeiras e LDU, na quinta-feira (30), rendeu emoções desde o primeiro tempo. O Palmeiras precisava vencer com quatro gols de diferença para avançar à final da Copa Libertadores, após perder por 3 a 0 no jogo de ida, em Quito. Mas, à beira do campo, o técnico Abel Ferreira parecia fiel ao próprio mantra: “cabeça fria, coração quente”.

O técnico andava de um lado para o outro, braços cruzados, olhos no relógio. Permaneceu assim até o apito final, quando desabou em lágrimas no gramado após o alviverde vencer por 4 a 0 a LDU. A reação do comandante português emocionou comissão técnica, jogadores e torcedores. Abel havia prometido uma noite mágica — e foi exatamente o que aconteceu no Allianz Parque.

A emoção do treinador

Abel Ferreira manteve o padrão. Cobrou os árbitros, orientou os jogadores e ficou o tempo todo à beira do campo. Passou poucos segundos sentado no banco, ao lado dos auxiliares, mas conteve os ânimos mesmo quando os jogadores se exaltavam. “Acho que foi dos jogos em que menos emotivo eu estive. Não podia passar essa emoção pros nossos jogadores”, revelou.

Ele se segurou até o apito final, que confirmou a classificação do Palmeiras, da forma que havia prometido: em uma noite mágica.  Enquanto chorava pela classificação, foi abraçado por funcionários do clube e pelos atletas responsáveis pela vitória. Na coletiva após o jogo, falou sobre o momento em que desabou.

“Eu simplesmente desabei. Acho que estava com uma bola dentro, tudo pressionado aqui”, disse, apontando para o peito. Abel contou que ainda tem dificuldade em desfrutar das vitórias e que, todos os dias, sente a necessidade de provar que merece estar onde está. Mas a classificação daquela quinta-feira, admitiu, foi um alívio.



Abel Ferreira na comemoração da classificação do Palmeiras (Foto: reprodução/Cesar Greco/Palmeiras)


Conflito e redenção com a torcida

Três meses antes, Abel vivia um momento tenso com a torcida. Após a eliminação na Copa do Brasil diante do Corinthians, foi xingado por parte de uma organizada. Reconheceu a chateação e chegou a se questionar sobre renovar o contrato com o Verdão. O técnico comentou, na época, que sempre pediu apoio, mesmo nas fases difíceis. Ontem, depois da classificação, os torcedores retribuíram com aplausos e cânticos, lembrando os feitos e as promessas cumpridas.

Disse ainda que gosta de estar no clube, mas que não quer se prender apenas a um contrato — para ele, a palavra e o sentimento de pertencimento valem mais, “que seja eterno enquanto dure”. Durante a coletiva, a presidente do clube interrompeu o treinador para saudá-lo e reconhecer o impacto de seu trabalho. “Esse homem sabe o que faz. É o maior técnico da história do Palmeiras”, afirmou.

Em campo, os gols foram marcados por Ramón Sosa e Bruno Fuchs; no segundo tempo, Raphael Veiga, alvo de críticas recentes da torcida, fez os dois decisivos. A atuação do time já entra para a história como uma das mais memoráveis na corrida pelo tetracampeonato da Libertadores.

Flamengo supera pressão do Racing e garante vaga na Final da Libertadores

O Flamengo está novamente na final da Conmebol Libertadores. Em um confronto eletrizante e repleto de tensão em Avellaneda, na noite desta quarta-feira (29), o time comandado por Filipe Luís conseguiu segurar o empate em 0 a 0 diante do Racing, resultado suficiente para garantir a classificação à decisão do torneio continental. A equipe carioca soube administrar a vantagem construída no Maracanã, onde havia vencido por 1 a 0, e agora aguarda o vencedor do duelo entre Palmeiras e LDU, que decidirá quem será seu adversário na grande final.

Mesmo com um jogador a menos desde os dez minutos do segundo tempo — após a polêmica expulsão do equatoriano Gonzalo Plata —, o Flamengo mostrou equilíbrio tático e muita entrega para conter a pressão argentina. A equipe rubro-negra resistiu bravamente às investidas do Racing, que tentou de todas as formas romper o bloqueio defensivo, mas parou nas boas atuações de Rossi e da zaga formada por Léo Pereira, Ortiz e Danilo. Com o apito final, a equipe celebrou em campo o retorno à final continental, repetindo o feito de 2022, quando levantou o troféu em Guayaquil.

Primeiro tempo equilibrado e de fortes emoções

Desde os primeiros instantes, o duelo em Avellaneda foi intenso. O Racing, empurrado por sua apaixonada torcida, começou pressionando e explorando lançamentos longos em direção à área flamenguista. A proposta inicial dos argentinos era sufocar o adversário e forçar erros na saída de bola. O Flamengo, por sua vez, precisou de alguns minutos para se ajustar, mas logo passou a encontrar espaços com as jogadas rápidas de Carrascal e Luiz Araújo.

O camisa 7, bastante participativo, arriscou dois chutes perigosos de média distância, exigindo boas defesas do goleiro Cambeses. Aos poucos, o Rubro-Negro conseguiu equilibrar as ações e até passou a criar as oportunidades mais claras do jogo. Entretanto, o Racing respondeu à altura, principalmente em jogadas pelas laterais, com Rojas e Mura sendo válvulas de escape constantes. Em uma das melhores chances do primeiro tempo, Conechny subiu mais que a zaga e cabeceou firme, obrigando Rossi a fazer uma intervenção decisiva.

A defesa flamenguista mostrou solidez, especialmente nas disputas pelo alto. Alex Sandro e Léo Pereira foram fundamentais ao neutralizar os cruzamentos argentinos. O jogo seguiu truncado, com muitas faltas e reclamações de ambos os lados, mas sem cartões. Nos minutos finais, o Flamengo ainda assustou em contra-ataques perigosos, desperdiçados por Varela e Arrascaeta. Cambeses voltou a ser protagonista ao evitar o gol brasileiro em duas oportunidades seguidas. O empate sem gols no intervalo refletiu bem o equilíbrio do confronto.


Flamengo segura o empate contra o Racing e se classifica (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)

Expulsão muda o rumo do jogo, mas Flamengo resiste

O segundo tempo manteve o mesmo tom competitivo, com o Racing tentando impor volume de jogo e o Flamengo explorando os espaços deixados pelo adversário. No entanto, tudo mudou aos dez minutos, quando Gonzalo Plata foi expulso após atingir Rojo com a mão nas partes íntimas. A jogada gerou enorme polêmica, com intensas reclamações dos brasileiros, mas o árbitro, após revisão do VAR, manteve o cartão vermelho.


Plata deixou o Rubro-Negro metade do segundo tempo com um homem a menos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Marcelo Endelli)

Com um homem a menos, Filipe Luís reorganizou o time, fechando os espaços e reforçando o sistema defensivo. O técnico apostou em uma linha de três zagueiros, formada por Ortiz, Léo Pereira e Danilo, para conter a avalanche ofensiva argentina. A estratégia deu resultado. Apesar de dominar a posse de bola, o Racing encontrou muitas dificuldades para criar chances claras. A melhor oportunidade veio em uma cabeçada de Martínez, novamente defendida com segurança por Rossi, um dos heróis da noite.

Nos minutos finais, o estádio se transformou em um caldeirão. O Racing lançou todos os jogadores ao ataque, apostando em cruzamentos e bolas aéreas. Em uma das raras vezes em que a defesa flamenguista falhou, Vietto apareceu livre e finalizou forte, mas Rossi brilhou outra vez, garantindo o 0 a 0 no placar. O apito final foi o alívio e a consagração de um time que soube sofrer e resistir em um ambiente hostil.

Rumo a mais uma decisão continental

Com o resultado, o Flamengo confirma sua presença em mais uma final de Libertadores, consolidando a hegemonia recente do clube no continente. Desde 2019, o Rubro-Negro chega à terceira decisão em seis edições, reforçando o peso do projeto e a força de seu elenco. Agora, os olhos se voltam para Lima, palco da grande final, onde o time carioca tentará escrever mais um capítulo glorioso de sua história.

Enquanto o adversário ainda será definido — entre o Palmeiras, bicampeão sob o comando de Abel Ferreira, e a LDU, campeã em 2008 —, o Flamengo celebra o feito e foca na recuperação física e emocional após uma batalha desgastante. Se há algo que o jogo em Avellaneda deixou claro, é que o time de Filipe Luís tem alma, garra e maturidade para sonhar alto novamente.

Abel Ferreira convoca torcida para jogo decisivo contra LDU

Abel Ferreira demonstrou confiança mesmo após o empate sem gols diante do Cruzeiro. O técnico do Palmeiras falou sobre o confronto decisivo contra a LDU, pelo jogo de volta da semifinal da Copa Libertadores, demonstrando otimismo em relação ao desempenho da equipe. O comandante alviverde afirmou acreditar em uma noite especial na próxima quinta-feira (30), às 21h30 no Allianz Parque. Abel ainda convocou a torcida palmeirense a comparecer em peso e empurrar o time durante toda a partida.

Na primeira partida, realizada em Quito, o Palmeiras sofreu uma derrota por 3 a 0 e agora precisa reverter o placar com uma diferença mínima de quatro gols para avançar à final no tempo regulamentar ou três gols para levar aos pênaltis.

Pedido à torcida

Abel projetou o duelo diante da LDU destacando que o Palmeiras teria três dias de preparação para o confronto no Allianz Parque. O treinador pediu apoio ininterrupto da torcida, incentivando os palmeirenses a cantar do início ao fim e a acreditar na capacidade de reação do time, reforçando a ideia de que algo especial pode acontecer no confronto. O otimismo do técnico português encontra respaldo no bom desempenho recente da equipe em casa. Nos últimos sete jogos disputados no Allianz Parque, o Palmeiras balançou as redes 23 vezes, alcançando uma média de 3,2 gols por partida.


Coletiva completa do treinador Abel Ferreira (Vídeo: reprodução/Youtube/TV Palmeiras Sportingbet)

Abel enfatizou ainda que nem as grandes vitórias nem as derrotas passadas definem o caráter do elenco, mas sim a postura que o grupo apresentará na quinta-feira. Para ele, o verdadeiro diferencial está na atitude dentro de campo e na crença de que a equipe é capaz de reverter qualquer cenário.

Desfalques e retornos

A principal mudança na equipe alviverde será o retorno de Joaquín Piquerez. Após cumprir suspensão na última partida pelo Campeonato Brasileiro, o lateral-esquerdo volta a estar disponível e deve reassumir a vaga de Jefté entre os titulares. A incerteza fica por conta de Aníbal Moreno, que segue como preocupação para a comissão técnica. O meio-campista voltou a ficar fora das atividades em campo nesta segunda-feira, em razão de um incômodo na panturrilha esquerda.

O Palmeiras ainda realizará duas sessões de treinamento antes do confronto decisivo, uma na terça-feira, na Academia de Futebol, e outra na quarta, no Allianz Parque, onde o time fará os ajustes finais para o jogo.

Após empate com o Cruzeiro, Abel critica arbitragem e fala em “narrativa hipócrita”

Neste domingo (26), o Palmeiras recebeu o Cruzeiro no Allianz Parque. As equipes não balançaram as redes, mas a partida foi bastante movimentada do ponto de vista da arbitragem. Após o jogo, válido pelo Campeonato Brasileiro, Abel Ferreira abriu a entrevista coletiva com um desabafo recorrente sobre a arbitragem. O treinador alviverde criticou a falta de critérios da CBF e rebateu as acusações de que o Palmeiras seria beneficiado nas decisões dos árbitros.

Critérios desiguais

Durante a coletiva, Abel demonstrou indignação com o que considera uma incoerência na forma como os árbitros são avaliados no futebol brasileiro. Ele citou exemplos de juízes que receberam punições diferentes por erros semelhantes e questionou a falta de critérios nas decisões da entidade. Segundo o técnico, essa disparidade prejudica a credibilidade da arbitragem e afeta o andamento do campeonato.


Com o empate, o Palmeiras segue líder do Brasileirão (Foto: reprodução/Caíque Coufal/Cruzeiro/Flickr)

Abel destacou que, desde sua chegada ao Brasil, defende a valorização do futebol nacional. Além disso, o português, declarou que as mudanças mais profundas não estão nas mãos de técnicos e de jogadores, mas sim de quem toma as decisões no futebol brasileiro. Para ele, é urgente uma mudança estrutural na forma como a arbitragem é gerida pela CBF.

Narrativa hipócrita

Em outro momento da entrevista, Abel rebateu as críticas que apontam o Palmeiras como um clube favorecido por decisões polêmicas. O técnico apontou que essa visão se trata de uma “narrativa hipócrita” e defendeu que os erros acontecem para todos os lados. Ele destacou que o Palmeiras também foi prejudicado em diversas partidas e que esse tipo de discurso distorce a realidade.

Abel ainda demonstrou apoio às declarações de Leonardo Jardim, técnico do Cruzeiro, que havia criticado o nível da arbitragem brasileira momentos antes em sua coletiva. Para o comandante do Palmeiras, é preciso que, cada vez mais, os profissionais se manifestem sobre o tema e mostrem indignação com as polêmicas, para que o futebol no país possa seguir evoluindo. 

Palmeiras e Cruzeiro empatam em jogo que prometeu mais do que entregou 

O Palmeiras encarou o Cruzeiro na noite deste domingo (25), em confronto direto pela liderança do Brasileirão 2025, jogando diante de sua torcida, no Allianz Parque.

A vitória era crucial para o alviverde, não apenas por conta a derrota do Flamengo na rodada, contra o Fortaleza — sendo perfeito para aumentar a vantagem diante dos rubro-negros, como também para recuperar a confiança da torcida palestrina — magoada por conta do duelo contra a LDU no meio de semana, que terminou em 3 a 0 para os equatorianos, e colocou o verdão em uma situação complicada no agregado das semifinais.

Empate amargo

O início da partida no Allianz Parque foi marcado por muitas faltas — que seriam determinantes no desenrolar da partida: Logo aos 11 minutos, Gustavo Gómez aplicou um carrinho forte em Wanderson, que precisou sair do jogo. O VAR indicou expulsão, mas o árbitro Rafael Rodrigo Klein optou apenas pelo cartão amarelo, gerando reclamações dos jogadores cruzeirenses nos lances seguintes.

Mesmo com a vantagem de jogar em casa, o Palmeiras sofreu para manter a posse de bola e teve pouca presença ofensiva. Enquanto o Cruzeiro seguia levando perigo para a área palestrina — com a melhor oportunidade vindo aos 30 minutos, em uma cobrança de falta batida com maestria por Arroyo, que parou em grande defesa de Carlos Miguel.


Melhores momentos da partida (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)

Na segunda etapa, o Palmeiras voltou ao gramado buscando equilíbrio. O time melhorou na armação das jogadas, e passou a explorar as costas da defesa do Cruzeiro.

Diante dessa pressão, o alviverde chegou a balançar as redes aos 14 minutos, quando Flaco López desviou de cabeça, parando nas mãos de Cássio. Sosa insistiu na jogada, e roubou a bola do goleiro da raposa, mandando para o gol. Entretanto, o lance acabou se tornando mais uma polêmica na partida, quando foi anulado após a arbitragem definir a retomada da bola como lance faltoso.

A situação esquentou aos 26 minutos: Fabrício Bruno interceptou o contra-ataque de Allan, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o Palmeiras mais livre no ataque. Com isso, o jogo ficou mais aberto, mas as chances reais continuaram escassas.

O lance decisivo da partida ocorreu já nos acréscimos: Com Carlos Miguel aplicando uma defesa milagrosa com o joelho, após chute de Kaio Jorge dentro da pequena área, na melhor chance do cabuloso no duelo. O defensor alviverde foi eleito por especialistas como o destaque do jogo, com suas defesas que salvaram o clube paulista nos momentos tensos do jogo.

Protagonismo da arbitragem

E mais uma vez, o assunto principal da partida é justamente quem deveria pôr tudo em ordem. Até mesmo um dos duelos mais importantes do campeonato não escapou de proporcionar momentos polêmicos ao longo dos 90 minutos, para ambos os clubes.

Diante deste cenário que afeta a todas as equipes do futebol brasileiro, o goleiro Cássio foi firme em sua fala sobre a necessidade dos clubes e jogadores se unirem em prol de uma solução:

“Se não nos unirmos para melhorar a arbitragem e pegar todos os times que foram prejudicados e beneficiados. Eu podia falar das situações que aconteceram hoje, mas acho que nós temos que nos unir: A CBF, nós jogadores, para melhorar isso. Eu vejo que muita gente não está se importando com o futebol.”


Rafael Rodrigo Klein, árbitro da partida (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Alexandre Schneider)

Agora, o Palmeiras encara pela frente mais um grande desafio na temporada: Terá de reverter um resultado de 3 a 0 sofrido no jogo de ida da semifinal da CONMEBOL Libertadores — uma tarefa árdua, mesmo jogando em casa.

A volta será na próxima quinta-feira (30), e a expectativa é de casa cheia e força máxima em campo.

Cicinho critica Abel Ferreira por deixar Maurício no banco e questiona decisões após derrota do Palmeiras para a LDU

Durante o programa “Jogo Aberto”, o comentarista e ex-lateral, Cicinho, não poupou críticas a Abel Ferreira após a derrota do Palmeiras para a LDU, no primeiro confronto das semifinais da Copa Libertadores. O Verdão foi superado por 3 a 0 no Equador e agora precisa de um resultado histórico para seguir vivo na competição. Para o ex-jogador, uma das falhas do técnico português foi deixar o meia Maurício entre os reservas, mesmo após boas atuações recentes.

Segundo Cicinho, o jogador tem mostrado potencial para alterar o panorama das partidas quando entra em campo, e a ausência dele entre os titulares foi determinante para o desempenho apagado da equipe. “O Maurício não estava no jogo? É o jogador que tem entrado e mudado a cara do time. O Abel traz umas convicções que nos deixam de mãos atadas para entender o que ele pensou. Não dá para compreender ele não colocar um jogador como o Maurício num jogo desses”, afirmou o comentarista.

Críticas à postura de Abel Ferreira

Cicinho ressaltou que o treinador costuma surpreender com suas escolhas e, por vezes, causa confusão até entre os torcedores. O ex-lateral lembrou que, recentemente, o meia foi decisivo na vitória de virada do Palmeiras sobre o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, mostrando ser uma peça importante para o esquema da equipe. Mesmo assim, diante da LDU, Abel optou por deixá-lo no banco de reservas durante toda a partida.

“O Maurício tem qualidade, visão de jogo e capacidade de decidir. Ele é aquele tipo de jogador que pode mudar o ritmo do confronto, e foi exatamente isso que o Palmeiras precisou em Quito. Faltou criatividade e alguém que chamasse a responsabilidade”, comentou Cicinho. Para o ex-jogador, decisões como essa dificultam o entendimento sobre o que o treinador português busca com determinadas escalações.

A derrota por 3 a 0 colocou o Verdão em uma situação delicada. O time paulista não conseguiu impor seu ritmo e teve dificuldades para lidar com a altitude de Quito. Além da falta de inspiração ofensiva, a defesa também demonstrou fragilidade, permitindo que o adversário dominasse as ações.


Cicinho durante o Programa Jogo Aberto da TV Band (Vídeo: reprodução/Instagram/@jogoaberto)

Desafio histórico no Allianz Parque

O Palmeiras agora terá uma missão quase impossível pela frente. Na próxima quinta-feira (30), às 21h30 (de Brasília), o time reencontra a LDU no Allianz Parque precisando vencer por quatro gols de diferença para alcançar a final da Libertadores. Desde 1988, quando o formato atual da competição passou a incluir semifinais, nenhum clube conseguiu reverter um placar de 3 a 0 nesta fase.

Mesmo diante do cenário desfavorável, elenco e comissão técnica afirmam acreditar na virada. Jogadores e o próprio Abel Ferreira demonstraram confiança em uma reação diante da torcida. O técnico português, que já comandou viradas marcantes na história recente do clube, aposta no ambiente do Allianz Parque para tentar reverter o quadro.

Curiosamente, o Palmeiras já viveu o outro lado dessa história. Em 2020, venceu o River Plate por 3 a 0 na Argentina, perdeu o duelo de volta em casa por 2 a 0, mas mesmo assim avançou à decisão, conquistando o título sobre o Santos. Agora, o desafio é oposto — e o Verdão precisará escrever um capítulo inédito para alcançar sua quarta taça continental.

Confiança e pressão

Apesar das críticas e da pressão por resultados, o elenco palmeirense mantém o discurso de otimismo. Jogadores experientes reforçam que o apoio da torcida será fundamental para transformar a energia do estádio em motivação dentro de campo. Maurício, que pode retornar à equipe titular, é visto como uma das esperanças para mudar o panorama da série.

Enquanto os torcedores aguardam uma resposta positiva, Abel Ferreira tenta reorganizar o time e encontrar soluções para os erros cometidos em Quito. A expectativa é de um Allianz Parque lotado e de um Palmeiras disposto a provar, mais uma vez, que nada é impossível no futebol.

“Baile tático”: Vitor Birner comenta goleada da LDU e reprova atuação do Palmeiras

Nesta quinta-feira (23), o Palmeiras foi até Quito, no Equador, onde enfrentou a LDU em jogo válido pela semifinal da Copa Libertadores. A partida, especialmente na primeira etapa, não se desenvolveu da maneira que os palmeirenses esperavam e terminou em 3 a 0 para o time da casa. Após o apito final, o jornalista Vitor Birner, da ESPN, analisou o desempenho do time e avaliou individualmente os jogadores do Verdão que estiveram em campo.

Como foi a partida

A LDU dominou o jogo desde os primeiros minutos e praticamente não deu espaço ao Palmeiras na etapa inicial. Mesmo com boas defesas de Carlos Miguel, o time de Tiago Nunes se impôs com intensidade e eficiência no ataque. Villamíl abriu o placar após erro de Khellven, e Alzugaray ampliou em cobrança de pênalti após toque de mão de Andreas Pereira. Já nos acréscimos, Villamíl voltou a marcar em lance que desviou novamente em Khellven, fechando o primeiro tempo em 3 a 0. Com 14 finalizações e controle total das ações, os equatorianos foram para o vestiário em situação confortável.


Notas de Vitor Birner para o Palmeiras (Foto: reprodução/X/@sportscenterbr)

Na segunda etapa, o Palmeiras tentou reagir e começou pressionando, levando perigo em finalização de Flaco López que Domínguez defendeu. Mesmo assim, a LDU soube administrar a vantagem com posse de bola e conseguiu esfriar o ímpeto adversário. Abel Ferreira demorou a mexer no time, mas colocou Allan no lugar de Emi Martínez, e o meio-campista quase descontou em boa jogada pela esquerda. Sosa, que entrou no segundo tempo, também teve grande chance aos 37, mas parou em mais uma defesa impressionante do goleiro equatoriano. Já nos acréscimos, Ramírez foi expulso, e o Palmeiras ainda teve uma última oportunidade com Flaco, que cabeceou por cima.

Análise de Birner

Para o jornalista, o melhor em campo entre os titulares do Verdão foi o goleiro Carlos Miguel, que, apesar dos três gols sofridos, fez grandes defesas e evitou um placar ainda mais elástico. O camisa 1 recebeu nota 5. Emiliano Martínez e Khellven tiveram as menores avaliações entre os jogadores de linha, ambos com nota 3, segundo Birner. Já o técnico Abel Ferreira foi o pior avaliado, ficando com 2,5. De acordo com o comentarista, o treinador levou um “baile tático” dos equatorianos.

A partida da volta acontece na próxima quinta-feira (30), e o Palmeiras precisará de uma atuação perfeita no Allianz Parque para reverter o resultado. Antes disso, o Verdão tem um compromisso válido pelo Campeonato Brasileiro. No domingo (26), enfrenta o Cruzeiro, em jogo válido pela 30ª rodada do Brasileirão. O confronto do fim de semana também é importante, já que a equipe paulista briga também pelo título nacional.

Palmeiras surpreende e perde para LDU pelas semifinais da Libertadores

A equipe do Palmeiras entrou em campo na noite desta quinta-feira (24), válido pelo jogo de ida das semifinais da CONMEBOL Libertadores 2025, disputado em Quito. Jogando em sua casa na próxima semana, a missão do alviverde era, no mínimo, construir um resultado seguro para entrar em campo no Allianz Parque de forma tranquila.

Para a torcida palestrina, infelizmente o ocorrido no Equador foi justamente o oposto: Uma derrota por um placar elástico, que torna a classificação para a grande final um verdadeiro desafio para o clube paulista, mesmo com a vantagem de jogar em seu estádio, na 2ª etapa do confronto.

Apagão no verdão

Desde os primeiros minutos, a equipe equatoriana chegou pressionando alto, impondo ritmo forte e dificultando a saída de bola do Palmeiras, assim acuando o time no campo de defesa, e derrubando a ideia de um jogo tranquilo para o verdão. Até que aos 15 minutos da partida, Villamíl recebeu um cruzamento rasteiro vindo da direita, dominou dentro da área e mandou uma bomba no canto, abrindo o placar para os donos da casa.

A situação se complicou ainda mais, quando o relógio bateu 24 minutos no cronômetro: Após uma cobrança de escanteio, Quiñonez arrisca uma pancada de fora da área, que foi interceptada por um toque de mão de Andreas Pereira, e o árbitro argentino Facundo Tello não hesitou em marcar pênalti para a LDU. Alzugaray cobrou com categoria, sem dar chances para o goleiro Carlos Miguel — substituto de Weverton, que se recupera de uma fissura na mão direita.

Apesar do abate, os palestrinos não desistiram, e passaram a tentar uma reação na partida, a fim de ir para o Allianz Parque na volta podendo virar o agragado com mais facilidade. Assim, o clube paulista enfim teve sua melhor chance no primeiro tempo, quando Vitor Roque recebeu um belo passe em profundidade, e terminou a jogada finalizando com perigo pelo lado esquerdo do gol de Alexander Dominguez, mas mandando pelo lado de fora da rede.

E assim, aos 46 minutos, novamente em jogada rasteira pela direita, Villamíl apareceu bem posicionado e bateu de primeira, com um leve desvio de Khellven, para fazer seu segundo gol na partida, e o terceiro dos equatorianos. A bola antes de entrar, ampliando a vantagem no placar e sacramentando o grande problema que o Palmeiras teria pela frente.


Melhores momentos da partida (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN Brasil)

No intervalo, o técnico Abel Ferreira fez algumas alterações na equipe para buscar o gol tão importante para retomar a confiança do time nesta jornada rumo a mais uma final de Libertadores. Com as mexidas, o verdão conseguiu ter melhoras na marcação e segurar melhor os adversários para evitar uma goleada, porém ainda tendo dificuldades de chegar na área da LDU, que conseguiu se fechar bem nesta segunda etapa.

A melhor chance do Palmeiras veio aos 37 minutos: Quando Sosa recebeu lançamento longo, saiu cara a cara com o goleiro e chutou com precisão na direção do gol. Entretanto, Domínguez fez um verdadeiro milagre diante dos 30 mil torcedores equatorianos, evitando o gol que poderia reacender o time brasileiro.

Nos minutos seguintes, o Palmeiras partiu para o tudo ou nada, mas sem efetividade. Enquanto isso, os donos da casa conseguiram administrar bem a vantagem até o apito final, contando com uma grande festa nas arquibancadas. Em caso de classificação, será apenas a segunda final de Libertadores para o time de Quito — campeão em 2008 após derrotar o Fluminense nos pênaltis.

A derrota fez com que o Palmeiras perdesse a invencibilidade na competição, sendo o último clube restante a deter esse feito. Agora, para manter a meta de marcar presença na final, o alviverde agora precisa vencer no mínimo por 3 gols de diferença (assim levando a decisão para os pênaltis), ou por quatro ou mais gols — para avançar dentro dos 90 minutos.

Esta será uma missão difícil, para este que atualmente é considerado um dos melhores elencos do país, mesmo com a vantagem de jogar no Allianz Parque.

Situação dos brasileiros

Com ambos os primeiros confrontos encerrados, Palmeiras e Flamengo agora focam nos jogos da próxima semana, onde terão verdadeiras ‘provas de fogo’ pela frente: Além da vantagem difícil a ser revertida pelo alviverde em São Paulo, o rubro-negro terá que encarar um Racing, jogando no El Cilíndro — contando com uma vantagem mínima de 1 a 0, construída no Maracanã.


Post motivacional no perfil oficial do Palmeiras para o jogo de volta (Foto: reprodução/Instagram/@palmeiras)

Apesar de toda a expectativa para o epílogo desta história, os times terão de mudar o foco por um momento, visto que ambos seguem na disputa pela liderança do Campeonato Brasileiro. Com as duas equipes empatadas em 61 pontos para cada, os jogos deste fim de semana seguem em clima de decisão.

Enquanto o Flamengo encara o Fortaleza no sábado (25), no Castelão, o Palmeiras enfrenta o Cruzeiro no domingo (26), diante de sua torcida — sendo a prévia do que veremos neste jogo de volta, que promete entregar muita emoção para os fãs de futebol no Brasil.

CBF divulga áudios do VAR após polêmicas em Flamengo x Palmeiras

Mais uma rodada do Campeonato Brasileiro é marcada por polêmicas de arbitragem. Desta vez, a reclamação veio do lado palmeirense, após derrota por 3 a 2 diante do Flamengo no Maracanã. A equipe paulista entende que teve um pênalti não marcado à seu favor. O lance aconteceu logo aos três minutos de jogo, e a reclamação seria de um empurrão de Jorginho, meia do Flamengo, nas costas de Gustavo Gómez, capitão do Palmeiras. Após a partida, a CBF divulgou os áudios do VAR. 

Áudio do VAR

Ainda na noite deste domingo (19), a CBF divulgou os dados referentes à vitória do Flamengo. Entre os lances mais questionados pelos palmeirenses, estava um possível empurrão de Jorginho sobre Gustavo Gómez ainda nos primeiros minutos da etapa inicial. O árbitro de vídeo, Caio Max, concluiu que não houve impacto faltoso, orientando o árbitro de campo Wilton Pereira Sampaio a seguir com o jogo.

“Wilton, pode seguir. Os dois braços estão estendidos e não faz a flexão com impacto para empurrão”, declarou o árbitro de vídeo.


Lance do possível pênalti (Foto: reprodução/GE/Divulgação Tv Globo)

O áudio mostra a análise detalhada do lance, em que o VAR observa que os braços dos jogadores estavam estendidos e que não houve flexão com impacto suficiente para caracterizar empurrão. A divulgação do material segue a nova política da CBF, que agora libera áudios mesmo em lances que não tiveram revisão na cabine do árbitro, atendendo a solicitações recentes da Fifa e dos clubes envolvidos.

Decisão polêmica

Para o comentarista de arbitragem PC Oliveira, da TV Globo, tanto o árbitro, quanto o VAR erraram na tomada de decisão. Para PC, o lance deveria ter sido marcado como pênalti para o Palmeiras. Segundo ele, o contato de Jorginho em Gustavo Gómez configura uma falta clara, o que gerou debate entre torcedores e especialistas sobre a interpretação do lance.


Flamengo x Palmeiras (Foto: reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo/Flickr)

Além desta jogada, outro lance também foi bastante discutido. Trata-se do pênalti marcado para o Flamengo após falta de Bruno Fuchs em Pedro. Para o Verdão, houve duas faltas antes, em Vitor Roque e no próprio Bruno Fuchs, que antecederam o lance da marcação do pênalti. O VAR confirmou a marcação de pênalti alegando que Fuchs se coloca na frente de Pedro e eles acabam trombando, na sequência, o zagueiro comete a falta dentro da área.

Filipe Luís exalta Pedro na vitória do Flamengo

Neste domingo (19), o Flamengo recebeu o Palmeiras em jogo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro precisava da vitória para chegar ao mesmo número de pontos do rival paulista e conseguiu o resultado ao vencer por 3 a 2 no Maracanã. Após a partida, o técnico Filipe Luís elogiou a atuação de Pedro, autor de um gol, uma assistência e um pênalti sofrido, classificando o desempenho do atacante como “perfeito”.

Pedro como protagonista

O camisa 9 atuou por 84 minutos e comandou o ataque rubro-negro do início ao fim. Participando diretamente de todos os gols do Flamengo, Pedro foi eleito o melhor em campo e recebeu aplausos da torcida ao ser substituído. Deu a assistência para o primeiro gol, marcado por Arrascaeta, sofreu o pênalti que recolocou o time em vantagem e ainda marcou o gol que fechou o placar no Maracanã, coroando uma atuação decisiva e completa.


Pedro foi eleito o melhor em campo (Foto:reprodução/Adriano Fontes/Flamengo/Flickr)

Após a partida, o técnico Filipe Luís afirmou que Pedro foi parte fundamental da estratégia do time, participando de todas as fases do jogo e sendo essencial para o desempenho coletivo. O treinador destacou que o atacante fez uma partida completa, com alto nível técnico e tático, e acrescentou que, se a decisão fosse dele, o camisa 9 voltaria a disputar uma Copa do Mundo, já que um jogador que participou de uma edição do torneio se credencia naturalmente para outra.

Comentários sobre arbitragem

Filipe Luís também abordou as polêmicas de arbitragem que marcaram a partida, minimizando qualquer interferência no resultado. O treinador reconheceu que houve um erro de comunicação da própria equipe no momento de uma substituição, mas afirmou que nenhuma das partes foi prejudicada pelas decisões do árbitro. Ele ainda ressaltou que o placar refletiu o que aconteceu em campo e provocou o adversário ao dizer que, se há um time que não pode reclamar da arbitragem, esse time é o Palmeiras.


Filipe Luís (Foto:reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo/Flickr)

Para Filipe, a vitória também passou pela força mental do elenco. O treinador destacou que enxerga sua equipe como mentalmente muito forte e que essa postura foi essencial em uma partida tensa e equilibrada, com pressão dos dois lados. Segundo ele, o Palmeiras adotou uma estratégia mais agressiva do que o habitual, o que exigiu rápida leitura de jogo e concentração dos atletas.  Agora, o foco do Flamengo se volta para a semifinal da Libertadores, na próxima quarta-feira (23), quando enfrenta o Racing, no Maracanã.