Ex-ministro é condenado à morte e expõe força da ofensiva anticorrupção na China

O ex-ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, foi condenado por corrupção e teve a pena de morte suspensa por dois anos após admitir propinas milionárias. O julgamento ocorreu no Tribunal Popular Intermediário de Changchun, na China, neste domingo (29), data local, e evidencia o rigor da campanha anticorrupção e o controle do regime de Xi Jinping.

Durante a suspensão, se Tang cumprir regras de bom comportamento, a pena poderá ser convertida em prisão perpétua ou outra sentença mais branda.

Condenado acumulou milhões em subornos

Tang ocupou cargos de destaque entre 2007 e 2024. Durante esse período, recebeu subornos que somam mais de 268 milhões de yuans, cerca de R$ 200 milhões. Ele governou a província de Gansu antes de assumir o ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

Também, Tang era membro do Partido Comunista da China. Sua condenação simboliza o esforço do regime para lidar com corrupção em altos escalões. Ele foi expulso do partido em novembro de 2024, seis meses após a investigação iniciar, conduzida de forma rápida pelo órgão anticorrupção.


Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à pena de morte por corrupção (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Pena evidencia rigor da campanha anticorrupção

A pena de morte de Tang foi suspensa por dois anos. Durante esse período, ele poderá ter a sentença convertida em prisão perpétua caso cumpra critérios de bom comportamento. No entanto, apesar da suspensão, a decisão reforça o rigor da justiça e o peso da campanha anticorrupção sobre altos funcionários do governo.

Tang Renjian não é o único com um cargo de alta responsabilidade condenado. Ele integra uma série de casos envolvendo ministros da Defesa e o ex-chefe de segurança Zhou Yongkang, que cometeu suborno, abuso de poder e divulgação de segredos de Estado, sendo preso em 2015. Além disso, esses processos mostram que o regime prioriza manter disciplina e controle entre os líderes políticos.

Xi Jinping reforça disciplina interna e controle político

Especialistas afirmam que a rapidez do julgamento de Tang reflete a estratégia de Xi Jinping, que visa consolidar poder e garantir lealdade no Partido Comunista. Desde 2020, o presidente reforça mecanismos para que autoridades, policiais e juízes se mantenham “absolutamente leais, absolutamente puros e absolutamente confiáveis”.

Assim, a condenação envia um recado claro: políticos que acumulam vantagens ilegais correm risco severo. Dessa forma, a campanha anticorrupção impacta diretamente a estabilidade política da China, funcionando como uma ferramenta de disciplina interna e reforço do controle do regime sobre funcionários de alto escalão.

Trump amplia poder federal e autoriza pena de morte em Washington

Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos da América, assinou nesta quinta-feira (25) um decreto autorizando a aplicação da pena de morte em Washington. A princípio, a medida amplia o controle da Casa Branca sobre a capital federal e fortalece sua ofensiva contra crimes violentos.

Ainda assim, Trump declarou estado de emergência e enviou tropas da Guarda Nacional e agentes federais para apoiar a polícia local. Segundo ele, a cidade enfrenta níveis inaceitáveis de violência, apesar de estatísticas oficiais mostrarem queda nos crimes desde 2023.

Reação local e embate político

Simultaneamente, autoridades municipais contestaram a visão de Trump e destacaram a autonomia do Distrito de Columbia. Assim, a lei de 1973 permite que os moradores elejam um prefeito e um conselho, mas crimes locais e federais seguem sob jurisdição do Congresso. A capital estadunidense proibiu a pena de morte para crimes locais, embora a lei federal ainda a permita em determinados casos.

Por outro lado, a procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o Departamento de Justiça buscará ampliar o uso da pena de morte em todo o país. Já promotores federais foram incentivados pelo governo a endurecer as acusações, mesmo em delitos considerados locais.


Trump pede pena para assassinos (Vídeo: reprodução/YouTube/@JovemPanNews)

Outras polêmicas recentes

Nos últimos meses, Trump acumulou novas controvérsias. Ele acusou o Partido Democrata de pagar US$ 11 milhões à cantora Beyoncé para apoiar Kamala Harris na corrida presidencial. A declaração surgiu em sua rede Truth Social e provocou forte reação. Em outro cenário, o republicano classificou o movimento Antifa como grupo terrorista e criticou a Organização das Nações Unidas, a ONU, durante um discurso na 80ª Assembleia Geral. Para Trump, a organização tem “muito potencial”, mas se perde em discursos sem efeito real.

A polêmica mais recente surgiu com uma estátua em frente ao Capitólio que retrata Trump ao lado de Jeffrey Epstein. Concomitantemente, a obra finca em questionamentos sobre a relação entre o presidente e o empresário, acusado de crimes sexuais antes de sua morte.

Juiz em Nova York rejeita acusações de terrorismo contra Luigi Mangione

Um juiz de Nova York rejeitou nesta terça-feira (16) duas acusações de terrorismo contra Luigi Mangione, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealth. Entre as acusações rejeitadas estavam homicídio em primeiro grau em prol de um ato de terrorismo e homicídio em segundo grau como crime de terrorismo. O magistrado considerou as acusações “legalmente insuficientes”.

Acusações Federais e Pena de Morte

Mangione é acusado de matar Thompson em 4 de dezembro de 2024, em frente a um hotel em Manhattan, onde a empresa realizava uma conferência com investidores. O crime provocou grande repercussão na mídia e trouxe à tona debates sobre segurança em eventos corporativos nos Estados Unidos.  Em audiências anteriores, Mangione se declarou inocente das acusações tanto estaduais quanto federais. A Justiça estadual o acusa de homicídio como crime de terrorismo, crime que pode levar à prisão perpétua.


Reportagem CNN (Reprodução/X/@CNNBrasil)

No âmbito federal, o Departamento de Justiça busca a pena de morte contra Mangione. Segundo os promotores, ele perseguiu Thompson através de fronteiras estaduais e cometeu o assassinato com intenção de aterrorizar trabalhadores do setor de planos de saúde e desestabilizar o sistema de saúde americano. O caso federal adiciona complexidade ao processo, já que envolve acusações de terrorismo em escala nacional, que podem resultar em punições mais severas do que no caso estadual.

Defesa Questiona Base das Acusações

Os advogados de Mangione argumentam que as duas acusações se baseiam em teorias conflitantes, pedindo o arquivamento do caso estadual. Segundo a defesa, as acusações violariam o direito constitucional do réu de não ser processado duas vezes pela mesma conduta — princípio conhecido como double jeopardy.

Por outro lado, os promotores sustentam que não há fundamento para essa alegação. Eles afirmam que as opções enfrentadas por Mangione são consequência de suas próprias ações e que o caso deve seguir seu curso legal. As datas dos julgamentos, tanto no caso estadual quanto no federal, ainda não foram definidas. Mangione permanece sob custódia federal enquanto a Justiça organiza os próximos procedimentos legais.

O caso continua a atrair atenção internacional, não apenas pelo perfil do acusado e da vítima, mas também pelas implicações legais em torno do uso das acusações de terrorismo em crimes individuais nos Estados Unidos.

Entre críticas por defender intervenção e pena de morte, Trump afirma “não ser um ditador”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se defender contra as acusações de autoritarismo nesta terça-feira (26), ao afirmar “Não sou um ditador”. O discurso ocorre em meio a uma série de medidas polêmicas tomadas por seu governo, como a intervenção federal em Washington (D.C), a remoção de pessoas em situação de rua e a ameaça em aplicar também essas medidas em outras cidades americanas. 

O discurso de Trump ocorreu durante uma reunião de gabinete na Casa Branca, onde Trump também elogiou o trabalho da Guarda Nacional no chamado reforço de segurança em Washington e rebateu as críticas onde é chamado de ditador:

O discurso é que eu sou um ditador, mas eu paro o crime. Então, muita gente diz: ‘Se esse for o caso, eu prefiro um ditador’. Mas eu não sou um ditador. Eu só sei como parar o crime.”. 

Ao mesmo tempo que as medidas são criticadas por autoridades locais, Trump anunciou que endurecer as penas contra crimes na capital estão nos planos de seu governo, incluindo a busca por pena de morte em casos de homícidios. A declaração ocorreu após o depoimento de uma correspondente da Casa Branca, que alega ter sido espancada e ficado sob a mira de uma arma em Washington a alguns anos. Entretanto, a pena de morte no Distrito de Colúmbia – que é onde Washington está localizada – foi abolida na década de 80, o que torna o discurso de Trump mais ofensivo. 

Para Trump, a intervenção federal na capital americana e a possibilidade de expandir a medida para outras cidades – como mencionou na última sexta-feira (22) – são medidas necessárias para o que chama de “bagunça e violência descontrolada”. Apesar desse discurso realizado pelo presidente norte-americano, dados e análises divulgados por órgãos de segurança pública apontam o contrário. A criminalidade em Washington vem registrando queda constante nos últimos anos, com 2024 registrando o menor índice em trinta anos. 

Intervenção em outras cidades

Desde que federalizou a segurança de Washington, Trump tem repetido em seus discursos que a medida não será isolada e exclusiva para a capital americana. As cidades que o presidente norte-americano indicou em discurso como alvos de medidas semelhantes na última semana são: Chicago, Nova York e São Francisco. Coincidentemente, as três cidades são governadas pela oposição. Em seu discurso, Trump não forneceu números ou dados que sustentem suas palavras sobre a violência nas cidades citadas. 

No caso de Chicago, Trump atacou diretamente o prefeito da cidade, o chamando de “extremamente incompetente”. Na mesma declaração, ainda disse que “ajudaria Nova York” após tornar Chicago “segura” e em seguida “poderiam fazer uma limpa em San Francisco”


Membros da Guarda Nacional em frente ao Capitólio dos Estados Unidos, em 25 de agosto (Foto: reprodução/Tasos Katopodis/Getty Images Embed)


Reforço militar na segurança de Washington

No dia 11 de agosto, Trump declarou uma intervenção federal na segurança da capital americana, colocando em prova uma de suas estratégias mais polêmicas. A justificativa do presidente norte-americano é de que o crime está fora do controle na capital, havendo uma “trágica emergência de segurança”. Trump até mesmo comparou a taxa de homicídio da cidade com outras capitais do mundo, como Brasília. A decisão foi acompanhada pela Guarda Nacional, que recebeu ordens de controlar a polícia da cidade. De acordo com o The New York Times, a medida deverá durar 30 dias, mas Trump já declarou que o cronograma pode ser estendido. 

Ao total, 2.000 homens da Guarda Nacional foram mobilizados e seguiram em direção a Washington. Autoridades locais avaliam a intervenção de Trump como ilegal, rebatendo os dados informados por ele em suas justificativas. A prefeita de Washington, Muriel Bowser (Partido Democrata), classificou a medida como “alarmante e sem precedentes”. Já o procurador-geral de Colúmbia, Brian Schwalb, repetiu que a medida é sem precedentes, acrescentando ser “desnecessessária e ilegal”. As ações de Trump colocam em ameaça a autonomia das autoridades locais e acende um debate sobre os limites de poder de um presidente.

Mundo bate recorde de execuções e acende alerta global sobre pena de morte

Nesta terça-feira (8), a Anistia Internacional revelou que o mundo registrou, em 2024, o maior número de execuções por pena de morte em quase uma década. Segundo o relatório divulgado pela organização, foram 1.518 execuções no ano passado, um aumento de 32% em relação a 2023. A maior parte delas se concentrou em três países: Irã, Iraque e Arábia Saudita, responsáveis por 91% dos casos oficialmente documentados.

O aumento alarmante das execuções em 2024

O Irã aparece como o principal executor, com 972 mortes registradas, número que representa 64% de todas as execuções conhecidas. Muitas dessas sentenças, de acordo com a Anistia, foram motivadas por repressão política, atingindo inclusive manifestantes do movimento “Mulher, vida, liberdade” que foram sentenciados à morte, incluindo um jovem com deficiência mental. Na Arábia Saudita, a pena capital continua sendo aplicada para silenciar dissidentes e membros da minoria xiita. O Iraque também surpreendeu pelo salto expressivo no número de execuções, que passou de 16 para 63 em apenas um ano.


Irã executa sete pessoas em praça pública (Foto: reprodução/ISNA/AFP/Getty Images Embed)


Segredo, repressão e o uso político da pena de morte

Embora o relatório traga números preocupantes, ele também destaca o silêncio e a falta de transparência de países como China, Coreia do Norte e Vietnã conhecidos por aplicarem a pena de morte, mas que não divulgam dados confiáveis. A China, segundo a Anistia, continua sendo o país que mais executa pessoas no mundo, embora as cifras oficiais permaneçam fora do alcance público. Outro dado alarmante diz respeito ao uso da pena capital em crimes relacionados a drogas, que representam mais de 40% das execuções globais.

A Anistia alerta para a tendência preocupante de alguns países em reverter avanços: Maldivas, Nigéria e Tonga estudam reintroduzir a pena de morte para crimes ligados ao tráfico de drogas, enquanto República Democrática do Congo e Burkina Faso avaliam restaurar as execuções para crimes comuns.

Apesar do cenário, a Anistia reforça que a maioria do mundo segue em caminho oposto. Atualmente, 145 países aboliram ou deixaram de aplicar a pena de morte. “A pena de morte é um crime atroz que não tem lugar no mundo atual”, declarou Agnès Callamard, secretária-geral da organização, que pede mais pressão internacional e solidariedade às vítimas de regimes opressores.

Fuzilamento é usado novamente como pena de morte nos EUA após 15 anos

Nesta sexta-feira, dia 7 de fevereiro, Brad Sigmon, homem condenado à pena de morte, foi fuzilado no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Esse foi o primeiro fuzilamento nos Estados Unidos desde 2010 e o quarto desde a reinstauração da pena de morte no país.

Esse método não é muito comum para a pena de morte nos Estados Unidos, mas em alguns países, como China e Coreia do Norte, ainda é aplicado. Dois brasileiros já foram fuzilados na Indonésia após receberem pena de morte.

Sobre o crime

O prisioneiro foi condenado por assassinar os pais de sua ex-namorada. A arma do crime foi um taco de beisebol. Ele confessou o crime e, segundo ele, a motivação foi sua ex-namorada não aceitar reatar o relacionamento. Durante a confissão, informou que gostaria de morrer por fuzilamento, pois, segundo ele, as outras formas de execução são mais dolorosas.

O prisioneiro possuía um alvo no peito, teve o rosto coberto por um capuz, e testemunhas afirmaram que suas vestimentas eram inteiramente pretas. Três atiradores voluntários participaram da execução. Eles estavam armados com rifles cujas balas foram projetadas para fragmentar-se ao atingir o corpo.

Durante o procedimento, ele parecia sereno e acenou para seu advogado. Após dois minutos de silêncio, começaram os disparos. Sua última refeição foi frango frito acompanhado de purê com molho, feijão e cheesecake de sobremesa.


Representação de um fuzilamento (Foto: reprodução/x/@mat_heus)

O que fez o prisioneiro optar pelo fuzilamento

Segundo os advogados, o assassino tinha medo da cadeira elétrica, que, em suas palavras, o “cozinharia vivo”. Inicialmente, ele optou pela injeção letal, mas, como os detalhes desse método são mantidos em segredo no estado onde foi condenado, temia um possível afogamento dos pulmões caso a substância utilizada fosse o pentobarbital. Por esses motivos, recorreu ao fuzilamento.

Nos últimos anos, defensores da pena de morte passaram a considerar o fuzilamento uma forma de execução mais humana. No entanto, isso depende da precisão dos atiradores. Caso a morte não seja imediata, esse método pode resultar em grande sofrimento.

Irã liberta temporariamente ganhadora do Nobel da Paz

A iraniana Narges Mohammadi, vencedora do Nobel da Paz, que estava presa desde novembro de 2021, foi libertada temporariamente nesta quarta-feira (4) por um período de três semanas. A liberação aconteceu por motivos médicos, conforme anunciado por seu advogado em uma publicação nas redes sociais, mais especificamente na plataforma X.

Ativista iraniana e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Narges Mohammadi. (Foto: reprodução:AFP PHOTO/NARGES MOHAMMADI FOUNDATION)

O motivo da liberação temporária de Narges Mohammadi foi o seu estado de saúde debilitado, resultante de uma recente cirurgia. Segundo o advogado da ativista, ela passou por um procedimento delicado que envolveu a remoção de um tumor e a realização de um enxerto ósseo, intervenções que ocorreram há apenas 21 dias. O advogado detalhou que, devido às complicações e ao processo de recuperação dessas cirurgias, as autoridades decidiram suspender a execução da sentença e conceder a Mohammadi uma liberação temporária para que ela possa se recuperar de forma mais adequada, levando em consideração a fragilidade de sua condição física.

Saída de Narges Mohammadi

Narges Mohammadi deixou a prisão levantando o slogan “Mulher, Vida, Liberdade”, um grito de resistência que se tornou símbolo do levante popular iniciado em 2022 na República Islâmica do Irã. Segundo o marido da ativista, Taghi Rahmani, Mohammadi saiu da prisão com um bom estado de ânimo e um espírito combativo, apesar de sua saúde estar muito fragilizada.

A ativista de 52 anos tem sido uma voz forte contra o regime iraniano, especialmente na luta pelos direitos das mulheres, sendo uma das principais opositoras ao uso obrigatório do véu. Ao longo dos últimos 25 anos, ela foi condenada e presa diversas vezes por sua militância, que também se estende à defesa contra a pena de morte. Sua liberação temporária, após anos de prisão e perseguições, representa uma vitória simbólica para o movimento feminista iraniano e para aqueles que lutam contra as injustiças do regime.

Mais detalhes da prisão

A libertação temporária de Narges foi considerada “insuficiente” pelo comitê de apoio à ativista em Paris. Em um comunicado, a Fundação Narges Mohammadi destacou que, após mais de uma década de detenção, a ativista necessita urgentemente de atendimento médico especializado em um ambiente seguro, algo que não pode ser garantido dentro do sistema prisional iraniano.

Narges cumpre sua pena na ala feminina da penitenciária de Evin, localizada na zona norte de Teerã, onde está confinada ao lado de quase 50 outras detentas, conforme relatado por seu marido. Considerada uma “presa de consciência” pela Anistia Internacional, ela enfrenta condições extremamente adversas, agravadas por sua saúde debilitada. Além disso, Mohammadi não vê seus filhos, Kiana e Ali, desde 2015, quando eles se mudaram para a França, o que agrava ainda mais o sofrimento emocional da ativista. A libertação temporária, embora um passo importante, não resolve as graves questões de saúde e segurança que ela continua enfrentando em sua luta contra o regime iraniano.

Vencedora do Prêmio Nobel em 2023

Devido à sua prisão, Narges Mohammadi não pôde receber pessoalmente o Prêmio Nobel da Paz, que lhe foi concedido em 2023, como reconhecimento por sua luta incansável contra a pena de morte e pelos direitos das mulheres no Irã. A ativista, que tem sido uma voz fundamental contra as injustiças do regime iraniano, não teve a oportunidade de participar da cerimônia de premiação e de compartilhar sua mensagem com o mundo, devido à sua detenção contínua.

Além disso, em junho de 2023, Narges foi novamente condenada a mais um ano de prisão sob a acusação de “propaganda contra o Estado”.