Explosão causada por fogos no Tatuapé gera fatalidade

Na noite de quinta-feira (13), um imóvel residencial no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, foi destruído por uma explosão de grandes proporções que transformou os arredores em cenário de destruição. Segundo a Polícia Civil, o local funcionava como depósito ilegal de fogos de artifício. A tragédia deixou um homem morto, dez pessoas feridas, e cerca de 23 imóveis interditados, além de ter provocado danos em veículos e estruturas vizinhas. As autoridades iniciaram investigações para apurar as causas, enquanto técnicos da Defesa Civil avaliam os estragos.

Depósito clandestino e impacto na vizinhança

O imóvel atingido funcionava como um depósito irregular de fogos de artifício, semelhante a bombas, de acordo com a Polícia Civil. A quantidade de materiais guardados no local aumentou de forma significativa o impacto da explosão, que se espalhou rapidamente pela quadra. A onda de choque atingiu casas vizinhas, que tiveram muros, telhados e estruturas internas comprometidas. Após a avaliação inicial, a Defesa Civil interditou 23 imóveis na região.

Doze desses imóveis apresentavam danos estruturais extensos, considerados incompatíveis com a permanência segura dos moradores. Outros onze foram bloqueados parcialmente por apresentarem rachaduras, janelas estilhaçadas, portas deslocadas e risco potencial de agravamento dos danos. As equipes seguiram realizando novas vistorias para determinar quais imóveis poderão ser liberados e quais precisarão de obras emergenciais.

Nos destroços, foi encontrado um corpo completamente carbonizado, que pode ser o do próprio morador responsável pelo depósito. Dez pessoas precisaram de atendimento médico, incluindo a proprietária da casa atingida e o filho dela. Além disso, veículos estacionados na região foram danificados e estruturas metálicas caíram por conta da força da explosão.


Incêndio causa tensão na cidade do Tatuapé, destruindo casas (Vídeo: reprodução/YouTube/ UOL)


Investigação, riscos e possíveis causas

A polícia abriu inquérito para apurar a detonação, enquadrando o caso como explosão, crime ambiental e lesão corporal. Uma das linhas de investigação considera que o responsável pelo depósito estaria manuseando explosivos quando ocorreu o acidente, ele não tinha autorização para trabalhar com esse tipo de artefato.

Há ainda indícios de ligação entre esse homem e grupos que soltam balões, segundo análises feitas pela polícia nas redes sociais. Por sua vez, a Enel confirmou que a rede elétrica local foi afetada pela explosão, mas parte da rede de subtransmissão foi religada automaticamente. A comunidade foi chamada pela polícia para colaborar com informações que possam identificar outros depósitos irregulares e evitar novas tragédias.

 

Fábrica clandestina ligada a intoxicação por metanol é localizada pela polícia

A Polícia Civil de São Paulo descobriu nesta sexta-feira (10) uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo as autoridades, o local é suspeito de produzir as bebidas que causaram a morte de duas pessoas por intoxicação com metanol no estado.

De acordo com a investigação, a fábrica pirata comprava etanol de postos de combustível, que estaria misturado com metanol, uma substância altamente tóxica. Essa mistura era usada na fabricação de bebidas como vodca, vendidas de forma irregular em bares e distribuidoras.

Polícia Civil traçou uma linha de investigação com os casos de intoxicação

A descoberta foi feita durante uma operação que investigava casos de adulteração de bebidas após os primeiros óbitos registrados na capital paulista. As vítimas haviam consumido vodca em um bar na Zona Leste de São Paulo, o que levou os policiais a identificar os responsáveis pela produção.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram o local onde a bebida era fabricada. A dona da fábrica foi presa em flagrante e confessou ter comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada. Ela deve responder por falsificação e adulteração de produtos alimentícios, crime que pode render de 4 a 8 anos de prisão, além de multa.

Outros endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. Ao todo, oito pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento. A polícia apreendeu garrafas, bebidas, celulares e equipamentos, que serão analisados pela perícia.


Na tarde desta sexta (10), a Polícia Militar encontrou outra fábrica clandestina, localizada em Barueri. (Foto: Reprodução/X/@PMESP)

Vítimas das bebidas com metanol

Uma das vítimas identificadas é o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, que teria consumido vodca falsificada em um bar na Mooca. No local, os investigadores apreenderam nove garrafas, e os peritos encontraram altos índices de metanol, que variavam de 14,6% a 45,1%.

Outro caso é o de Bruna Araújo, de 30 anos, que morreu após ingerir a bebida contaminada em uma balada em São Bernardo do Campo. Durante a operação, os policiais também cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao bar e à distribuidora que teriam fornecido as bebidas. Celulares e computadores foram apreendidos, e os suspeitos foram levados para prestar esclarecimentos.

Dois jovens são presos em Pernambuco por ameaças ao influenciador Felca

Dois jovens foram presos em Pernambuco após suspeitas de ameaças contra o influenciador digital Felca e a psicóloga Ana Beatriz Chamati, que participou do vídeo “Adultização”, publicado no YouTube, denunciando a exposição de crianças e adolescentes na internet. Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 21 anos, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (25), junto com Paulo Vinicios Oliveira Barbosa, também de 21 anos, apontado como cúmplice.

Os crimes

A Polícia Civil de Pernambuco informou que Cayo Lucas já era investigado há quase um ano, suspeito de ameaças virtuais, comércio de informações e invasão de bancos de dados da polícia. Ele foi preso em flagrante enquanto acessava o Sistema de Segurança Pública de Pernambuco em busca de credenciais.

Segundo as investigações, Cayo era considerado o líder do esquema e poderia lucrar até R$ 30 mil por semana com a venda de informações sigilosas. O delegado Eronides Meneses afirmou que o jovem confessou os crimes e admitiu ter acessado sistemas do Poder Judiciário.

Ele confessou, inclusive, que tinha acesso a todos os sistemas das polícias do Brasil, sistemas do Poder Judiciário, sistemas de mandados de prisão, conseguindo inserir informações de prisão contra qualquer indivíduo, qualquer inimigo, pessoa que fosse inimiga do grupo”, declarou o delegado

Ameaças

As ameaças contra Felca e Ana Beatriz começaram após a publicação do vídeo “Adultização”, no YouTube, que já ultrapassa 50 milhões de visualizações. Em vídeo, Felca denuncia a exploração da imagem de crianças e adolescentes na internet, enquanto a psicóloga relata os impactos dessa exposição no desenvolvimento dos jovens. Segundo a Polícia Civil, Cayo chantageava jovens e os submetia a tortura virtual. Há relatos de vítimas com menos de oito anos de idade. Além disso, ele intimidava aqueles que ameaçavam denunciar os abusos.


Felca em corte do vídeo ”Adultização” (Reprodução/Instagram/@adultizacaofelca)


Cayo Lucas e Paulo Vinicios seguem presos e já foram designados a defensores públicos para os representar diante das acusações. A polícia continua as investigações em busca de outros suspeitos e de mais provas nos equipamentos apreendidos que os jovens utilizavam.

Hytalo Santos e marido planejavam fuga, segundo polícia

Após as acusações do youtuber Felipe Bressanim, mais conhecido como Felca, feitas em 6 de agosto, contra Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, por exploração sexual de menores, um plano de fuga elaborado pelos dois foi descoberto pelas autoridades da Paraíba, resultando em prisão e transferência para um presídio especializado. O casal teria planejado uma fuga 2 dias após as denúncias do youtuber em seu vídeo intitulado “Adultização”.

Investigação e plano de fuga

Segundo o delegado Carlos Othon, da Polícia Civil da Paraíba, o casal deixou o estado apenas dois dias após as denúncias e agiu com rapidez: “os moradores tinham saído poucos minutos antes de realizada a busca, uma vez que alguns eletrônicos e eletrodomésticos estavam ainda em funcionamento”, o que levantou suspeitas imediatas. Imagens de câmeras de segurança mostram Israel em uma loja de conveniência durante o trajeto por terra até São Paulo, enquanto Hytalo embarcou, na madrugada do dia 8, num voo partindo de Recife para Guarulhos, acompanhado de várias pessoas — mas sem Israel.

A investigação contou com apoio do DEIC de São Paulo, que ajudou a montar um quebra-cabeça geográfico para localizar o casal. Com base em dados de voo, veículo e aluguel de imóvel, a polícia encontrou a casa alugada em Carapicuíba, onde o casal estava escondido. O local servia apenas como base temporária — a ausência de pertences pessoais reforçou essa avaliação.

Prisão, transferência e acusações em andamento

A Justiça decretou a prisão preventiva do casal em 13 de agosto, e Hytalo e Israel foram localizados e detidos dois dias depois em Carapicuíba. Ambos são investigados por crimes graves como exploração sexual de menores, trabalho infantil e tráfico humano. No dia 28 de agosto, o casal foi transferido para a Paraíba, com escolta policial até o aeroporto de Guarulhos, de onde seguiram para João Pessoa. Lá, permaneceram em uma ala destinada ao público LGBTQIAPN+ na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega.


O youtuber Felipe Bressanim, mais conhecido como Felca, responsável pela denúncia contra o casal Hytalo Santos e Israel Vicente (Foto: reprodução/Instagram/@felca0)


Desde 2024, Hytalo já era alvo de investigação pelo Ministério Público da Paraíba por exposição inadequada de adolescentes nas redes sociais, e as denúncias de Felca deram novo impulso às apurações. Felca, em seu vídeo “Adultização”, de 6 de agosto, viralizou com dezenas de milhões de visualizações, levou não apenas à queda da conta de Hytalo (20 milhões de seguidores), mas também a mobilizações judiciais e legislativas sobre proteção de menores nas redes. Mesmo sob investigação, o casal nega as acusações, e o caso segue em tramitação, com possíveis agravantes legais ainda por definir.

Sem tinta vermelha: Oruam é obrigado a descolorir o cabelo após prisão

Anteriormente com tinta vermelha no cabelo, o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno conhecido como Oruam, teve que descolorir o cabelo. O rapper, que se encontra em unidade prisional no Rio de Janeiro, passou por tal procedimento, que de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) é padrão para todos que se encontram custodiados.

Denúncia

A juíza Tula de Melo da 3ª Vara Criminal aceitou na última terça-feira (29), denúncia do Ministério Público (MPRJ) contra Oruam e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, tornando-os réus por tentativa de homicídio contra policiais civis.

Assessoria de imprensa do rapper discorda de denúncia (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)

De acordo com a perícia, a ação de Oruam e seus amigos poderiam ter causado a morte de policiais, uma vez que, uma das pedras, com quase 5kg, foi arremessada de uma altura de 4,5 metros.

A ação policial ocorrida em julho, visava a apreensão de um menor de idade, o Menor Piu, suspeito de agir como segurança de Doca, um dos chefes do Comando Vermelho, e de ser atuar como ladrão de carros.

Quais os crimes de Oruam

Oruam responde por 7 crimes, sendo eles:

  • Tráfico de drogas
  • Associação ao tráfico
  • Resistência qualificada
  • Desacato
  • Dano Qualificado
  • Ameaça
  • Lesão corporal

A todos os crimes citados acima, soma-se o de tentativa de homicídio.


Por padrão da Secretaria de Administração Penitenciária, Oruam deixou de ter cabelos vermelhos (Foto: reprodução/Instagram/@_oruam_022_)


A promotoria sustenta também o fato de Oruam ter feito publicações nas redes sociais, dentre as quais estimular a violência contra a polícia e desafiar abertamente a presença de agentes no Complexo da Penha. A promotoria entendeu que essas ações configuram motivo torpe e meio cruel, o que pode enquadrá-los na Lei de Crimes Hediondos.

Por meio de nota oficial, a assessoria de imprensa do rapper Oruam contesta a denúncia apresentada pelo MPRJ:

“A tentativa de reclassificar a acusação como tentativa de homicídio parece uma manobra jurídica infundada, evidenciando uma perseguição de caráter pessoal e uma estratégia de criminalização midiática, sem respaldo consistente na prova”. A nota cita ainda alegações frágeis e artificiais.

Após ser transferido para Bangu, Seap diz que Oruam é mantido isolado dos outros presos

Preso em uma cela individual no Complexo de Bangu, o cantor Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, encontra-se separado dos demais detentos. A secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), confirmou a informação na manhã desta quarta-feira (23). O rapper se entregou à polícia na noite de terça (22).

A princípio, o cantor foi levado para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, porém a administração do sistema prisional decidiu transferi-lo para a Penitenciária Dr. Serrano Neves, no Complexo do Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

Motivo da transferência

A Seap não informou o motivo da transferência. Entretanto, a pasta informou que o rapper passou a noite tranquilo e que está recebendo a alimentação padrão da unidade. O menu inclui café com leite e pão com manteiga no café da manhã, e feijoada e farofa de milho, salada e suco no jantar.


Oruam foi transferido do presídio de Benfica para o Complexo de Gericinó, em Bangu (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


O cantor se entregou à polícia depois de ter prisão decretada pela justiça do Rio de Janeiro. Oruam se apresentou na Cidade da Polícia, acompanhado da mãe e da namorada.

Oruam foi indiciado por sete crimes, sendo eles: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. De acordo com a Polícia Civil, o cantor obstruiu a apreensão de um menor procurado por tráfico e roubo na noite de segunda (21).

O rapper pediu desculpa, disse amar seus fãs e que vai dar a volta por cima, pois está com Deus e tranquilão. disse ainda ser forte.

Confronto na Zona Oeste

O pedido de prisão aconteceu depois de confronto em uma operação policial para apreender um adolescente na casa do rapper, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio.


A prisão do cantor foi decretada após operação policial que buscava apreender um adolescente que estava na casa do Oruam (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


O cantor e amigos atacaram os policiais impedindo o cumprimento do mandado contra o menor, que conseguiu fugir. O menor também se entregou na tarde desta terça. Os agentes foram atingidos por pedras e um deles ficou ferido.

A polícia informou que o adolescente seria ligado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), e que atuaria como segurança pessoal do traficante Doca, chefe do tráfico no Complexo da Penha, que seria um dos maiores ladrões de veículos do estado.

Para o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi se havia alguma dúvida de que Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos a certeza de se tratar de um criminoso faccionado ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo que preso em presídio federal.

O rapper também gravou um vídeo afirmando que houve abuso de autoridade dos policiais, e disse também que não é bandido, que vive da sua música.

O pedido de prisão feito pela DRE (Delegacia de Repressão a entorpecentes) parte do principio que a residência de Oruam se tornou um “ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da justiça”. A polícia disse que também foram encontradas fotos de Oruam com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, Em São Gonçalo.

MC Poze do Rodo denuncia ação policial e diz: “Não aguentamos mais”

Após deixar a prisão, Marlon Brandon Coelho Couto conhecido como MC Poze do Rodo voltou a ser alvo da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Na tarde da última quinta-feira (5), o funkeiro usou as redes sociais para denunciar uma nova abordagem em sua residência, alegando estar sendo perseguido. A ação mais recente teve como foco sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha, envolvida em uma investigação sobre lavagem de dinheiro supostamente ligada à facção criminosa Comando Vermelho

Prisão do funkeiro

Poze havia sido preso em 29 de maio, sob acusações de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Ficou detido por cinco dias, mas foi solto após a Justiça considerar que não havia elementos suficientes para mantê-lo encarcerado. A defesa destacou que a detenção se deu com base em suposições relacionadas ao perfil do artista: jovem, negro e oriundo da periferia. Segundo os advogados, as acusações usaram trechos de suas músicas como “provas” e ignoraram a ausência de qualquer materialidade que indicasse atividade criminosa.

A nova operação da Polícia Civil, apesar de não estar relacionada diretamente com o inquérito que levou à prisão do cantor, reacendeu os holofotes sobre ele e sua família. A investigação atual busca rastrear o caminho do dinheiro vindo do tráfico de drogas, que estaria sendo ocultado através de empresas e perfis de influenciadores digitais. A esposa do artista foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas sua defesa afirma que ela não tem qualquer envolvimento com atividades ilícitas.


Artisdta funkeiro Mc do Rodo – Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@pozevidalouca)

MC Poze do Rodo é um dos principais nomes do funk carioca. Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, ostenta fama, luxo e polêmicas. Ainda jovem, admitiu ter tido envolvimento com o tráfico na adolescência, mas afirma que hoje usa sua música para conscientizar sobre os perigos da vida no crime. Suas letras retratam a dura realidade das favelas, o que muitos veem como expressão artística — mas que frequentemente é tratada como evidência criminal.

O caso acende um alerta sobre os limites entre investigação policial e criminalização da cultura periférica. Até onde vai à justiça e onde começa o preconceito estrutural? A trajetória de Poze do Rodo levanta questionamentos que vão além da música e tocam diretamente nas feridas sociais do país.

Polícia notificará TikTok após menina de 8 anos morrer em “desafio do desodorante”

A Polícia Civil pretende notificar oficialmente a rede social TikTok no caso da morte de Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, ocorrida em Ceilândia, no Distrito Federal. A principal hipótese investigada é de que a menina teria inalado spray aerossol ao participar do chamado “desafio do desodorante”. Sarah Raíssa Pereira de Castro deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na última quinta-feira (10) e morreu no domingo (13).

O que se sabe sobre a morte

O delegado Walber Lima, responsável pela investigação, declarou nesta segunda-feira (14) que o celular da vítima será encaminhado para perícia. Também foi informado que os dados salvos no celular da vítima podem auxiliar a polícia a identificar a origem do vídeo.


Polícia deve notificar Tiktok (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

“Vamos ter que oficiar a rede social da qual ela teve acesso ao vídeo para saber e ter mais informações acerca do criador do conteúdo”, afirmou.

A investigação busca descobrir quem foi o autor do “desafio do TikTok” e também quem teria encaminhado o conteúdo para a criança.

Os responsáveis pela criação e divulgação do desafio podem ser responsabilizados por homicídio duplamente qualificado, infração que prevê pena de até 30 anos de prisão.


Polícia Civil vai notificar a rede social TikTok (Foto: reprodução/Freepik)

Riscos do “desafio do desodorante”

O chamado “desafio do desodorante” envolve a inalação do produto por um longo período, uma prática que vem sendo replicada por crianças e adolescentes em vídeos publicados nas redes sociais, muitos deles com grande alcance.

Especialistas alertam para os riscos graves dessa ação, destacando que o aerossol, ao ser inalado, pode atingir rapidamente os brônquios e comprometer a oxigenação do corpo.

Os exames realizados no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) indicam que a causa da morte foi, possivelmente, a inalação do desodorante.

O laudo cadavérico, elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), já foi finalizado e será examinado pelos investigadores.

Sarah Raíssa foi sepultada nesta segunda-feira (14).

Pai de Vitória questiona investigação: “Maicol não agiu sozinho”

A Polícia Civil de São Paulo concluiu que Maicol Salles agiu sozinho no assassinato da jovem Vitória Regina, em Cajamar. Embora esteja perto de encerrar o inquérito, o pai da adolescente, Carlos Alberto Souza, discorda da versão policial e acredita que o assassino confesso da filha recebeu ajuda de terceiros.    

Em entrevista ao “Fantástico” da TV Globo, o pai afirmou que considera a hipótese de que Maicol tenha recebido ajuda de pelo menos duas ou três pessoas. Ainda durante a conversa, Carlos Alberto declarou que nunca havia conhecido Maicol. Finalizou dizendo o quanto a filha era estudiosa, cheia de vida e de planos. Afirmou que não descansará enquanto todos os envolvidos não forem identificados.    

Confissão do crime

Na última terça-feira (18/3), Maicol Antonio Salles dos Santos, de 26 anos, confessou ter matado a jovem Vitória. Segundo a investigação, a confissão somada às provas recolhidas durante o inquérito deixa claro que o assassino agiu sem ajuda de outras pessoas. O pai da adolescente contesta essa versão.   

Além disso, outro fator determinante foi o celular do criminoso ter sido encontrado. Nele, a Polícia encontrou cerca de 50 fotos de mulheres com perfil semelhante ao de Vitória, evidenciando a obsessão de Maicol por ela. Também ficou claro que a vítima vinha sendo monitorada pelo assassino desde o ano passado.    


Maicol, em depoimento, confessa ter matado Vitória (Vídeo: reprodução/X/@balancogeral)

Inconsistências na confissão de Maicol

Ainda em depoimento, Maicol afirma que, logo após matar a adolescente, passou em casa e em seguida colocou o corpo em seu carro e dirigiu até uma área de mata, onde enterrou a vítima. Contudo, o corpo foi encontrado sem nenhuma indicação de que havia sido enterrado e o criminoso declara não saber quem poderia ter desenterrado.    

Outro ponto em questão é que o corpo de Vitória foi encontrado com o cabelo raspado, no entanto, Maicol afirma, em depoimento, não ter cortado o cabelo da vítima.    

Família discorda do inquérito

Além do pai, outros familiares e amigos da jovem reforçam as inconsistências do inquérito. Para eles, existem outros envolvidos na morte de Vitória. Em mensagem enviada a uma amiga, a jovem demonstra preocupação e relatou que dois homens a observavam de maneira esquisita em um ponto de ônibus. Portanto, essas mensagens trocadas levantam suspeitas de envolvimento de mais de uma pessoa no crime.  

Pai de Vitória Regina se torna suspeito da investigação

O pai de Vitória Regina de Souza agora é um dos suspeitos do crime. A jovem de 17 anos desapareceu no dia 26 de fevereiro e foi encontrada morta em 5 de março, em Cajamar–SP, com sinais de violência extrema. A polícia investiga o possível envolvimento de facções criminosas e já prendeu um suspeito. Além disso, o ex-namorado e outras sete pessoas estão sob investigação.

Motivos que tornaram o pai suspeito

Os investigadores confirmaram a suspeita sobre o pai, Carlos Alberto Souza, usando os mesmos critérios aplicados aos outros possíveis envolvidos. Durante a investigação, seu comportamento foi considerado estranho, e diversas contradições surgiram em seus depoimentos. Um dos fatores que levantaram suspeitas foi um pedido de casa feito por ele ao prefeito da cidade logo após a confirmação da morte da filha. Esse pedido foi visto como uma atitude suspeita, levando os investigadores a aprofundarem as análises sobre seu possível envolvimento.


Carlos Alberto, pai de Vitória (foto: reprodução/x/g1)

Nesta semana, a polícia pretende ouvir novas testemunhas para esclarecer as motivações dos investigados. O comportamento frio de Carlos Alberto diante da morte da filha também tem chamado atenção. No entanto, seu advogado afirma que a suspeita é infundada, já que ele ainda não foi ouvido formalmente pela polícia. Mesmo assim, o fato de Carlos ter omitido ligações feitas para Vitória no dia do desaparecimento é visto como um indício relevante para as investigações.

Prisão de Maicol

Maicol Antônio Sales dos Santos foi preso no sábado 7 de março, sendo apontado como o principal suspeito. A investigação revelou que, minutos antes do desaparecimento de Vitória, um carro dirigido por Maicol a perseguiu. O depoimento da esposa do suspeito trouxe mais inconsistências, levando a Justiça a decretar sua prisão preventiva. Enquanto a mulher afirmou que estava longe do marido no momento do crime, Maicol disse que os dois estavam juntos, levantando ainda mais dúvidas sobre sua versão dos fatos.

As investigações seguem em andamento, e a polícia espera reunir mais provas para esclarecer todos os detalhes do crime e identificar os verdadeiros responsáveis.