Deputado Gilvan da Federal deseja morte do presidente Lula

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou desejar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morra. O político fez a declaração nesta terça-feira (8) durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que discutia um projeto que visava desarmar a segurança pessoal do presidente da República.  

“Por mim, eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra, que vá pro quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, é por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo”, declarou Gilvan da Federal, conhecido por perambular pelo Congresso com uma bandeira do Brasil no ombro. 


Deputado Gilvan da Federal ataca presidente Lula em sessão da Comissão de Segurança Pública (Vídeo: Reprodução/YouTube/Terra Brasil)

Teor do projeto de lei

Gilvan da Federal fez a declaração ao apresentar o seu parecer sobre o Projeto de Lei n. 4012/23, do qual ele é relator. De acordo com o texto apresentado, “fica vedado o uso de armas de fogo pelos agentes integrantes da segurança pessoal do Presidente da República e de seus Ministros de Estado, ainda que em atividades que envolvam a segurança imediata de tais dignitários”

(…) e que andem desarmados. Não quer desarmar o cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados.

Deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES)

Gilvan atacou trechos das investigações que revelaram o plano de atentado contra as vidas do presidente Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e argumentou não haver provas ou evidências de que o plano de fato existiu. 

Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente do colegiado, foi o autor da proposta em 2023, em parceria com o “Delegado” Caveira (PL-GO). Bilynskyj defendeu que precisa haver alinhamento entre os órgãos que compõe a segurança presidencial e ministerial e a ideologia de Lula, que alega não haver benefício para a sociedade que civis possuam armas de fogo. 

Os deputados da Comissão de Segurança Pública aprovaram o projeto, que proíbe o uso de armas de fogo pelos agentes da segurança pessoal do presidente da República e dos ministros de Estado. 

Apesar de aprovado, o texto ainda precisa passar por duas outras comissões. Caso não seja apresentado um recurso para discussão em plenário da Câmara, ele vai direto para o Senado.

Deputado pró-armamentista

Bilynskyj disse durante a reunião que “o presidente Lula, cercado de seguranças armados, luta sempre para desarmar o cidadão. O ministro Lewandowski, que tem porte de arma renovado pela PF, dificulta o acesso do cidadão às armas de fogo”


Deputado Paulo Bilynskyj foi expulso de sociedade de clube de tiro por dar aula para menores de idade (Foto: reprodução/UoL)

O deputado Paulo Bilynskyj é um amante da cultura armamentista e apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Antes de ser eleito deputado, Bilynskyj já atuava como policial e influenciador digital, com um discurso radical pró-armas.

Em 2020, esteve envolvido na morte da então namorada, Priscila Delgado Barrios, de 27 anos, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo a Polícia Civil, Priscila teria disparado seis tiros contra o deputado, motivada por ciúmes, e, em seguida teria tirado a vida com um tiro no próprio peito.

O caso foi arquivado pela Justiça em 2022, após o Ministério Público concluir que o caso foi uma tentativa de homicídio seguida de suicídio. 

Desdobramentos da declaração

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) no fim da noite uma notícia de fato, solicitando que as duas instituições tomem as providências cabíveis, incluindo a investigação criminal das declarações do deputado Gilvan da Federal. 


Jornalista Aline Midlej informa sobre o pedido da Advocacia-Geral da União (vídeo: reprodução/X/@GloboNews)

A AGU informa no despacho que as declarações de Gilvan podem configurar crimes de incitação ao crime (art. 286 do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal), e merecem uma apuração rigorosa. 

O documento explica que “há de se apurar, ainda (…), se tais manifestações excedem ou não os limites da imunidade parlamentar, de acordo com o art. 53 da Constituição Federal, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que tem entendido que a imunidade material não protege manifestações que configurem crimes contra a honra ou incitação à violência, especialmente quando se voltarem contra instituições democráticas ou agentes públicos investidos em função de Estado. (STF, Inq 4781)”

Além do pedido à PF e PGR, a AGU solicitou a instauração imediata de um procedimento administrativo interno para apuração do ocorrido, visando a salvaguarda da integridade das instituições republicanas e do Estado Democrático de Direito.

Presidente Lula critica domínio das redes sociais

Durante um evento na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe à tona um tema que impacta a vida de milhões de pessoas: o poder das redes sociais. Para ele, essas plataformas se tornaram gigantes incontroláveis, concentrando um poder que ultrapassa fronteiras e desafia governos.

Nos deparamos com desafios civilizatórios típicos do nosso tempo. Quero destacar a desinformação e a propagação do ódio nas redes sociais. Diante de uma falta de regulamentação adequada, temos observado uma tendência de concentração de poder sem precedentes nas oligarquias digitais”, afirmou o presidente.

Precisamos de novas regras para o mundo digital

Lula destacou a urgência de criar leis que garantam que essas plataformas atuem de forma mais responsável. “É imperativo avançar na criação de um arcabouço jurídico robusto, que promova a concorrência justa e proteja as crianças, as mulheres, e as minorias”, disse.

Além disso, ele alertou sobre o que chamou de “colonialismo digital”, onde grandes corporações estrangeiras controlam o fluxo de informações e publicidade no Brasil, sem respeitar regras nacionais.

A regulamentação das redes sociais já é tema de debate no Congresso e no Judiciário, mas ainda enfrenta resistência. Embora haja consenso entre alguns setores políticos e jurídicos sobre a necessidade de novas regras, o avanço das propostas tem sido lento.

O presidente não citou nomes, mas já criticou publicamente Elon Musk, dono da rede X (antigo Twitter), por desafiar leis e influenciar o debate político no Brasil.


Elon Musk, cofundador da Tesla e da SpaceX e proprietário da X Holdings Corp (Foto: reprodução/Apu Gomes/Getty Images Embed)


Democracia sob ataque

Lula aproveitou o evento na OAB para reforçar que a democracia precisa ser defendida diariamente. Ele lembrou momentos em que a instituição teve papel crucial na luta contra a ditadura militar e nos recentes ataques ao sistema democrático, como a tentativa de golpe em 2022. “Precisamos estar vigilantes. Democracia não é um dado adquirido”, alertou.

O presidente também se referiu a sua trajetória na Operação Lava Jato e enfatizou a relevância da defesa em sua defesa. Lula, que ficou preso por 580 dias, sustentou que sua inocência foi reconhecida apenas devido aos esforços de seus advogados em sua luta contra abusos do poder judicial.

“Não é demais lembrar que, graças à atuação de uma advocacia combativa, pude ver minha inocência prevalecer frente ao abuso do poder perpetrado por um grupo que quis tomar a justiça e o direito para si”, disse. O STF anulou as condenações em 2021, aceitando que os processos não podiam ter sido julgados por Curitiba.


Presidente Lula durante um anúncio de investimento em melhorias rodoviárias no Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty Images Embed)


O futuro das redes sociais no Brasil     

O debate em torno do controle das redes sociais está longe de terminar. Enquanto Lula tenta conquistar melhores regras e mais responsabilidade das plataformas, o desafio agora é construir apoio no Congresso para as leis que protejam a sociedade sem afetar a liberdade de expressão.

O que consta nas cartas, de acordo com presidente, é a maneira como nos comunicamos e como encontramos as informações para a vida moderna.

Governo discute criação de centro de acolhimento para deportados

O governo federal anunciou a criação de um centro de acolhimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais, para receber brasileiros deportados dos Estados Unidos. A decisão foi tomada após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros nesta terça-feira (28). A medida busca garantir melhores condições de recepção para os repatriados, além de evitar a separação de famílias e implementar mecanismos de inclusão.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, explicou que o posto fornecerá assistência básica, como água, alimentação e suporte psicológico. Empresas interessadas em oferecer oportunidades de emprego para os deportados também já foram contatadas. Segundo ela, a instalação do centro de acolhimento é uma resposta direta às condições degradantes relatadas por 88 brasileiros deportados na última sexta-feira (24), que chegaram ao Brasil algemados e denunciaram maus-tratos.


A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Brenno Carvalho/Agência O Globo)

Governo cria grupo de trabalho com autoridades dos EUA

Além da criação do centro de acolhimento, o governo brasileiro propôs a formação de um grupo de trabalho conjunto com os Estados Unidos. A ideia é estabelecer diretrizes que garantam um processo de deportação mais digno e respeitoso. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou que o Brasil quer assegurar que futuras deportações ocorram dentro de padrões mínimos de dignidade e respeito aos direitos humanos.

“O objetivo da reunião foi não apenas informar o presidente sobre a situação do voo de deportação, mas também definir formas de tratar o tema daqui para frente. Queremos discutir com as autoridades americanas padrões que garantam respeito aos direitos humanos”, declarou o chanceler.

Medida busca evitar separação e oferecer suporte

A ministra Macaé Evaristo reforçou que o governo quer impedir que famílias sejam separadas no processo de deportação. Além disso, pretende oferecer um suporte mais amplo aos repatriados, incluindo assistência social e oportunidades de reinserção no mercado de trabalho.

“Nosso compromisso é garantir que essas pessoas cheguem ao Brasil de forma digna e tenham acesso ao suporte necessário para reconstruir suas vidas”, afirmou a ministra.

Críticas às condições dos voos de deportação

O governo brasileiro também expressou preocupação com as condições em que os deportados chegam ao país. Mauro Vieira classificou como “trágico” o relato dos brasileiros que desembarcaram em Manaus na última sexta-feira (24). Muitos afirmaram ter sido submetidos a tratamento desumano, com algemas e correntes nos pés.

“Acabamos uma reunião de informação ao presidente da República sobre a situação do voo em que foram repatriados 88 brasileiros que estavam nos Estados Unidos. O objetivo da reunião, além de transmitir ao presidente o que aconteceu, o relato da situação, foi também de discutir formas de tratar o tema daqui para diante; e de se discutir, com as autoridades americanas, que as deportações para eles e repatriação para o Brasil sejam feitas atendendo os requisitos mínimos de dignidade, respeito aos direitos humanos, a atenção necessária aos passageiros de uma viagem dessa extensão”

Questionado sobre o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar os deportados, o ministro negou essa possibilidade, afirmando que o governo dos Estados Unidos provavelmente não aceitaria a proposta. No entanto, no caso do último voo, Lula determinou que uma aeronave da FAB transportasse os deportados de Manaus para Confins, destino previsto.

A questão das deportações de imigrantes latino-americanos também será debatida na próxima reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), prevista para o dia 30. O encontro foi solicitado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e contou com a participação de líderes regionais, incluindo a presidente de Honduras, Xiomara Castro.

Com a instalação do centro de acolhimento e o diálogo com os Estados Unidos, o governo brasileiro busca minimizar os impactos das deportações e garantir que os repatriados sejam tratados com dignidade ao retornar ao país.

Prêmio Eunice Paiva celebra os defensores da democracia

Na última quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que institui o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. O ato ocorreu durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, marcando dois anos dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. 

A premiação, criada pela Advocacia-Geral da União (AGU) e realizada pelo Observatório da Democracia da AGU, homenageia a memória de Eunice Paiva, jurista e ativista dos direitos humanos, destacada por sua luta contra a ditadura militar no Brasil.


Cerimônia realizada para relembrar os ataques antidemocráticos na Praça dos Três Poderes (Foto: reprodução/Evaristo Sa/Getty Images Embed)


Eunice Paiva: Símbolo de luta pela democracia

Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pelo regime militar em 1971, dedicou sua vida à defesa da democracia e dos direitos humanos. 

Sua trajetória foi imortalizada no livro “Ainda Estou Aqui“, escrito por seu filho Marcelo Rubens Paiva, e no filme homônimo, onde a atriz Fernanda Torres interpreta a advogada. Eunice faleceu em 2018, aos 86 anos, mas seu legado continua a inspirar novas gerações.


Sessão internacional do filme ‘Ainda Estou Aqui’ (Foto: reprodução/Amanda Edwards/Getty Images Embed)


Critérios e impacto da premiação

O prêmio será concedido anualmente a personalidades, brasileiras ou estrangeiras, que tenham contribuído de forma notável para a preservação, restauração ou fortalecimento da democracia no Brasil. 

Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, a iniciativa busca exaltar indivíduos que, por meio de sua atuação profissional, intelectual, social ou política, tenham promovido valores fundamentais do Estado Democrático de Direito.

O prêmio “concederá a distinção a pessoas naturais, brasileiras ou estrangeiras, que tenham colaborado de maneira notável para a preservação, restauração ou consolidação da democracia no Brasil, assim como para o avanço dos valores constitucionais do Estado Democrático de Direito”.

Ato Histórico e Significado Político

A cerimônia de criação do prêmio reforçou a importância da luta democrática, destacando a necessidade de resistir ao autoritarismo e valorizar as liberdades civis. Participaram do evento personalidades como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e netos de Eunice Paiva.

Com o Prêmio Eunice Paiva, o governo federal pretende consolidar ações que celebrem a democracia, promovam os direitos fundamentais e inspirem a sociedade a manter vivo o legado de resistência contra regimes autoritários. A primeira edição da premiação será regulamentada pela AGU ainda no primeiro trimestre de 2025.

Salário mínimo tem novo valor previsto para 2025

Nos próximos dias, o atual presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar um decreto de correção do salário mínimo. Com base no crescimento da economia, o valor terá um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%, totalizando R$ 1.518 em 2025. O reajuste entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro, com o primeiro pagamento previsto para fevereiro.


Votação da PL 4.614/2024 (Foto: reprodução Senado Notícia/Jonas Pereira/Agência Senado)

Novas regras para o cálculo do salário mínimo

O novo valor aprovado via projeto de lei (PL 4.614/2024), de autoria do Deputado Federal José Guimarães (PT/CE), limita o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o aumento real do salário mínimo. Baseado no pacote de corte de gastos do governo federal, as novas regras ditam que o reajuste deve ser de no máximo até 2,5% acima da inflação. O texto também frisa o crescimento real em pelo menos 0,6% independente do desenvolvimento econômico do país.

Se o salário mínimo fosse calculado pela fórmula anterior (INPC de 4,84% + variação do PIB de 3,2% de dois anos atrás), o reajuste seria para R$ 1.528, ou R$ 10 a mais por mês.

Cortes de gastos

Em 2025, as despesas do governo estarão menores. Como o salário mínimo corrige benefícios e aposentadorias, o reajuste reduzirá R$ 4 bilhões de custos. Justamente porque R$ 392 milhões equivale a R$ 1 de aumento do salário, conforme afirma cálculos do governo federal.

Embora a medida contenha as contas públicas, por outro lado, impacta o consumo das famílias brasileiras. Os desafios podem ser percebidos no salário ou múltiplos desse valor para 59,3 milhões de pessoas, que limitam seu crescimento econômico, o poder de compra e baseiam seus salários, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Diese.

“Outros líderes não ficariam na sala”, diz Lula se Putin viesse ao G-20

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a participação do presidente russo, Vladimir Putin, na próxima cúpula do G20, geraria uma situação delicada e desconfortável. “O problema não é apenas proteger o Putin para não ser preso no Brasil. Isso é a coisa mais fácil de fazer. O problema é que tem no G20 vários presidentes da República que não ficariam na sala se o Putin entrasse na sala. Todos os países europeus que participam do G20, mais os Estados Unidos, o que seria uma coisa muito desconfortável”, declarou o presidente brasileiro. A declaração de Lula é um reflexo das tensões atuais em decorrência da guerra na Ucrânia.

Consequências da guerra na Ucrânia

A invasão da Ucrânia pelas forças russas gerou várias sanções contra a Rússia e o isolamento de Putin em muitos eventos internacionais. O presidente brasileiro destacou que se Vladimir Putin comparecer, muitos líderes poderiam deixar a reunião como forma de protesto. Para evitar uma crise diplomática, é esperado que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, represente o país no G20, no lugar de Vladimir Putin. Dessa forma, a participação russa poderia ocorrer sem escalonar as tensões políticas, preservando um ambiente de diálogo aberto entre as nações.


G20 Brasil 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@g20org)

A postura do Brasil

O G20 acontecerá no Rio de Janeiro, como país anfitrião, o Brasil visa equilibrar as relações com todos os líderes participantes do G20 e promover o diálogo, na intenção de evitar conflitos e fortalecer as relações internacionais e cooperação global. O presidente Lula, mantém uma posição a favor da busca por uma solução que seja diplomática para a resolução da guerra na Ucrânia, apelando pelo fim do conflito para que o Vladimir Putin e a Rússia retornem ao cenário diplomático e internacional de forma plena.

Novo boletim médico sobre Lula apresenta estabilidade, com ausência de sintomas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu, nesta quinta-feira (31), os exames de imagem que tem realizado desde a queda com trauma craniano ocorrida em 19 de outubro, no Palácio da Alvorada. Conforme o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, seu estado de saúde é estável.

“No momento, o presidente persiste sem quaisquer sintomas, devendo manter o acompanhamento clínico e realizar novo controle de imagem em três dias”, diz o boletim médico.


Posse de Lula da Silva como 39º presidente do Brasil (Foto: reprodução/Andressa Anholete/Getty Images Embed)


Lula se acidentou no banheiro

Segundo relatos, Lula estava sentado em um banco que escorregava e bateu a cabeça, machucando a parte de trás, onde precisou levar cinco pontos. 

Por recomendação médica, Lula suspendeu compromissos internacionais, com a impossibilidade de viajar de avião para evitar problemas futuros na região afetada, além de deixar de ir a São Paulo apoiar os últimos dias de campanha do candidato Guilherme Boulos (PSOL) para a Prefeitura da capital paulista. 

Candidatura de Boulos

O vice-presidente do PT, Washington Quaquá, expressou nas redes sociais seu descontentamento sobre o apoio dado a Guilherme Boulos (PSOL) na eleição para a Prefeitura de São Paulo, afirmando que Boulos era uma “candidatura errada na cidade errada”.

“Havia Márcio França, Tabata Amaral e até a Ana Estela Haddad, que nunca disputou eleição, mas poderia dialogar com uma ala mais conservadora nas periferias e classe média”, destacou o petista.

O candidato Guilherme Boulos (PSOL) foi derrotado no segundo turno pelo prefeito reeleito, Ricardo Nunes (MDB).

A ausência de Lula durante a campanha pode ter prejudicado a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) de várias maneiras, especialmente considerando a popularidade e influência do presidente, que poderia ter impulsionado votos a favor de Boulos. Entre os principais impactos estão a perda de apoio simbólico, tendo em vista que a figura de Lula tem um papel de unificador entre eleitores da esquerda. Além do fato de que a presença de Lula na campanha de Boulos poderia atrair maior cobertura midiática e ampliar a influência do candidato sobre eleitores indecisos.

Saab acusa Lula de manipulação de acidente para “vetar” a Venezuela nos Brics

O procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, acusou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de ter manipulado seu acidente doméstico, com a intenção de evitar a participação do governo de Nicolás Maduro na cúpula dos Brics, que aconteceu recentemente. Saab declarou que Lula usou do incidente como um pretexto para não comparecer ao evento e de ter “vetado” a presença da Venezuela. A declaração do procurador venezuelano gerou grandes repercussões, porém, não há evidências concretas que comprovem a acusação contra o presidente brasileiro.

Repercussão e contexto político

A declaração de Saab gerou rapidamente uma repercussão internacional entre os analistas políticos, mas o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Especialistas destacam que as falas do procurador-geral venezuelano evidenciam tensões nas relações entre Brasil e Venezuela. Contudo, não há evidências concretas que comprovem a acusação contra o presidente brasileiro, levantando questionamentos sobre a veracidade das afirmações expostas por Saab e o possível uso político da situação.

O Contexto da Cúpula dos Brics

A cúpula recente dos Brics incluiu a participação de líderes como Vladimir Putin e outros chefes de Estado. Foi um evento crucial para debater a respeito da cooperação econômica e política entre as nações emergentes. A ausência do presidente Lula foi um notável fato, especialmente em um momento onde a Venezuela busca se reintegrar aos fóruns internacionais e fortalecer suas alianças.


6ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, na Rússia em 2024 (Reprodução/Instagram/@cgtneurope)

A alegação do procurador-geral Saab, acusando Lula de ter “vetado” a entrada da Venezuela no encontro, ecoa em um contexto de relações tensas, onde a diplomacia e a política externa são reavaliadas. Os analistas alertam que acusações infundadas podem gerar prejuízo à imagem e diplomacia entre os países-membros, o que compromete o cenário político e coesão do bloco.

Presidente Lula se recupera bem após acidente doméstico, afirma médico

Após ter sofrido um ferimento na nuca em um acidente doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa bem. Porém, ele deverá realizar novos exames ainda esta semana, segundo seu médico Roberto Kalil Filho. Conforme foi divulgado no boletim médico neste domingo (20), Lula deu entrada no hospital Sírio-Libanês da capital com um ferimento corto-contuso na região occipital.

Roberto Kalil Filho explicou que qualquer sangramento cerebral pode aumentar nos dias subsequentes, então é necessário um período de observação do caso, ele afirmou que Lula está bem e pode continuar exercendo suas atividade normais, porem a equipe medica do presidente aconselhou que ele não fizesse viagens de longas horas.

Lula cancelou sua viagem à Cúpula do BRICS 

Seguindo orientação médica, Lula cancelou sua viagem à cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia. No entanto, os médicos permitiram que ele continue sua agenda normal no Palácio do Planalto esta semana. A equipe médica informou que o presidente levou cinco pontos no ferimento. Ele foi liberado após o curativo para retornar ao Palácio da Alvorada.

Na manhã deste domingo, (20) o presidente Lula voltou ao hospital para exames adicionais e foi liberado novamente.


Boletim Médico do Hospital Sírio-Libanês do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: reprodução/Instagram/@globonews)

Marcelo Bechara, especialista em clínica médica, explica que  apesar do nome complexo o corte-contuso é uma lesão causada pela combinação de um corte e uma contusão. É caracterizada por cortes mais profundos e traumas nos tecidos soba pele.

No caso do presidente Lula, esse ferimento está localizado na região occipital, que é a parte posterior do crânio. Essa lesão ocorre em situações de impacto com objetos pontiagudos e pesados, como acidentes, quedas ou pancadas na região frontotemporal do cérebro,  acrescentou o medico Roberto Kalil.

Lula esteve em Nova Iorque em evento da ONU

Ocorreu em setembro um evento sobre a Capsula do Futuro em Nova Iorque nos Estados Unidos para debater o futuro da humanidade, o presidente Lula discursou durante cinco minutos, o tempo máximo que cada líder poderia falar sobre tópicos que vem chamando a atenção em fóruns internacionais, como mudanças climáticas e combate à fome, além de ter criticado a demora para metas envolvendo o desenvolvimento sustentável na Agenda 2030 da ONU.

O presidente também aproveitou evento para alertar sobre os riscos de jogos on-line no Brasil, Lula ressaltou o impacto negativo sobre o aumento crescente desta pratica, entre principalmente entre as classes mais vulneráveis, e alertou para o crescimento de dívidas devido ao vício em apostas. O governo já começou a agir com prazos para a regularização das empresas de apostas.

Defesa de Bolsonaro será informada sobre os procedimentos no caso das joias

Na última quarta-feira (07), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tomou uma decisão importante no caso das joias que envolve o ex-presidente, Jair Bolsonaro, determinando que a defesa de Bolsonaro, seja informada sobre todos os procedimentos e medidas cautelares relacionados ao caso, assegurando assim o respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório.

Decisão foi de pedido da defesa

A decisão atende, ao pedido da defesa do ex-presidente, que solicitou acesso às informações para garantir uma defesa justa. No entanto, o ministro negou o pedido de acesso integral ao acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, um dos elementos-chave do caso. Moraes justificou a manutenção do sigilo do acordo com os motivos principais, sendo a necessidade de proteger os direitos do colaborador e a importância de garantir o sucesso das investigações.


Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


O caso das joias ganhou nova relevância após o Tribunal de Contas da União (TCU) decidir que um relógio recebido de presente pelo presidente Luiz Inácio, não precisa ser devolvido no processo. Esta decisão pode ter implicações para o caso das joias sauditas, no qual Bolsonaro é investigado por suposto desvio de acervo presidencial.

Decisão pode trazer vantagem a Bolsonaro

O TCU, entende que na ausência de uma lei que defina “bem de natureza personalíssima” ou de “elevado valor de mercado”, presentes recebidos por um presidente da República durante o mandato não precisam ser devolvidos ao patrimônio da União. A decisão é acompanhada de perto pela defesa de Bolsonaro, que vê na decisão sobre Lula uma possível vantagem para o ex-presidente no contexto das Joias.

Além disso, o entorno de Bolsonaro observa que a decisão do TCU pode criar um precedente importante. A argumentação de que presentes de presidentes não podem ser considerados bens públicos para efeitos de devolução pode ser usada para questionar as acusações relacionadas as joias. A defesa de Bolsonaro espera que a decisão sobre Lula influencie positivamente no desfecho de seu próprio caso.