Medidas emergenciais para as vítimas do tornado no Paraná são avaliadas

 

Waldez Góes, o ministro da integração e desenvolvimento regional, irá visitar os locais acometidos pelo tornado na última sexta-feira (7), para avaliar quais são as condições no momento, e ver o que se pode fazer para ajudar. Ele sairá de Brasília na manhã de domingo (9), junto ao secretário nacional de proteção e defesa civil, Wolnei Wolff, sua chegada está prevista para as 11:30. Já à tarde, ele irá se reunir com as defesas civis municipais e estaduais, além de técnicos da defesa civil nacional.

Calamidade pública

O governo anunciou neste sábado (8) o decreto de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu. Com esse decreto, a prefeitura da cidade pode solicitar apoio ao governo federal. Inicialmente, será focado na ajuda humanitária, visando o fornecimento de recursos, água, colchões. Conforme o ministro informa, a defesa civil nacional está autorizada a pedir tudo que for necessário. O INSS anunciou que os beneficiários poderão solicitar o benefício por antecipação. Gleise Hoffman disse que está sendo avaliado o saque do FGTS para aqueles atingidos pelo tornado.

O ministério da integração e do desenvolvimento regional informa que o impacto do desastre é tão grave, pois acaba exigindo medidas mais amplas e urgentes, afetando a administração pública. A ministra Gleise Hoffman (PT) está sendo enviada pelo governo federal para ajudar também na situação. Os municípios agora, com esse anúncio, passam a estar oficialmente aptos para receber verbas emergenciais do governo federal.


Foto de um homem enfrente a alguns locais que desabaram no Rio Bonito do Iguaçu(foto:reprodução/Daniel Castellano/Getty Images Embed)


Situação

Nos últimos dias, um ciclone, com média de 120 km a 250, passou pela cidade de Rio Bonito do Iguaçu no Paraná e deixou 750 feridos e 6 mortos. A situação é delicada e o governo está procurando tentar resolver a questão. Um hospital localizado em Laranjeiras do Sul já fez 448 atendimentos, incluindo 3 cirurgias de ortopedia e uma geral. Tiveram 52 pacientes, transferidos para outra unidade hospitalar de maior porte localizada em Guarapuava e Cascavel.

Foram 136 atendimentos entre crianças e gestantes, além da realização de cinco procedimentos cirúrgicos feitos em pacientes. Os números ainda são imprecisos quanto aos desaparecidos e aqueles que faleceram devido ao ocorrido e até mesmo os feridos.

Lula abre possibilidade de disputar Presidência em 2026

Durante uma entrevista concedida nesta sexta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre o cenário político de 2026 e deixou aberta a possibilidade de tentar novamente a Presidência. Ele explicou que sua decisão vai depender de dois pontos principais: como estará sua saúde até lá e se terá a mesma energia que sente hoje.

O chefe do Executivo acrescentou que só deixaria a disputa se tivesse algum problema de saúde que o impedisse ou se aparecesse outra liderança que julgasse mais preparada para assumir o papel. Ele ainda ressaltou que considera a idade avançada um momento de maturidade e experiência.

Segundo Lula, se entrar no pleito, será com a intenção de vencer. Ele também declarou acreditar que o campo da extrema direita não voltará a comandar o país nos próximos anos.

Brasil e a política externa

Na mesma ocasião, Lula tratou de assuntos internacionais. Questionado sobre o impasse entre Estados Unidos e Venezuela, afirmou que o Brasil não vai escolher lados. Para ele, a posição brasileira deve ser de neutralidade, priorizando a defesa do diálogo em vez de disputas.


Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989, comenta possibilidade de disputar a eleição de 2026 (Foto: Reprodução/Gamma-Rapho Antonio RIBEIRO/Getty Images Embed)


O presidente avaliou que confrontos armados apenas trazem mortes e aumentam dificuldades econômicas. Defendeu que conversas diretas entre governos são sempre mais baratas e produtivas do que conflitos.

Relação com os Estados Unidos

Outro ponto levantado foi a elevação de tarifas contra produtos brasileiros pelo governo norte-americano. Lula considerou a medida como uma ação política, e não apenas comercial. Ele mencionou que, em correspondência recebida, o então presidente Donald Trump citou inclusive processos judiciais que envolvem Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal.

Lula comentou que Trump não tem autoridade sobre o Brasil e que cada país deve cuidar das suas próprias questões internas. Ele reforçou que a taxação não reflete critérios econômicos, mas sim fatores políticos.

As declarações reuniram tanto aspectos da agenda política interna quanto questões diplomáticas que afetam diretamente a posição do Brasil no cenário internacional.

Mudanças no vale-refeição: teto de taxas e portabilidade em estudo

Na última segunda-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, encontrou-se com ministros para debater novas diretrizes para compras realizadas com vale-refeição e vale-alimentação. A reunião, que aconteceu no Palácio do Planalto, contou com a presença de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, Rui Costa, da Casa Civil, e Luiz Marinho, ministro do Trabalho.

O governo já estuda há mais de dois anos a regulamentação do uso do benefício. No entanto, só no começo do ano a discussão voltou a ganhar notoriedade, em meio a busca por medidas que poderiam conter o aumento do preço dos alimentos.

Regulamentação do benefício alimentar

Mesmo com a inflação sob controle, o governo planeja concluir as alterações no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e apresentou a proposta ao presidente. A ideia é estabelecer um limite máximo para as taxas cobradas pelas empresas de vale-alimentação, diminuir o tempo de repasse dos valores aos comerciantes (como donos restaurantes e mercados) e portabilidade de cartão do benefício.

Essa redução sobre as taxas está sendo estudada, pois, segundo a avaliação, é de que o índice praticado hoje leva muitos estabelecimentos a não aceitarem o recurso. O valor máximo de teto poderá ficar próximo de 3,5%. Em alguns casos, as operadoras do benefício chegam a cobrar bem mais de 5%, segundo integrantes do governo.


Segundo estudos as atuais medidas encarecem os preços dos alimentos (Foto:reprodução/Instagram/@jornaljangadeiro)


Outras medidas para o vale-refeição

Uma pesquisa adicional aborda a questão da diminuição do período de espera para a obtenção dos pagamentos. Proprietários de negócios frequentemente expressam descontentamento com a longa espera, que pode se estender por até dois meses após a transação efetuada pelo empregado, e acreditam que um prazo menor beneficiaria a liquidez financeira das companhias.

Através da portabilidade, o governo almeja possibilitar que o empregado possa mudar, sem custos, de operadora do cartão de benefícios. Consequentemente, espera-se que haja um incremento na competitividade do mercado, levando à diminuição dos gastos para mercados e restaurantes e tornando os alimentos mais acessíveis.

Não é a primeira vez que auxilio sofre alteração

Em agosto de 2022 foi aprovada uma lei que alterou as regras para a concessão do auxílio-alimentação para os trabalhadores, no entanto, até agora regulamentação tinha ficado travada nas discussão entre empresas e governo, também há dispositivo para proibir a concessão de descontos na contratação de empresas fornecedoras de auxílio-alimentação.

Antes, era comum que as empresas comprassem cartões de alimentação de um fornecedor, adquirindo, por exemplo, R$ 100 mil em vales e pagando algo em torno de R$ 90 mil. O governo avalia que essa prática encarecia a alimentação dos trabalhadores. Além disso, as redes de supermercados frequentemente reclamam das taxas elevadas que as operadoras de cartões cobram nas transações com vale-alimentação.

Lula critica Eduardo Bolsonaro e pede análise do Congresso sobre conduta do deputado

Nesta terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmando que o parlamentar já deveria ter perdido o mandato na Câmara. A declaração foi feita durante a abertura da reunião ministerial no Palácio do Planalto, diante de ministros e assessores.

Lula descreveu o comportamento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma das maiores traições que uma nação pode sofrer de seus próprios filhos. Segundo o presidente, é grave que alguém sustentado pela própria família aja de forma a prejudicar o país e fomente tensões internacionais. “Um cidadão que já deveria ter sido afastado da Câmara, espalhando mentiras e manipulando informações para colocar outro Estado contra o Brasil”, disse.

O deputado Eduardo Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal na última quarta-feira (20), acusado de atuar nos Estados Unidos com o objetivo de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de estado. A PF aponta que suas ações poderiam comprometer o andamento dos processos legais contra os envolvidos na trama.

Durante a reunião, Lula se dirigiu à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pedindo que o Congresso Nacional analise a conduta do parlamentar. O presidente classificou a atuação de Eduardo Bolsonaro como “inaceitável” e ressaltou que não existem precedentes na história brasileira de um traidor da pátria que adote outro país como referência, tentando ainda criar antagonismo contra seu próprio povo.

Segundo Lula, o parlamentar estaria tentando fomentar ressentimento entre governantes americanos e a população brasileira, o que agrava ainda mais sua conduta e demonstra um desvio de lealdade para com o país.

O caso tem gerado repercussão no Congresso Nacional e entre líderes políticos, que agora avaliam como lidar com a situação do deputado à luz das acusações e das declarações do Presidente da República.

Pedido de intervenção do Congresso

Lula pediu formalmente que o Congresso avalie medidas sobre o comportamento do parlamentar e discuta a gravidade de suas ações. O presidente destacou a necessidade de responsabilidade e fiscalização sobre condutas que possam comprometer a soberania nacional.


Lula chama Eduardo de “traidor da pátria” (Vídeo: reprodução/Instagram/@geny6742)


Histórico de acusações

Eduardo Bolsonaro cumpre medidas legais determinadas pela Polícia Federal e aguarda desdobramentos do inquérito sobre a tentativa de golpe de estado, enquanto sua atuação política segue sendo alvo de críticas e avaliações de autoridades federais.

Quaest: aprovação do governo Lula sobe, mas desaprovação permanece maior

A empresa de pesquisa Quaest divulgou nessa hoje (16) os resultados de seu último levantamento. Os dados indicam que 43% do eleitorado brasileiro aprova o terceiro mandato de Lula, enquanto 53%, não. Comparado ao relatório anterior, a atual investigação aponta uma oscilação na avaliação positiva de 3 pontos para cima e na negativa de 4 pontos para baixo, de modo que a diferença entre elas passou de 17 para 10 pontos. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.

Segmentos mais informados da população aumentam apoio ao governo

A avaliação do gestor petista no Sudeste, entre quem tem ensino superior completo e entre pessoas de 35 a 59 anos foi mais positiva do que na pesquisa anterior, realizada em junho. 


Comentário político da CNN Brasil destaca a importância da presença da equipe de comunicação do governo nas redes sociais (Reprodução/Youtube/CNN Brasil)


São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui, por isso passam a apoiar o governo”, disse o CEO da Quaest, Felipe Nunes, ao portal G1.

Ainda sob tal viés, 72% dos entrevistados consideram que o presidente americano, Donald Trump, está errado ao sobretaxar o Brasil devido a uma suposta perseguição política a Jair Bolsonaro.

Opinião popular de viés econômico é desfavorável

Apesar da melhora geral, a população desacredita na condução econômica do terceiro governo de Luís Inácio da Silva. Dos entrevistados, 46% considera que a economia piorou nos últimos 12 meses; 21%, que melhorou.  Quanto ao futuro, 43% acham que a economia brasileira vai piorar nos próximos 12 meses, enquanto 35% pensam que vai melhorar. Em junho, os números eram de 30% e 45%, respectivamente.

A pesquisa Quaest foi realizada entre os dias 10 e 14 de julho, com abrangência nacional, e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em diferentes regiões do Brasil.

PT pede cassação de Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar

O Partido dos Trabalhadores (PT), na data de ontem, terça-feira (27), protocolou na Câmara dos Deputados um pedido para a cassação do mandato do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. A solicitação leva em conta a atuação do parlamentar nos EUA junto às lideranças do governo de Donald Trump. 

Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara e o atual presidente do partido, senador Humberto Costa, alegaram que Eduardo Bolsonaro trabalha em desfavor de autoridades brasileiras ao articular sanções contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF). 

“O representado, deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, vem desde março de 2025 atuando, de forma sistemática e deliberada, em território estrangeiro estadunidense, com o objetivo de promover ataques institucionais (…) e articular sanções internacionais contra autoridades brasileiras.” Parte integrante do pedido de cassação

Segundo as lideranças petista, Eduardo Bolsonaro, abusou das prerrogativas constitucionais e incorreu em quebra de decoro parlamentar. Por este motivo, deverá ter seu mandato de deputado federal cassado, uma vez que, conforme os solicitantes, as ações do parlamentar desmoralizam o Poder Legislativo.

Dossiê contra Eduardo Bolsonaro 

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, tem utilizado suas redes sociais para comentar sobre o assunto. Em uma publicação, na data de ontem, terça-feira (27), informou sobre a existência de um conjunto de documentos contrários ao parlamentar. Segundo Farias, trata-se de provas irrefutáveis sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro junto às autoridades estadunidenses.


Publicação sobre a existência de um dossiê contra Eduardo Bolsonaro (Foto: reprodução/Instagram/@lindberghfarias)


Em uma das publicações, o também deputado federal Lindbergh Farias, chama Eduardo Bolsonaro de “traidor da Pátria” por “ obstrução de Justiça e ataques à soberania nacional”. Ainda, segundo Farias, as ações de Eduardo são tentativas de interferir no julgamento de Jair Bolsonaro, em curso no STF. Lindbergh Farias declara, ainda, que tais ações “não ficarão impunes”.

Eduardo Bolsonaro se manifesta contra as denúncias

O deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos EUA, também utilizou suas redes sociais para se manifestar sobre as acusações. Conforme Eduardo, as denúncias são infundadas, uma vez que ele não tem poder para sancionar autoridades brasileiras. Cabe ao governo dos EUA, baseado nas leis do país, aplicar ou não tais sanções.


Manifestação sobre as acusações (Vídeo: reprodução/Instagram/@bolsonarosp) 


As declarações feitas referem-se à abertura do processo em curso no STF contra ele. No último dia 26 de maio (2025), segunda-feira, o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, acatou a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR), sobre a prática de possíveis crimes cometidos pelo parlamentar. Entre eles destacam-se organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. 

Em relação à denúncia protocolada junto ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, pela liderança petista, o órgão analisará o pedido contra Eduardo Bolsonaro e poderá ou não acatá-lo. Caso aceito, as penas adotadas variam de advertência até perda total do mandato parlamentar. 

Presidente Lula confirma recuperação total, após cirurgia

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez uma aparição no último sábado (22), em um evento de 45 anos do “Partido dos Trabalhadores”, e afirmou que está recuperado da cirurgia que fez após um hematoma cerebral, realizada em dezembro de 2024. Durante o evento, no Rio de Janeiro, Lula ressaltou sua boa saúde e ironizou a vitalidade dos mais jovens.

“Lulinha está 100% curado da cabeça. Cabeça nova, cabeça limpa”

Lula

Acidente doméstico levou à necessidade de cirurgia

A intervenção cirúrgica de Lula foi necessária, após um acidente em casa, ocorrido em outubro do ano passado, quando o presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada. O acidente levou Lula a uma cirurgia de emergência para drenar o hematoma causado.

Em suas declarações no evento, Lula relembrou o momento crítico e destacou a gravidade do quadro.

“Foi o momento mais delicado da minha vida. Os médicos chegaram a dizer que eu poderia ter entrado em coma, que eu poderia morrer por causa disso”

Lula

Check-up confirma plena recuperação

Na última quinta-feira (20), Lula fez alguns exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês, onde o mesmo também fez a cirurgia, em São Paulo. O boletim médico confirmou que o presidente está bem, inclusive a respeito da queda e da sua recuperação cirúrgica. O cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanhou o presidente, afirmou que todos os exames realizados estão dentro da normalidade, incluindo a tomografia do crânio.


Lula compartilha sua rotina para cuidar da saúde (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Com a recuperação completa, o presidente segue sua agenda normal, sem restrições de atividades. Segundo a equipe médica, Lula continuará sob monitoramento regular, mas sem previsão de novos exames imediatos. O presidente chegou a brincar com a situação, dizendo que vai ser muito difícil um jovem de 40 anos ter a sua saúde.

O evento no Rio de Janeiro contou com a presença de militantes e lideranças petistas, que celebraram a história do partido e a recuperação do presidente, considerado uma das principais figuras políticas do país e do PT.

Diretório Municipal do PT em Diadema tem dependência furtada e vandalizada

A sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em Diadema foi alvo de invasão e furto, registrados por boletim de ocorrência na terça-feira (14), no 2º Distrito Policial da cidade. O vereador e responsável pelo partido na localidade, Josa Queiroz, comentou que espera que o ataque não tenha motivação política. Ao chegar à sede, o político registrou a cena de vandalismo em vídeo e compartilhou nas redes sociais.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) emitiu uma nota, informando que peritos estão realizando a coleta de provas e a identificação dos responsáveis pela ação.

Invasão e destruição na sede do PT de Diadema

Nas imagens, é possível observar o local revirado, com pias da cozinha e do banheiro quebradas e objetos espalhados pelo chão. Além disso, fotos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ex-presidente, Dilma Rousseff, foram depredados com tinta. 3 computadores do tipo CPU e 1 impressora foram furtados durante a invasão.


Vídeo completo do estado do Diretório do PT em Diadema (Vídeo: reprodução/X/ptbrasil)


Repercussão política e apoio ao partido

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) manifestou-se, pedindo uma apuração rigorosa do caso. “Nós [membros do partido] cobramos das autoridades competentes a elucidação deste atentado, que fere a liberdade partidária e de organização, configurando uma clara intimidação ao nosso partido”, declarou a bancada.

Em solidariedade, o presidente do PT, em São Bernardo do Campo, também repudiou o ataque, afirmando ser inaceitável que práticas criminosas como essa atinjam a democracia. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista (SMABC) uniu-se ao movimento, oferecendo apoio ao partido, conforme divulgado pela organização nas redes sociais.

Visita de apoio da diretoria executiva da SMABC. (Vídeo: reprodução/Instagram/@sindmentalabc)


Segundo Josa Queiroz, o único espaço que não foi danificado foi o plenário utilizado para as reuniões da legenda. As imagens das câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais e de uma escola próximas ao local foram solicitadas para auxiliar na investigação, buscando identificar detalhes como o horário e o número de pessoas envolvidas. Relatos de vizinhos indicam que, até a noite de segunda-feira (13), não havia sinais de arrombamento no local.

PL do aborto: Arthur Lira segue pressionado sobre votação do projeto

O partido PL concordou em discutir por mais tempo o projeto sugerido que equipara o aborto de mulheres grávidas depois de 22 semanas ao crime de homicídio. O projeto de lei (PL) 1904/24, no entanto, foi aprovado de forma simbólica – como ficou registrado no sistema da Câmara –  na última terça-feira (11). 

A proposta, que conta com o apoio da bancada do ex-presidente Jair Bolsonaro, rejeita modificações ao texto. A confirmação foi divulgada pelo deputado Altineu Côrtes, líder do PL na Câmara.

Arthur Lira (PP-AL) atual presidente da Câmara, não possui uma data definida para maiores decisões a respeito da proposta, mesmo com a pressão feita pela bancada religiosa.

Segundo aliados do presidente da Câmara, o projeto pode ser discutido durante a reunião de líderes que acontece na próxima terça-feira (18), mas não há previsão de votação. 

Negociações

Lira atualmente segue em negociações com a bancada feminina da Câmara dos Deputados, com a intenção de escolher uma relatora com perfil moderado. 

No entanto, a medida segue rodeada de dúvidas a respeito da escolha da relatora, se isso seria um sinal do mesmo sobre sua intenção de pautar o projeto. 

Próximos passos

A coordenadora da bancada, Benedita da Silva (PT), conversou com Arthur Lira sobre o projeto e pode ser a relatora indicada. A relatora poderá sugerir alterações ao projeto, ou até mesmo arquivá-lo.


Benedita da Silva, possível relatora do processo (Foto: reprodução/Rede Brasil)

Benedita, que já foi candidata a prefeita do Rio de Janeiro 2020 e foi governadora e vice-governadora do estado do Rio, é evangélica e já se declarou contra a criminalização do aborto em outros momentos, o que poderia criar uma situação desconfortável tanto com o partido de Bolsonaro, quanto com o governo ou os eleitores.

No entanto, até o momento, os ministros do governo acreditam que Lira não dará  novos passos em relação ao projeto, mantendo a proposta sem uma nova votação. 

Lula critica a liberdade de Daniel Alves, condenado por estupro na Espanha

Na noite desta quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou um discurso criticando a situação do caso do jogador brasileiro Daniel Alves, condenado por estupro na Espanha mas garantido a liberdade provisória com o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões).

Nós estamos vendo agora, o Daniel Alves pode ser libertado se pagar alguma coisa,” disse Lula. “Eu aprendi lá em Pernambuco quando eu era pequeno, as pessoas diziam ‘aqui no Nordeste, quem tem 20 contos de réis não é preso’. E a gente está vendo que essa máxima continua.”

Daniel Alves foi condenado por agressão sexual pela Justiça espanhola após averiguadas todas as evidências do caso, que ocorreu em uma boate em Barcelona. A fiança de R$ 5,4 milhões é menos de 2% do patrimônio do jogador, que é avaliado como tendo R$ 296 milhões em sua fortuna.


Foto destaque: Daniel Alves (Reprodução/IG Esportes)

Críticas

O dinheiro que o Daniel Alves tem, o dinheiro que alguém possa emprestar para ele não pode comprar a ofensa que um homem faz a uma mulher participando de um estupro,” afirmou Lula. “Quando o sexo é uma coisa feita a dois, e tem que ser permitida por dois. Isso na verdade é crime.

O comentário criticando a Justiça da Catalunha foi realizado durante o discurso na festa de aniversário do PT, onde o presidente também tratou de outras pautas, como o conflito em Israel. A primeira-dama, Janja da Silva, concordou com seu discurso sobre Daniel: “É crime.

Entre as várias críticas dadas ao caso, um sentimento comum é o de que a resolução demonstra certa fragilidade na justiça: se o dinheiro pode substituir uma pena, então o tratamento é desigual para pessoas em diferentes condições financeiras, mesmo em crimes tão graves e comprovados pela Justiça.

Liberdade Provisória

A liberdade provisória garantida, no entanto, não significa que o jogador pode retornar ao Brasil. Ele ainda aguarda resolução final da sentença, que agora será decidida com ele fora da penitenciária, mas não completamente livre. Entre as medidas requeridas, Daniel Alves deve:

  • Manter uma distância de ao menos 1 quilômetro da vítima a todo tempo;
  • Não comunicar com a denunciante através de nenhum meio;
  • Não deixar a Espanha;
  • Deve comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona.

Caso a fiança seja paga, o horário mais cedo para Daniel Alves ser libertado será na manhã de sexta-feira (22), após um depósito à conta do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.