Reino Unido planeja aumento de impostos sobre apostas

O Reino Unido está planejando implementar novos impostos sobre apostas, de acordo com informações divulgadas pelo The Guardian. Algumas das medidas incluem dobrar alguns dos impostos cobrados de cassinos online e casas de apostas, assim como um aumento geral do imposto, como a taxa de 15% sobre o lucro.

Possíveis medidas já geram impacto

As possíveis medidas, mesmo que ainda apenas no papel, já impactaram as ações das casas de aposta no Reino Unido, que registraram uma queda no setor.

Outro ponto que contribui para o novo aumento é a falta de ajuste nos impostos sobre as casas de apostas, algo que não ocorre desde 2019. As medidas, caso confirmadas, devem ser oficializadas no dia 30 de outubro. A expectativa é que as mudanças não gerem grandes prejuízos no setor, já que, mesmo com o aumento das taxas, elas ainda permanecem baixas em comparação a outros países.


Apostas online devem receber aumento de impostos ainda esse ano no Reino Unido (Foto: reprodução/E+/SolStock/Getty Images embed)


De acordo com analistas do setor, com a confirmação das medidas, os principais afetados devem ser o setor de marketing e promoção das empresas, que devem sofrer cortes de custo. Além disso, o patrocínio esportivo deve ser reduzido, impactando principalmente o futebol, que é conhecido por ser a principal vitrine para muitas dessas empresas, sendo que medidas parecidas já vem ocorrendo no Brasil.

Casas de apostas de menor porte devem ser as mais afetadas

Ainda de acordo com os especialistas, as casas de apostas de menor porte devem ser as mais afetadas, enfrentando dificuldades para absorver os custos fiscais e correndo o risco de perder espaço no mercado para concorrentes maiores.

Essas medidas devem ser implementadas em um momento em que o Reino Unido passou recentemente por uma mudança no poder para o Partido Trabalhista e vem tentando se recuperar de um rombo bilionário nos cofres públicos.

Rainha Elizabeth II teria enfrentado câncer nos ossos no último ano de vida, revela Boris Johnson

A Rainha Elizabeth II teria enfrentado um câncer raro nos ossos no último ano de sua vida, conforme revelações feitas pelo ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em sua autobiografia Unleashed. Segundo Johnson, a monarca, que faleceu em setembro de 2022 aos 96 anos , sofria de mieloma, uma doença que afeta a medula óssea e causa dor intensa nos ossos. A declaração de Johnson reacendeu uma série de especulações sobre o verdadeiro estado de saúde da rainha nos seus últimos anos.

Revelações de Boris Johnson sobre a saúde da Rainha

Em sua nova autobiografia, Unleashed, o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson revelou que a Rainha Elizabeth II passou os últimos meses de sua vida lutando contra um tipo raro de câncer nos ossos. Trechos do livro foram divulgados pelo Daily Mail, onde Johnson descreve que soube do diagnóstico cerca de um ano antes do falecimento da monarca. “Os médicos estavam preocupados com a possibilidade de um agravamento rápido da doença”, afirmou o ex-primeiro-ministro, que manteve encontros regulares com a rainha durante sua gestão.

Ele relata ter notado sinais visíveis da doença no último encontro com Elizabeth II, apenas dois dias antes de sua morte. “Ela parecia pálida, curvada e tinha hematomas nas mãos e punhos, provavelmente devido a injeções e acessos”, escreveu ex-ministro. Apesar de seu estado físico debilitado, ele garante que a mente da rainha permaneceu afiada até o fim.


Entenda os rumores sobre o retorno de Príncipe Harry ao Reino Unido

A jornada do príncipe Harry nos Estados Unidos continua a atrair atenção internacional, mesmo após anos. Recentemente, surgiram especulações de que ele poderia estar planejando um retorno à Inglaterra e reconsiderar seu papel na família real. Contudo, essas informações foram rapidamente corrigidas e esclarecidas pelo portal “Daily Mail”.

Esclarecimento dos rumores

Segundo o relatório mais recente, Harry não tem a intenção de retornar ao Reino Unido para reassumir seus papéis como membro da família real. Ele prefere permanecer nos Estados Unidos, onde reside com a família, e possui uma nova rede de amizades, além de estar envolvido em projetos na América do Norte.


Príncipe Harry ao lado de Meghan Markle (Foto: Reprodução/Kola Sulaimon/Getty Images)

Portanto, as especulações sobre um possível retorno de Harry à sua antiga vida não se confirmaram. No entanto, o jornal “Mail on Sunday” relatou que o príncipe está enfrentando dificuldades para se conectar com publicitários em Hollywood. Ele teria buscado o auxílio de especialistas do Reino Unido para apoiar sua nova trajetória pública.

Harry visa desenvolver uma estratégia para se conciliar com seu pai, o Rei Charles III, sem precisar deixar os Estados Unidos. Para alcançar esse objetivo, ele está a procura de um novo assessor de relações-públicas.

Relação entre Harry e William

A tensão entre o príncipe Harry e seu irmão, o príncipe William, continua a ser um tópico constante na realeza. Após quase um ano sem se comunicarem, eles se encontraram essa semana no funeral de um tio. Ainda assim, os irmãos se mantiveram distantes e não foram vistos juntos durante a cerimônia.

Havia rumores de que Harry não compareceria ao Reino Unido para o funeral do tio, Lord Robert Fellowers, parente da princesa Diana, que faleceu aos 82 anos. O motivo seria uma disputa legal em que ele busca garantir proteção reforçada durante sua estadia no país. Porém, o príncipe ignorou essas especulações e viajou para prestar suas últimas homenagens ao tio.


Príncipe Harry e Príncipe William (Foto: Reprodução/Dominic Lipinsk/Getty Images)

A relação entre os irmãos se deteriorou desde 2016, quando William manifestou inquietação sobre o relacionamento de Harry com Meghan Markle. A situação piorou com a publicação do livro de Harry, onde ele revelou desavenças e problemas com o irmão ao longo do tempo. Esse desabafo contribuiu para o rompimento definitivo entre eles. Apesar dos esforços recentes de Harry para reatar, William tem mantido distância e ignorado suas abordagens.

Conheça novo namorado de Lana Del Rey, o guia turístico Jeremy Dufrene

A Cantora Lana Del Rey de 39 anos, foi flagrada de mãos dadas com um homem em um festival de música no Reino Unido nos últimos dias. A identidade de seu novo namorado já foi revelada: trata-se de Jérémie Dufrene, um guia turístico local e conhecido como “caçador de crocodilos”. O novo casal também foi visto em Londres fazendo compras e jantando.

Apesar das aparições recentes, Lana e Jeremy se conhecem a mais de cinco anos, e já possuem registros passados juntos, Dufrene é de Louisiana, nos Estados Unidos, e até já levou a cantora para passear de barco em 2019.

O último relacionamento de Lana foi com o policial Sean Larkin de 52 anos, eles estiveram juntos de 2019 até o início de 2020. A artista teve outros romances, inclusive com Jack Donoghue e o músico Evan Winiker, mas nunca os assumiu publicamente.


Lana Del Rey e Jeremy Dufrene (Reprodução/Instagram/@honeymoon)

Conheça Jeremy Dufrene

Jeremy Dufrene, tem 49 anos e trabalha na Airboat Tours by Arthur, empresa que oferece passeios turísticos pela famosa região do Bayou des Allemands. Ele teve a oportunidade de dirigir muitas celebridades, incluindo Glen Powell, Emma Roberts e Kate Hudson. O contato de Dufrene com Lana Del Rey começou em março de 2019, quando ele a acompanhou em um passeio, nesse passeio a cantora postou fotos com Jeremy e brincou falando: “Deixa eu ser a capitã”.

No site da empresa onde Jeremy trabalha diz em sua biografia que ele já foi operário de fábrica e pescador de camarões. Em seu perfil no Instagram Jeremy aparece em uma foto dando um beijinho em um crocodilo.

Desde aquele encontro em 2019, eles passaram a se seguir nas redes sociais, o que aumentou as especulações de um possível romance. No início desse ano Lana voltou a cidade de Des Allemands em Louisiana para novamente fazer um passeio turístico, e pode ter sido durante essa época que o casal voltou a se conectar.

Repercussão nas redes

Jeremy optou por restringir o acesso ao seu perfil no Instagram após a divulgação do relacionamento pela mídia britânica. A diferença de idades e estilos entre ele e a cantora gerou uma série de comentários e memes nas redes sociais, onde internautas expressaram suas opiniões sobre a nova relação da cantora: “Queria muito saber qual site de relacionamento ela acha esses homens com cara de que matou 300 pessoas no passado”, disse uma fã em ironia. “Ele tem cara de pescador parrudo”, comentou outro internauta.

Mesmo com o perfil privado no Instagram, Dufrene possui sua conta no TikTok aberta com diversos conteúdos de seu trabalho e vídeos interagindo com crocodilos.

Reino Unido inicia teste da nova vacina BNT116 contra câncer de pulmão

No Reino Unido, um avanço significativo na luta contra o câncer de pulmão foi registrado com a administração da nova vacina BNT116. Janusz Racz, um britânico de 67 anos, tornou-se o primeiro paciente a testar essa vacina inovadora desenvolvida pela BioNTech, uma empresa alemã de biotecnologia. Esta vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), semelhante à usada em algumas vacinas contra a COVID-19, para instruir o sistema imunológico a atacar células cancerígenas com maior precisão e menor impacto nas células saudáveis.

Objetivo da vacina

O objetivo da vacina BNT116 é treinar o sistema imunológico para identificar e combater células tumorais específicas que expressam marcadores comuns no câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC). Essa abordagem tem o potencial de reduzir significativamente os efeitos colaterais associados a tratamentos tradicionais, como a quimioterapia, que costuma afetar tanto células cancerígenas quanto saudáveis. De acordo com Siow Ming Lee, líder do estudo e professor de Oncologia Médica na University College London:

“Esperamos que esta vacina ofereça uma oportunidade para melhorar ainda mais os resultados para nossos pacientes com NSCLC, seja em estágios iniciais ou avançados.”

Siow Ming Lee

A vacina BNT116 da BioNTech ensina o sistema imunológico a identificar e combater células de câncer de pulmão (Foto: reprodução/Aaron Chown/PA Images/Getty Images Embed)


O ensaio clínico inicial, do qual Racz participa, faz parte de um estudo internacional envolvendo 130 pacientes em 34 centros de pesquisa em sete países. Esse estudo visa avaliar a segurança e a eficácia da vacina. Racz, que trabalha com inteligência artificial e foi diagnosticado com câncer de pulmão após um exame de imagem, expressou sua esperança em relação ao tratamento:

“Espero que esta vacina forneça uma defesa eficaz contra as células cancerígenas. Minha participação na pesquisa não só pode beneficiar minha saúde, mas também ajudar outras pessoas no futuro”

Janusz Racz

Cally Palmer, diretora nacional de oncologia do NHS England, ressaltou o impacto potencial dessas inovações. “Vacinas como esta têm o potencial de ser revolucionárias ao oferecer uma nova forma de imunizar as pessoas contra o câncer“, afirmou.

Palmer acredita que, ao combinar a vacina com os tratamentos padrão atuais, como imunoterapia e quimioterapia, o tratamento do câncer de pulmão pode avançar significativamente em termos de eficácia e segurança.

Esperança no tratamento

O câncer de pulmão continua a ser a principal causa de morte por câncer no mundo e a introdução de vacinas como a BNT116 representa uma esperança renovada na luta contra essa doença devastadora. Com a evolução das pesquisas e o desenvolvimento de novas terapias, a vacina BNT116 pode proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida e no prognóstico dos pacientes.

Margot Robbie lança sua marca de gin no Reino Unido

Papa Salt, marca de gin criada pela atriz Margot Robbie, fez sua estreia no Reino Unido após seu primeiro ano de atividade na Austrália e já capturou a atenção de especialistas na indústria. A bebida, que surge em meio a uma onda de produtos alcoólicos apoiados por celebridades, vem demonstrando um bom desempenho no mercado.

Marca foi cofundada pela atriz e seu marido, além de parceiros

A marca, cofundada por Margot Robbie, seu marido Tom Ackerley e os parceiros de negócios Josey McNamara, Regan Riskas e Charlie Maas, vem superando as expectativas iniciais de mercado, vendendo mais de quatro vezes o volume projetado nos primeiros 12 meses.


Marca vem fazendo barulho (Foto: reprodução/Instagram/@papasaltgin)


O sucesso rápido vem abrindo caminho para uma expansão cada vez mais ambiciosa do mercado de gin, principalmente em países de maior valor, onde o mercado é mais competitivo.

“Com muito trabalho, as estratégias corretas e o tempo necessário, não há razão para que uma marca de gin pertencente a Margot Robbie não possa valer US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) ou mais no futuro”

Colin McKenzie, diretor de clientes da agência de marketing experiencial Gradient e especialista na indústria de bebidas alcoólicas

O próprio McKenzie destacou as várias perspectivas sobre o potencial da marca, enfatizando as três principais áreas para a contínua expansão do empreendimento: a escolha estratégica do mercado, o fortalecimento da consciência da marca diante do consumidor e o aumento do engajamento do consumidor, que deve ser alcançado principalmente através de eventos de degustação.

Reino Unido foi a escolha acertada e arriscada

O Reino Unido, por sinal, foi uma escolha ao mesmo tempo acertada e arriscada, devido ao alto valor do mercado de gin no país, o que significa que este é um mercado mais saturado em comparação a outros. No entanto, ele tem a vantagem de que a apreciação dos consumidores pelo gin pode representar oportunidades cruciais.

Promotor inicia investigação sobre naufrágio do Iate de Mike Lynch

Neste sábado (24), o promotor italiano Ambrogio Cartosio iniciou uma investigação de homicídio culposo (casos em que não há intenção de matar) sobre o naufrágio de um iate de luxo na Sicília nesta semana. O trágico acidente ocasionou nas mortes de sete pessoas, incluindo o magnata britânico da tecnologia, Mike Lynch e sua filha Hannah. 

Inicio da Investigação

Durante uma coletiva convocada por ele mesmo, o chefe do gabinete do promotor público da Termini Imerese, revelou o início da investigação do naufrágio do barco Bayesian no dia 19 de agosto, dizendo que não tem nenhuma pessoa especifica como alvo. 

Mike Lynch, conhecido como o Bill Gates do Reino Unido, era Ceo e socio da empresa de software focada em administração empresarial  Autonomy. após anos de sucesso ela foi comprada pelo grupo HP pela quantia de US$ 11 bilhões, Mike recebeu cerca de US$ 500 milhões pela venda. 

Naufrágio na Sicília

O veleiro de luxo navegava pela costa de Palermo, capital da Sicília, pela manhã desta segunda-feira (19), até que foi atingindo por uma forte tempestade que fez com que a embarcação virasse. Uma das primeiras sobreviventes encontradas foi Ângela Bascares, esposa de Lynch, que relatou que, por conta do horário, a maioria dos passageiros estavam dormindo e não conseguiram escapar a tempo. 

‘’A maioria dos passageiros estava dormindo em suas cabines quando o tornado atingiu a embarcação”. Disse Ângela. 


Equipe de resgate transportam corpos da vitimas (Foto: reprodução/Salvatore Cavalli/AP)

Conforme especialistas navais, um iate como o Bayesian deveria ter resistido o tornado e não poderia ter afundado de forma tão rápida. O capitão James Cutfield, um dos sobreviventes do naufrágio foi interrogado pela guarda costeira, mas não comentou publicamente sobre o poderia ter afundado o barco.   

Dos 22 que estavam no navio, 15 sobrevieram e foram resgatados. Entre as setes vítimas mortas, o primeiro a ser encontrado foi o chef de bordo Recaldo Thomas ainda na segunda-feira, já Hannah Lynch foi o último corpo a ser descoberto por mergulhadores, durante a sexta-feira (23). 

Camilla orientou Rei Charles III a não revelar publicamente seu diagnóstico de câncer

O rei Charles III, atualmente com 75 anos, enfrentou um dilema ao receber o diagnóstico de câncer de próstata. De acordo com Robert Jobson, autor do livro “Our King – Charles III: The Man and the Monarch Revealed” (em português, “Nosso Rei – Charles III: O Homem e a Monarquia Revelados”), a rainha Camilla, de 76 anos, inicialmente aconselhou o rei a manter seu diagnóstico em sigilo, acreditando que seria o melhor curso de ação para proteger a privacidade do monarca e evitar preocupações públicas desnecessárias.

No entanto, Charles, após reflexão cuidadosa, decidiu seguir em frente e compartilhar publicamente sua condição de saúde. A informação foi compartilhada por Jobson ao jornal The Independent.

Motivação

A decisão de Charles foi fortemente baseada em seu desejo de liderar pelo exemplo. Jobson mencionou que, apesar da resistência inicial da rainha Camilla à ideia de divulgação, o rei estava convencido de que poderia, através de sua atitude, usar sua posição de influência para encorajar ações preventivas e conscientizar a população masculina sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.


O diagnóstico de câncer de próstata do rei foi revelado em fevereiro desse ano (Foto: reprodução/Max Mumby/Indigo/Getty Images Embed)


Resultado positivo

A repercussão do diagnóstico de Charles foi imediata e amplamente positiva. Após o anúncio oficial feito pelo rei, o site do National Health Service (NHS) da Inglaterra registrou um aumento expressivo nas pesquisas relacionadas ao aumento benigno da próstata, uma condição que afeta muitos homens, especialmente em idade avançada. Em apenas 48 horas, a página dedicada a essa condição específica foi acessada mais de 26 mil vezes, um aumento significativo em comparação à média diária de apenas 1,4 mil visitas.

Jobson destacou ainda que a transparência de Charles em relação à sua saúde foi também motivada pelas notícias falsas que circulavam quando seus pais, a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip precisavam de atendimento médico. A atitude foi amplamente elogiada pelo público, com comentários dizendo que o monarca iniciou uma nova era de transparência em questões relacionadas à saúde da família real.

Manifestação antirracista acontece no Reino Unido após protestos violentos  

Na noite da quarta-feira (07), diversos britânicos se reuniram para protestar contra os ataques e manifestações racistas que vêm acontecendo no país desde a semana passada. Os atos violentos se iniciaram após um ataque a uma escola de dança em Southport na Inglaterra, onde três crianças foram mortas e oito ficaram feridas. 

Este atentado gerou uma onda de manifestações intolerantes da extrema-direita contra imigrantes e muçulmanos. 

Manifestação pacífica

O movimento organizado por manifestantes antirracistas aconteceu nas principais cidades do Reino Unido: Londres, Southampton, Birmingham, Brighton, Bristol, Newcastle e algumas outras menores. Devido aos atos violentos que ocorreram, o governo reforçou o policiamento e cerca de 6 mil novos agentes foram instruídos para conterem a violência e manter a segurança dos civis. 

Publicações realizadas em redes sociais convocando novos manifestantes para mais protestos violentos também chamaram a atenção das autoridades. As postagens indicavam que os ataques iriam ocorrer em centros de acolhimento e escritórios de advocacia que auxiliam imigrantes do país. 

A polícia, por meio destas postagens, identificou também que os grupos planejavam realizar cerca de 100 manifestações violentas.


Reportagem da GloboNews mostrando imagens da manifestação (Foto: reprodução/X/@GloboNews)

Os britânicos, vendo essa possibilidade, se uniram em manifestações pacíficas, eles se reuniram nos lugares que seriam alvos dos atos violentos para evitar os ataques. Além disso, os protestos exigiam justiça e punição aos intolerantes, sendo confirmado posteriormente que essas manifestações impediram que os extremistas chegassem aos pontos de encontro, ocasionando na desistência deles. 

Segundo uma reportagem do Jornal Nacional, comerciantes de Londres colocaram tapumes em suas lojas e moradores protegeram os muçulmanos da região oferecendo abrigo. As autoridades agradeceram os manifestantes que fizeram os atos pacíficos no país e declararam que essa união é fundamental para combater o racismo e a intolerância. 


Embed from Getty Images

Protesto violento ocorrido no Reino Unido (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Início dos ataques violentos 

Na segunda-feira (29), algumas crianças estavam praticando uma aula de dança inspirada nas músicas de Taylor Swift em Southport quando foram surpreendidas por um adolescente de 17 anos que entrou no local com uma faca e começou um ataque. Bebe King, de 6 anos, Alice Aguiar, de 9 anos, e Elsie Dot, de 7, faleceram devido a esfaqueamentos múltiplos. Cinco crianças estão no hospital em estado crítico e dois adultos foram gravemente feridos. 

O suspeito foi preso e boatos de que ele era muçulmano começaram a surgir nas redes sociais. No dia seguinte, manifestantes invadiram uma vigília para as vítimas. Logo, grupos da extrema-direita, neonazistas, anti-imigrantistas e racistas começaram a realizar seus protestos violentos. 

Os grupos entraram em confronto com os policiais, jogaram pedras em estabelecimentos enquanto gritavam falas racistas. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em uma coletiva com a imprensa, declarou que o governo irá intensificar as ações dos policiais e que qualquer pessoa que participar dos ataques terá que enfrentar as leis do país. 

Primeiro-ministro do Reino Unido anuncia criação de força especializada contra protestos violentos

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou nesta segunda-feira (5) a formação de um “exército permanente” de policiais especializados para lidar com os protestos violentos fomentados por grupos de direita radical no Reino Unido.

A decisão segue uma reunião de emergência do Comitê Cobra, que reuniu ministros, funcionários públicos, policiais e agentes de inteligência para abordar a crise crescente. 


Policiais contendo manifestantes no Reino Unido (Foto: Reprodução/Justin Tallis/Getty Images/Embed)


Reforço na justiça criminal 

Starmer destacou que a resposta da justiça criminal será “intensificada”, enquanto a polícia trabalha para identificar e prender os responsáveis pelos tumultos. Centenas de detidos foram registrados em diversas cidades, após um ataque a facadas em Southport, que resultou na morte de três meninas durante uma aula de dança. O assassinato chocou o país e desencadeou uma onda de violência que se espalhou por Londres, Hull, Liverpool, Bristol, Manchester, Stoke-on-Trent, Blackpool e Belfast, com relatos de ataques a lojas e policiais.

Em Rotherham, um hotel que abrigava requerentes de asilo foi alvo de um ataque no domingo (4/8). Apesar de alguns protestos menores em outras áreas não terem resultado em violência, a situação em Liverpool foi especialmente tensa. Cerca de mil manifestantes anti-imigração, alguns deles proferindo insultos islamofóbicos, confrontaram contra-manifestantes, exigindo um esforço considerável da polícia para manter a ordem.

Resposta do governo e condenação da violência 

A secretária do Interior, Yvette Cooper, condenou as “cenas vergonhosas de violência e vandalismo” e prometeu “justiça rápida” para os envolvidos. A desinformação nas redes sociais, que erroneamente vinculou o ataque a um imigrante radical, exacerbou a situação. O suspeito, Axel Rudakubana, de 17 anos, foi identificado como britânico e enfrenta acusações de homicídio e posse de arma branca. Ele permanecerá em custódia até a audiência marcada para outubro.

A imigração, já um tema sensível no Reino Unido, tornou-se ainda mais controversa após o Brexit, que prometeu reduzir o fluxo de imigrantes. Embora o número de imigrantes que entraram irregularmente tenha aumentado, o debate sobre imigração continua polarizando a opinião pública. A desinformação sobre o ataque e a crescente influência de grupos de extrema-direita nas redes sociais intensificaram os protestos, revelando uma complexa rede de influenciadores e organizações que exploram a crise para promover suas agendas.