Amigo de Robinho envolvido no caso de estupro é preso em São Paulo

Nesta noite de sexta-feira (07), após o mandando de prisão ser expedido, Ricardo Rocha Falco, amigo do ex-jogador de futebol Robinho, que também estava envolvido no estupro coletivo e foi condenado a nove de prisão pela justiça da Itália junto ao atleta, se apresentou à PF (Polícia Federal) de São Paulo. 

Prisão de Ricardo

A prisão aconteceu dois dias depois da Corte especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que Ricardo cumprisse imediatamente sua pena. 

Fabio Costa, o advogado de defesa, revelou que seu cliente, seguindo as formalidades, vai ser submetido ao exame de corpo de delito e passará a noite no prédio da PF. 

A decisão já era esperada, ele já recebeu essa notícia de que seria expedido o mandado de prisão quando foi expedido o do Robinho”, comentou o Advogado. 

Fabio Costa

Rodrigo Falco se entrega à PF junto ao seu advogado (Foto: reprodução/TV Globo)

Ele contou que Ricardo estava em sua casa no momento que sua sentença foi anunciada, e buscou se apresentar o mais rápido possível para a polícia.  

“Lógico que ninguém recebe uma notícia assim tranquilamente, mas ele estava ao lado da família o tempo todo de prontidão. Ele disse que assim que o mandado de prisão fosse expedido, ele iria se apresentar-“, continuou Fabio.  

Fabio Costa

Já neste sábado (8), o réu seria ouvido em uma audiência de custódia na justiça federal, e assim, ser encaminhado à alguma penitenciária. A expectativa é de que seja levado para a unidade de Tremembé, localizada no interior de São Paulo, a mesma onde Robinho está. 

Crime de Robinho e Ricardo

O crime ocorreu em 2013 em uma boate de Milão, quando Robinho (na época jogando pelo Milan) e mais seis amigos abusaram sexualmente de uma mulher albanesa, com a decisão saindo em janeiro de 2022 pela 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação de Roma. 

O ex-jogador e Falco foram os únicos condenados pela justiça italiana em todas as instâncias. Os outros evolvidos não foram julgados por estarem no Brasil quando as investigações iniciaram. 


Robinho em audiência de custódia (Foto: reprodução/ Jornal Nacional)

Após a condenação, o governo da Itália acionou o Estado brasileiro para que os dois cumprissem suas penas no país. 

Robinho foi preso no dia 21 de março de 2024 pela Polícia Federal e atualmente cumpre sua pena no complexo penitenciário de Tremembé. 

Procuradoria-Geral da República rejeita pedido de soltura de Robinho

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou nesta segunda-feira (8) contra o pedido de soltura do ex-jogador de futebol Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália.

No parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que não existem ilegalidades na prisão de Robinho e que a pena deve ser cumprida no Brasil.

Ele enfatizou que a prisão do ex-jogador foi “definitivamente legal”, decorrente da homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) da sentença condenatória italiana, cujo trânsito em julgado ocorreu em 2022, autorizando sua prisão imediata.

A PGR rebateu a alegação da defesa de Robinho de que ele não teve direito à ampla defesa no processo italiano, afirmando que ele foi considerado definitivamente culpado com direito a todos os recursos cabíveis.

Defesa de Robinho

No mês passado, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o primeiro habeas corpus protocolado pela defesa para evitar a prisão. Agora, os advogados pedem que a decisão seja analisada pelo plenário do Supremo, pois consideram o caso inédito e relevante.


Robinho jogando no AC Milan em 2014. (Foto: reprodução/Marco Luzzani/Getty Images Embed)

De acordo com os advogados do ex-jogador, ele deve permanecer em liberdade enquanto aguarda o julgamento do recurso protocolado para anular a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa argumenta que o regramento não permite a transferência da execução da pena, mas sim a possibilidade de o réu ser julgado em seu país de origem, em conformidade com o princípio da extraterritorialidade da lei penal.

Detalhes do caso

Robinho foi preso em 21 de março após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele cumpra no Brasil uma pena de nove anos de prisão, pela condenação por estupro na Itália, ocorrida em 2013.

Desde então, ele está detido em Santos, no litoral de São Paulo, no presídio de Tremembé, conhecido como a “penitenciária dos famosos”, cumprindo pena no regime fechado.

Primeira foto de Robinho na penitenciária de Tremembé é divulgada

Ex-jogador de futebol foi fotografado pela primeira vez na penitenciária de Tremembé nesta quarta-feira (27). Robinho cumpre pena de 9 anos por estupro coletivo de jovem albanesa ocorrido em 2013. A imagem foi obtida pelo portal de notícias g1.

O ex-atleta foi condenado pelo crime na Itália, mas cumpre sentença no Brasil, conforme decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Robinho permanece em regime fechado na cidade localizada a 130 km de São Paulo, segundo o Bom Dia Brasil, ele ficará em uma cela separada e tomará banho de sol em horário diferente dos demais detentos durante os primeiros 20 dias.


Robinho ao entrar no sistema prisional (Foto: reprodução/Folha de São Paulo)

Relembre o crime

Em 2013, durante uma noitada em uma boate italiana, Robinho e um grupo de amigos estupraram coletivamente uma jovem. Na época, o ex-jogador fazia parte do time de futebol Milan e alegou, em sua defesa, que a relação que teve foi consensual, mas foi provado que a jovem estava inconsciente durante a violência.

As provas que resultaram na condenação de Robinho consistiram em conversas do próprio ex-jogador com os demais envolvidos, nas quais ele detalha o crime praticado. Em 2022, 9 anos depois do ocorrido, o agora detento foi condenado em última instância, mas não foi preso pois estava em território brasileiro.

Apesar de a Constituição Brasileira não permitir extradição de cidadãos natos, é possível que os brasileiros condenados em outras nações (como é o caso de Robinho) cumpram a pena em seu país. Dois anos depois da decisão da justiça italiana, o ex-jogador foi preso, na última quinta-feira (21), após veredito do STJ.


Ex-jogador Robinho na seleção brasileira (Foto: reprodução/Evelson de Freitas/Estadão/CNN)

Confiança no feriado

Segundo a Folha de São Paulo, Robinho está confiante de que passará a Páscoa do lado de fora da cela, em sua casa. Os funcionário da penitenciária de Tremembé relataram ao jornal que o ex-jogador está sorridente e convicto de que receberá uma notícia favorável nos próximos dias.

Para o g1, José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, confirmou que seu cliente permanecerá na prisão durante o feriado, mas que possui confiança de que o Supremo Tribunal de Justiça conceda o liminar para que o ex-jogador responda ao processo em liberdade.

Ana Maria Braga fala sobre caso de Daniel Alves e Robinho

Nesta segunda-feira (25) a apresentadora Ana Maria Braga, do programa Mais Você, deu sua opinião sobre os casos dos ex-jogadores Daniel Alves e Robinho. Em que ambos foram sentenciados à prisão pelo crime de estrupo a mulheres.

Ana Maria Braga tem o seu programa de TV matinal na Rede Globo. O mesmo está no ar desde outubro de 1999, no qual a apresentadora tem a sua fiel audiência por longos 25 anos. Decorrente de seu sucesso com o seu programa de TV, Ana Maria Braga tem uma voz influente no meio da comunicação. Dado que suas opiniões, podem gerar um impacto.

Opinião da apresentadora

Ana Maria falou sobre o caso de Daniel Alves e Robinho, em que relatou não se dizer condizente com a decisão de ter sido colocada uma fiança para pagamento. Dado que os ex-jogadores pagaram uma fiança para ter sua liberdade provisória.

Em dado momento falou sobre o lado da vítima, dado que ela não viu um pedido de perdão de ambos para as mulheres nas quais sofreram de tal crime. Em que conclui a sua fala ao dizer ficar indignada com as pessoas que defendem eles e tantos outros, no qual se deveria ter uma indignação natural.

Foto destaque: Daniel Alves tem fiança paga e pode aguardar decisão final em liberdade (Reprodução/Getty Images Embed)

Relembrando o caso dos ex-jogadores

O caso de Daniel Alves aconteceu na madrugada do dia 31 de dezembro de 2023, em que ele estava em uma discoteca na Espanha. O ex-jogador teria abusado sexualmente de uma mulher de 23 anos dentro do banheiro da discoteca. O ex-jogador foi julgado e condenado pelo tribunal de justiça de Barcelona. Pois foi comprovado que não houve consentimento em tal ato de Daniel Alves.

Já no caso de Robinho, na época do caso ele estava perto de assinar contrato com a equipe do Santos. Quando foi noticiado que ele havia abusado com outros homens, algumas mulheres em uma boate no ano de 2013, em Milão, na Itália. O jogador foi condenado a nove anos de prisão. A sentença foi dada pelo tribunal italiano, em que ele deveria cumprir a prisão na Itália mesmo. Mas após uma série de acontecimentos, Robinho teria de cumprir a pena aqui no Brasil.

Robinho chega ao presidio e passará semana em cela isolada

Após a determinação do STJ que sua pena fosse executada o mais rápido possível nessa quinta-feira (21), o ex-jogador Robson de Souza, popularmente conhecido como Robinho, foi transferido para a 2º penitenciaria de Tremembé, localizada no interior de São Paulo, conhecida com o ‘’Presídio dos famosos”. 

Com a decisão do cumprimento da condenação da justiça, pelo crime de estrupo coletivo, ele foi levado ao presidio na madruga de sexta-feira (22), onde cumprirá a pena de 9 anos, definida pelo governo italiano. 


Robinho entrando na delegacia de Santos (Foto: reprodução Fábio Pires/TV Tribuna)

Regime de observação

Já encarcerado nesse momento, Robinho passará pelo ‘’regime de observação’’, num período de 10 a 30 dias, processo de adaptação e a realização de avaliações médicas. Durante prazo, o atleta não receberá visitas de familiares ou terá contato com outros presos. 

A cela onde o atacante se encontra em seus primeiros dias tem 8 m² com 4m de comprimento e 2m de largura, contendo uma cama, pia e um vaso sanitário. Por lá, ele fará suas refeições e outras atividades e tem momentos em que ficará isolado. Depois que as avalições do regime forem finalizadas, ele sairá do isolamento e se juntará aos outros no pavilhão comum. 

A “cadeia dos famosos”

A penitenciaria Doutor José Augusto Salgado, alcunhada de Tremembé P2, fica na região do Vale do Paraíba e abriga, atualmente, 408 presos. Ela recebe pessoas envolvidas em casos de grande porte nacional e condenados por crimes de estrupo, consideradas umas das cadeias mais controladas do país, obtendo o prêmio de “Modelo de Gestão Penitenciária” em 2003. 


Entrada da penitenciária Tremembé (Foto: reprodução/Laurene Santos/TV Vanguarda )

Tendo baixa quantidade de presos, contém, no momento, internos envolvidos em casos famosos, nomes como Gil Rugai, preso pela morte do pai e da madrasta, Cristian Cravinhos, que estava envolvido no assassinato do casal Richthofen, Lindemberg Alves, condenado por matar Eloá Pimentel. E Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella. 

CBF se manifesta sobre polêmica com Daniel Alves e Robinho

Depois de um longo período de silêncio que gerou questionamentos, a Seleção Brasileira, sob a liderança do técnico Dorival Júnior e do capitão Danilo, finalmente se pronunciou sobre os casos de estupro envolvendo os ex-jogadores Daniel Alves e Robinho. A expectativa em torno dessa manifestação era alta em várias partes da sociedade, especialmente após a condenação de Daniel Alves na Espanha e a prisão de Robinho, em Santos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também se posicionaram.

Compromisso com a conscientização e a responsabilidade


Dorival, treinador da Seleção Brasileira, dá a sua opinião sobre os casos de Robinho e Daniel Alves (Foto: reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)

Dorival ressalta a importância de assumir uma posição clara, frisando o compromisso de seu papel como técnico da Seleção. Além disso, ele expressa solidariedade às vítimas e sublinha a necessidade crucial de responsabilizar os culpados, mesmo que isso represente um desafio emocionalmente doloroso.

O treinador destaca sua história prévia com Robinho, reconhecendo suas qualidades como uma pessoa que, segundo ele, é maravilhosa, porém, reafirmando a necessidade de se buscar justiça. Além disso, o lateral Danilo pediu para que a CBF promova a conscientização desde as categorias de base do esporte, visando estimular um pensamento reflexivo entre os jogadores, particularmente os mais jovens.

Ação da CBF e compromisso com a mudança

Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), abordou os casos de Daniel Alves e Robinho, expressando solidariedade às vítimas e destacando a necessidade de combater todas as formas de violência e discriminação no futebol. Ele enfatizou a importância de ouvir as vítimas e encorajá-las a não se calarem diante de situações de violência, além de ressaltar o papel essencial dos homens na linha de frente contra a violência sexual.

Rodrigues também citou a questão do racismo no esporte, reconhecendo a necessidade de enfrentar esse problema, além de detalhar iniciativas recentes da CBF para promover a diversidade e garantir um ambiente seguro para todos os envolvidos no futebol.

Matéria por Deborah Gorges (Lorena – R7)

Robinho está preso na penitenciária de Tremembé, em São Paulo, onde deve cumprir pena por estupro na Itália

O ex-jogador de futebol Robson de Souza, conhecido como Robinho, foi preso e levado, na noite desta quinta-feira (21), para penitenciária de Tremembé, que fica a 150 km da capital paulista. A prisão se deu após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele deve cumprir a pena de 9 anos pelo crime de estupro coletivo, condenado pela justiça da Itália, em regime fechado.  


Momento em que Robinho chega ao prédio da Polícia Federal (Foto: reprodução/Fábio Pires/TV Tribuna/G1)

Condenado em Milão 

A defesa de Robinho chegou a entrar com um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a liberdade do ex-atleta até seu julgamento, mas o pedido foi recusado pelo ministro Luiz Fux. Com o mandado de prisão em mãos, a Polícia Federal foi até o apartamento de Robinho, que fica em Aparecida, em Santos. O ex-jogador passou por uma audiência de custódia e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Santos antes de ser encaminhado para a Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado. 

O crime que gerou a condenação de Robinho ocorreu em uma boate em Milão, em 2013, contra uma mulher albanesa. Nove anos depois, a corte da Itália condenou o ex-jogador em última instância. Por morar no Brasil, a legislação impede que brasileiros sejam extraditados para cumprir pena em outros países. Em fevereiro, a justiça italiana entrou com um pedido de homologação para que o ex-atleta cumprisse sua sentença em seu país de origem e foi aceito pelo Ministério Público Federal (MPF) junto ao STJ. 

Penitenciária de Tremembé 

Conhecida como P2 de Tremembé, a prisão onde Robinho irá passar alguns anos, é conhecida por abrigar presos condenados por crimes de grande comoção nacional. Detentos como Alexandre Nardoni, Lindemberg Alves e Cristian Cravinhos cumprem pena neste presídio. Segundo G1, Robinho deve ficar em uma cela separada neste primeiro momento em período de adaptação que deve durar uns 20 dias. Após esse tempo, o ex-jogador deve ficar em uma cela comum junto aos outros detentos. 

Robinho é preso pela Polícia Federal em Santos

Na noite desta quinta-feira (21), o ex-jogador Robinho foi preso pela Polícia Federal, em Santos, pela acusação de estupro coletivo na Itália, em 2013. De acordo com Luis Bacci, da TV Record, Robinho está em uma viatura a caminho da delegacia. O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o condenou a nove anos de prisão.



Assinada oficialmente nesta quinta-feira (21) pela presidente Maria Thereza de Assis Moura, a condenação do ex-jogador de futebol Robinho estava nas mãos da Justiça Federal de Santos, visto que a cidade é a residência atual do ex-atleta.

No documento, o STJ alega que Robinho deve cumprir os nove anos de prisão da qual foi sentenciado ainda na Itália – local onde foi condenado por crime de estupro. Na última quarta-feira (20), o órgão já havia validado o pedido de prisão do jogador por meio de uma votação entre ministros.

Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, foi condenado pelas autoridades italianas em 2013 após ser acusado de participar de um estupro coletivo de uma jovem de 23 anos. O caso ocorreu em uma boate em Milão, durante a época na qual o jogador integrava o time de futebol europeu Milan.

Qual o próximo passo do STJ para o caso

No momento, deverá ser entregue para a Justiça de Santos a cópia da certidão do julgamento, contando ainda uma versão traduzida da decisão da corte italiana.

Condenado como culpado em primeira instância ainda em 2017 na Itália, Robinho mudou-se para o Brasil antes mesmo da condenação. Desta forma, o ex-atleta conseguiu viver em liberdade, visto que no país a Constituição Federal não permite que brasileiros natos sejam extraditados.

O pedido de extradição ocorre quando um Estado pede para que o indivíduo seja sendo julgado criminalmente em seu país de origem por um crime que tenha cometido no exterior. Em 2023, a justiça italiana pediu, desta vez, para que o jogador cumprisse a pena em no Brasil e outro processo foi aberto.

O que diz Robinho e sua equipe de defesa

Em suas redes, Robinho compartilhou um longo depoimento no qual ainda nega as acusações de estupro firmadas pelas autoridades e afirma que a justiça italiana “cometeu erros gritantes e gravíssimos durante todo o meu julgamento.”


Ex-atleta Robinho faz vídeo para o Instagram falando sobre sua sentença de prisão por crime de estupro (Foto: reprodução/Instagram/@robinho)

Além disso, ainda nesta quinta-feira (21), os advogados do ex-atleta acionaram o Supremo Tribunal Federal para que a prisão instantânea de seu cliente fosse evitada. No entanto, o próprio STJ afirmou que estes tipos de recursos de ajuda não impedem que o mandado de prisão seja realizado.

Advogados de Robinho recorrem ao STF para evitar prisão imediata por estupro

Hoje (21), a defesa de Robinho de Souza, ex-jogador, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), buscando evitar sua prisão imediata no Brasil para cumprimento da pena de estupro. O crime, julgado e condenado na Itália, tem gerado intensos debates jurídicos quanto à sua execução no território nacional.

Após sorteio, o ministro Luiz Fux, designado como relator do caso, recebeu o pedido. Até agora, não foi emitida uma decisão formal pelo magistrado, deixando-se a expectativa em torno da resposta do STF.

Ontem (20), os advogados de Robinho solicitam a suspensão da execução da pena determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até que se esgotem todas as possibilidades de recurso. Após a homologação da sentença italiana, a Corte Especial do STJ, por 9 votos a 2, validou o pedido de extradição da Itália e determinou que o jogador cumpra a pena no Brasil.

Argumentação da defesa



A defesa de Robinho afirma ao STF que o ex-jogador não representa ameaça à execução da decisão (Fotografia: Reprodução/Terra)

Os advogados, em comunicado ao STF, argumentam que Robinho não representa risco para o cumprimento da decisão, ressaltando a necessidade de aguardar o trânsito em julgado da discussão. Além disso, contestam a legalidade do pedido italiano, alegando contrariedade à Constituição brasileira.

A defesa sustenta, além disso, que à época do delito, não existiam leis no Brasil que autorizassem a transferência de penas definidas no exterior, questionando assim a retroatividade da legislação aplicada ao caso.

Decisão do STF

Assim que o processo de homologação se encerrar, a decisão da Corte Especial do STJ, proferida na quarta-feira, determina que Robinho seja preso em Santos, onde reside. No entanto, o ex-jogador ainda pode recorrer ao STF por meio de habeas corpus ou recurso extraordinário.

Justificou o relator do caso no STJ, ministro Francisco Falcão, a validade da extradição, apontando que a Constituição brasileira não permite a extradição de brasileiros natos, tornando a transferência de execução da pena a alternativa cabível. Também destacou a necessidade de evitar impunidade, em conformidade com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.

STJ decide que Robinho deve cumprir pena de 9 anos por estupro

Nesta quarta (20), o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), formou maioria a favor do cumprimento da pena de nove anos do ex-jogador, Robinho, no Brasil, após ser condenado por estupro na Itália. O ministro Francisco Falcão, relator do caso, foi o primeiro entre 15 ministros votantes e optou pela transferência de pena.

“Entendo que não há óbice constitucional ou legal para a homologação da transferência da homologação da pena solicitada pela Justiça da Itália”, afirmou Falcão. Segundo a constituição, um brasileiro nato nunca poderá ser extraditado, ou seja, ser entregue a outro país para que possa ser processado e julgado por um crime que tenha cometido.

O crime

O estupro ocorreu em uma boate em Milão no ano de 2013, enquanto Robinho era jogador do Milan. Ele e mais quatro brasileiros foram acusados de abusar sexualmente de uma mulher albanesa.

“Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou” disse o ex-jogador, seguido de detalhes explícitos do ocorrido, em áudio utilizado para comprovar a veracidade do crime pelo Ministério Público Italiano. Robinho foi condenado em três instâncias no país.

A pena


(Foto/divulgação/Rafael Luz/STJ)

O STJ não julgou novamente o crime, apenas votou a favor do cumprimento da pena no Brasil, analisando o pedido de homologação da Itália e verificando se a sentença cumpre os requisitos formais previstos no Código de Processo Civil para homologação. Depois de de um debate acalorado, foi decidido que o cumprimento da pena de nove anos deve ser imediato.

Estratégia de defesa

Robinho utilizou argumentos como o racismo para alegar que não foi ouvido no julgamento na Itália e assumiu uma relação rápida com a vítima, admitindo apenas o erro de ter traído a esposa na época, tentando uma comoção da opinião pública.