Terremoto de 7,8 atinge Rússia e provoca alerta de tsunami no Pacífico

Um terremoto na Rússia de magnitude 7,8 atingiu nesta quinta-feira (18) a Península de Kamtchatka, no extremo leste do país. O epicentro ficou a cerca de 120 quilômetros de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade de 165 mil habitantes. O tremor ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade e, por isso, levou autoridades a emitir alerta de tsunami para áreas litorâneas próximas.

Impactos do terremoto na Rússia em Kamtchatka

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o abalo foi sentido em diversas localidades do Pacífico Norte. Como ocorreu em baixa profundidade, o risco de deslocamento do fundo do mar aumentou, favorecendo a formação de ondas perigosas. Além disso, ao menos cinco réplicas acima de magnitude 5 se seguiram em menos de uma hora.

Até agora, não há registros de feridos ou danos graves em construções. No entanto, as autoridades locais orientaram moradores das zonas costeiras a deixar suas casas de forma preventiva e buscar abrigo em áreas mais altas.


Rússia foi atingida por um terremoto (Foto: reprodução/X/SBT News)

Alerta de tsunami e resposta internacional ao terremoto na Rússia

O governo regional de Kamtchatka colocou imediatamente os serviços de emergência em prontidão. Escolas, hospitais e prédios públicos receberam protocolos de evacuação rápida para agir em caso de agravamento da situação. Enquanto isso, equipes de monitoramento acompanham a movimentação do mar e reforçam que a população deve evitar praias e portos até o fim do alerta.

No cenário internacional, Estados Unidos e Japão também reagiram. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico emitiu avisos para o Havaí e o Alasca. Por outro lado, parte desses comunicados foi reavaliada ao longo do dia, reduzindo o risco para regiões mais distantes.

Riscos e orientações após o terremoto

A Península de Kamtchatka integra o Círculo de Fogo do Pacífico, área de forte atividade sísmica e vulcânica. Em julho, um terremoto de magnitude 8,8 na mesma região provocou ondas de até 4 metros, destruiu construções costeiras e obrigou centenas de moradores a sair de casa. Embora não tenham ocorrido mortes, a lembrança recente reforçou a preocupação atual.

Especialistas destacam que abalos dessa intensidade podem ter efeitos além da área imediata. Desse modo, pequenas alterações de maré podem atingir países vizinhos e atrapalhar atividades pesqueiras e portuárias. Portanto, centros de monitoramento mantêm acompanhamento em tempo real para avaliar se novos avisos serão necessários.

Gerson longe, mas ainda presente: pai do volante agita as redes sociais

O Flamengo perdeu para com o Atlético-MG na noite desta quinta-feira (31), no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Mas, além do resultado, o nome do volante Gerson voltou a ganhar destaque nas redes sociais, mesmo atuando atualmente pelo Zenit, da Rússia. Isso porque Marcão, pai do jogador, postou um vídeo acompanhando a partida e torcendo pelo Rubro-Negro de longe. A publicação viralizou e reacendeu a discussão sobre o impacto da saída do “Coringa” no desempenho do time carioca.

Aos olhos de muitos torcedores, a equipe comandada por Filipe Luís ainda não encontrou um substituto à altura para a função exercida por Gerson. Desde a derrota para o Bayern de Munique no Mundial de Clubes, a ausência do meio-campista tem sido um dos pontos mais comentados quando o tema é a instabilidade da equipe.

Em clima descontraído, Marcão reforça laço com o time

No vídeo publicado em tom descontraído, Marcão aparece assistindo à partida de madrugada na Rússia. Com um sorriso no rosto e vestindo o vermelho e preto, ele reforçou o carinho pelo clube.

Turma, respira que é de graça. A vida não tem replay. Madrugada linda. Estou aqui bem longe, mas assistindo o jogo e torcendo para o Flamengo. Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Vapo

declarou Marcão

A repercussão foi imediata. Nas redes sociais, torcedores reagiram com mensagens de saudade do volante e teorias sobre um possível retorno ao clube no futuro. Outros criticaram a atual formação do meio-campo do Flamengo e pediram mais organização tática.


Marcão pai de Gerson posta um vídeo em seu Instagram torcendo para o Flamengo na partida contra o Atlético-MG (Vídeo: reprodução/Instagram/@oficialmarcaomg)


Partida intensa e decidida no detalhe

Dentro de campo, o duelo no Maracanã foi marcado pelo equilíbrio e por chances claras de gol dos dois lados. O Atlético-MG começou o jogo assustando. Logo no primeiro minuto, Gustavo Scarpa cruzou para a área, e Hulk, livre, furou na hora de finalizar. Aos sete, nova investida atleticana: Hulk levantou a bola na área, Cuello cabeceou para o meio e a bola bateu no braço de Varela. Os jogadores pediram pênalti, mas o árbitro mandou seguir.

O Flamengo respondeu com maior posse de bola, tentando dominar o meio de campo. Aos 30 minutos, Everton Araújo arriscou de fora da área e carimbou o travessão em uma das melhores chances da primeira etapa. Mais tarde, aos 41, Plata recebeu dentro da área e finalizou cruzado, obrigando Everson a fazer boa defesa. No fim do primeiro tempo, Hulk deu lindo chapéu em Léo Pereira e tocou para Cuello, que finalizou na rede pelo lado de fora.

Estreia, gol atleticano e empate anulado

Na volta do intervalo, o Atlético voltou mais ligado. O Flamengo tentou equilibrar com alterações, entre elas, a estreia de Samuel Lino. O atacante mostrou serviço e participou das principais ações ofensivas do time carioca na segunda etapa. Aos 14 minutos, Rony puxou contra-ataque e cruzou rasteiro para a área. Varela salvou o Flamengo ao cortar o passe antes que Cuello completasse. Mas, aos 20, a pressão atleticana deu resultado. Em erro na saída de bola, Cuello recuperou dentro da área, cortou para o meio e bateu no canto para abrir o placar: 1 a 0 para o Galo.

O Flamengo seguiu tentando, com Samuel Lino sendo o destaque. Aos 30, o estreante avançou pela esquerda e cruzou para Emerson Royal, que finalizou no travessão. Em seguida, Lino entortou Lyanco e finalizou cruzado, mas parou em nova defesa de Everson. No último lance da partida, Samuel Lino balançou as redes após receber cruzamento na pequena área, mas o gol foi anulado por impedimento.

Saída de Gerson ainda é sentida

Apesar do empate, a atuação do Flamengo deixou dúvidas. A ausência de Gerson ainda pesa, especialmente em partidas que exigem maior equilíbrio no meio-campo. O ex-camisa 8 era conhecido por seu vigor físico, qualidade técnica e poder de decisão — atributos que, segundo muitos torcedores, fazem falta no atual elenco.

Enquanto Gerson segue atuando pelo Zenit, o carinho entre ele e o Flamengo permanece evidente. A atitude de Marcão ao assistir ao jogo e demonstrar apoio ao clube emocionou torcedores e reforçou a conexão da família com o Rubro-Negro. A expectativa por um eventual retorno do “Coringa” segue viva nas arquibancadas e nas redes. Por ora, Filipe Luís tenta encontrar alternativas para preencher a lacuna deixada pelo volante. A torcida, por sua vez, continua atenta — e, como mostrou Marcão, fiel, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Trump volta a ameaçar Brics com tarifa de 10%; Brasil prega cautela diante de tensão cambial

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, voltou a ameaçar os países do Brics com a imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos importados, em meio à crescente preocupação com a desvalorização do dólar. A informação foi destacada pela comentarista de economia da CNN Brasil, Rita Mundim, que apontou um cenário de tensão geopolítica e comercial cada vez mais acentuado.

Trump vem fazendo pelo dólar

Segundo Mundim, Trump vem atribuindo a perda de valor da moeda americana à atuação do Brics, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos integrantes recentes, como Irã, Egito e Etiópia. Contudo, outros fatores têm contribuído para esse movimento, como os próprios aumentos tarifários promovidos pelo republicano, a expectativa de inflação nos Estados Unidos e a queda na demanda global por títulos do Tesouro americano.

Indicadores reforçam a tendência. O índice BXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis das principais moedas do mundo, acumula queda de quase 11%, na maior desvalorização desde 1973. “Trump está irado e extremamente preocupado”, comentou Mundim. A especialista não descartou a possibilidade do ex-presidente ampliar ainda mais a tarifa anunciada, a exemplo do que já ocorreu com alguns países asiáticos, onde as alíquotas ultrapassaram os 30%.

Alckmin defendeu abordagem cautelosa


Presidentes dos países do Brics (Foto: reprodução/Per-Anders Pettersson/Getty Images Embed)


Diante do novo sinal de hostilidade comercial, autoridades brasileiras têm reforçado a necessidade de diálogo. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu uma abordagem cautelosa. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um grupo técnico do governo brasileiro em contato constante com representantes norte-americanos para evitar um agravamento da situação.

Mundim classifica o momento como parte de uma “nova guerra fria”, impulsionada por disputas ideológicas e pelo avanço das discussões em torno de uma moeda alternativa ao dólar nas transações globais.

Há um realinhamento geopolítico e uma revolução silenciosa no comércio internacional em curso”, disse.

A possível ascensão do yuan, impulsionada pela China dentro do Brics, seria um dos fatores que mais incomodam Washington.

Para o Brasil, o contexto impõe desafios. Ao integrar um bloco que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descreve como responsável por 40% do PIB mundial, o país precisa equilibrar seus interesses estratégicos com a manutenção de boas relações comerciais com os Estados Unidos. A busca por alternativas ao dólar, conforme palavras de Lula, é um caminho “sem volta”, o que só aumenta as tensões no tabuleiro global.

Putin ordena o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde inicio da guerra

Durante a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta, a Rússia realizou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o começo da guerra, segundo autoridades ucranianas. A ofensiva envolveu 539 drones e 11 mísseis lançados de forma coordenada.

O bombardeio aconteceu pouco antes de uma conversa programada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O ataque também veio um dia após Trump ter falado com o presidente da Rússia, Vladimir Putin — ligação que, segundo Trump, terminou sem avanços concretos.


Charge sobre conversa dos presidentes Putin e Trump (Foto: Reprodução/X/@AgenciaEll69700)


Na noite de quinta-feira e na madrugada de sexta, a Rússia fez seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra. Segundo autoridades ucranianas, foram lançados 539 drones e 11 mísseis de forma coordenada. Esse bombardeio aconteceu poucas horas antes de uma conversa entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — e um dia após Trump falar com o presidente russo, Vladimir Putin, sem chegar a nenhum acordo.

A Força Aérea da Ucrânia classificou a ofensiva como a mais intensa já registrada em número de projéteis. Zelensky informou, em uma publicação na rede X, que 270 dispositivos foram abatidos, sendo 208 por guerra eletrônica. Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas. Segundo ele, os alertas de ataque começaram quase ao mesmo tempo que as notícias sobre a ligação entre Trump e Putin. “Foi uma noite brutal e sem sono”, declarou.

Cidades atingidas

Kiev foi o principal alvo, mas outras regiões como Dnipro, Sumy, Kharkiv e Chernihiv também foram atacadas. Ferimentos ocorreram não só pelas explosões, mas também por destroços que caíram dos projéteis interceptados.

A Rússia tem aumentado a frequência de seus ataques recentemente. Segundo a agência AFP, junho teve número recorde de mísseis e drones lançados. Mesmo com o ataque, Putin disse estar aberto a negociações com a Ucrânia, mas reforçou que seus objetivos militares continuam. Trump, por sua vez, expressou frustração com o tom da conversa com o líder russo.

EUA cancela envio de armas

Enquanto isso, os EUA anunciaram que vão suspender o envio de armas específicas à Ucrânia, alegando motivos de segurança nacional. Autoridades ucranianas pedem mais apoio internacional e novas sanções à Rússia, reforçando que a pressão econômica é essencial para frear a guerra.

A guerra entre Ucrânia e Rússia se estende há muitos anos, desde a disputa da Criméia em 2014. Mas esse conflito se intensivou desde a invasão de grande escala russa no território ucraniano em fevereiro de 2022.

Rússia nega atrasos nas negociações de paz, mas intensifica ataques à Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou nesta terça-feira (1) que a Rússia esteja retardando negociações de paz em relação à guerra na Ucrânia. A declaração foi uma resposta direta à crítica do enviado especial de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para a Ucrânia, que havia acusado Moscou de estagnar os avanços diplomáticos.

“Ninguém está atrasando nada aqui”, afirmou Peskov aos jornalistas, reforçando que a Rússia “é naturalmente favorável a alcançar os objetivos da operação militar especial por meios políticos e diplomáticos”.

Apesar do discurso conciliador, a realidade nos campos de batalha contradiz a fala do Kremlin. Na madrugada de domingo (29), a Ucrânia sofreu o maior ataque aéreo desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Segundo a Força Aérea da Ucrânia, mais de 500 armas aéreas foram lançadas contra o país em poucas horas — incluindo 477 drones e iscas, além de 60 mísseis. Embora a maioria tenha sido interceptada, os danos causados marcam uma escalada agressiva no conflito.

Discurso de paz, ações de guerra

Peskov disse ainda que Moscou é grata à equipe de Trump pelos esforços de mediação e que não tem interesse em prolongar o conflito. No entanto, enquanto o Kremlin insiste na retórica da paz, a Rússia continua bombardeando alvos em território ucraniano diariamente, inclusive áreas civis.


Soldados testam drone militar na região pró-Rússia de Donetsk (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


A seção de direitos humanos da ONU divulgou, na segunda-feira (30), um relatório alarmante: as vítimas civis e as violações de direitos humanos aumentaram significativamente nos últimos meses, com destaque para os ataques com drones, que vêm se tornando cada vez mais letais. “A escalada é clara”, afirmou o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), que monitora o conflito.

Paz distante

A guerra, que completa três anos em 2025, parece longe de um fim. As falas do Kremlin contrastam com os dados divulgados por agências internacionais e com a intensidade dos ataques em solo ucraniano.

Embora a Rússia afirme que busca a resolução por vias diplomáticas, a realidade sugere um cenário oposto: um conflito cada vez mais violento, com consequências trágicas para a população civil de ambos os países.

Governo Russo autoriza criação de novo aplicativo de mensagens estatal

Nesta terça-feira (24), foi aprovado um novo projeto de lei pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem como objetivo autorizar a criação de um novo sistema de mensagens estatal, visando que o governo russo se torne menos dependente de aplicativos ocidentais, como WhatsApp e Telegram.

A Rússia busca alcançar soberania e independência digital, após ver diversas startups e empresas de tecnologia deixarem o mercado de ações russos mediante às invasões ucranianas, em 2022. Com isso, a solução encontrada por Putin é de desenvolver com seus próprios recursos novas tecnologias capazes de substituir aplicativos de mensagem ocidentais, por exemplo, entre outros meios de comunicação e aplicativos.

O novo App

De acordo com legisladores russos, o aplicativo que está sendo desenvolvido, cujo nome ainda não é conhecido, deve oferecer além das funcionalidades básicas já presentes em outros aplicativos (como WhatsApp e Telegram), como mensagens de texto, de áudio, imagens e vídeo chamadas. Outras funcionalidades exclusivas devem estar presentes no aplicativo, segundo os russos.

No entanto, especialistas de segurança apontam que, pelo fato do governo exercer um controle 100% estatal sobre o app, pode acarretar um risco à privacidade e à liberdade dos cidadãos russos. O governo brasileiro também teve a ideia da criação de um aplicativo de mensagens estatal, porém, seu direcionamento foi apenas aos funcionários públicos federais.


Presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou projeto de lei para criação de novo aplicativo de mensagens estatal (Foto: Reprodução/Gavriil Grigorov/Getty Images Embed)


Medidas do governo

De acordo com Mikhail Klimarev, diretor da Sociedade de Proteção à Internet, é estimado que a Rússia tome providências para que as pessoas migrem dos aplicativos de mensagem tradicionais para esse novo sistema. Uma das estratégias utilizadas é a diminuição da velocidade do WhatsApp e do Telegram no país, por exemplo.

Em um cenário hipotético, caso o aplicativo do governo atinja um número considerável de usuários, o governo russo pode fazer uma mudança radical, bloqueando os demais aplicativos de mensagem ocidentais, gerando um cenário de migração obrigatória da população para o novo serviço.

Explosões derrubam duas pontes na Rússia e deixam mortos e feridos perto da fronteira com a Ucrânia

Duas explosões ocorridas em um intervalo de poucas horas derrubaram pontes em regiões próximas à fronteira da Rússia com a Ucrânia, deixando pelo menos sete mortos e mais de 60 feridos entre sábado (31) e domingo (1º). Os incidentes, que levantaram suspeitas de sabotagem, aconteceram nas regiões de Briansk e Kursk, ambas localizadas no oeste da Rússia.

O primeiro episódio foi registrado em Briansk, onde uma ponte rodoviária cedeu repentinamente sobre uma linha férrea no exato momento em que um trem de passageiros passava. A composição, que seguia de Klimovo para Moscou, transportava 388 pessoas. Com o colapso da estrutura, diversos caminhões que transitavam pela ponte despencaram, e alguns vagões do trem descarrilaram. A tragédia resultou em sete mortos e 69 feridos, segundo autoridades locais. As vítimas foram rapidamente socorridas e encaminhadas para hospitais da região, enquanto equipes de emergência atuavam no local.

Declaração do serviço rodoviário

De acordo com o serviço ferroviário de Moscou, a queda da ponte foi provocada por “interferência ilegal nas operações de transporte”, sem dar maiores esclarecimentos. Já o governador de Briansk foi mais direto, afirmando que o desabamento ocorreu em decorrência de uma explosão, reforçando a suspeita de um possível ataque planejado.


Putin e Zelensky juntos em uma conferência (foto: reprodução/x/@g1)

Poucas horas depois, uma segunda ponte desabou, desta vez na região vizinha de Kursk. No momento do colapso, um trem de carga cruzava a estrutura. Um dos maquinistas ficou ferido. Felizmente, não houve registro de outras vítimas.

Segundo as autoridades

As autoridades russas tratam os dois episódios como interligados. Investigadores abriram inquéritos e trabalham com a hipótese de sabotagem coordenada. Um parlamentar russo chegou a acusar diretamente a Ucrânia de envolvimento, classificando os ataques como atos de terrorismo. Até o momento, o governo ucraniano não comentou os acontecimentos.

O clima de tensão entre os dois países, agravado pela guerra em curso, ganha mais um capítulo com essas ações misteriosas, que afetam diretamente a infraestrutura civil e colocam em risco vidas inocentes.

Alemanha e Ucrânia anunciam parceria para a fabricação de misseis de longo alcance

Os líderes da Alemanha e Ucrânia se encontraram nesta quarta-feira (28) e anunciaram que pretendem desenvolver em conjunto uma produção industrial de míssil de longo alcance, com o objetivo de proteger dos avanços militares da Rússia. O anúncio foi dado pelo atual chanceler alemão, Friedrich Merz. 

O assunto foi debatido em uma visita do atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Berlim. O encontro é resultado de uma aproximação maior da Ucrânia com países europeus da União Europeia, após as discussões infrutíferas e as tensões de Zelensky com o presidente dos EUA, Donald Trump.


Reunião de lideranças alemãs e ucranianas (vídeo: reprodução/X/UkrReview)

Europa ocidental mais próxima

“Queremos viabilizar armas de longo alcance, também queremos viabilizar a produção conjunta e não falaremos sobre os detalhes publicamente, mas intensificamos a cooperação”, disse Friedrich Merz.

O acordo bélico permitiria uma cooperação alemã-ucraniana para a armar o exército da Ucrânia contra a ofensiva russa. A negociação também está prevista para a fabricação de drones, a conversa inclui a implementação das instalações de fabricação.

A Ucrânia vive um de seus momentos mais delicados desde a invasão por tropas russas ao país do Leste Europeu no ano de 2022. Desde as crises da tomada da Criméia pela Rússia em 2014, os conflitos entre ambos os países foram intensificados no decorrer dos anos e, a retirada do apoio estadunidense para as forças ucranianas foi um duro golpe em Zelensky.

A paz distante

 As conversas para encerrar o conflito ainda não resultaram em um acordo de cessar-fogo, e neste final de semana, a Rússia realizou três noites consecutivas de ataques aéreos intensos contra a Ucrânia. Além disso, Moscou mobilizou cerca de 50 mil soldados na área próxima à região de Sumy, no norte da Ucrânia, conforme informou Zelensky aos jornalistas.

O líder da Rússia, Vladmir Putin, ainda fez acusações contra a Ucrânia de realizar ataques de drones em solo russo. Os ataques estariam sendo feitos através das armas que o Ocidente forneceria para o exército ucraniano.

Trump acusa Putin de “brincar com fogo”; Rússia alerta para risco de 3ª Guerra Mundial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (27) que o líder russo, Vladimir Putin, está “brincando com fogo” em relação ao conflito na Ucrânia. Em uma publicação em rede social, Trump alertou que, se não fosse por sua intervenção, “coisas realmente ruins” já teriam acontecido à Rússia. Horas depois, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, respondeu mencionando o risco de uma Terceira Guerra Mundial, afirmando que esse seria o único desastre verdadeiramente grave.

As declarações ocorrem após a Rússia realizar, entre domingo (25) e segunda-feira (26), os maiores ataques aéreos desde o início da guerra, com centenas de drones e mísseis lançados contra a Ucrânia. Trump já havia chamado Putin de “louco” no fim de semana, sugerindo que o líder russo mudou de comportamento.

Discurso de Trump se torna mais agressivo contra Putin

Nos últimos dias, Trump tem endurecido seu tom em relação a Putin. Além de chamá-lo de “louco“, o presidente americano já havia feito uma cobrança direta em abril, dizendo: “Vladimir, PARE!“. Suas declarações mais recentes mostram um distanciamento em relação às ações do Kremlin, apesar de, durante sua campanha eleitoral, Trump ter prometido encerrar a guerra “em 24 horas” — algo que ainda não se concretizou.

A escalada retórica coincide com o aumento da violência no conflito. No domingo, a Rússia lançou 367 drones e mísseis, enquanto na segunda-feira foram 355 ataques apenas com drones, marcando uma intensificação sem precedentes nos bombardeios.

Rússia culpa Ucrânia por provocar escalada e envolver Europa no conflito

Nesta terça, Putin acusou a Ucrânia de intensificar os ataques em território russo, classificando-os como “provocativos“. Segundo o porta-voz presidencial Dmitry Peskov, os bombardeios ucranianos não contribuem para as negociações de paz e representam uma tentativa de envolver a Europa diretamente no conflito.


Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy pede novas sanções internacionais (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskiy_ooficial)


Peskov afirmou que o fornecimento de armas por países europeus à Ucrânia configura uma “participação indireta” na guerra. Na segunda-feira, aliados da Ucrânia autorizaram o uso de mísseis de longo alcance contra alvos dentro da Rússia, medida que já havia recebido aval dos EUA e do Reino Unido no final de 2024.

A troca de acusações e ameaças entre os líderes reforça a tensão global em torno do conflito, com temores de uma escalada ainda maior. Enquanto Trump alerta para consequências graves, a Rússia responde com ameaças de um conflito global, aumentando a preocupação internacional.

Kiev é alvo de mísseis e drones após troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia

A capital ucraniana foi atacada na noite de sexta-feira (23) por mísseis e drones russos, segundo as Forças Armadas da Ucrânia. A ação ocorreu no mesmo dia em que Rússia e Ucrânia realizaram a troca de 270 prisioneiros de guerra e 120 civis, totalizando 390 pessoas libertadas por cada lado.

De acordo com Tymur Tkachenko, chefe interino da administração militar de Kiev, destroços de mísseis e drones interceptados caíram em pelo menos quatro distritos da cidade. A Associated Press relatou que disparos de metralhadoras também foram ouvidos por toda a capital durante a ofensiva.

Na manhã deste sábado (24), autoridades ucranianas informaram que seis distritos de Kiev foram atingidos. Quinze pessoas ficaram feridas, entre elas duas crianças que precisaram ser hospitalizadas. Ao todo, três vítimas foram internadas. Ainda segundo os serviços de emergência, dois incêndios foram registrados no distrito de Solomianskyi, e muitos moradores buscaram abrigo nas estações subterrâneas do metrô.

Moradores em alerta e capital danificada

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram que este foi um dos maiores ataques contra Kiev desde o início da guerra, envolvendo 14 mísseis balísticos e cerca de 250 drones. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, declarou nas redes sociais que a noite foi “muito difícil” para o país e pediu novas sanções internacionais como forma de pressionar Moscou a aceitar um cessar-fogo.


Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy pediu novas sanções internacionais para pressionar Moscou a concordar com um cessar-fogo (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskiy_ooficial)


Rússia avança em vilarejos e intensifica ofensiva

Antes do ataque, o prefeito da cidade, Vitalii Klitschko, já havia alertado sobre a aproximação de mais de 20 drones russos. Pouco depois, o Ministério da Defesa da Rússia informou que suas tropas capturaram os vilarejos de Stupochki, Otradne e Loknia, nas regiões de Donetsk e Sumy, intensificando a ofensiva no leste do país.

Apesar da troca de prisioneiros sinalizar um raro gesto de negociação entre os dois países, os ataques mostraram que a escalada militar continua em ritmo acelerado. A comunidade internacional acompanha com preocupação a intensificação do conflito, temendo novos desdobramentos nas próximas semanas.