Império Serrano realiza velório de Arlindo Cruz com homenagem pública

Sambista Arlindo Cruz, um dos grandes nomes da música brasileira, será velado neste sábado (9), a partir das 18h, na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro. A cerimônia será aberta ao público, permitindo que fãs, amigos e admiradores se despeçam de perto do artista que marcou gerações com sua voz e suas composições.

A celebração seguirá a tradição do gurufim, desejo do próprio Arlindo, um costume que transforma o velório em um momento de música, bebida e confraternização, buscando aliviar a dor e garantir a boa viagem da alma.

Embora fortemente preservado no universo do samba, o gurufim tem origem mais ampla, ligada a práticas culturais que celebram a vida mesmo diante da morte, uma forma simbólica de manter viva a alegria, mesmo na despedida.

O local escolhido para a homenagem não é por acaso. Arlindo tinha uma relação profunda com o Império Serrano, escola de coração que fez parte de sua história no samba e onde recebeu homenagens marcantes ao longo da carreira.

Após o velório, que seguirá até a manhã de domingo, o corpo de Arlindo Cruz será levado para o sepultamento no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Será o último adeus a um ícone cuja obra e legado seguem vivos no coração do samba e na memória cultural do país.

Homenagem no palco que fez parte da sua história

A quadra do Império Serrano, onde Arlindo Cruz viveu momentos marcantes de sua trajetória, será o cenário de despedida para o sambista. O espaço, que tantas vezes recebeu sua voz e sua inspiração, abrirá as portas para uma cerimônia carregada de emoção, unindo familiares, amigos, admiradores e integrantes da escola.


Arlindo Cruz cantando em desfile da escola de samba (Vídeo: reprodução/Instagram/@imperioserrado)


A ligação de Arlindo com o Império Serrano começou em 1989, quando compôs o samba “Jorge Amado, axé Brasil”, homenagem ao escritor baiano que marcou a avenida. O ponto alto dessa parceria veio em 1996, com “Verás que um filho teu não foge à luta”, tributo ao sociólogo Betinho, considerado um dos melhores desfiles da história da escola, mesmo com a sexta colocação.

Ao longo de mais de duas décadas, o compositor assinou pelo menos dez sambas-enredo para o Império Serrano, celebrando personalidades como Dona Ivone Lara e exaltando a cultura brasileira. Sua contribuição vai muito além do Carnaval, deixando um legado eterno no samba e na música popular brasileira.


Despedida a Arlindo Cruz realizada pela Império Serrano (Foto: reprodução/Instagram/@imperioserrano)


Despedida após longa luta pela saúde

Arlindo Cruz estava internado no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio, e faleceu após enfrentar uma falência múltipla dos órgãos.

A trajetória de dificuldades na saúde começou em março de 2017, quando o sambista sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em casa.

Ele passou quase um ano e meio internado, em um longo processo de recuperação, e desde então conviveu com as sequelas, enfrentando diversas internações ao longo dos anos.

‘O sambista perfeito’

Carioca do subúrbio, Arlindo construiu uma carreira sólida como cantor, compositor e instrumentista, tornando-se um dos nomes mais respeitados do samba.

Admiradores e amigos o apelidaram de “o sambista perfeito”, referência a uma de suas composições em parceria com Nei Lopes, título que, neste ano, também batizou uma biografia dedicada à sua trajetória.


Arlindo Cruz cantando no Prêmio da Música Brasileira de 2010 (Foto: reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)


Compositor de grandes sucessos e parceiro de ícones do gênero, ajudou a escrever capítulos importantes da música brasileira, sempre com letras que falavam de amor, fé e da vida nas comunidades.

Sua partida deixa um vazio imenso, mas também um legado que seguirá vivo nas rodas de samba, nos carnavais e nas memórias de quem cantou suas canções. Arlindo Cruz não foi apenas um artista, foi um contador de histórias, um amigo do povo e um símbolo de resistência cultural.

Escolas de samba prestam homenagens a Arlindo Cruz

Arlindo Domingos da Cruz Filho, mais conhecido como Arlindo Cruz, morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. Cantor, compositor e sambista, Arlindo deixou um grande legado para a música brasileira, consolidando-se como um dos maiores nomes do samba. Logo após a notícia de seu falecimento, diversas Escolas de Samba prestaram homenagens ao artista.

Entre elas, destacou-se a Império Serrano, escola com a qual o cantor tinha forte ligação. Arlindo nasceu e cresceu em Madureira, bairro do Rio de Janeiro onde a Império Serrano está enraizada. Foi ali que ele se destacou como compositor ainda jovem, iniciando uma trajetória que marcaria para sempre a história do samba.

Homenagem da Império Serrano a Arlindo Cruz

Com uma trajetória profundamente ligada à Serrinha, berço do Império Serrano, Arlindo Cruz sempre foi mais do que um sambista para a agremiação. Após a notícia de sua morte, a escola usou suas redes sociais para prestar uma homenagem ao compositor, relembrando sua importância para o samba e para a comunidade. Em publicação no Instagram, o Império Serrano prestou sua homnagem.

A Império Serrano lamentou profundamente a morte de Arlindo Cruz, aos 66 anos, destacando sua importância como um dos maiores nomes do samba e figura marcante da escola. Mesmo após sofrer um AVC em 2017, sua força, talento e devoção ao samba continuaram a inspirar milhões. Autor de sambas memoráveis e dono de uma trajetória premiada, Arlindo foi homenageado em 2023 no desfile “Lugares de Arlindo”, que celebrou sua vida e obra. A escola expressou solidariedade à família e ressaltou que “seu legado e sua música permanecerão vivos para sempre”.


Império Serrano homenageia Arlindo Cruz — Foto: Reprodução/Instagram/@imperioserrano

Demais Escolas de Samba homenageiam também Arlindo Cruz

Diversas escolas de samba publicaram homenagens em suas redes sociais após a notícia da morte de Arlindo Cruz. Reconhecido como uma das maiores estrelas do gênero, o cantor foi fundamental para elevar o samba ao patamar mais alto da música brasileira.

Unidos da Tijuca

Com origem em 1931, a Unidos da Tijuca é uma das mais antigas escolas de samba do Rio de Janeiro. Famosa por seus desfiles de alto impacto visual e uso criativo de tecnologia, conquistou quatro títulos no Grupo Especial e consolidou a reputação de agremiação ousada e inovadora no carnaval carioca.


Unidos da Tijuca homenageia Arlindo Cruz — Foto: reprodução/Instagram/@gresutijuca

A Unidos da Tijuca prestou homenagem ao músico, cantor e compositor Arlindo Cruz, reconhecendo-o como um dos maiores nomes do samba brasileiro e figura marcante do carnaval carioca. Admirado e querido em todo o país, o artista foi lembrado pela importância de sua trajetória e legado na cultura nacional.

Grande Rio

Arlindo Cruz deixou sua marca na Acadêmicos do Grande Rio ao vencer a disputa de sambas-enredo em dois momentos marcantes. Em 2008, estreou na escola com “Do verde de Coarí, vem meu gás, Sapucaí!”, e, dois anos depois, repetiu o feito com “Das arquibancadas ao camarote número 1, uma Grande Rio de emoção, na Apoteose do seu coração”, reforçando sua relevância no Carnaval carioca.


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Grande Rio homenageia Arlindo Cruz — Vídeo: reprodução/Instagram/@granderio

A Grande Rio prestou tributo a Arlindo Cruz, destacando sua importância para a escola, para o samba e para a cultura brasileira. Em mensagem emocionada, a agremiação ressaltou que o artista será eterno na memória e no coração de todos.

O corpo de Arlindo Cruz será velado neste sábado, na quadra do Império Serrano, em cerimônia aberta ao público. Ícone do samba e referência do carnaval carioca, o músico estava internado desde abril e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Desde 2017, convivia com sequelas de um AVC, mas seguiu sendo inspiração para gerações de sambistas e admiradores de sua obra.

Zeca Pagodinho se despede de Arlindo Cruz: “Perdi um irmão”

O cantor Zeca Pagodinho prestou uma homenagem emocionada ao amigo e parceiro musical Arlindo Cruz, que morreu nesta quinta-feira (8) no Rio de Janeiro. A amizade entre os dois, marcada por décadas de samba, palcos compartilhados e a paixão pela Portela, deixa um legado inesquecível para a música brasileira.

Arlindo e Zeca se conheceram nos anos 1980, frequentando rodas de samba tradicionais do Rio de Janeiro, a afinidade era tão grande que se tratavam como irmãos. Mesmo após o AVC de Arlindo em 2017, Zeca manteve a presença na vida do amigo, participando de homenagens e incentivando projetos para valorizar a obra do companheiro, marcando a amizade pela lealdade e afeto genuínos.

A despedida

Em entrevistas, Zeca Pagodinho falou com pesar sobre a perda de Arlindo Cruz. “O samba chora hoje. Eu perdi um irmão de vida, de palco e de história. Arlindo foi um gênio a nossa música, um cara que carregava no peito o amor pelo samba e pela Portela. A gente dividiu rodas de samba, muito risos e também momentos difíceis,e eu só tenho a agradecer por ter tido essa amizade que vai ficar para sempre no meu coração”.

Ele relembrou ainda momentos de convivência, ressaltando a humildade e generosidade do amigo: ” Arlindo nunca deixou o sucesso subir à cabeça. Ele era daquele tipo de pessoa que sempre dava espaço para os outros brilharem, que acreditava no coletivo no samba. Vai deixar uma saudade enorme, mas sua obra é eterna.”


Despedida de Zeca Pagodinho para Arlindo Cruz (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNPOP)

Histórias, sucessos e amizade

Ao longo de suas carreiras, Zeca e Arlindo se cruzaram em inúmeros momentos. Clássicos como “Meu Lugar”, “Bagaço da Laranja” e “Malandro” foram interpretados juntos em shows e rodas de samba. Arlindo participou do projeto “O Quintal do Pagodinho” e também teve composições gravadas por Zeca.

Porteleiro declarado, Arlindo compôs sambas-enredo vitoriosos para a escola e nunca escondeu o orgulho pela agremiação. Zeca, mesmo ligado a outras escolas, respeitava e admirava essa ligação, chegando a cantar ao lado do amigo em eventos especiais da Portela. Para o público, cada reencontro dos dois no palco era uma verdadeira celebração ao samba e da amizade que os unia.

Morre o “Poeta”: mundo do samba presta homenagens a Arlindo Cruz

Morreu nesta sexta-feira (08) o cantor e compositor Arlindo Cruz, aos 66 anos. O artista, um dos maiores nomes do samba e da música brasileira, faleceu após complicações de saúde decorrentes do AVC que sofreu em 2017. Após a notícia ser divulgada pela família, amigos, familiares e grandes nomes prestaram suas homenagens publicamente

Repercussão e homenagens no mundo do samba


Zeca Pagodinho publicou, em suas redes sociais, um vídeo curto no qual disse: “Morre hoje meu compadre, meu parceiro e meu amigo Arlindo Cruz… Sofreu muito e agora merece descansar em paz.” Zeca e Arlindo, juntos, escreveram diversas canções que marcaram toda uma geração no mundo do samba, como “Camarão que dorme a onda leva” e “Dor de amor”.
Além de Zeca, outros artistas também demonstraram seus sentimentos. Mumuzinho escreveu nas redes: “Hoje o samba chora e meu coração chora junto.” Já Alcione, grande amiga de Arlindo, disse: “Foi-se nosso poeta mor descansar… Sentiremos muita falta de sua poesia.”
O filho de Arlindo Cruz, Arlindinho, lamentou a perda do pai e postou uma foto em suas redes com uma curta legenda ”Valeu”.



A trajetória do ”Poeta Mor

Arlindo foi um grande nome e até hoje é conhecido como o “Poeta do Samba”, autor de várias canções como “Será que é Amor”, “O Show Tem Que Continuar”, “Ainda é Tempo para Ser Feliz”, entre muitas outras. Nascido e criado no subúrbio carioca, o cantor nunca deixou de demonstrar seu amor pela Cidade Maravilhosa, pelo contrário, fez músicas que exaltavam a Zona Norte do Rio, como “Meu Lugar”. Arlindo defendia a bandeira de uma das escolas de samba de Madureira, o Império Serrano, para o qual compôs diversos sambas-enredo. Em 2019, foi tema de enredo da escola de samba X-9 Paulistana, de São Paulo. Já em 2023, desfilou na Sapucaí com sua escola do coração, o Império Serrano, onde recebeu homenagens ainda em vida.

Arlindo Cruz morreu devido a complicações de saúde após sofrer um AVC em 2017. O cantor deixa a esposa, Babi Cruz, e os três filhos: Flora, Arlindinho e Kauan. O sambista estava internado desde março deste ano, mas infelizmente não resistiu. As informações sobre o velório ainda não foram divulgadas.

Morre cantor e multi-instrumentista Arlindo Cruz

Arlindo cruz, faleceu nesta sexta-feira (08), aos 66 anos no Rio de Janeiro, ele era considerado um dos maiores ícones do samba, o cantor, compositor e multi-instrumentista, acumulava fãs por todo o país, entre seus maiores sucessos estava “O show tem que continuar”, “Meu lugar” e “Camarão que dorme a onda leva”.

Vida pessoal 

Nascido no Rio de Janeiro, dia 14 de setembro de 1958, Arlindo Domingos da Cruz Filho teve contato com a música desde cedo. Aos 7 anos, ganhou o primeiro cavaquinho, aos 12 já tocava músicas “de ouvido” e aprendeu violão ao lado do irmão Acyr Marques.

Ele estudou teoria musical e violão clássico ainda jovem, na escola Flor do Méier, foi então que começou a atuar como músico profissional em rodas de samba. Já aos 15 anos, foi para a escola preparatória de Cadetes do Ar em Barbacena–MG. 

Aos 34 anos, em 1992, se casou com Barbara (Babi) Cruz, juntos tiveram 2 filhos, o também cantor Arlindinho e Flora Cruz. Os dois ficaram casados por mais de 30 anos e se mostravam bastante unidos, tanto na música, já que Babi atuava como sua empresária, quanto em causas sociais ligadas à cultura.

Em 2017, o artista sofreu um AVC hemorrágico e ficou quase um ano e meio internado. Ele lidava com sequelas do acidente e desde então não se apresentava mais. O artista ainda sofria de uma doença autoimune, era traqueostomizado e era alimentado através de uma sonda.



Arlindo Cruz performando em São Paulo nas comemorações para a copa do mundo da FIFA no Brasil em 2014 (Foto: reprodução/YASUYOSHI CHIBA/ Getty Imagens Embed)

Carreira

Quando voltou ao Rio de Janeiro, após a escola de Cadetes, Arlindo passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde conheceu duas novas revelações do samba nacional, Zeca Pagodinho e Sombrinha.

Pouco tempo depois, teve 12 músicas gravadas por outros artistas, como “Lição de Malandragem”, “Grande erro” e “Novo amor”. Depois de chamar atenção como compositor, ele teve sua chance de cantar no grupo Fundo de Quintal, após a saída do então vocalista Jorge Aragão. Ele permaneceu no grupo por 12 anos, até 1993. 

Cruz ainda atuou como sambista para sua escola de samba do coração, Império Serrano, em 1996. Teve sua primeira vitória com o enredo “E verás que um filho teu não foge à luta”, em 1999, 2001,2003,2006 e 2007, também teve seus sambas escolhidos. Em 2023, ele foi o enredo da escola de samba e desfilou na avenida a bordo do carro alegórico “O show tem que continuar”.


Carro alegórico da Império Serrano em homenagem ao artista (Foto: Reprodução/Instagram @imperioserrano)


A confirmação do óbito veio por meio da esposa Babi cruz em uma publicação nas redes sociais, mais informações sobre o velório e enterro do sambista ainda não foram divulgadas

Luciana Gimenez deixa posto de madrinha da Vai-Vai após retorno no Carnaval de SP

O cargo ocupado por Gimenez é renovado anualmente, e sua permanência sempre depende de decisão conjunta entre a escola e a figura pública convidada. Após retornar ao Carnaval paulistano neste ano, a apresentadora optou por deixar novamente o posto. Luciana havia desfilado pela Vai-Vai em 2005 e voltou à avenida em 2025, marcando presença com figurino luxuoso e participação nos ensaios técnicos.

Substituta será definida após escolha do samba

A escola ainda não definiu quem vai substituir Luciana Gimenez na função de madrinha da bateria. De acordo com a nota divulgada pela Vai-Vai, o nome da nova representante será anunciado apenas depois da divulgação do samba-enredo que embalará o desfile de 2026.

Esse processo de escolha costuma levar em conta não apenas a popularidade da personalidade, mas também seu envolvimento com a escola, sua presença na comunidade e o alinhamento com a proposta estética e temática do desfile do ano.

O posto de madrinha de bateria é considerado um dos mais simbólicos e representativos dentro de uma escola de samba, sendo tradicionalmente ocupado por celebridades que ajudam a levar visibilidade à agremiação.


A apresentadora Luciana Gimenez não é mais madrinha da escola de samba Vai-Vai (Foto: reprodução/Instagram/@tv.abc.br)


Vai-Vai ficou em 9º lugar no Carnaval 2025

No Carnaval de 2025, a Vai-Vai terminou a apuração em 9º lugar entre as escolas do Grupo Especial de São Paulo. A campeã foi a Rosas de Ouro, que voltou ao topo do samba paulistano após 15 anos sem conquistar um título.

Agora, a Vai-Vai se prepara para os desafios do próximo desfile, que incluem a produção do novo samba-enredo e a escolha de uma nova madrinha de bateria.

Com a saída de Luciana, a expectativa é que a escola busque uma figura com forte apelo popular.
O anúncio deve movimentar os bastidores do Carnaval paulistano nas próximas semanas.
A apresentadora ainda não revelou se pretende desfilar em outra agremiação no próximo ano.
Nos bastidores, já circulam nomes cotados para ocupar o posto, mas a escola mantém sigilo sobre as negociações.

Arlindo Cruz permanece internado e quadro clínico do cantor permanece estável

Internado desde março deste ano, o cantor e compositor Arlindo Cruz, de 66 anos, vive um momento delicado em sua trajetória. Um dos maiores ícones do samba brasileiro, Arlindo enfrenta agora uma infecção causada por uma bactéria resistente, o que tem exigido atenção redobrada por parte da equipe médica e da família. Familiares e fãs seguem esperançosos pela recuperação do sambista.

Sambista permanece hospitalizado

O artista, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2017, convive desde então com limitações motoras e de comunicação. Nos últimos meses, porém, sua condição clínica apresentou sinais de regressão. Observações da rotina do sambista indicam uma crescente introspecção e perda de reações simples que antes eram celebradas como sinais de melhora, como segurar objetos ou reagir a estímulos do ambiente.

Desde o dia 25 de março, Arlindo está hospitalizado. Havia a expectativa de que ele pudesse retornar para casa com suporte de home care, mas a logística necessária para essa transição não foi concretizada a tempo. Durante esse intervalo, o estado de saúde apresentou uma leve piora, exigindo intervenções médicas mais intensas.

Apesar das dificuldades, o cantor permanece estável. Segundo informações divulgadas recentemente, seus sinais vitais estão preservados e o tratamento com antibióticos segue em curso para combater a bactéria resistente. A família se mantém ao lado do artista, oferecendo apoio constante e alimentando a esperança de uma recuperação gradual.


Arlindo Cruz cantado no Natal ao lado de Roberto Carlos (Vídeo: reprodução/Instagram/@arlindocruzobem)


Contribuição cultural

A trajetória de Arlindo Cruz é marcada por uma vasta contribuição à música popular brasileira. Ao longo das décadas, o sambista conquistou admiradores com sua voz inconfundível, composições emblemáticas e presença carismática. Sua luta atual pela vida mobiliza fãs, músicos e admiradores do gênero, que acompanham com solidariedade cada atualização sobre seu estado de saúde.

Mesmo diante de desafios severos, a resistência e o desejo de viver continuam sendo marcas da história de Arlindo. A força demonstrada por ele nos últimos anos inspira aqueles que o cercam e mantém viva a expectativa de que novos capítulos ainda possam ser escritos por esse nome fundamental da cultura brasileira.

Virgínia Fonseca é anunciada como nova rainha de bateria da Grande Rio

A Grande Rio confirmou, na manhã desta quarta-feira (22), a influenciadora Virgínia Fonseca, de 26 anos, como nova rainha de bateria da escola de samba. O posto estava vago desde fevereiro de 2025, quando a atriz Paolla Oliveira deixou a função após o vice-campeonato da agremiação no Carnaval carioca.

Convite insistente e incentivo de David Brazil

Virgínia revelou que o convite para integrar a escola de Duque de Caxias não foi inédito. Segundo ela, nos últimos três anos houve tentativas de trazê-la para a avenida, mas o que fez a diferença desta vez foi a presença de David Brazil. A influenciadora contou que ele a incentivou pessoalmente durante seu programa “Sabadou”, reforçando o desejo da escola em tê-la como rainha. Foi a partir daí que ela decidiu aceitar o desafio, motivada pelo desejo de se aprofundar nos bastidores do Carnaval e conhecer quem realmente faz a festa acontecer.


Virgínia Fonseca é a nova rainha de bateria da Grande Rio (Vídeo: reprodução/Instagram/@virginia/@granderio)


Logo após o anúncio, surgiram nas redes sociais diversas comparações entre Virgínia e Paolla. Em entrevista à revista Quem, a influenciadora comentou sobre as reações e prestou homenagem à antiga rainha, afirmando que a atriz é uma inspiração e referência no samba.

Declarações e entusiasmo com a nova fase

Animada com a nova fase, Virgínia compartilhou mensagens nas redes sociais e fez questão de agradecer à comunidade de Duque de Caxias. Ela destacou o carinho com que foi recebida pela diretoria e a vontade de aprender com a escola. Em seu comunicado, afirmou estar pronta para contribuir com energia, dedicação e respeito à tradição da agremiação.

A escolha de Virgínia marca uma nova etapa para a Grande Rio, que aposta na força da internet e da cultura pop para renovar sua imagem, mantendo viva a conexão entre o samba e o público jovem.

Cristina Buarque, cantora e irmã de Chico Buarque, morre aos 74 anos

Discreta, apaixonada pela música brasileira e fiel ao seu próprio tempo, Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque, morreu neste domingo (20), aos 74 anos.

Cristina Buarque, cantora e compositora musical, faleceu neste domingo (20), aos 74 anos. Conhecida por sua relação profunda com o samba e a música brasileira, Cristina construiu uma trajetória longe das luzes da fama, mas marcada por um amor autêntico à arte e à memória musical do país.

Uma trajetória longe dos holofotes 

A notícia foi compartilhada por seu filho, Zeca Ferreira, em uma publicação nas redes sociais. Ele descreveu a mãe como uma mulher de presença firme, generosa e apaixonada pelas entrelinhas da cultura.

Tivemos a sorte de tê-la como mãe. Uma mulher que viveu para cantar e, principalmente, para descobrir o que quase ninguém ouvia.”

Filha de Sérgio Buarque de Holanda e Memélia, Cristina foi irmã de Chico Buarque, Miúcha e Ana de Hollanda. Começou sua carreira ainda jovem, nos anos 1960, e lançou seu primeiro disco solo em 1974, ganhando destaque com “Quantas Lágrimas”.


O cantor e compositor Chico Buarque compartilha postagem em homenagem a irmã nas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@chicobuarque)


Despedidas emocionadas e lembranças vivas

Diversos artistas prestaram homenagens à cantora nas redes sociais. Maria Bethânia, Zélia Duncan e Matheus Nachtergaele enviaram mensagens de carinho à família. A atriz Silvia Buarque, sobrinha de Cristina, escreveu:

Meu amor, minha tia Cristina. Para sempre comigo.”

Cristina, embora tenha se mantido fora dos holofotes, se tornou um símbolo de preservação e valorização do samba e da música popular brasileira. Sua voz suave, suas escolhas musicais e sua postura íntegra seguem como inspiração para gerações.

Sua carreira, pautada pela paixão e pela sinceridade, deixa um legado de perseverança e dedicação à cultura nacional. A arte de Cristina permanece viva em suas canções e no exemplo que ela deixa para todos aqueles que amam a música brasileira de verdade. A música brasileira se despede de uma guardiã de memórias e celebra a delicadeza de alguém que viveu a arte com verdade.

IZA volta com tudo após nascimento da filha

IZA, de 34 anos, voltou ao trabalho após o nascimento de sua filha com o jogador de futebol Yuri Lima. Nala completa 5 meses hoje (13) e mostra um lado mais emotivo da cantora. Nessa retomada de mais atividades em sua agenda, a artista participou de múltiplos eventos no Carnaval 2025, no Rio de Janeiro e em São Paulo. 

A mamãe coruja entende que um distanciamento maior durante os primeiros meses de vida da filha foi importante e justifica sua ausência dos palcos no cuidado da bebê nesse período. IZA abriu o coração e disse estar curtindo muito essa fase da maternidade. Ela afirma que Nala é o maior presente que recebeu. Também explica que a chegada da filha ensinou o que realmente importa e deve ser prioridade e garante que está muito feliz. 


IZA e sua filha Nala em um momento de ternura (Reprodução/Instagram/@iza/Tom Barreto)

De volta ao trabalho

Graças a uma forte rede de apoio, foi possível retornar às suas atividades profissionais de maneira mais intensa. O retorno de IZA aos shows foi marcado por uma caracterização impactante da cantora Elza Soares, de quem sempre foi muito fã. Elza faleceu em janeiro de 2022. Ao lado de Ivete Sangalo e Leci Brandão, no Sábado das Campeãs, no Rio, IZA homenageou Elza, exatamente no Dia Internacional da Mulher, 8 de março.

Elza era uma rainha e desfilou com um look como esse em 2013.

IZA

A semelhança foi tão grande que os fãs sugeriram nas redes sociais que IZA poderia viver Elza em um possível filme biográfico. A cantora se mostrou lisonjeada com a ideia e confessou ser uma bênção poder cantar “os hinos maravilhosos” de Elza, que é insubstituível. IZA ficou muito feliz por participar da homenagem.


IZA performa Elza Soares no Desfile das Campeãs, no Rio (Vídeo: Reprodução/X/@IzaReal)

Após a apresentação na avenida do samba, a cantora visitou o Camarote Quem O Globo ao lado do pai de sua filha.  

IZA no Carnaval 2025

Além do show de abertura do Desfile das Campeãs no sambódromo carioca, IZA participou intensamente de outros eventos neste carnaval: Baile de Máscaras Jardim Tropical, no hotel Fairmont Rio Copacabana, Baile da Vogue, no Copacabana Palace, apresentou-se no Camarote Bar Brahma e participou também do Carnaval Natura. Em São Paulo, a cantora se apresentou em um trio elétrico no Bloco da Latinha.