Vitórias do Vasco da Gama trazem estatísticas inusitadas nos gols

Desde que Fernando Diniz assumiu o comando do Vasco da Gama, em maio, o time tem mostrado um padrão curioso em seus resultados. Todas as vitórias conquistadas até agora aconteceram apenas quando a equipe conseguiu marcar pelo menos três gols em campo. Em outras palavras, se o ataque não funciona com alta intensidade, os três pontos não vêm.
A média é de 3,5 gols por triunfo. Ou seja, sempre que o ataque não consegue ser tão eficiente, a vitória não aparece. Essa característica evidencia o estilo ofensivo de Diniz, mas também deixa clara a vulnerabilidade defensiva da equipe. Dentro dessas vitórias do cruzmaltino no Brasileirão, tem a expressa goleada no Morumbis por 6 a 0 no Santos. Na ocasião, a equipe de Diniz foi com um ataque mais leve, devido a ausência do centroavante Pablo Vegetti.

Problemas em casa

Se fora de casa os resultados aparecem com grandes goleadas, em São Januário o cenário preocupa. No Brasileirão, sob o comando de Diniz, foram sete partidas diante da torcida: apenas uma vitória, três empates e três derrotas. Isso representa um aproveitamento baixo, de apenas 28,6%.

Em sete jogos como mandante no Brasileirão, o Vasco venceu apenas uma vez, empatou três e perdeu outras três, somando um desempenho abaixo do esperado em São Januário. Nesse período, marcou nove gols, mas sofreu onze, conseguindo manter a defesa intacta em apenas uma partida.


Vasco dentro de casa cede o empate no final do jogo contra a equipe do Ceará (Foto: reprodução/X/@VascodaGama)

Ataque desbalanceado

Os números também mostram a falta de eficiência do ataque: o time precisa, em média, de 13,2 finalizações para balançar as redes, enquanto os adversários marcam com apenas 7,9 chutes. Mesmo com uma posse de bola elevada, na casa dos 61% por jogo, esse controle não tem se refletido em resultados positivos

Apesar de São Januário sempre ter sido considerado um trunfo histórico do clube, neste momento não tem feito tanta diferença. A última vitória pelo Brasileirão dentro do seu estádio aconteceu ainda em maio, no 3 a 0 sobre o Fortaleza e seu último triunfo diante dos Cruzmaltinos foi no dia 8 de agosto, contra o CSA, jogo válido pela Copa do Brasil.

Vasco tem uma das piores campanhas e fraco desempenho como mandante no Brasileirão

O Vasco e seus torcedores costumam ganhar confiança quando uma partida é disputada dentro de casa. O que não é o caso esse ano, principalmente no Campeonato Brasileiro. Em São Januário, a última vitória conquistada pela equipe de Fernando Diniz foi em maio, contra o Fortaleza.

Situação preocupante

A última vitória no campo do Vasco foi por 3 a 0, contra o Fortaleza, sendo a única de Diniz dentro do campo do time. Desde então, o desempenho da equipe caiu e eles não conseguiram repetir o feito.

Como mandante, o Vasco conquistou apenas 12 pontos, em uma disputa por 30, já que mandou dez jogos, sendo eles sete em São Januário, dois no Mané Garrincha e um no Maracanã. O baixo rendimento faz cair as expectativas dos torcedores, até mesmo quando estão dentro de casa.

Para melhorar o desempenho, o Vasco deu atenção às possibilidades de defensores na última janela de transferências. Robert Renan, do Zenit (RUS) e Carlos Cuesta do Galatasaray (TUR) chegaram por empréstimo para reforçar a zaga da equipe cruz-maltina, que busca se reerguer na tabela do Brasileirão.


Jogo do Vasco contra o Corinthians pela Copa do Brasil (Foto: Reprodução/Matheus Lima/Vasco)

A história se repetindo

A campanha atual já é considerada a segunda pior do Vasco, na era dos pontos corridos do Brasileirão, ficando atrás de 2015, ano em que o Vasco foi rebaixado. Por outro lado, em 2008, 2013 e 2020, o Vasco somou mais pontos após a 20ª rodada, mesmo sendo rebaixado para a segunda divisão.

Comparando com a temporada passada, a queda se torna ainda mais preocupante, já que em 2023, o Vasco teve aproveitamento de 61,4%, apenas como mandante.

Agora, com a pausa para a Data Fifa, Diniz tenta recuperar o rendimento e tentar subir na tabela. O Vasco ocupa a 15ª posição, com 22 pontos, empatados com o Santos e Vitória, que também estão liderando o Z4.

O Vasco volta em campo, mas pela Copa do Brasil em clássico contra o Botafogo. A partida será na próxima quinta-feira (11), às 21h30, no Nilton Santos. Já pelo Brasileirão, o Vasco retorna a São Januário no domingo (14), às 20h30, onde irá enfrentar o Ceará.

Corinthians derrota Vasco em duelo quente disputado no Rio

A equipe cruzmaltina encarou nesta tarde de domingo (24), a primeira partida disputada diante de sua torcida após a goleada avassaladora sobre o Santos no último fim de semana. Apesar do grande feito, o time vinha de uma derrota contra o Juventude no meio de semana, jogando em Caxias do Sul. Uma vitória hoje era crucial para recuperar a confiança do time, e ajudar na luta contra o rebaixamento.

Já o Corinthians veio a campo visando quebrar uma sequência ruim de 6 jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro — e voltar a brigar por uma vaga na zona de classificação para a Libertadores 2026.

Vitória do timão

No primeiro tempo, o timão dominou as ações no Rio de Janeiro. Explorando bastante as laterais com Bidu e Matheuzinho, o time visitante pressionava a defesa vascaína até abrir o placar aos 20 minutos, quando Maycon completou o cruzamento de Bidu com um belo chute de primeira. Foi o primeiro gol do meia após ficar afastado dos gramados por mais de 1 mês, em virtude de uma lesão na coxa direita.

Logo após o gol sofrido, o Vasco tentou responder com marcação adiantada, mas sofreu com erros de passe e contra-ataques mal encaixados. Antes do intervalo, Rayan ainda recebeu um passe de David dentro da área aos 40 minutos, e acertou um chute de fora da área que parou no travessão, após defesa milagrosa de Hugo Souza.


Melhores momentos da partida (Vídeo: reprodução/YouTube/ge)

Já na volta do intervalo, o Vasco mostrou mais intensidade e passou a chega melhor na zaga corintiana. Essa presença na área adversária ocasionou um lance de pênalti para o cruzmaltino, após toque de mão de André Ramalho — marcado apenas após uma espera de 3 minutos de revisão do VAR. O artilheiro Pablo Vegetti, que não foi escalado como titular nesta tarde, cobrou de forma espetacular e empatou o placar.

Apesar da mudança de cenário na partida, as alterações de Dorival Jr. devolveram o controle ao Corinthians: Aos 24 minutos, Garro arriscou de fora da área, com Léo Jardim espalmou para o lado. Em seguida, Matheuzinho aproveitou o rebote e colocou na medida para Gui Negão, que chutou de primeira na cara do gol e recolocou o timão em vantagem.


Maycon comemora seu gol pelo Corinthians (Foto: reprodução/Instagram/@corinthians)


Ao final da partida, o clima esquentou de vez: Gustavo Henrique ampliou de cabeça aos 40 minutos, após cobrança de escanteio. Entretanto, o Vasco não seu deu por vencido, e usou o 3º gol sofrido como um combustível para tentar dar a volta por cima na partida.

Nos acréscimos, chegou ao gol que o colocou de volta na partida com um chute na medida do menino Rayan. Em seguida, já nos minutos finais, o gigante da colina quase conseguiu aquilo que seria um empate heróico, quando atacante acertou um chute que passou rente à trave, em um dos lances finais.

Dificuldades na colina

A segunda derrota consecutiva reflete como o elenco segue com problemas para se impor em campo, mesmo levando em conta o grande triunfo contra o peixe. O técnico Fernando Diniz demonstrou sua insatisfação com o elenco, que refletiu na bronca severa que deu a Rayan durante a partida.

O torcedor está certo de tudo. De vaiar, me xingar, extravasar. Do mesmo jeito que esteve certo de extravasar positivamente contra o Santos. Ainda sim, a gente não é aquilo que aconteceu contra o Santos. Essa repercussão toda fez um mal que não deveria fazer, como visto as duas partidas que fizemos, que foram as duas piores sob meu comando. E eu tenho responsabilidade máxima nisso.”

Fernando Diniz

O clube segue sendo o primeiro fora da zona de rebaixamento com 19 pontos, e pode acabar dentro do Z4 ainda nesta rodada, a depender do desempenho de Juventude e Vitória em seus jogos.


Fernando Diniz à beira de campo pelo Vasco (Foto: reprodução/Pablo Porciuncula/AFP/Getty Images embed)


Agora o foco de ambos os clubes é nas quartas de final da Copa do Brasil, neste meio de semana: Enquanto o cruzmaltino encara o rival Botafogo jogando em São Januário, o timão enfrenta o Athletico-PR em Curitiba. Vale lembrar que o furacão passou pelas oitavas eliminando um dos rivais corintianos, em um confronto tenso.

Presidente do Vasco diz que Clube estará autossustentável até março de 2025

Nesta sexta-feira (14), Pedrinho sendo o presidente do Vasco, falou em entrevista para o “Fanático vascaíno” a existência de alguns interessados em adquirir as ações da SAF no clube, porém disse também que não pode revelar quem são, pois os mesmos teriam assinado acordo de confidencialidade, ele revelou que existem pelo menos 3 NDA’ S assinadas, e que 2 pessoas não assinaram acordo de confidencialidade.

Treinador

Durante a entrevista, Pedrinho lembrou que a sua prioridade é a contratação de um técnico, o mesmo relatou que esta tentando Renato Gaúcho, a qual saiu do Grêmio recentemente e no momento está de férias no Rio de Janeiro, o ex-treinador do tricolor gaúcho possivelmente ira se reunir com a equipe do Vasco na próxima semana. O presidente do time de São Januário ainda relatou nas entrevistas que a alta dos preços do mercado.

Dificuldade em contratar

Ainda na entrevista feita para o “Fanático vascaíno“, ele citou que está assustado com os números de treinadores disponíveis no mercado atualmente, relatando que existe uma certa dificuldade para conseguir encontrar alguém que possa treinar a equipe do Vasco atualmente, lembrou ainda que outros clubes estão em busca dos mesmos nomes do Vasco, Ele relatou ainda a procura por técnicos como, Luís Castro, Pedro Caixinha entre outros nomes.


Renato Gaúcho em jogo do Grêmio contra o Vasco no Brasileirão de 2024 (Foto: reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed)


Reforços

Durante a entrevista Pedrinho, ainda lembrou que antes de pensar em trazer qualquer reforço, precisa se ater aos erros cometidos na temporada passada, o mesmo disse que precisa analisar bem antes de trazer novos jogadores para o clube, ele citou para o “Fanático Vascaíno“, que precisa buscar ver aonde errou, para poder acertar desta vez, ainda lembrou que os jogadores Payet e Coutinho tem contratos e precisam cumprir.

Vasco possivelmente irá se reunir com Renato Gaúcho na próxima semana para ver se consegue contratá-lo

Vasco elabora plano de recuperação judicial

O Vasco da Gama está se preparando para entrar com um pedido de recuperação judicial, buscando uma solução para suas crescentes dívidas. Essa estratégia segue o exemplo recente do Botafogo, que adotou um plano de recuperação extrajudicial, homologado posteriormente pela Justiça.

Do RCE à Recuperação Judicial

Desde 2021, ainda antes da transição para Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o Vasco aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) para lidar com suas dívidas trabalhistas e cíveis, que somavam cerca de R$ 223 milhões, conforme o balanço mais recente da SAF. Nesse regime, 20% das receitas correntes do clube são destinadas ao pagamento desses débitos.


Equipe do Vasco antes da partida contra o Atlético-MG (Foto: reprodução/Leandro Amorim/Vasco)

Agora, o clube parece inclinado a seguir o modelo do Botafogo, que optou pela recuperação extrajudicial. A principal diferença entre os dois modelos é que, na recuperação extrajudicial, o plano de pagamento pode ser aprovado ou rejeitado pelos credores, sem intervenção direta da Justiça. Já na recuperação judicial, como adotado pelo Cruzeiro em sua SAF, a Justiça tem um papel mais ativo, podendo aprovar ou não o pedido.

Mesmo caminho do Botafogo

O Botafogo fez seu pedido de recuperação em dezembro do ano passado e teve um prazo de 90 dias para obter a adesão de pelo menos 50% dos credores. Com 60% de adesão, o plano foi homologado, e o clube anunciou em maio o pagamento de R$ 130 milhões de uma dívida total de R$ 430 milhões. Isso foi possível graças a deságios sobre multas e juros.


Reunião do Conselho Deliberativo do Vasco da Gama (Foto: reprodução/Felippe Rocha/Lance!)

Embora o Vasco não tenha se pronunciado oficialmente sobre o processo de recuperação judicial, os últimos relatórios do clube apontam a preocupação com a gestão das dívidas. Os conselhos fiscais consideram o plano atual da SAF insuficiente, afirmando que o clube tem apenas “enxugado gelo” ao pagar principalmente os juros das dívidas.

Na recuperação judicial, um administrador é nomeado para conduzir o processo, enquanto na recuperação extrajudicial não há essa figura, o que pode representar uma vantagem para o clube. Outro ponto positivo do modelo extrajudicial é a possibilidade de excluir parte das dívidas que já estão no Regime Centralizado de Execuções.