Fernanda Torres e Selton Mello têm suas carreiras celebradas pela Variety

Os protagonistas de Ainda Estou Aqui ganharam destaque em uma publicação da revista Variety, que traçou um perfil detalhado das carreiras de Fernanda Torres e Selton Mello. A matéria valorizou não apenas suas trajetórias individuais, mas também os trabalhos memoráveis que realizaram juntos ao longo dos anos, além de explorar os detalhes de seus papéis no aclamado longa de Walter Salles.

A perspectiva de Fernanda

A vencedora do Globo de Ouro destacou que sempre foi reconhecida por seus papéis cômicos e revelou que não foi a primeira escolha de Walter Salles para o papel, justamente por carregar essa imagem de atriz voltada à comédia.


Fernanda Torres com seu Globo de Ouro (Foto: Reprodução/WireImage/Matt Winkelmeyer/Getty Images Embed)


Ela contou que sua mãe, Fernanda Montenegro, já estava confirmada no elenco de Ainda Estou Aqui, e que foi enquanto discutia o roteiro com Salles, a pedido do diretor, que surgiu o convite para interpretar Eunice Paiva.

Ela também destacou que o longa foi gravado de forma cronológica, o que foi essencial para o seu processo de imersão, especialmente na construção de sua relação com Selton Mello, que interpretou Rubens Paiva. A atriz traçou um paralelo entre a saída de Mello do set, após o fim de suas cenas, e o sequestro de Rubens, refletindo sobre como sua personagem vivenciava essa saudade intensa.

O ponto de vista de Selton

Selton Mello revelou que nunca havia participado de um filme em que todas as cenas fossem filmadas na sequência cronológica da história, mas afirmou ter adorado o processo.


Selton Mello no Globo de Ouro (Foto: Reprodução/Etienne Laurent/Getty Images Embed)


O ator confessou que o restante do filme foi uma surpresa para ele. “Eu vi o filme como um espectador, e quando saí, vi o que acontecia e fiquei chocado, com o coração partido.”

Sobre ‘Ainda Estou Aqui’

Ainda Estou Aqui, o primeiro longa de Walter Salles em uma década, segue em cartaz nos cinemas brasileiros, onde já atraiu mais de três milhões de espectadores.

O filme conta com Selton Mello no elenco e a participação especial de Fernanda Montenegro, que interpreta uma versão mais velha de Eunice, personagem de Fernanda Torres. Essa colaboração marca o reencontro de Salles com Montenegro, com quem trabalhou no memorável Central do Brasil.

Recentemente, Ainda Estou Aqui foi premiado com o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza 2024, consolidando ainda mais sua força no cenário cinematográfico, além da vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro como Melhor Atriz em Drama.

Selton Mello posta vídeo de encontro entre Fernanda Torres e Demi Moore

Durante a cerimônia do Globo de Ouro, que começou neste domingo (05), Selton Mello gravou um vídeo de encontro entre Fernanda Torres e Demi Moore. Após isso, a filmagem, que mostra vários abraços entre as duas lendas da atuação, viralizou no Instagram.

Demi Moore disse à Fernanda que pediu o número de telefone dela para mandar mensagens de parabenização, mas que havia acabado de perceber que ainda as enviou. Fernanda Torres também elogiou muito o discurso que a estrela de “A Substância” fez ao vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz (Comédia/Musical).


Vídeo de encontro entre Fernanda Torres e Demi Moore, gravado por Selton Mello (Vídeo: reprodução/Instagram/@seltonmello)


Demi Moore e “A Substância”

No palco do Globo de Ouro, Demi Moore se emocionou pelo fato de que, em 45 anos de carreira, esta foi a primeira vez em que ela vencia algum prêmio como atriz. 

Ela também ressaltou sua relação com o filme em que atuou para vencer o prêmio, “A Substância”. A obra conta a história de Elisabeth Sparkle, uma celebridade fictícia que começa a perder espaço na mídia por estar envelhecendo. A partir disso, ela descobre uma substância que faz com que ela possa ser uma versão mais jovem de si, mas só a cada sete dias. Desta forma, Elizabeth tem que administrar alternar entre ser sua versão de 20 em uma semana e a sua versão de 50 em outra.

Demi Moore disse que se identifica com a personagem, visto que também foi considerada defasada pela indústria. No entanto, ela deu a volta por cima ao vencer o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical no Globo de Ouro.

O universo me disse: você não está acabada.

Demi Moore em discurso no Globo de Ouro

Fernanda Torres e “Ainda Estou Aqui”

Enquanto Demi Moore era premiada na categoria Comédia/Musical, Fernanda Torres ganhou o prêmio de melhor atriz em filme de drama. Seu papel em Ainda Estou Aqui fez com que a brasileira superasse grandes artistas consolidadas que também concorriam ao prêmio, como Angelina Jolie (Maria), Nicole Kidman (Babygirl), Tilda Swinton (O Quarto Ao Lado), Pamela Anderson (The Last Showgirl) e Kate Winslet (Lee).

Fernanda Torres fez questão de homenagear Eunice Paiva em seu discurso, a esposa de Rubens Paiva, que a atriz representou no longa. “Ainda Estou Aqui” conta a história dessa mulher que teve seu marido sequestrado pela ditadura militar e tem que sobreviver vigiada em um Brasil sem liberdade.

A obra concorreu à categoria de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, que acabou ficando com “Emilia Perez”.

BAFTA 2025: Filme brasileiro avança, mas Fernanda Torres fica de fora

O BAFTA (British Academy Film Awards), premiação popularmente chamada de “Oscar britânico”, revelou os pré-indicados de sua edição de 2025 nesta sexta-feira (3). O Brasil garantiu presença com o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, que está entre os dez pré-selecionados na categoria de Filme em Língua Estrangeira. A produção agora disputa uma das cinco vagas na lista final, que será divulgada em breve.

“Ainda Estou Aqui” é destaque na categoria de filmes estrangeiros

O longa de 2024 brasileiro concorre com títulos de peso, como Tudo Que Imaginamos Como Luz, A Menina com a Agulha e Kneecap – Música e Liberdade. A inclusão de Ainda Estou Aqui reforça a relevância do cinema nacional em premiações internacionais, mas o anúncio trouxe uma ausência sentida: Fernanda Torres, que tinha sua atuação destacada como uma possível aposta, não conseguiu garantir um lugar entre as pré-indicadas na categoria de Melhor Atriz.


Bafta anuncia o filme “Ainda Estou aqui” na lista de pré-indicados da premiação (Foto: reprodução/Instagram/@altitudefilmuk)


Outras apostas brasileiras e expectativa para o Globo de Ouro

Apesar da ausência de Torres, o Brasil aparece em outras categorias da premiação. O longa Guerra Civil, filme que conta com Wagner Moura no elenco, integra a lista de pré-indicados em categorias técnicas importantes, como Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhores Efeitos Visuais, além de disputar Melhor Filme Britânico.

A presença de Moura reforça a participação brasileira em produções de destaque no cenário internacional.

Enquanto isso, a torcida por Fernanda Torres não diminuiu. A atriz concorre ao Globo de Ouro neste domingo (5) na categoria de Melhor Atriz, ao lado de estrelas como Angelina Jolie e Kate Winslet.

Com a atuação em Ainda Estou Aqui, ela é considerada pela revista Variety como uma das favoritas ao prêmio, o que pode trazer ao Brasil um momento de celebração em outra importante cerimônia do cinema mundial.


“O Auto da Compadecida 2” registra melhor estreia de um filme brasileiro pós-pandemia

A continuação do grande sucesso do cinema nacional, “O Auto da Compadecida 2” chegou aos cinemas na última quarta-feira (25), e conquistou uma marca expressiva logo no seu primeiro dia de exibição. O longa estrelado por Matheus Nachtergaele e Selton Mello arrecadou R$ 4 milhões em bilheteria, se tornando a maior estreia de um filme nacional no cenário pós-pandemia.

Conforme informações do site “Filme B”, o longa-metragem dirigido por Guel Arraes levou mais de 176 mil pessoas para as salas de cinema no dia do Natal.

Lançado em 2000, o primeiro filme arrecadou mais de R$ 11 milhões em bilheteria e se tornou a produção mais vista naquele ano.

Enredo

Baseado na peça teatral de Ariano Suassuna, “O Auto da Compadecida” conta a história de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) no sertão nordestino. Pobres, os dois amigos tentam sobreviver enganando o povo do vilarejo de Taperoá.

Na continuação, João Grilo reaparece em Taperoá 20 anos após ser dado como morto. Chicó, agora vive como poeta recontando a história da vida de seu amigo.

Após reencontrar seu companheiro, Chicó afirma para todos da cidade que Nossa Senhora operou um milagre e João Grilo ressuscitou. Visto pelo povo como um milagre, João Grilo aproveita dessa situação para tirar dinheiro dos dois políticos locais que tentam usufruir de sua lenda para ganhar a eleição.


Trailer oficial de “O Auto da Compadecida 2” (Vídeo: reprodução/YouTube/Fãs de Cinema)

Mais continuações

Também dirigido por Guel Arraes, “Lisbela e o Prisioneiro” pode ser outro clássico nacional a ganhar continuação nas telonas. A distribuidora Imagem Filmes, confirmou em outubro deste ano, na Expocine 2024, que “Lisbela e o Prisioneiro 2” será produzido.

No entanto, logo após o anúncio, os protagonistas originais da obra, Selton Mello e Débora Falabella, afirmaram que em nenhum momento foram procurados para trabalhar em uma possível continuação. A distribuidora justificou para o site Omelete, que a produção está em fase inicial e por isso o elenco ainda não foi definido e comunicado.

“Ainda Estou Aqui” terá sessão especial e apresentação de Guillermo del Toro em Los Angeles

“Ainda Estou Aqui” já é considerada uma das maiores produções cinematográficas brasileiras. A campanha de divulgação do longa segue em vários lugares do Brasil e do mundo e agora chegou a vez de Los Angeles. No dia 7 de janeiro o filme será apresentado em uma sessão que será mediada por Guillermo del Toro. As expectativas sobre o sucesso da campanha para o Oscar 2025 aumentaram após as nomeações do longa para as premiações Globo de Ouro e Critics Choice Awards. As chances de o filme figurar na lista das 15 produções prováveis de serem indicadas para Melhor Filme Estrangeiro são altas. A lista será divulgada no dia 17 de dezembro.

Grande sucesso

“Ainda Estou Aqui” foi uma grande surpresa. O filme conta com nomes como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco, além da direção de Walter Salles.

A trajetória do sucesso começou com nomeações em grandes festivais de cinema. A produção ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, que é muito reconhecido no ramo. Nas premiações o filme foi ovacionado pela plateia.


Produção conta com grande elenco e direção de Walter Salles (Foto: reprodução/ X/ @jotauelleia)

O filme foi apresentado pela primeira vez no dia 1 de setembro, após o lançamento nacional pelo menos 2,5 milhões de pessoas já foram aos cinemas assistir, incluindo “Ainda Estou aqui” entre as maiores bilheterias brasileiras. A bilheteria já supera 53 milhões de reais. Nos últimos dias a produção ficou apenas atrás de “Moana 2” em audiência.

A história

“Ainda Estou Aqui” se passa no Brasil da década de 70 e mostra o país governado pela ditadura militar. A história conta as memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. A família teve que enfrentar diversos desafios após o marido de Eunice ser levado pela Polícia Militar, desaparecendo. O longa segue em cartaz nos cinemas e é uma forte indicação nos principais sites de crítica especializada.

Filme “Ainda Estou Aqui” conquista maior bilheteria nacional

Segundo a ComScore, o filme “Ainda Estou Aqui” se tornou a maior bilheteria entre as produções nacionais nos cinemas brasileiros pós-pandemia. Superando no último final de semana a marca dos R$ 47,5 milhões em bilheterias.

 O filme “Ainda Estou Aqui”, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, continua em cartaz nos cinemas brasileiros e vale lembrar que o longa alcançou em menos de um mês de exibição a marca de dois milhões de espectadores.

Batendo recordes

A megaprodução brasileira já ultrapassou o filme “Wicked”, protagonizado por Ariana Grande. Somente no período entre 21 e 24 de novembro, o filme brasileiro ultrapassou 1,7 milhão de espectadores, tornando o filme dirigido por Walter Salles como o de maior público para o cinema brasileiro. Antes, essa posição pertencia ao filme “Central do Brasil”, que somando seu lançamento inicial e seus relançamentos posteriores, conseguiu reunir 1,6 mi de espectadores entre 1998 e 1999.


Divulgação do recorde crescente de espectadores do longa (Vídeo: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr/@videofilmes_produtora/@conspiracaofilmes/@globoplay/@seltonmello/@oficialfernandatorres)


Sobre o longa

A obra é baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, que carrega o mesmo nome “Ainda Estou Aqui”, e narra a história de vida da mãe do autor. Dona Eunice é uma mãe de cinco filhos e será interpretada por duas atrizes de peso no cinema nacional: Fernanda Torres, que aparecerá durante a maioria das cenas, e Fernanda Montenegro, que encarna a personagem nos momentos finais. 

A história narra o desaparecimento em 1971 de Rubens Paiva, marido de Eunice, interpretado por Selton Mello, um engenheiro e ex-deputado que foi levado por agentes militares para depor durante o período da ditadura. Agora ela terá que lidar com a perda e seguirá se dedicando aos estudos, se tornando uma advogada e especialista em direitos indígenas. 


Cenas de “Ainda Estou Aqui” (Vídeo: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr/@omelete/@daniela_thomas_/@seltonmello/@oficialfernandatorres)


Com Fernanda Torres no papel de uma mulher que se recusa a ser vista como vítima da ditadura e que busca proteger os filhos da dor, ela exerce o papel com maestria, em uma atuação contida, porém cheia de emoção.

“Ainda Estou Aqui”: Selton Mello revela bastidores de sua despedida das gravações do filme

Em entrevista divulgada pelo site “IndieWire”, nesta quinta-feira (28), Selton Mello revelou que a última cena de seu personagem Rubens Paiva no filme “Ainda Estou Aqui”, também foi a sua despedida das gravações do longa. A cena em questão, retrata o momento em que Rubens (Selton Mello) se despede de sua esposa Eunice (Fernanda Torres).

“Filmamos cronologicamente, o que é muito raro. O (take) dia que deixo a casa, é o (take) dia que saio do filme. Quando me virei para Fernanda pela última vez, tive que dar a ela um sorriso que (sua personagem) lembraria pelo resto da vida”, disse Selton Mello.

Selton também expôs a complexidade da cena, já que ele tinha que transmitir a sensação de “tranquilidade” que o personagem carregava, mesmo sabendo o fim trágico da história de Rubens Paiva.

“Foi muito difícil interpretar aquela cena porque eu sabia o que estava acontecendo, mas ele não. Eu tinha que estar muito relaxado, como, vou voltar hoje, ou talvez amanhã. Como se tudo fosse ficar bem”, descreveu o ator.

Além disso, Selton Mello afirmou que contracenar com as crianças que interpretavam os filhos de Rubens Paiva, o ajudou a recordar as raízes de sua profissão. “Toda vez que trabalho com crianças é ótimo porque elas me lembram do frescor de apenas estar lá, de não atuar”, declarou.

Sucesso de bilheteria

O filme “Ainda Estou Aqui” lidera a bilheteria nacional e já chegou a bater a marca de 1,8 milhão de espectadores. Maior público da carreira do diretor brasileiro Walter Salles, o filme estrelado por Fernanda Torres ultrapassou o grande sucesso “Central do Brasil” que levou 1,6 milhão de pessoas para as salas de cinema em 1998.

O filme, que já arrecadou mais de R$ 8,9 milhões, está disputando atenção com filme musical “Wicked”, que arrecadou 7,8 milhões em sua semana de estreia.


Trailer do filme “Ainda Estou Aqui” (Vídeo: reprodução/YouTube/Sony Picture Brasil)

Oscar 2025

Existe uma grande expectativa entres os fãs do cinema brasileiro de que “Ainda Estou Aqui” esteja entre os indicados para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Vencedor na categoria Melhor Roteiro no Festival de Veneza, o filme, segundo as previsões da revista Variety, tem chances concretas de ficar entre os cinco finalistas para levar tal premiação.

“Ainda Estou Aqui” está na lista de elegíveis ao Oscar

Nesta quinta-feira (21), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou a lista das produções confirmadas e elegíveis para ganhar o Oscar na 96ª edição do evento, que acontecerá no dia 2 de março de 2025. As categorias listadas foram Animação, Documentário e Internacional, sendo que foi nesta última que o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi indicado como “Melhor Filme Internacional”.

Reconhecimento

Competindo com 84 filmes internacionais pelo Oscar e estrelado por Fernanda Torres, “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, já é uma produção muito aclamada. Considerado como um sucesso de bilheteria, o filme foi exibido nos festivais de Nova York, Toronto e Londres. No festival de cinema em Veneza, o longa foi premiado na categoria de “Melhor Roteiro”.

O filme também conseguiu atingir o marco de mais de um milhão de espectadores com apenas 11 dias de exibição no Brasil.

Em dezembro, será divulgada uma pré-lista com 15 filmes internacionais, sendo que a lista com os cinco longas nomeados será publicada em janeiro do ano que vem. Apesar de ainda não ser a lista final, a possibilidade do Oscar agitou os internautas, que logo teceram diversos elogios à produção brasileira.


Trailer de “Ainda Estou aqui” (Vídeo: reprodução/Instagram/@sonyclassics)


Fernanda Torres

Muito adorada pelos brasileiros, Fernanda está muito orgulhosa com o reconhecimento internacional. “Se essa indicação chegar a acontecer, num filme pequeno em comparação com a indústria de cinema internacional, (…) já considero isso como um Oscar ganho!”, comentou a atriz durante uma entrevista à Vogue, ressaltando o detalhe de ser um filme em língua portuguesa. Fernanda também comentou sobre como se sente honrada em estar na lista de pré-indicados, mesmo que não ganhe o Oscar, já considera isso como uma vitória.

Ainda estou aqui

O filme é uma adaptação do livro com mesmo nome e escrito por Marcelo Rubens Paiva, inspirado na emocionante história de sua família. Marcelo conta a trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, e os desafios que a família enfrentou durante o regime militar sem saber do paradeiro do esposo político.

O longa é ambientado nos anos 70, no período da ditadura militar no Brasil. Depois do sumiço e morte de Rubens (Selton Mello), Eunice (Fernanda Torres) se torna uma ativista dos direitos humanos.

Matéria por Emille Hama (Lorena – R7)

“Ainda Estou Aqui”: Walter Salles declara surpresa com o desempenho da produção

Durante o evento Deadline Contenders, que aconteceu neste sábado (16), nos Estados Unidos, Walter Salles admitiu estar surpreso com o desempenho do longa-metragem brasileiro “Ainda Estou Aqui”, que já levou mais de meio milhão de pessoas aos cinemas brasileiros para conferir a obra nacional, lançada em 7 de novembro.

Em entrevista, o diretor comentou sobre a lotação dos cinemas e também pontuou o fato da produção ter se tornado a número um no fim de semana passado.

“A gente ficou um pouco chocado com isso, eu confesso, porque tinha um filme da Marvel na segunda posição”, contou Salles, referenciando “Venom: A Última Rodada”.


Selton Mello, Walter Salles e Fernanda Torres em editorial para a People Entertainment (Foto: reprodução/Instagram/@seltonmello)

Espaço político

Salles mencionou ainda o papel que a produção vem tomando no país, assumindo espaços culturais, sociológicos e políticos em sua abordagem realista e sem escamas no contexto político inserido.

“A gente não poderia antecipar isso, e isso me fez pensar agora que a literatura, o cinema e a música podem ser instrumentos incríveis contra o esquecimento.”

Mesmo com a suavidade apolítica, “Ainda Estou Aqui” se compromete com o modelo de controle apresentado na trama. Com aberturas muitas vezes não completamente inseridas no conflito ditatorial, ainda é transmitida toda a tensão espaçada pelo regime militar, entregando ao público uma abordagem maciça da situação.

O caráter politico da produção ainda foi alvo de uma falha tentativa de boicote promovida pela polarização partidária através das redes sociais.

Detalhes da trama

Com abordagem social e política, “Ainda Estou Aqui”, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, retrata a mudança caótica da família Paiva quando o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), cassado, preso e torturado, desaparece nas mãos do militares, deixando sua esposa, Eunice Paiva (Fernanda Torres), e seus filhos no escuro quanto ao seu paradeiro. No entanto, a opressão ao marido não foi de forma alguma suficiente para minguar sua luta, assumida por sua esposa, advogada, que milita pela causa e busca respostas sobre o destino do companheiro.

A produção está em exibição nos principais cinemas brasileiros e apenas nos primeiros dias atraiu mais de 300 mil pessoas, arrecadando cerca de R$ 8,6 milhões. O longa-metragem ainda é escolhido para representar o país no Oscar 2025.

“Ainda estou aqui” chega no top 250 do Letterboxd

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, “Ainda Estou Aqui” é uma das grandes surpresas do cinema nacional. O filme tem sido aclamado em festivais de cinema e já é um sucesso de bilheteria, com R$ 8,6 milhões. Nesta quarta-feira (13) a produção chegou ao ranking do Letterboxd na posição 232. O ranking é bastante disputado e é baseado nas avaliações dos usuários, o que representa a boa recepção do filme.

Fenômeno nacional

“Ainda Estou Aqui” traz uma história real e envolvente. A história gira em torno do sumiço do marido de Eunice Paiva (Fernanda Torres) durante a ditadura militar brasileira. A história é densa e permite bastante reflexão.

O filme foi dirigido por Walter Salles, que também participou da produção de “Central do Brasil”. A direção de Walter foi bastante cuidadosa e sensível com a ambientação e atuações, o que atraiu ainda mais o público. Mesmo se tratando de um gênero pouco explorado no cinema nacional, o filme conseguiu uma grande repercussão.


Fernanda Montenegro também faz parte do elenco (Foto: reprodução/ X/ @lipafacunda)

A fotografia e trilha sonora também foram pontos que renderam muitos elogios, para muitos a produção foi considerada impecável. O filme ganhou o prêmio Green Drop Award no Festival de Veneza, além de ser indicado ao Oscar de 2025, sendo o filme que vai representar o Brasil na edição.

O ranking do Letterboxd

O ranking mundial da plataforma seleciona até 10.000 filmes, porém a plataforma também seleciona a lista dos 250 melhores, que são os filmes mais bem avaliados. Por ser uma plataforma coletiva, com avaliações de milhares de usuários, é um ranqueamento de grande relevância pois mostra a qualidade e relevância das produções cinematográficas.

A ferramenta também ajuda a descobrir diversos filmes novos, os critérios podem ser tanto a experiência dos telespectadores quanto a qualidade técnica de cada filme. A presença de “Ainda Estou Aqui” no ranking é um marco para o cinema nacional. O filme se junta a grandes títulos, como “Cidade de Deus” e “Central do Brasil”.